sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Fabaceae - Cassia ferruginea (Schrad.) Schrader ex DC. - aleluia -

Racemo pendulo (f. 1)
Árvore com copa aberta (f. 2)
Sob a copa (f. 3)
Filotaxia alterna, espiralada, folhas compostas, multijuga, paripinada (f. 4)
Tronco ramificado, cilíndrico, cinzento (f. 5)
Tronco cilíndrico, estriado com lenticelas (f. 6)
Ramos jovens, estriados, tomentosos, estípulas lineares, falcadas (f. 7)
Folhas longas, folíolos oblongos (f. 8)
Ramo estriado (f. 10)
Folíolo oblongo, ápice mucronado (f. 11)
Inflorescência axilar, brácteas estreitamente-lanceoladas (f. 12)
Botões jovens (f. 13)
Botões oblongos (f. 14)
Inflorescência pêndula laxa (f. 15)
Inflorescências longas (f. 16)
Estames longos, sigmoides, não entumescido, ovário longo, linear (f. 17) 
Filotaxia espiralada (f. 18)
Pétalas unguiculadas, oblongo-elíptica (f. 19)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Cassineae, Cassia L. 1753 (Irwin e Barneby 1982).

No Brasil ocorrem 11 espécies das quais 2 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).




Árvores, copas abertas, ramos estriados ou cilíndricos, indumento presente ou glabro, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada ou alterna-dística. Folhas paripinadas, multijuga, raque maior que o pecíolo, sem nectário; folíolos opostos, oblongos, elípticos, ápice agudo, mucronado, retuso, margem inteira, base obtusa, rotunda, face adaxial glabra, face abaxial pilosa, membranáceo. Inflorescência terminal, racemo ou panícula; brácteas inconspícuas ou ausentes; flores, pediceladas, bractéolas ausentes, pentâmera, zigomorfas, monoclinas, hipóginas; cálice dialissépalo, corola dialipétala, pétalas unguiculadas, rosas ou amarelas; androceu diplostêmone, dialistêmone, estames heteromórficos, sigmoides, anteras elípticas, rimosas; ovário súpero, breve-estipitado, pluriovulados, estilete longo, estigma puntiforme. Frutos câmaras, lineares, planos ou cilíndricos, epicarpo liso, mesocarpo segmentados. Sementes obovadas, testa lisa, castanho.


Cassia ferruginea (Schrad.) Schrader ex DC.,  Prodromus Systematis Naturalis RegniVegetabilis 2: 489. 1825.

Basiônimo: Bactyrilobium ferrugineum Schrad., Goett. Gel. Anz. 1(72): 713. 1821.

Planta arbórea com 7 m de altura; tronco ramificado, cilíndrico, estriado, cinzento, copa amplamente aberta; ramo longo, cilíndrico, sulcado, tomentoso, rufo, inerme. Estípula 2, linear, falcada. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta, paripinada, multijuga, folíolos oblongos, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, base truncada, face adaxial glabra, abaxial tomentuloso, coriáceo, raque mais de 50 vezes maior que o comprimento do pecíolo, eglandular. Inflorescência axilar, racemo pêndulo, laxo, multiflora, pedúnculo longo. Bráctea estreitamente-lanceolada, caduca, tomentosa, rufa. Botão oblongo. Flor grande, longo-pedicelada, monoica; cálice 5, livres, isomorfo, ovado-oblonga, verde; corola 5, pétalas unguiculadas, amarela, ovada-elíptico, reflexa, cuculada; androceu 10, estames livres, heteromórfico, 7 estaminódios e 3 estames férteis, sigmoides, não intumescidos, amarelos, anteras dorsifixas, elípticas, rimosa; gineceu 1, ovário súpero, linear, verde, pluriovulado. Fruto câmara, linear, cilíndrica, crenado, liso, plurisseminado. Sementes numerosas, elíptica, escura, testa lisa, hilo central.

Comentário

Esta espécie é fácil de ser reconhecida pelos ramos sulcados, tomentosos, estípulas estreitas, linear, falcada, brácteas estreito-lanceoladas, inflorescência pêndula, laxa e frutos crenados.
Nativa da Mata Atlântica.
Foi coletada por Gardner na Paraíba. Foi coletada na mata do Pau-Ferro em Areia.

Nome popular: acácia dourada, aleluia

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Araxá, Minas Gerais, Brasil.


Referência

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Irwin, H. S. & Barneby, R. C. 1982. The American Cassiinae ¾ A synoptical revision of leguminosae subtribe in the New world. Memories of the New York Botanical Garden.

-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.


