sábado, 27 de janeiro de 2018

Fabaceae - Mimosa modesta Mart.

Glomérulo com flores pequenas, filetes rosa e anteras amarelas (f. 1)
Flores com cálice gamossépalo e corola gamopétala (f. 2)
Glomérulo esférico (f. 3)
Glomérulo axilar, longi-pedicelado com um visitante floral (f. 4)
Planta subarbustiva decumbente (f. 5)
Visitante floral (f. 6)
 
Folha bipinada, unijuga, folíolos oblongos, foliólulos ovado-elíptico, face adaxial maculada (f. 7)
Visitante floral (f. 8)
Ramos decumbentes (f. 9)
Filotaxia alterna, dística (f. 10)
 Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae, sect. Mimosa, serie iii Modestae (Barneby 1991) 490-510 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 358 espécies das quais 265 são endêmicas (Dutra e Morim 2015).

Mimosa L.
Erva, arbusto, árvore ou trepadeira, armadas ou inermes. Estípula caduca ou persistente. Folhas alternas, bipinadas. Inflorescência axilar, espiga ou glomérulo. Flores sésseis, hipóginas, actinomorfas, tubulosas; cálice gamossépalo; corola gamopétalas, androceu dialistêmone, diplo ou isostêmones, estames com filetes vistosos; gineceu 1 pistilo. Fruto tipo craspédio.

Mimosa modesta Mart.

Planta subarbustiva, decumbente, 50 cm compr.; ramo lignoso, pouco difuso, cilíndrico, esparso-piloso, armado com acúleo oculto pela estípula. Estípula 2, ovada, margem ciliada. Filotaxia alterna, dística. Folha bipinada, 1 par de folíolo, oblongo; foliólulo 5 pares, ovado-elíptico, ápice obtuso, mucronado, margem ciliada, base assimétrica, rotunda, face adaxial glabra com máculas alvas, e abaxial glabras, nervação actinódroma, 5, membranácea, com sensibilidade. Inflorescência axilar, glomérulo esférico, pedúnculo longo, híspido; botão com prefloração valvar; flor pequena, actinomorfa, hipógina, monoclina, séssil, cálice gamossépalo, alvo, inconspícuo, corola gamopétala, tubulosa, pétala 4, alva com lobos esverdeados, oculta pelos estames; androceu dialistêmone, isostêmone, filete rosa, antera amarela, basefixa, rimosa; gineceu moncarpelar, ovário séssil, pluriovulados, filete longo. Fruto craspédio, plano, oblongo, armado, 2-3 segmentos de fruto, armado.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz; Campo de futebol da Coab 6, Petrolina, Pernambuco, Brasil

Referências


-Barneby, R.C. 1991. Sensitivae censitae: a description of the genus Mimosa Linnaeus (Mimosaceae) in the New World. Memoirs of the New York Botanical Garden 65:1-835.    

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Dutra, V.F.; Morim, M.P. Mimosa in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 09 Mai. 2015

-Dutra, V.F.; Morales, M.; Jordão, L.S.B.; Borges, L.M.; Silveira, F.S.; Simon, M.F.; Santos-Silva, J.; Nascimento, J.G.A.; Ribas, O.D.S. 2020. Mimosa in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18874>. Accessed on: 26 Apr. 2021

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Nascimento, J.B.S., A.L.S. Sales, e E.B. Souza. 2020. “Potencial de uso de leguminosas emuma área de mata atlântica na APA da bica do Ipu, Ceará.” Em Agricultura e desenvolvimento tecnológico no semiárido Publisher: Proex uva, por UVA, 215-230. Sobral: Proex-UVA. 

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Silva, J.S. and Sales, M.F. 2008. O gênero Mimosa (Leguminosae-Mimosoideae) na microrregião do Vale do Ipanema, Pernambuco. Rodriguésia [online]. vol.59, n.3 [cited 2021-04-26], pp.435-448.

-Santos-Silva et al. (2015) Revisão taxonômica das espécies de Mimosa ser. Leiocarpae sensu lato (Leguminosae - Mimosoideae). Rodriguésia 66: 95–154. http://dx.doi.org/10.1590/2175-
7860201566107

-Sousa, E.E.; Queiroz, R.T.; Pereira, M.S. 2021. Mimosa L. (Fabaceae) in Cachoeira dos Índios, Paraíba, Brazil. Acta Brasiliensis, [S.l.], v. 5, n. 1, p. 35-43, jan. ISSN 2526-4338. https://doi.org/10.22571/2526-4338334


