sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Fabaceae - Hymenaea rubriflora Ducke - jatobá -

 Inflorescência em panícula corimbosa (f. 1)
 Sépalas verdes e pétalas brancas (f. 2)
Ovário estipitado (f. 3)
  Botões globoides (f. 4)
 Gineceu com ovário vermelho (f. 5)
Fruto câmara com endosperma farináceo (f. 6)
 População margeando o lajedo da Salambaia (f. 7)
Árvore (f. 8)





Leguminosae, Detarioideae, Tribo Detarieae, Hymenaea L. 18 espécies. (Flora do Brasil 2020).

No Brasil ocorrem 18 espécies das quais 12 são nativas (Pinto et al. 2020).

Árvore ou arvoreta; tronco cilíndrico, liso, copa assimétrica, ramos tomentulosos ou glabros, inermes. Estípulas basifixas, lineares, caducas. Filotaxia alterna-dística. Folha bifolioladas; folíolos assimétricos, oblongos, ápice obtuso, arredondado, agudo, margem inteira, base assimétrica, face adaxial glabra, face abaxial tomentulosa ou glabra, glândulas pelúcidas presentes. Inflorescência terminal, racemo ou panícula; brácteas ausentes. Flores pediceladas, actinomorfas, tetrâmeras ou pentâmeras, monoclinas, hipóginas, hipanto presente, cálice dialissépalo, 4-5-sépalas; corola dialipétala, pétalas unguiculadas, alvas, androceu diplostêmone, dialistêmone, estames 8-10 estames, filetes longos, anteras elípticas e rimosas; gineceu simples, ovário estipitado, pluriovulados, filete longo, estigma globóide. Fruto tipo câmara, oblongo, valvas lignosas, epicarpo papilado, mesocarpo farináceo. Sementes esféricas ou achatadas, testa dura, castanha, lisa, hilo basal.


Hymenaea rubriflora Ducke, Memórias do Instituto Oswaldo Cruz 51: 457. 1953. Tipo: Brasil, Pernambuco, Lima, A. (Isótipo: RB Imagem!)

Árvore cerca de 10 m alt.; caule cilíndrico, liso, cinza; copa bem aberta. Estípulas 2, intrapeciolares. Folha composta, bifoliolada, folíolo glabro, oblongo ou obovado, falcado, ápice levemente cuspidado, margem inteira, base assimétrica, glabra, coriácea. Inflorescência termina, panícula, corimbosa. Botões obovados. Flores pediceladas, monoicas, bancas, grandes; sépalas 5, imbricadas, ovadas, concavas, caducas, verdes com variação vinácea; pétalas 5, brancas, imbricadas, ovadas, concavas, crassas; androceu 10 estames, filetes longos, anteras elípticas, dorsifixas, rimosas; gineceu estipitado, ovário plano, vermelho, estilete longo e estigma globoso. Fruto câmara, oblongo, glabro, 
com endocarpo farináceo, indeiscente. Sementes, marrom, elípticas e testa dura.

Comentário

Espécie encontrada nos diversos fragmentos de Mata Atlântica do estado da Paraíba.
Na Caatinga está presente apenas nos arredores dos grandes inselbergues do interior da Paraíba, principalmente no Cariri, onde são encontradas grandes populações.

Determinador: Rafael Barbosa Pinto

Nome popular: Jatobá.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - Fazenda Salambaia - Cabaceiras - PB - BR.

Referências

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461

-Estrella, M., Forest, F., Klitgård, B. et al. A new phylogeny-based tribal classification of subfamily Detarioideae, an early branching clade of florally diverse tropical arborescent legumes. Sci Rep 8, 6884 (2018). https://doi.org/10.1038/s41598-018-24687-3

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, H.C. de; Pinto, R.B. Hymenaea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 24 Mar. 2015

-Pinto, R.B.; Tozzi, A.M.G.A.; Mansano, V.F. 2020. Hymenaea in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB106417>. Acesso em: 30 Apr. 2021

-Pinto, M. J. d. Silva, A.M.G. Azevedo Tozzi & V. F. Mansano. 2020. A neglected new species of Hymenaea (Leguminosae, Detarioideae) from the Brazilian Amazon. Syst. Bot. 45(1): 85–90.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

