quarta-feira, 24 de junho de 2015

Fabaceae - Chamaecrista flexuosa (L.) Greenes

Flor grande, pétalas unguiculadas, amarelas, estames pequenos, anteras lineares, deiscência poricida (f. 1)
Flor zigomorfa, pétalas obovadas (f. 2)
Caule fraxiniforme, flores isoladas (f. 3)
Cálice lanceolado, dimórfico, com estrias vermelhas (f. 4)
Flor longo-pedicelada (f. 5)
Ovário linear, seríceo, estilete curto (f. 6)
Corola concava (f. 7)

Estípula cordiforme, folha composta (f. 8)
Frutos pedicelados (f. 9)
Flor longo-pedicelada, pilosa, axilar (f. 10)
Caule fractiflexo (zig-zag) (f. 11)
Estípula cordiforme, margem ciliada (f. 12)
Folha composta, folíolos oblongos (f. 13)
Nectários sésseis, distribuído no pecíolo e na raque (f. 14)
Nó com frutos e folhas (f. 15)
Folíolos oblongos, ápice agudo, mucronado (f. 16)
Fruto plurisseminado (f. 17)
Semente quadrada, testa lisa (f. 18)
Cálice isomorfo, sépalas livres, ovado-lanceolado (f. 19)
Verticilos reprodutivos, androceu e gineceu, anteras amarelas (f. 20)
Pedicelo híspido, botão ovado (f. 21)
Fruto linear, plano (f. 22)
Leguminosae, Caeslapininioideae, Casseae, Cassinae, Chamaechista Moench, Sec.: Chamaecrista, serie Flexuosae (Irwin e Barneby 1982). ca 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes pluriespermados, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.

Chamaecrista flexuosa (L.) Greene, Pittonia 4(20D): 27. 1899.

Basiônimo: Cassia flexuosa L., Species Plantarum 1:379–380. 1753.

Planta subarbustiva, 50 cm de altura, decumbente; ramo fractiflexo, cilíndrico, estriado, piloso, inerme. Estípulas 2, ovadas, ápice acuminado, mucronado, base cordada, persistente. Folha composta, paripinada, multijuga, folíolos oblongos, ápice agudo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabrescente, pecíolo 10x menor que a raque, pecíolo caniculado com nectários, estes presentes na raque também; nectários concavos, sésseis, escuros. Inflorescência axilar, cimosa; pedicelo longo, bractéolas 2; botão ovado. flores longo pedicelada, pequenas, monoica; cálice dialissépalo, sépalas 5, isomorfas, ovado-lanceoladas; corola dialipétalas, pétalas 5, unguiculadas, amarelas, obovadas; androceu 10, estames 10, livres, heteromórficos, filete curto, antera longa, falcada, amarela, deiscência poricida; gineceu 1, ovário súpero, pluriovulado, serício, cinéreo, estilete curvado, glabro. Fruto legume, linear, plano, castanho. Semente numerosas, quadrada, testa lisa, hilo marginal.

Comentário 

Esta espécie é muito fácil de ser reconhecida por apresentar caule em zig-zag, fino, lingoso, estípulas ovada, base cordada e ápice agudo, folhas multijuga, mais de 10 pares de folíolos.
Na Paraíba ocorre principalmente nos terrenos baldios.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Universidade Federal da Paraíba, Campus I, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Referências
 
-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.
-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew
-Queiroz, R.T.; Souza, B.I. e Borges Neto, I.O. 2020. Guia de Angiospermas dos Campos dos Areais do Sudoeste do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora compasso lugar-cultura.
-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.
-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82893>. Accessed on: 21 Apr. 2021
-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015


MO, Reflora



terça-feira, 16 de junho de 2015

Fabaceae - Phaseolus lunatus L.

 Flores pequenas, corola papilionácea, pétalas brancas (f. 1)
 Flor pedicelada, brácteas triangulares (f. 2)
Inflorescência pseudorracemo (f. 3)
 Alas brancas, livres (f. 4)
 Flores pediceladas (f. 5)
 Folha composta, trifoliolada, ovada (f. 6)
Planta trepadeira (f. 7)
Semente (f. 8)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Phaseolus L. 1753, 65 espécies (Lewis et al. 2005). 

No Brasil ocorrem 3 espécies das quais 1 é endêmica (Lima e Snak 2015).

Phaseolus lunatus L., Species Plantarum 2: 724. 1753.
 
Planta trepadeira, ramo cilíndrico, estriado, inerme. Estípula 2, triangular, caduca. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, trifoliolada, folíolos ovado, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face adaxial e abaxial glabrescente, concolor, membranáceo, pecíolo maior que o comprimento da raque. Inflorescência axilar, pseudorracemo, laxo, pedúnculo longo; botão falcado. Flor pedicelada, pequena, monoica; cálice campanulado, bilabiado, lacínios triangulares; corola 5, pétalas unguiculadas, brancas, estandarte orbicular, ápice retuso, alas oblongas, livres, quilha unida, cocleada; androceu diadelfo, estames 10, tubo branco, anteras não vista; gineceu 1, ovário súpero, séssil, pluriovulado, estilete curto. Fruto legume, típico, oblongo, plano, valvas coriácea. Sementes numerosas, elíptica, testa lisa, branca, hilo elíptico, central.