Exsicatas

Herbários Reflora



"Catingueiras" Fabaceae - Cenostigma bracteosum x C. nordestinum x C. pyramidale









Locais: Serrinha dos Pintos, RN - São José dos Cordeiros, PB - Petrolina, PE

Cenostigma é um gênero que se carateriza pelo hábito arbóreo. Estípulas laterais, caducas. Folhas bipinadas, alternas, dística ou espiralada. Inflorescência terminal, racemo ou panícula. Flor com pedicelo articulado, zigomorfa, monoclina,  diclamídea, heteroclamídea, hipógina; hipanto presente; cálice dialisépalo, sépalas 5, corola dialipétala, pétalas unguiculadas, amarelas; androceu dialistêmone,  diplostêmone, estames 10, homodínamosos, antera rimosa; gineceu simples, pistilo com ovário, estilete e estigma puntiforme. Fruto legume típico; linear ou oblongo, valvas lignosa.

Comentário

As espécies de Cenostigma são conhecidas popularmente na região nordeste do Brasil como "catingueira" devido ao forte odor presente nos ramos, folhas e frutos. A muito as caatingueiras são identificadas como sendo uma única espécie "Caesalpinia pyramidales". Este nome é extremamente conhecido e usado na literatura entre os grandes trabalhos clássicos referentes ao bioma Caatinga. Entretanto, o nome popular catingueira pode ser atribuído a três espécies atualmente circunscritas no gênero Cenostigma, sendo elas Cenostigma bracteosum, C. nordestinum e C. pyramidale
Os caracteres usados para delimitar estas espécies são reprodutivos, de forma que se torna difícil delimitação das mesmas quando em estágio vegetativo. 
Queiroz (2009) em sua excelente obra Leguminosas da caatinga delimita estas a partir da articulação do pedicelo e o comprimento do hipanto.
Cenostigma pyramidale apresenta pedicelo articulado próximo a base do pedicelo ou seja abaixo da metade do comprimento enquanto as demais tem articulação próximo ao ápice do pedicelo ver figura 1. 
Quanto a bráctea é bem desenvolvida em Cenostigma bracteosum e C. nordestinum, tendo a primeira bráctea ovada enquanto a segunda brácteas estreito-ovadas. Enquanto em Cenostigma pyramidale esta estrutura é inconspícua.

Referências

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

- Queiroz, L. P. Leguminosas da Caatinga. Feirade Santana: UEFS, 2009. 467 p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.


Fabaceae - Cenostigma pyramidale (Tul.) Gagnon & G.P. Lewis - catingueira -

Flor zigomorfa, pétalas heteromórficas, estames com filetes longos (f. 1)
Flor longi-pedicelada, botões ovados (f. 2)
Inflorescência terminal, panícula, pedicelo articulado próximo a base (f. 3)
Brácteas caducas (f. 4)
Um visitante floral "Bombus" (f. 5)
Fruto em desenvolvimento inicial (f. 6)
 Panícula terminal (f. 7)
Fruto com desenvolvimento completo (f. 8)
Flores fecundadas (f. 9)
Vista de cima para baixo dando para observar a disposição espiralada dos botões na inflorescência (f. 10)
Visão lateral da panícula de racemos piramidal (f. 11)
Arvoretas (f. 12)
Fruto legume típico, linear, plano (f. 13)
Legume com valvas lignosas, contorcidas (f. 14)
 Pedicelo com articulação na base (f. 15)
Folha bipinada com 3 folíolos, cada com 6-7 foliólulos (f. 16)
Foliólulo elíptico (f. 17)
Tronco cilíndrico, lenticelado e cinzento (f. 18)

  Leguminosae, Caesalpiniodeae, Caesalpineae, Cenostigma  Tul. 18 espécies (W3tropicos 2021).

No Brasil ocorrem 7 espécies das quais 5 são endêmicas (Lewis 2015).

Cenostigma  Tul.

Árvore, ramo inerme. Estípula caduca. Filotaxia alterna espiralada. Folha bipinada ou paripinada, nectário ausente, nervação broquidódroma, pecíolo menor que a raque. Inflorescência racemo ou panícula, terminal. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice dialissépalo, corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, androceu dialistêmone, estames 10, anteras rimosas; gineceu simples unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pluriovulado. Fruto legume, linear, plano-achatado.


Cenostigma pyramidale (Tul.) Gagnon & G.P. Lewis, PhytoKeys 71: 93. 2016.

Basiônimo: Caesalpinia pyramidalis Tul., Archives du Muséum d'Histoire Naturelle 4: 139. 1844.

