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quarta-feira, 5 de abril de 2023

Fabaceae - Zornia ulei Harms

Flor com simetria zigomorfa ou bilateral, séssil ou sem pedicelo (f. 1)
Flor com corola papilionácea (f. 2)
Inflorescência espiciforme ou seja composta por flores sésseis, sendo a base da flor recoberta por um par de bractéolas (f. 3)
Corola papilionácea deixando evidente o estandarte (pétala superior), as alas (pétalas laterais), e a carena (pétalas inferiores), sendo estas concrescidas entre si, num formato falciforme ou em forma de foice (f. 4)
Flor mostrando a bilateralidade, sendo a pétala superior ou estandarte com estrias vermelhas, sendo esta coloração associadas aos polinizadores, alguns autores chamam de guia de néctar (f. 5)
Nesta imagem podemos ver filetes, referentes as estruturas constituintes do androceu ou seja filetes e anteras que formam os estames (f. 6)
Nesta imagem é possível ver nitidamente o estandarte com formato largo orbicular e o ápice suavemente emarginado; vemos ainda as alas com formato concavo-convexo ou com formato de concha (f. 7)
Aqui podemos ver o fruto do tipo lomento. O lomento é um tipo de fruto seco, indeiscente, que se fragmenta em segmentos, sendo estes segmentos partes dos frutos onde estão localizadas as sementes. Estes tipos de frutos favorecem nas leguminosas uma adaptação a baixa disponibilidade de água, de forma que a semente estará isolada do meio externo pela testa e pelas estruturas constituintes dos frutos que são o epicarpo ou parte externa, mesocarpo parte intermediaria e endocarpo que é a parte interna. No caso essas estruturas são muito estreitas, simulando uma semente. Em alguns casos o epicarpo é espinescente ou ornamentado, nesta espécie o epicarpo é ornamentado com pequenas espículas (f. 8)
Bractéolas ovais, com inserção ou conexão inserido no próximo a base, mas não no meio da base esse tipo de inserção é chamado de inserção basifixa, alguns autores falam de estípula peltada, de forma que a estípula protege o fruto durante a formação completa dele e das sementes, tendo em vista que o epicarpo é muito tênue. (f. 9)
Bractéolas protegendo os frutos do tipo lomento (f. 10)
Lomentos são frutos secos, indeiscentes ou seja que não abrem as valvas liberando os frutos, que se sementa formando dois ou mais segmentos de frutos.
Bractéolas ovais, medifixas ou fixas ao meio, ou auriculada, com nervuras proeminentes formando estrias visíveis ao olho nu. (f. 11)

Estípula medifixas, ovais (f. 12), estípulas são estruturas vegetais laminares ou foliáceas de origem não definida, alguns autores falam que se trata de uma estrutura que se origina na folha. As estípulas é atribuída a função de proteção das gemas, por outro, estas fazem fotossíntese podendo ampliar de alguma forma a produção de carboidratos importante no desenvolvimento da planta. No gênero Zornia 
em geral as estípulas tem inserção do tipo medifixa.
 
Estipulas protegendo a gema terminal, onde estão presentes tecidos meristemáticos (f. 13)
Folha palmada, tetrafoliolada (f 14), as folhas compostas podem ser pinadas ou palmadas. As folhas compostas palmadas apresentam uma disposição semelhante a uma mão com os dedos abertos. Nas plantas com folhas palmadas não apresentam uma estrutura conhecida como raque de forma que os folíolos irradiam do ápice do eixo do pecíolo. Em Zonia as espécies apresentam folhas palmadas.
Folha tetra-foliolada (f.15). Em Leguminosae ou Fabaceae as folhas compostas palmadas são frequentes principalmente dentro da subfamília Papilionoideae, alguns gêneros são facilmente reconhecidos por esta característica como CrotalariaLupinus e Zornia.
Folha com folíolos elípticos (f. 16) No gênero Zornia o número de folíolos por folha varia entre dois (2) e quatro (4). Esta característica morfológica é muito importante, pois é uma das características utilizadas para delimitar Seções. Sendo aquelas espécies com dois (2) folíolos pertencentes as seções Isophylla ou Anisophylla; enquanto as espécies que apresentam quatro (4) folíolos podem estar presente no subgênero Zornia Myriadena ou subgênero Zornia seção Zornia. (Mohlenbrok 1961)
Erva prostrada (f.16), no geral as espécies de Zornia apresentam a base lenhosa, sendo consideradas como subarbusto, de início esta espécie pareceu uma herbácea mesmo com caule tipo haste.
Indivíduo jovem, em estágio reprodutivo (f. 17), esta espécie apresenta ramos prostradas, mas com as inflorescências tem uma tendência a se apresentarem como decumbente.
Erva densamente florida (f. 18), no ambiente foi encontrada também em associação com uma espécie de Macroptilium a qual pode ser observada na foto, se destacando pelas folhas trifolioladas .
Ambiente de coleta composto dum substrato arenoso (f. 19), solo arenoso é pobre em matéria orgânica, muito quente quando em dia ensolarado, com baixa retenção de água, nesta área encontramos apenas espécies adaptadas como as plantas com hábito herbáceo cujo ciclo de vida é muito rápido.

Leguminosae, Papilionoideae, Dalberigieae, Zornia J.F.Gmel, subg. Zornia, seção Zornia75 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 37 espécies das quais 16 são endêmicas (Perez 2022).

Zornia J.F. Gmel., Syst. Nat., ed. 13[bis] 2(2): 1076. 1791 [1792].