-Rando, J. G., Hervencio, P., Souza, V. C., Giulietti, A. M., & Pirani, J. R. 2013. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Leguminosae – “Caesalpinioideae”. Boletim De Botânica, 31(2), 141-198. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9052.v31i2p141-198

-Scheidegger, N.M.B.; Rando, J.G. 2020. Cassia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB600157>. Accessed on: 10 May 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Cassia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 21 Mai. 2015 


Holótipo

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Herbários K e P

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Fabaceae - Ctenodon falcatus (Poir.) D.B.O.S. Cardoso, P.L.R. Moraes & H.C. Lima

Ramo cilíndrico, estípula persistente, folhas imparipinadas, flores longipediceladas (fig. 1)
Flor pedicelada (fig. 2)
Subarbusto tênue, ramo cilíndrico, raque maior que o pecíolo (fig. 3)
Folha com folíolos alternos, oblongos (fig. 4)

Leguminosae - Papilionoideae - Dalbergieae - Ctenodon Baill. 68 espécies (W3tropicos).

No Brasil são encontradas 38 espécies, das 26 são endêmicas. (Lima et al. 2015).

- Ctenodon - subarbusto prostrado ou ereto; inerme. Estípula basifixa. Folhas imparipinadas, multijugas; folíolos alternos, pecíolo menor que o comprimento da raque. inflorescência racemo ou panícula. Flor pedicelada ou séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice gamossépalo, corola dialipétala, pétalas unguiculadas; androceu monadelfo, filetes livres curtos, anteras homomórficas, ovário estipitado; fruto lomento.


Ctenodon falcatus
(Poir.) D.B.O.S. Cardoso, P.L.R. Moraes & H.C. Lima, Neodiversity: A Journal of Neotropical Biodiversity 13: 17. 2020.

Sinônimo: Aeschynomene falcata (Poir.) DC., Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 2: 322. 1825.

Planta subarbustiva decumbente. Folhas imparipinadas, folíolos mucronados. Estipulas não peltadas. Racemo. Flores axilares amarelas. Frutos falcados.

fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Araxá, Minas Gerais, Brasil.

Referências

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.
-Lima, L.C.P. ; Oliveira, M.L.A.A.; Souza, V.C. 2015. Aeschynomene in Lista de Espécies da Flora do Brasil.
-Lima, L.C.P.; Sartori, A.L.B. & Pott, V.J. 2006. Aeschynomene L. (Leguminosae, Papilionoideae, Aeschynomeneae) no Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Hoehnea 33(4): 419-453


-Michaux, André. 1803. Aeschynomene viscidula Michx. Flora Boreali-Americana 2: 74–75.

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Fabaceae - Harpalyce brasiliana Benth.

 Inflorescências axilares (f. 1)

Estandarte orbicular, androceu monadelfo, falcado (f. 2)
Folha imparipinada, folíolos e opostos (f. 3)
Quilha falcada (f. 4)
Cálice navicular (f. 5)
Anteras amarelas (f. 6)
Alas livres (f. 7)


Leguminosae, Papilionoideae, Brongniarteae, Harpalyce Sessé & Moc. ex DC. 36 espécies (Legume data 2024)

No Brasil ocorrem 13 espécies, sendo 12 endêmicas (Queiroz & São Mateus 2015)


Arbusto com até 2 m alt.; ramos estriados, cinéreos ou rufos, virgatos, pouco ramificado, inermes. Filotaxia alterna, espiralada. Estípulas, basifixas, laterais, triangulares. Folha imparipinada, folíolos 15-19, opostos, oblongos, lanceolados, ápice arredondado, obtuso, retuso, mucronado, margem inteira, base arredondada, estrigoso, pecíolo canaliculado curto. Inflorescência axilar, racemo. Brácteas decíduas. botões, falcado, rufos. Flores pediceladas, pentâmeras, zigomorfas, hipóginas, monoclinas, cálice naviculado, gamossépalo, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, vermelhas; androceu monadelfo, falcado, estames 10, anteras uniformes, rimosas; gineceu simples, ovário súpero, séssil, unicarpelar, unilocular, placentação marginal, estilete longo, curvo. Frutos legume, séssil, linear-oblongo, valvas lenhosas, nitens. Sementes oblongas, castanhas, hilo basal, arilo branco.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Município de Cavalcanti, Goiás, Brasil.

Referências

-Arroyo, M.T.K. 1976. The systematics of the Legume genus Harpalyce (Leguminosae: Lotoideae). Mem. New York Bot. Gard. 26: 1-80.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Cardoso, D.B.O.S.; São-Mateus, W.M.B.; Queiroz, L.P. 2020. Harpalyce in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29715>. Accessed on: 24 May 2021

-Cowan, R. S. 1957. The Machris Brazilian expedition–Botany: Phanerogamae, Leguminosae. Los Angeles County Mus. Contr. Sci. 13: 1–22.