Sinonimo: Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz

Planta arbórea com 2m alt.; tronco retorcido, cilíndrico, cinza; copa aberta; ramo cilíndrico, lenticelado, cinza, glabro, inerme. Estípula caduca. Filotaxia alterna, espiralada. Folha grande, composta, bipinada, folíolos 1-3, foliólulos 6-7, alternos, elíptico, ovado, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial glabra, viridescente, face abaxial glabra, nervura não expressa, coriáceo, raque com comprimento maior que do pecíolo. Inflorescência terminal, racemo ou panícula congesta, tomentulosa, rufo. Bráctea pequena, linear, caduca. Botão ovado, tomentuloso, castanho, prefloração imbricada. Flor grande, hipógina, zigomorfa, monoclina, longo-pedicelada, pedicelo articulado 1/2 da base; hipanto campanulado, curto; cálice dialissépalo, sépalas 5; corola dialipétala, pétalas 5, heteromórficas, unguiculadas, amarelas, reflexas, obovado-oblongo, carena reflexa, com guia de néctar vermelho; androceu dialistêmone, estames 10, filetes longos, , antera elíptica, dorsefixa, rimosa, amarela; gineceu 1, ovário séssil, oblongo, pluriovulado, estilete longo, estigma puntiforme, verde. Fruto legume típico, deiscente, linear, plurisseminado, oblongo, plano, valvas lignosas. 
Comentário
Cenostigma é um gênero que se carateriza pelo hábito arbóreo, estípulas caducas, folhas bipinadas, inflorescência racemo ou panícula, flores com pedicelo articulado, zigomorfa, monoclina, hipógina, filetes longos, antera rimosa e legume tipico com valvas lignosas.
Cenostigma Pyramidale é a circunscrição mais recente para a espécie que tem como basiônimo Caesalpinia pyramidales, anteriormente, Queiroz (2009) havia posicionado a espécie dentro de Poincianella. Com a filogenia as espécies de Poincianella do nacionais passaram a serem subordinadas em Cenostigma.
Um dos grandes problemas que se encontra nas espécies que são conhecidas como catingueiras é sua determinação. O que se conhece como catingueira pode ser atribuído a três espécies de Cenostigma: C. bracteosum, C. nordestinum e C. pyramidale. Os caracteres usados para delimitar as espécies são reprodutivos, dessa forma de difícil delimitação quando  vegetativo. Queiroz (2009) em sua excelente obra Leguminosas da caatinga delimita estas a partir da articulação do pedicelo e o comprimento do hipanto. Onde C. pyramidale apresenta pedicelo articulado próximo a base do pedicelo ou seja abaixo da metade do comprimento enquanto as demais tem articulação próximo ao ápice do pedicelo. Este estado de caráter é compartilhado por C. bracteosum e C. nordestinum, tendo a primeira bráctea ovada enquanto a segunda brácteas estreito-ovadas.
A distribuição geográfica pode ajudar muito útil na delimitação das espécies. C. bracteosum ocorrendo em áreas de caatinga sobre arenito nos Estados do PI, CE, RN e BA. Enquanto C. nordestinum ocorre sobre áreas de Caatinga de cristalino nos Estados da PB e PE. Por fim C. pyramidales ocorre sobre o arenito nos Estados do PE, AL e BA.
Um grande problema quanto a determinação é que nos diversos herbários determinações incorretas foram se disseminando e assim o erro foi se perpetuando.

Nome popularcatingueira, catingueira de porco

Uso: fixadora de carbono


Epíteto: pyramidale = inflorescência em piramide.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, CRAD, Univasf, Petrolina, Pernambuco, Brasil.


Referências


-Bentham, G1870. Flora Brasiliensis 15(2): 68. 

-Gaem, P.H. 2020. Cenostigma in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB606076>. Accessed on: 25 Apr. 2021

-Gagnom, E.; Bruneau A. , Hughes; C.E.; Queiroz, L.P. and Lewis, G.P. 2016. A new generic system for the pantropical Caesalpinia group (Leguminosae). PhytoKeys 71: 1–160

-Lewis, G.P. Poincianella in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 06 Mai. 2015

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lewis, G.P. (1994) Systematic Studies in Noetropical Caesalpinia L. (Leguminosae: Caesalpinioideae), including a revision of the Poincianella-Erythrostemon group. University of St. Andrews, St. Andrews, 237 pp.

-Queiroz, L.P. (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 913 pp.

-Tulasne, L.R. 1844. Archives du Muséum d'Histoire Naturelle 4: 141. 


terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Fabaceae - Albizia pedicellaris (DC.) L. Rico


Ramo cilíndrico, inerme (f. )
Fruto tipo folículo, oblongo, plano ( )
Folículo aberto com sementes (f. )
Sementes oblongas com pleurograma verde (f. )
Sementes oblongas (f. )
Tronco com casca farinácea (f. )
Casca alaranjada (f. )
Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Albizia Durazz. 120-140 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 10 espécies, das quais 3 são endêmicas (Iganci 2015)

Albizia Durazz. 
Árvores, tronco cilíndrico, liso ou estriado; ramos glabros, inermes. Estípulas 2, basifixa, laterais. Nectário presente no pecíolo ou ráquis. Filotaxia alterna, espiralada. Folha bipinada, multijuga. Inflorescência axilar, glomérulo. Flores sésseis, heteromorfas, actinomorfas, monoclinas, hipóginas; cálice gamossépalo, lobos 5; corola gamossépala, tubulosa, alva; androceu monadelfo, filetes longos; gineceu simples, ovário séssil. Legume típico, folículo ou câmara, linear, plano, glabro. Sementes oblongas, testa lisa.