Exsicatas

Herbário MO e Reflora


terça-feira, 25 de novembro de 2014

Pollen grain morphology of Fabaceae in the Special Protection Area (SPA) Pau-de-Fruta, Diamantina, Minas Gerais, Brazil


CYNTHIA F.P. DA LUZ1
, ERICA S. MAKI1
, INGRID HORÁK-TERRA2
,
PABLO VIDAL-TORRADO2
 and CARLOS VICTOR MENDONÇA FILHO3
1
Instituto de Botânica, Núcleo de Pesquisa em Palinologia, Avenida Miguel Stéfano, 3687, 04301-902 São Paulo, SP, Brasil
2
Departamento de Ciência do Solo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Universidade de São Paulo, ESALQ/USP, Av. Pádua Dias, 11, Caixa Postal 9, 13418-900 Piracicaba, SP, Brasil
3
Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri/UFVJM,
Campus JK, Rodovia BR-367, 39100-000 Diamantina, MG, Brasil

domingo, 23 de novembro de 2014

O gênero Senna Mill. (Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae) na região centro-oeste do Brasil, com ênfase nas espécies ocorrentes no estado de Goiás

Senna quinquangulata


-Santos, J.P. 2013. O gênero senna mill. (leguminosae, caesalpinioideae, cassieae) na região centro-oeste do Brasil, com ênfase nas espécies ocorrentes no estado de Goiás. 2013. 170 f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Vegetal) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia.







sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Fabaceae - Chamaecrista amiciella (H.S. Irwin & Barneby) H.S. Irwin & Barneby -melosa-


 Pétalas unguiculadas com margem basal vermelha (f. 1)
 Racemo com flores amarelas, pedúnculo e cálice ovado coberto por tricomas glandulares (f. 2)
Pétalas unguiculadas, amarelas, anteras oblongas, compridas protegidas pela pétala (f. 3)
Androceu com anteras oblongas, gineceu estilete glabro, curvado (f. 4)
Anteras rimosas (f. 5)
 Indumento no estilete curvo (f. 6)
Cálice com sépalas homomórficas, corola com pétalas obovadas (f. 7)
Tricomas glandulares híspidos (f. 8)
Planta subarbustiva, tetrafoliolada (f. 9)
Espécies rupícula (f. 10)
Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Chamaecrista Moench, seção Absus serie Absoideae (Irwin e Barneby 1982), 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes pluriespermados, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.



Chamaecrista amiciella (H.S. Irwin & Barneby) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 661. 1982.
Basiônimo: Cassia amiciella H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 30: 267–270, pl. 26f–h, j–l. 1978. Tipo: -BRASIL: Bahia, Queimadas; 9-11 jun 1915, Rose and Russell 19837 (holótipo: US; Isótipo: NY Imagem!)

Planta subarbustiva, prostrada, caule cilíndrico, rufo, glabrascente, ramos cilíndricos, hirsuto, com tricomas glandulares. Estípulas estreitamente-triangulares. Folhas paripinadas, 2 pares de jugas; folíolos obovados, ápice truncado, margem inteiras, base cuneada, epifilo e hipofilo glabros, pecíolo longo, hirsuto. Inflorescências terminais, racemos; botões ovoides; pedicelo longo, hirsuto; flores alaranjadas, monoicas; sépalas 5, verdes, oblongos, dorsalmente hirsuta, mucronado; pétalas orbiculadas, obovada, unguiculadas, alaranjadas, unguiculadas, base vermelha, pétala inferior se dobra cobrindo as anteras; Estames 10, filete curto; anteras oblongas, deiscência rimosa, mucronada; gineceu unicarpelar, ovário súpero, estilete longo curvo, piloso até 1/3. Fruto oblongo, legume típico, plano, hirsuto.