Comentários
Esta espécie é amplamente cultivada no nordeste, com alto potencial econômico. Geralmente é cultivada junto com o milho. 

Nome popular: fava

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Sítio Serrinha do Canto, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil.

Referências

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens
-Lima, H.C. de; Snak, C. Phaseolus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio 

de Janeiro. Available in: . Access on: 16 Jun. 2015 


- Moreira, J.L.A. 1997. Estudo taxonômico da subtribo Phaseolinae Benth. Leguminosae, Papilionoideae) no sudeste e centro-oeste do Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 292 pp.

- Snak, C., Miotto, S.T.S. & Goldenberg, R. 2011. Phaseolinae Benth. (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia 62: 695–716.

- Van Wyk, B.E. Food plants of the world: an illustrated guide. Timber Press, Inc., Portland, USA, 2005. 480p. (p.289).

Exsicata



segunda-feira, 1 de junho de 2015

Fabaceae - Bauhinia variegata L. - pata de vaca -

Flores rosas, grandes (f. 1)
Pétalas obovadas, unguiculadas (f. 2)
Flor pedunculada (f. 3)
Carena estriada, com buia de néctar vermelho (f. 4)
Androceu longo, curvado, antera elíptica, dorsefixa, gineceu 1, gineceu estipitado, estigma plano (f. 5)
Face abaxial com nervuras expressas (f. 6)
Botão desabrochando (f. 7)
Estames longos, curvos, brancos (f. 8)
Estigma capitado (f. 9)
Pétalas estriadas (f. 10)
Estames longos curvos, ovário súpero, estipitado (f. 11)
Pétalas unguiculadas (f. 12)
Cálice unido, rompendo-se  apenas por um lado (f. 13)
Racemo em botão fusiforme (f. 14)
Filotaxia alterna, folhas composta unifoliolada (f. 15)
Ramo (f. 16)
Filetes longos (f. 17)
Flor zigomorfa (f. 18)
Folha bilobada, nervação actinódroma (f. 19)
Pistilo estipitado (f. 20)
Flor zigomorfa  (f. 21)
Cálice naviculado  (f. 22)


Leguminosae, Cercidoideae, Bauhinia L. 1753. 150 -160 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 57 espécies das quais 37 são endêmicas (Vaz 2015).

Bauhinia L.

Arbusto ou árvore, tronco cilíndrico ou estriado; ramos inermes ou armados. Estípulas basifixas, caducas. Filotaxia alterna-dística. Folha unifoliolada, bilobada, nervação actinódroma, ápice bilobado, margem inteira, base rotunda, cordada, bicolor, coriácea, peciolada. Inflorescência terminal ou axilar, cimosa ou racemosa. Flores pediceladas, hipanto presente, zigomorfas, dialipétalas, pentâmeras, monóclinas, hipóginas; cálice dialissépalo, às vezes sépalas unidas; corola dialipétala, alva, amarela, vermelha, rosa, vinho; androceu 1-5-10-estames, homodínamos ou heterodínamo, anteras elípticas, rimosas; gineceu simples, ovário estipitado, unicarpelar, unilocular, pluriovulado, estilete presente, estigma plano. Fruto legume típico, linear, plano, valvas lignosas. Sementes, ovadas, obovadas a oblongas, testa dura, lisa.

Bauhinia variegata L., Species Plantarum 1: 375. 1753.

Planta arbórea, 7 m de altura, tronco pouco ramificado, copa fechada, assimétrica; ramo pouco difuso, cilíndrico, estriado, tomentuloso, inerme. Estípula 2, estreitamente-triangular, caduca. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, unifolioladas, bilobada, limbo dois lobos oblongos, ápice arrendodado, margem inteira, base cordada, face adaxial glabra, verde cinza, face abaxial, tomentulosa, nervura expressa; coriáceo; pecíolo longo, raque ausente. Inflorescência terminal; racemo, laxo; pedúnculo curto; botão clavado, costado. Flor zigomorfa, grande, pedicelada, monoica; cálice gamossépalo, rompendo-se por um lado; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculada, rosa, obovada, com estria vinho; androceu 10, estames 5 estames viáveis e 5 estaminódios, filete longo, curvado, branco, antera elíptica, rimosa, dorsefixa, castanha; gineceu 1, presença de ginóforo, ovário, súpero, pluriovulado, linear, plano, curvdo, estilete corvado, longo, estigma plano. Fruto legume, linear, plano, tomentoso.  

Comentário
Esta espécie é extremamente usada na arborização urbana, por apresentar flores grandes e bonitas.
Pode ser reconhecida pela flor rosa ou branca, as folhas são glabras meio cinéreas.

Nome popular: pata-de-vaca


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, SQN, W3 norte Brasília, Distrito Federal, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Referências

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Lorenzi, H., H.M. Souza, e M.A.V. Bacher, L.B. Torres. 2003. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa: Plantarum.

-Vaz, A.M.S.F. Bauhinia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de -Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 19 Abr. 2015Vaz, A.M.S.F. 2020. Bauhinia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27794>. Accessed on: 24 Apr. 2021

Exsicatas

Herbário P