Erva ereta ou trepadeira; ramos volúveis, glabra ou com indumento, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas trifolioladas; folíolos ovados, elípticos, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e adaxial glabra ou indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, racemo; brácteas presentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, assimétrica, monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, atropurpúrea, vermelha, vinho, alva, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado. Fruto linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Sementes reniformes, testa lisa, marmorada, hilo central.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Fabaceae - Macroptilium atropurpureum (Moc. & Sessé ex DC.) Urb.
Botão verde, estandarte verde, orbicular, alas atropurpúrea (f. 1)
Flores atropurpúreas (f. 2)
Inflorescência laxa (f. 3)
Flor séssil, cálice campanulado, pétalas heteromórficas, alas orbiculares (f. 4)
Nectário extra-floral no pedúnculo (f. 5)
Quilha retorcida envolvendo o tubo estaminal (f. 6)
Botões falcados (f. 7)
Androceu diadelfo, nectário circular na base do ovário (f. 8)
Folíolo ovado, discolor, cinza na face adaxial, nervura expressa (f. 9)
Folíolo basal oval (f. 10)
Folha trifoliolada, folíolos compostos (f. 11)
Raque curta, < o comprimento do pecíolo, estipelas 2 (f. 12)
Planta prostrada ou trepadeira (f. 13)
Fruto legume típico (f. 14)
Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Macroptilium (Benth.) Urb. 1928. 17 espécies (Lewis et al. 2005).
No Brasil ocorrem 11 espécies das quais uma é endêmica (Moura 2015).
Macroptilium (Benth.) Urb.
Macroptilium
atropurpureum (Moc. & Sessé ex DC.) Urb., Symbolae Antillanae seuFundamenta Florae Indiae Occidentalis 9(4): 457. 1928.
Basiônimo: Phaseolus atropurpureus Moc. & Sessé ex DC., Prodromus
Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 2: 395. 1825.
Planta volúvel, prostrada; ramo longo, cilíndrico, seríceo, cinza, inerme. Estípula 2,
triangular, caduca. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, trifoliolada;
folíolos basal e apical ovais, ápice obtuso, mucronado, margem inteira, lobada nos folíolos basais, base obtusa,
truncada, face adaxial verde, face abaxial indumento seríceo, cinza,
discolores, membranáceos, pecíolo 3x maior que o comprimento da raque, estipela
2 na base do folíolo, estreitamente-triangular. Inflorescência axilar, racemo laxo;
pedúnculo longo, cilíndrico, seríceo, cinza; botão falcado. Flor subséssil,
grande, monoica; cálice bilabiado, longo-campanulado, lacínios 5, triangulares;
corola 5, dialipétalas, pétalas unguiculadas, heteromórficas, papilionácea;
estandarte orbicular, reflexo, verde; alas orbicular, atropurpúrea; quilha
cocleada, vinho; androceu diadelfo, branco, cocleado, filete curto, antera
elíptica, rimosa, amarela; gineceu 1, ovário súpero, linear, seríceo,
pluriovulado, com nectário circular em sua base; fruto legume, cilíndrico,
seríceo, plurisseminado. Sementes oblongas, marmoradas, hilo elíptico, central.
Comentários
Esta espécie é encontrada em terrenos baldios e arenosos. Facilmente reconhecida pelos folíolos basais lobados e as flores atropurpúreas.
Na Paraíba ocorre em João Pessoa nos terrenos baldios dos Bancários.
Potencial: forrageira, fixadora de nitrogênio
Nome popular: feijão de rola
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, João Pessoa, Paraíba; Barão Geraldo, Campinas, São Paulo, Brasil.
Referências
-Amorim, L.D. et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar, nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-24], pp.105-124.
-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.
-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).
-De Candolle. 1825. Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 2: 395.
-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens
-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.
-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.
-Moura, T.M. Macroptilium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 14 Mai. 2015
-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
-Snak, C., Miotto, S.T.S., & Goldenberg, R. 2011. Phaseolinae (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia, 62(3), 695-716. https://doi.org/10.1590/2175-7860201162314
Exsicatas
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