Comentários

Esta espécie é intimamente relacionada a Chamaecrista hispidula com relação a morfologia do hábito, tipo de indumento, inflorescência e flores, no entanto tem distribuição distinta, Ch. amiciella ocorre nas floresta secas dos semiárido nordestino, enquanto Ch. hispidula ocorre em praias e restingas daquela mesma região. Ch. amiciela apresenta uma pétala que se dobra cobrindo as anteras e um fruto menos hirsuto, fato que não ocorrem em Ch. hispidula.


Na Paraíba é econtrada em todo o Cariri, foi coletada em São José dos Cordeiros.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - 27-10-2014, Ambiente de inselbergue, Caatinga - RPPN- Fazenda Almas - São José dos Cordeiros, Paraíba, Brasil.

Referências

-Bentham, G.B. 1870. Flora brasiliensis 15(2): 131.

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Córdula, E., Morim, M.P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516. https://doi.org/10.1590/S2175-78602014000200012

-Correia, C. L. B & Conceição, A. S. 2017. The genus Chamaecrista Moench in a fragment of the Ecological Station Raso da Catarina, Bahia, Brazil. Biota Neotropica 17: 1–15.

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82893>. Accessed on: 21 Apr. 2021

-Rodrigues E.M.; Queiroz, R.T.; Silva, L.; Monteiro, F.K.S.; Melo, J.I.M.. Fabaceae em um afloramento rochoso no Semiárido brasileiro. Rodriguésia [Internet]. 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071025.

-Souto F.S., Quaresma A.A., Queiroz R.T. & Pereira M.S. 2019. Estudo taxonômico da Tribo Cassieae (Leguminosae – Caesalpinioideae) no Parque Ecológico Engenheiro Ávidos, Cajazeiras-PB. Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza, 3(1) - in press.

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015


Exsicata

MO, NY


Notas

De acordo com Irwin e Barneby (1982) em Chamaecrista temos 6 seções, entre estas a maior em diversidade de espécies é  Chamaecrista seção Absus. Aqui, fizemos uma tradução, no entanto por não dominar o inglês, aconselho a consultar sempre a obra original que pode ser obtida em pdf neste mesmo blogger. clicando na barra de gênero em Cassia será possível obter os dois volumes.

B. Seção Absus (Colladon) Irwin & Barneby
Chamaecrista sect. Absus (Colladon) Irwin e Barneby, Brittonia 31(1): 155. 1979. Cassia sect. Absus DeCandolle ex Colladon, 1816. ­Sp. Typica: Chispida Colladon = Chamaecrista hispidula (Vahl) Irwin e Barneby
"Inflorescência presente nos ramos frondosos do mesmo ano, terminal racemo simples ou terminal racemo-paniculado, ou por redução do ramo axilar racemoso, o eixo primário de cada racemo desenvolvido e vários floridos, se reduzido (raramente) 1 flor, com pubescência viscoide-setosa; androceu 10 estames, diminutamente ovado ou falcadamente hemi-lanceolada, oculto por uma hetermorfia, pétala envolta ou convoluta interposta entre ela e a obliquamente o  estilete exserto, os filamentos todos menor que a metade do comprimento de sua antera, esta ciliada ao longo da sutura lateral e deiscente na parte apical, na antese da flor; estilete cilíndrico, nem dilatado nem curvo distalmente; o estigma muito pequeno com cavidade simetricamente terminal. - Ervas perenes, com raiz principal ou xilopódio, ou subarbusto, estes raramente subarborescentes, um (Subsect. Otophyllum) arbustivo mas anual; filotaxia principalmente alterna espiralada sempre, se o caule herbáceo; pubescência comumente composta parcialmente por setas ou sétulas glandulosas, estas, às vezes, reduzidas a suas bases bulbosas ou a pontos resinosos, na folhagem ou inflorescência (ou em ambos) em consequência mais ou menos viscoso, mas os tricomas glandulares especializados são ausentes na subseção Baseophyllum e Adenophyllum; glândulas peciolares ausentes, exceto em 4 espécies da subsect. Adenophyllum, Baseophyllum e Otophyllum; x = 14. - spp. 167, Neotropical".