Albizia pedicellaris (DC.) L. Rico, Tropical Woods 63: 6. 1940.

Basiônimo: Pithecellobium polycephalum Benth., London Journal of Botany 3: 219. 1844.


Nomes populares: mapuxique vermelho, pau bosta (Freitas silva et al. 2004).


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Campus I UFPB, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Referência

-Barneby, R. C. & Grimes, J. W. 1996. Silk tree, Guanacaste, Monkey’s earring: A generic system for the synandrous Mimosaceae of the Americas. Part I. Abarema, Albizia and allies. Memoirs of the New York Botanical Garden 74: 1-292.

-Bentham, G. 1844. Albizia. London Journal of Botany 3: 87.
- Iganci, J.R.V. 2015. Albizia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
- Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B.; Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.
- Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.
- Silva, M.F.; Souza, L.A.; Carreira, L.M. 2004. Nomes populares das Leguminosas do Brasil. Manaus, Edua.

Exsicatas

Herbário MO

Fabaceae - Albizia polycephala (Benth.) Killip

Inflorescência panícula de glomérulos (f. 1)
Pedúnculo mais longo que as flores, estiletes alvos (f. 2)
Ramos floridos (f. 3)
Copa fechada (f. 4)
Filetes longos e alvos (f. 5)
Anteras amarelas (f. 6)
Ramos inermes (f. 7)
Indumento rufo (f. 8)
Filetes longos (f. 9)
Cálice e corola tubulosos (f. 10)
Ramo rufo-tomentuloso, estriado (f. 11)
Legume típico (f. 12)
Estrias horizontais a reticuladas (f. 14)
Ramo inerme, estriado (f. 15)
Nectário séssil (f. 16)
Foliólulos oblongos com base assimétrica e ápice rotundo (f. 17)
Nervação actinódroma (f. 18)

Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Albizia Durazz. 120-140 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 10 espécies, das quais 3 são endêmicas (Iganci 2015)

Albizia Durazz.

Árvores, tronco cilíndrico, liso ou estriado; ramos glabros, inermes. Estípulas 2, basifixa, laterais. Nectário presente no pecíolo ou ráquis. Filotaxia alterna, espiralada. Folha bipinada, multijuga. Inflorescência axilar, glomérulo. Flores sésseis, heteromorfas, actinomorfas, monoclinas, hipóginas; cálice gamossépalo, lobos 5; corola gamossépala, tubulosa, alva; androceu monadelfo, filetes longos; gineceu simples, ovário séssil. Legume típico, folículo ou câmara, linear, plano, glabro. Sementes oblongas, testa lisa.

Albizia polycephala (Benth.) Killip, Tropical Woods 63: 6. 1940. 

Basiônimo: Pithecellobium polycephalum Benth.,  London Journal of Botany 3: 219. 1844.

Nomes populares: albizia, anjico branco, camunzé (Freitas silva et al. 2004).


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Martins, Rio Grande do Norte, Brasil.

Referência

- Barneby, R. C. & Grimes, J. W. 1996. Silk tree, Guanacaste, Monkey’s earring: A generic system for the synandrous Mimosaceae of the Americas. Part I. Abarema, Albizia and allies. Memoirs of the New York Botanical Garden 74: 1-292.

- Bentham, G. 1844. Albizia. London Journal of Botany 3: 87.

- Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.

Biguazeiro - Compêndio Online Gerson Luiz Lopes Laboratório de Manejo Florestal

-Chagas, A.P.; Dutra, V.F. 2020. Albizia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82614>. Accessed on: 24 Apr. 2021

- Iganci, J.R.V. 2015. Albizia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

- Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B.; Lock, M. 2005. Legumes of the world. Royal Botanic Gardens, Kew, 577p.

- Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

Silva, A.S. da, J.M. Fernandes, e C.R.A. Soares. 2019 “Taxonomia do gênero Albizia (Leguminosae) no Estado de Mato.” Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer16: 1-14.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

- Silva, M.F.; Souza, L.A.; Carreira, L.M. 2004. Nomes populares das Leguminosas do Brasil. Manaus, Edua.

Exsicatas

Herbário MO