-Ducke, A. 1953. As leguminosas de Pernambuco e Paraíba. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 51, 417-461. https://dx.doi.org/10.1590/S0074-02761953000100011

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Queiroz, L.P.; São-Mateus, W. Harpalyce in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB29714>. Access on: 10 Mar. 2015

-São-Mateus, W.M.B. 2018. Filogenia molecular e tempo de divergência em Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae) e Sinopse Taxonômica da sect. Brasilianae. 2018. 222f. Tese (Doutorado em Sistemática e Evolução) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.

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Herbário KMO e P

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Fabaceae - Cojoba arborea (L.) Britton & Rose - brinco de índio -

Glomérulos, flores amarelas (f. 1)
Árvore com copa bem aberta (f. 2)
Ramos com diversos glomérulos (f. 3)
Botões (f. 4)
 Flores desabrochando (f. 5)

Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Cojoba Britton & Rose,  12 spp. (Lewis et al. 2005).

Cojoba arborea (L.) Britton & Rose, North American Flora 23(1): 29. 1928.

Sinônimo: Pithecellobium arboreum (L.) Urb., Symb. Antill. 2(2): 259. 1900.

Árvore ca. 6 m alt., tronco, marrom; copa fechada, ramos cilíndricos, rugosos, inermes. Estípulas triangulares, caducas. Folhas compostas, bipinadas. 3-4 pares de jugas; foliólulos oblongos, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabro, viridescentes (verde brilhoso), com nectário séssil no pecíolo, e na raque na base dos folíolos. Inflorescência axilar, glomérulo, pedúnculo longos. Botões clavado, vináceo. Flores pequenas, sésseis e monoicas; cálice campanulado, lacínios 5, curtos; corola simpétalas, 5 pétalas, tubo 4 vezes maior que o comprimento do tubo do cálice; androceu numerosos monadelfo, filetes longos; gineceu estipitado. Fruto legume típico, avermelhado. Semente globóide, monocromada, pleurograma presente.


Referências

-Britton, N. L. & J. N. Rose. 1928. Mimosaceae. 23(1): 1–76. In N.L. Britton (ed.) N. Amer. Fl.. New York Botanical Garden, Bronx.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. ; Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lorenzi, H., H.M. Souza, e M.A.V. Bacher, L.B. Torres. 2003. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa: Plantarum.

-Standley, P. C. & J. A. Steyermark. 1946. Leguminosae. Flora of Guatemala. Fieldiana, Bot. 24(5): 1–368.


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Herbário P

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Fabaceae - Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R. W. Jobson - anjico de bezerro -

Copa aberta (f. 1)
Inflorescência axilar, estames amarelos (f. 2)
Espigas pendulas, botões verdes (f. 3)
Ramo cilíndrico (f. 4)
Folíolos oblongo (f. 5)
Corola esverdeada (f. 6)
Visitante floral (f. 7)
Folha bipinada (f. 8) 
Planta florida (f. 9)
Flores amarelas (f. 10)
Folículo moniliforme (f. 11)
Folículo plano (f. 12)
Fruto estipitado (f. 13)
Semente elíptica, testa cinza, pleurograma aberto (f. 14)
Tronco (f. 15)


Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae, Pityrocarpa (Benth.) Britton and Rose. 24 spp. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 2 espécies sendo uma destas endêmicas (Marli 2015).


Basiônimo: Piptadenia moniliformis Benth. Journal of Botany, being a second series of the Botanical Miscellany 4(31): 339–340. 1841. Tipo:–BRASIL. Common in province of Bahia, Blanchet 2701, e 2889, e Piauhy, Gardner  n. 2139 (Sintipo: K imagem!)


Árvore com cerca de 5 m de altura; caule pouco ramificado, copa aberta, assimétrica; ramos, cilíndricos, lenticelados, inermes, quando jovens tomentosos. Estípula triangular, caduca, lateral. Folhas bipinadas, 1-3 pares de juga; foliólulos oblongos, ápice arredondado-agudo-mucronado, margem inteira, base assimétrica-truncada, discolores, face adaxial glabra, viridescente, face abaxial cinza, coriáceo, raque menor ou igual ao pecíolo. Inflorescência axilar, espiga longa, pendula. Botão verde, oblongo. Flor séssil, pequena, monoclina; cálice gamossépalo, lacínios 5; corola gamopétalas, lobos 5, amarela; Androceu dialistêmone, estames com filetes longos, amarelos, anteras rimosas; gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário brevemente-estipitado, pluriovulado. Fruto legume, moniliforme, plano, curvado, valva áspera, marrom. Semente oboval, testa lisa, alva, pleurograma presente.


Comentário

Esta espécie é facilmente identificada, pelos ramos longos e inermes, tomentosos no ápice, folhas com foliólulos discolores, espigas longas e pendulas, todavia o caráter mais marcante é o fruto moniliforme.

Na Paraíba ocorre nas áreas de tabuleiro, vista na ao longo da PB 095 entre Santa Rita e Campina Grande.  