Chave para subseção da seção Absus (Irwin e Barneby 1982)

1. Glândulas peciolares presente, séssil, escutelada e depressa, situada entre os pares de folíolos abaixo do primeiro par de folíolos, ou (quando pecíolo suprimido) entre o proximal (ou apenas) par de folíolos; seta glandular 0, mas o legume as vezes glutinoso
2. Arbusto, ou subarbusto com um xilopódio; folíolos 1-4 pares, todos normalmente folíaceo; pedúnculo exatamente axilar; pétalas secas amarelas ou laranjas.
 3. Folíolos margem plana, fortemente assimétrico na base, palmadamente 3-7-nervuras a partir do       pulvinulo; eixo da inflorescência portando com glândulas estuteladas (como na seção Apoucouita) .................................Ba. Subsect. Baseophyllum
3. Folíolos margem revoluta, subsimétrico na base, 3 nervuras a partir do pulvino; eixo da inflorescência sem glândula. Brasil 2 spp.........................................................Bb. Subsect. Adenophyllum
2. Ervas anuais (às vezes de duração de tempo e altura longos); folíolos 10-20 pares, o proximal 1-3    pares modificado em lâminas sésseis deltoide-reniforme semelhantes a brácteas florais ou estípula;     pedúnculo adnado ao internó-caule. Os folíolos aparecendo supra-axilares (como na seção           Chamaecrista ser. Chamaecrista); pétalas secas esbranquiçadas..................................................   Bc. subsect. Otophyllum

1. Glândula peciolar ausente, seta glandular presente, pelo menos sobre a inflorescência ou sobre o ovário (legume) ou, se falta seta, a folhagem e inflorescência verruculosa-glandular ou pontos resiferos, viscóides quando fresco; largamente espalhado na América Tropical N. e Sul, fracamente penetrando as regiões de clima subropical. 166 spp........ Bd. Subsect. Absus

-Serie Absoideae Benth. Folha bijuga, membranácea, frequentemente folhas jovens com menos pubescência em ambas faces, curtas ou longas, raro ( em Chbarbata) maior, obtusa ou (em Chpaucijuga) aguda. Espécies arbustiva, ou arbustiva (Bentham 1870:131) Em Bentham (1870) tinham 18 espécies, Irwin e Barneby (1982) reordenaram as espécies e em seu tratamento são encontradas 24 taxa ver  IB. 1982:660. 

Chamaecrista multisetaChegleriChlongicuspisChparaunanaCh. barbataChrugosaChbelemiiChsalvatorisChacosmifoliaCh. andersoniiChjuruensis, ChbrevicalysChzygophylloidesChsuzanaChjacobinaeChchapadaeChviscosaChcampestrisChhispidulaChamiciella, ChcarobinhaChpunctulataChroncadoensisCh. fagonioides e Chfodinarum.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Fabaceae - Chloroleucon foliolosum (Benth.) G.P. Lewis

Folhas compostas bipinadas, inflorescência em glomérulo (f. 1)
Folhas composta bipinada 4-5 pares de folíolos (f. 2)
Arbusto lenhoso (f. 3)
Fruto imaturo, arqueado (f. 4)
Glomérulo axilar (f. 5)
Estames com filetes longos (f. 6)
Pedúnculo longo (f. 7)
Fruto legume (f. 8)
Valvas glabras (f. 9)
 Raque híspida, nectário no ápice terminal (f. 10)
 Nectário concavo nos últimos e penúltimos pares de folíolos (f. 11)
 Folíolos oblongos (f. 12)
Estípulas espinescentes (f. 13)
 seis pares de folíolos (f. 14)
 Caule cilíndrico, verde, lenticelado (f. 15)
 Caule ramificado (f. 16)
 Estípulas espinescentes, patentes (f. 17)
 Fruto oblongo, plano (f. 18)
Fruto imaturo verde (f. 19)

Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Chloroleucon (Benth.) Britton & Rose. 10 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem sete espécies das quais três são nativas (Iganci 2015).

Chloroleucon (Benth.) Britton & Rose

Árvore; ramo com espinho presente. Estípula lateral, basifixa. Folha alterna, dística, bipinada. Nectário extrafloral presente no pecíolo. Inflorescência axilar, glomérulo. Flor séssil, bractéolas ausentes, hipanto ausente, actinomorfa, monoclina, hipógina, polistêmone, prefloração valvar; cálice gamossépalo, corola gamopétala, androceu monadelfo, homomorfo, anteras rimosa; fruto câmara, valvas coriáceas.

