quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Fabaceae - Enterolobium timbouva Mart. - tamboril -

Inflorescência tipo glomérulo (f. 1)
Flores sésseis, tubulosas, cálice gamossépalo, corola gamopétala, verdes, 5 lobado, androceu monadelfo, polistemone (f. 2)
Ramo florido com inflorescências axilares (f. 3)
Ramo multifloro (f. 4)
Folha multijuga (f. 5)
Ramos floridos (f. 6)
Ramo glabro, cilíndrico, fruto câmara (f. 7)
Folha bipinada (f. 8)
Hábito arbóreo, copa aberta (f. 9)
Tronco cilíndrico, estriado e cinza (f. 10)
Ramos floridos (f. 11)
Botões e glomérulos (f. 12)
Folha bipinada e câmara (f. 13)
Frutos câmara semelhante a uma curva intestinal (f. 14)
Câmaras verde (f. 15)
Câmaras seca (f. 16)
Semente oblonga castanha (17)
Testa lisa, pleurograma fechado (18)
 
Tronco cilíndrico, casca grossa (f. 19)

Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Enterolobium Mart. 1837. 11 espécies (Lewis et al. 2005).


No Brasil ocorrem 9 espécies das quais 3 são endêmicas (Morim 2015).

Enterolobium Mart.

Árvore, ramo inerme. Estípula caduca. Filotaxia alterna espiralada. Folha bipinada, nectário presente, nervação do foliólulo actinódroma, pecíolo igual ou menor que a raque. Inflorescência glomérulo axilar ou panícula terminal. Flor séssil, actinomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice gamossépalo, corola gamopétala, androceu monadelfo, polistêmone, estames homodínamo, anteras isomorfas, rimosas; gineceu simples unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pluriovulado. Fruto câmara, plano achatado, cocleado. Semente com testa dura, lisa, pleurograma presente.


Enterolobium timbouva Mart., Flora 20(2): Beibl. 128. 1837.

Hábito arbóreo ca 10 m alt., tronco cilíndrico, cinza, estriado, copa aberta; ramos cilíndricos, glabros, inermes. Estípula 2, caduca. Filotaxia alterna, espiralada. Folha bipinada, 3-4 pares de juga; foliólulos lanceolados, glabros, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, truncada, face adaxial e abaxial glabras, nectário no pecíolo. Inflorescência axilar ou terminal, glomérulo. Flor séssil, prefloração valvar, actinomorfa, monoclina; cálice tubuloso, breve-laciniado, 5, verde; corola tubulosa, lobos 5, verdes; androceu monadelfo, polistêmone, anteras inconspícuas; gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário súpero, séssil, pluriovulado. Fruto câmara, plano, epicarpo escuro quando seco, glabro. Sementes numerosas, oblongo-elíptico, testa dura, lisa, castanha, placenta longa.

Comentário
Sua madeira era usada para fazer canoas.
Etimologia: Entero gr = intestino, lobium. gr= vagem; em alusão a semelhança do fruto a um intestino (Lewis et al. 2005).
Nome popular: timbaúba

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Lagoa Nova, Martins, Rio Grande do Norte, Brasil.

Referências

-Almeida, P.G.C.; Souza, E.R., Queiroz, L.P. 2015.  Flora of Bahia: Leguminosae – Chloroleucon Alliance (Mimosoideae: Ingeae). Sitientibus série Ciências Biológicas. 15: 1-22. 10.13102/scb289

- Barneby, R. C. & Grimes, J. W. 1996. Silk tree, Guanacaste, Monkey’s earring: A generic system for the synandrous Mimosaceae of the Americas. Part I. Abarema, Albizia and allies. Memoirs of the New York Botanical Garden 74: 1-292.

- BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

- Élvia Rodrigues de Souza, Luciano Paganucci de Queiroz, O complexo Pithecellobium (Leguminosae: Mimosoideae) na Caatinga do estado da Bahia. I. O gênero Enterolobium Mart. Sitientibus 15: 83-90.

- Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Matos, S.S., Melo, A.L.; & Santos-Silva, J. 2019. Clado Mimosoide (Leguminosae-Caesalpinioideae) no Parque Estadual Mata da Pimenteira, Semiárido de Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 70, e01902017. Epub March 18, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970007


- Morim, M.P.; Mesquita, A.L.; Bonadeu, F. 2020. Enterolobium in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB135625>. Accessed on: 20 Mar. 2021

-Nascimento, J.B.S., A.L.S. Sales, e E.B. Souza. 2020. “Potencial de uso de leguminosas emuma área de mata atlântica na APA da bica do Ipu, Ceará.” Em Agricultura e desenvolvimento tecnológico no semiárido Publisher: Proex uva, por UVA, 215-230. Sobral: Proex-UVA. 

- Queiroz, L. P. Leguminosas da Caatinga. Feira de Santana: UEFS, 2009. 467 p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 

- Rodrigues E.M.; Queiroz, R.T.; Silva, L.; Monteiro, F.K.S.; Melo, J.I.M.. Fabaceae em um afloramento rochoso no Semiárido brasileiro. Rodriguésia [Internet]. 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071025.

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Herbário K e Reflora

Artigos

https://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/acta/article/view/2091
https://www.revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/48456/23784
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/139264/1/Gado-de-Corte-Divulga-44.pdf