Planta comum no final da serra. Ocorre frequentemente em áreas de tabuleiro.

Nome popular: Anjico de bezerro, Catanduva

Foto: Ana Paula de Souza Caetano, Portalegre, Rio Grande do Norte, Rubens Teixeira de Queiroz, Petrolina, Pernambuco, Brasil.

Referências

-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar,
nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Morim, M.P. 2015. Pityrocarpa in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB116640>.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, L.P. 2020. Pityrocarpa in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB116640>. Accessed on: 02 May 2021




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Herbários  e K

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Fabaceae - Macroptilium atropurpureum (Moc. & Sessé ex DC.) Urb.

Botão verde, estandarte verde, orbicular, alas atropurpúrea (f. 1)
Flores atropurpúreas (f. 2)
Inflorescência laxa (f. 3)
 Flor séssil, cálice campanulado, pétalas heteromórficas, alas orbiculares (f. 4)
Nectário extra-floral no pedúnculo (f. 5)
Quilha retorcida envolvendo o tubo estaminal (f. 6)
Botões falcados (f. 7)
Androceu diadelfo, nectário circular na base do ovário (f. 8)
Folíolo ovado, discolor, cinza na face adaxial, nervura expressa (f. 9)
Folíolo basal oval (f. 10)
Folha trifoliolada, folíolos compostos (f. 11)
Raque curta, < o comprimento do pecíolo, estipelas 2 (f. 12)
Planta prostrada ou trepadeira (f. 13)
Fruto legume típico (f. 14)
Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Macroptilium (Benth.) Urb. 1928. 17 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 11 espécies das quais uma é endêmica (Moura 2015).

Macroptilium (Benth.) Urb. 

Erva ereta ou trepadeira; ramos volúveis, glabra ou com indumento, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas trifolioladas; folíolos ovados, elípticos, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e adaxial glabra ou indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, racemo; brácteas presentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, assimétrica, monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, atropurpúrea, vermelha, vinho, alva, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado. Fruto linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Sementes reniformes, testa lisa, marmorada, hilo central.



Basiônimo: Phaseolus atropurpureus Moc. & Sessé ex DC., Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 2: 395. 1825.

Planta volúvel, prostrada; ramo longo, cilíndrico, seríceo, cinza, inerme. Estípula 2, triangular, caduca. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, trifoliolada; folíolos basal e apical ovais, ápice obtuso, mucronado, margem inteira, lobada nos folíolos basais, base obtusa, truncada, face adaxial verde, face abaxial indumento seríceo, cinza, discolores, membranáceos, pecíolo 3x maior que o comprimento da raque, estipela 2 na base do folíolo, estreitamente-triangular. Inflorescência axilar, racemo laxo; pedúnculo longo, cilíndrico, seríceo, cinza; botão falcado. Flor subséssil, grande, monoica; cálice bilabiado, longo-campanulado, lacínios 5, triangulares; corola 5, dialipétalas, pétalas unguiculadas, heteromórficas, papilionácea; estandarte orbicular, reflexo, verde; alas orbicular, atropurpúrea; quilha cocleada, vinho; androceu diadelfo, branco, cocleado, filete curto, antera elíptica, rimosa, amarela; gineceu 1, ovário súpero, linear, seríceo, pluriovulado, com nectário circular em sua base; fruto legume, cilíndrico, seríceo, plurisseminado. Sementes oblongas, marmoradas, hilo elíptico, central.

Comentários
Esta espécie é encontrada em terrenos baldios e arenosos. Facilmente reconhecida pelos folíolos basais lobados e as flores atropurpúreas.
Na Paraíba ocorre em João Pessoa nos terrenos baldios dos Bancários.

Potencial: forrageira, fixadora de nitrogênio


Nome popular: feijão de rola

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, João Pessoa, Paraíba; Barão Geraldo, Campinas, São Paulo, Brasil.

Referências


-Amorim, L.D. et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar, nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-24], pp.105-124.

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).

-De Candolle. 1825. Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 2: 395. 

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Moura, T.M. Macroptilium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 14 Mai. 2015

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Ribeiro, C.L.; Queiroz, L.P. e Snak, C. 2017. Flora Da Bahia: Leguminosae – Macroptilium (Papilionoideae: Phaseoleae). Anais dos Seminários de Iniciação Científica. N. 17. http://dx.doi.org/10.13102/semic.v0i21.2170


-São-Mateus, W.M.B.; Cardoso, D.; Jardim, J.G. & Queiroz, L.P. 2013. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. Biota Neotropica 13: 315-362.  https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400028.

-Snak, C., Miotto, S.T.S., & Goldenberg, R. 2011. Phaseolinae (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia, 62(3), 695-716https://doi.org/10.1590/2175-7860201162314

Exsicatas

Herbário P