Chloroleucon foliolosum (Benth.) G.P. Lewis, Legumes of Bahia 166. 1987.

Basiônimo: Pithecellobium foliolosum Benth., London Journal of Botany 3: 223. 1844. Tipo: -BRASIL. Bahia: Vila do Barra. 1840. Blanchet 3136 (Lectótipo K imagem!)

Planta arbustivo-arbórea com cerca de 5 m de altura; caule cilíndrico, glabro, verde, casca esfoliante, com lenticelas; ramo cilíndrico, bem difuso, estriado, com lenticela, glabro, clorofilado, armado. Estípulas 2, espinescente, longas, patentes. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta, bipinada, 4-6 pares de folíolos, foliólulos multijogos, oblongos, ápice agudo-arredondado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial híspida, glabrescente, raque com comprimento 4-6 vezes maior que o comprimento do pecíolo híspida, um nectário no pecíolo e um ou dois no último e ou no penúltimo par de folíolos. Inflorescência axilar, glomérulos, verticiladas, pedúnculo longo. Botão clavado. Flor pequena, séssil, monoica; cálice campanulado, lacínios 5, triangulares, verde-claro; corola 5, simpétala, tubulosa, dilatada no ápice, verde, lobos 5, triangulares; androceu 10, filete longo, branco, atraem a atenção na flor, antera dorsefixa, rimosa, amarela; gineceu 1, ovário séssil, súpero, pluriovulado. Fruto legume, multisseminado, curvado, plano, glabro.


Comentário

Esta espécie pode ser reconhecida pelo caule esverdeado, armado, com lenticelas e estípulas espinescentes, frutos planos. Flores são muito perfumadas.

Na Paraíba foi coletada na Fazenda Almas, São José dos Cordeiros.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Fazenda Almas, São José dos Cordeiros, Paraíba, Brasil.

Referências

-Almeida, P.G.C.; Souza, E.R., Queiroz, L.P. 2015.  Flora of Bahia: Leguminosae – Chloroleucon Alliance (Mimosoideae: Ingeae). Sitientibus série Ciências Biológicas. 15: 1-22. 10.13102/scb289

-Iganci, J.R.V. Chloroleucon in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 15 Mai. 2015

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens. 

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. London: Royal Botanic Gardens Kew, 369 p.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 

-Rodrigues E.M.; Queiroz, R.T.; Silva, L.; Monteiro, F.K.S.; Melo, J.I.M.. Fabaceae em um afloramento rochoso no Semiárido brasileiro. Rodriguésia [Internet]. 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071025.

-Souza, E.R. 2020. Chloroleucon in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18404>. Accessed on: 23 Apr. 2021

Lectótipo


Exsicatas

Herbário P

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Fabaceae - Chamaecrista tenuisepala (Benth.) H.S. Irwin & Barneby

Pétalas amarelas, cuculada, obovada, estilete glabro, estigma puntiforme (f. 1)
Pétala maior abrigando a deiscência das antera, pétalas unguiculadas, amarela, ovário seríceo (f. 2)
Sépalas isomorfas, ovado-lanceolada, com indumento híspido (f. 3)
Pétalas com guia de néctar vermelho, anteras oblongas, abrindo por poros (f. 4)
 Flores isoladas, axilares (f. 5)
Folhas compostas, paripinadas, 5 pares de juga (f. 6)
folhas compostas, 5-7 pares de folíolos, valva do fruto seca, espiralada (f. 7)
subarbusto ereto sobre um inselbergue (f. 8)
 Ramo cilíndrico (f. 9)
 Pedicelo longo, fruto legume, plano (f. 10)
 Folíolo oblongo, mucronado (f. 11)
Estípula estreitamente-triangular (f. 12)






Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Chamaecrista Moench, seção Chamaecrista, serie Prostatae (Irwin; Barneby 1982).

No Brasil ocorrem 256 espécies das quais 207 são endemicas (Souza & Bertoluzzi 2015).



Chamaecrista tenuisepala (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 707. 1982.

Basiônimo: Cassia tenuisepala Benth., FloraBrasiliensis 15(2): 164. 1870. –Tipo: BRASIL: Piaui, Oeiras, 3-1839. Gardner 2125 (Síntipo: K imagem!)

Planta subarbustiva, ereta; caule lenhoso; ramo cilíndrico, glabrescente, inerme. Estípula estreitamente-triangular, margem ciliada, persistente. Folha composta, paripinada, 5-7 pares de juga, folíolos oblongos, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervuras palmada, membranáceo, face adaxial e abaxial glabros, raque 6-7 vezes mais comprida que o pecíolo, nectário estipitado na base da raque. Inflorescência cimosa. Botão ovado. Flor axilar, isolada, longo pedicelada, estipelas inconspícuas; cálice isomorfo, livres, sépalas 5, ovado-lanceolado, dorsalmente híspido, vináceas; corola 5, pétalas unguiculadas, amarelas, obovada, obovada-cuculada, 2 apresentam guia de néctar vermelho no ápice da unguícola; androceu 10, estames suavemente curvado, filete curto, antera oblonga, poricida; gineceu 1, ovário séssil, pluriovulado, seríceo, glabro, estilete gabro, estigma puntiforme. Fruto legume típico, plano, linear, valvas membranácea.

Comentário

Espécie é facilmente reconhecida pelo hábito subarbustivo ereto e lenhoso, folhas compostas 5-7 folíolos.
Na Paraíba foi coletada na fazenda Almas em São José dos Cordeiros, Paraíba, Brasil.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, ambiente de inselbergue, caatinga. Fazenda Almas - São José dos Cordeiros

Referências

-Bentham, G.B. 1870. Flora brasiliensis 15(2): 164.

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Correia, C. L. B & Conceição, A. S. 2017. The genus Chamaecrista Moench in a fragment of the Ecological Station Raso da Catarina, Bahia, Brazil. Biota Neotropica 17: 1–15.

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 721.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 


-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27902>. Accessed on: 23 Apr. 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015

Síntipo K


Exsicatas

Herbário P


Notas

De acordo com Irwin & Barneby (1982:706) a série Prostratae  é caracterizada por apresentar plantas muito difusa, subarbustiva, prostrada, exceto Chamaecrista tenuisepala que é eretapecíolo com glândula delgadamente estipitada, 2-9 pares de folíolos na maioria, exceto Ch. tricopoda mais de 22 (26) pares, pedúnculo exatamente axilar, sépalas agudas ou acuminadas, flores principalemente pequenas, a maior pétala 3.5-11, em duas espécies, até 17-20 mm. Distribuídas através dos tropicos nas Américas, estendendo até o norte da Argentina e adversamente até a Florida. Todos os representantes no Brasil. 

 Esta série é  constituída por sete espécies: Chamaecrista cordistipula (Mart.) H.S.Irwin & BarnebyChkunthiana  (Schltdl. & Cham.) H. S. Irwin & Barneby,  Chpilosa (L.) Greene, Chserpens (L.) Greene, Chsupplex (Mart. ex Benth.) Britton & Rose ex Britton & KillipChtenuisepala (Benth.) H.S. Irwin & Barneby e Chtricopoda (Benth.) Britton & Rose ex Britton & Killip

Chave 


1. Planta lenhosa erecta.......................................................Chtenuisepala
1. Planta pouco lenhosa prostrada
    2. Folha com 11-26 pares de folíolos.................................Chtricopoda
    2. Folha com menos de 11 pares de folíolos
        3. Estípulas lanceoladas ou ovada
            4. Androceu 10 estames ..................................................Ch. serpens
            4. Androceu 5 estames.......................................................Chpilosa
        3. Estípulas cordiformis
                5. Planta com 3 pares de folíolos............................Chkunthiana
                5. Planta com mais de 3 pares de folíolos
                    6. Androceu 3-5 estames...................................Chsupplex
                    6. Androceu 10 estames..................................Chcordistipula