Subarbusto, prostrado ou ereto; ramos difusos, cilíndricos, inermes, glabro ou com indumento. Estípulas medifixas, glândulas presentes. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folha palmada, bi-tetrafoliolada, folíolos simétricos ou assimétricos, lineares, oblanceolados, oblongos, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica ou aguda, face adaxial glabra ou glabrescente, face abaxial glabra ou pilosa, glândulas presentes. Inflorescência terminal ou flores isoladas; bractéolas medifixas; flor séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina, pentâmera; cálice campanulado, breve-lobado, 5 lobos; corola papilionácea, dialipétala, pétalas unguiculadas, amarelas; estandarte com estria vinho, alas livres, quilhas fundidas, falcadas; androceu monadelfo, anteras dimórficas; gineceu simples, ovário pluriovulados, estilete glabro, estigma puntiforme. Fruto lomento, séssil, linear, articulado, valvas inerme ou espinescentes.

Zornia ulei Harms, Bot. Jahrb. Syst. 42(2-3): 212. 1908.

Determinador: Ana Paula Fortuna Perez

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Loteamento Recife, Petrolina, Pernambuco, Brasil.

Referências


-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Ferreira, J.J.S., Oliveira, A.C.Silva, Queiroz, R. T.e, & Silva, J.S. 2019. A tribo Dalbergieae s.l. (Leguminosae-Papilionoideae) no município de Caetité, Bahia, Brasil. Rodriguésia, 70, e03502017. Epub December 20, 2019.https://doi.org/10.1590/2175-7860201970089

-Fortuna-Perez, A.P., Lewis, G.P., Queiroz, R.T., Santos-Silva J., Tozzi, A.M.G.A. & Rodrigues, K.F. 2015. Fruit as diagnostic characteristic to recognize Brazilian species of Zornia (Leguminosae, Papilionoideae). Phytotaxa 219: 27-42.

-Fortuna-Perez, A.P. & Tozzi, A.M.G.A. 2011. Nomenclatural changes for Zornia (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae) in Brazil. Novon 21: 331-337. <http://dx.doi.org/10.3417/2010040>.

-Fortuna-Perez, A.P. 2009. O gênero Zornia J.F. Gmel. (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae): revisão taxonômica das espécies ocorrentes no Brasil e filogenia. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 271p.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Mohlenbrock, R. 1961. A monograph of the Leguminous genus Zornia Webbia 16: 1-141.

-Perez, A.P.F. Zornia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 20 Set. 2015

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Rebouças, N.C., Carneiro, J.A. Arcanjo, Ribeiro, R.T.M., Queiroz, R.T., & Loiola, M.I.B. 2019. Zornia (Leguminosae) no estado do Ceará, Nordeste do Brasil. Rodriguésia, 70, e03152017. Epub August 08, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970036

-Silva, R.P., Queiroz, R.T., & Fortuna-Perez, A.P. 2020. O gênero Zornia (Fabaceae - Papilionoideae) no estado da Paraíba, Brasil. Rodriguésia, 71, e02612018. Epub November 23, 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071123


Exsicatas

Herbário MO








quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Macroptilium panduratum (Benth.) Maréchal & Baudet

Flor assimétrica (f. 1)
Quilha cocleada  (f. 2)
Flor subséssil  (f. 3)
Inflorescência pseudorracemo  (f. 4)
Cálice gamossépalo  (f. 5)

Flor patente com relação ao pedúnculo  (f. 6)
Face abaxial mostrando a nervação craspedódroma  (f. 7)
Face abaxial  (f. 8)
Erva prostrada  (f. 9)
Fruto tipo legume  (f. 10)
Pedúnculo maior que o comprimento da folha  (f. 11)
Espécie crescendo sobre a areia  (f. 12)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Macroptilium (Benth.) Urb., seção Macroptilium, 1928. 17 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 12 espécies das quais duas são endêmicas (Snak et al. 2022).

Macroptilium (Benth.) Urb. 

Erva ereta ou trepadeira; ramos volúveis, glabra ou com indumento, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas uni-trifolioladas; folíolos ovados, elípticos, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e adaxial glabra ou indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, racemo; brácteas presentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, assimétrica, monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, atropurpúrea, vermelha, vinho, alva, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado. Fruto linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Sementes reniformes, testa lisa, marmorada, hilo central.

Macroptilium panduratum (Benth.) Maréchal & Baudet, Bull. Jard. Bot. Natl. Belg. 47(1/2): 257. 1977.

Comentários

Essa espécie ocorre é endêmica da Caatinga; apresenta como hábito prostrado, ramos cilíndricos tomentosos, flores atropurpureas.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Petrolina, Pernambuco, Brasil.

Referências


-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Berlingeri, C., M. B. Crespo & T. Calles. 2020. The Macroptilium gracile species complex (Fabaceae, Papilionoideae): an integrative taxonomic study based on morphological, molecular and ecological data. Bot. J. Linn. Soc. 194(1): 118–139.

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Moura, T.M. 2015. Macroptilium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil2015.jbrj.gov.br/FB29785)

-Ribeiro, C.L. Estudo taxonômico do gênero Macroptilium (benth.) Urb. (Leguminosae: Papilionoideae) no Brasil [dissertação]. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS; 2022.

-Snak, C.; Ribeiro, C.L.; Delgado-Salinas, A. Macroptilium in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB29785>. Accessed on: 31 Aug. 2022

 Exsicatas

Herbário Reflora

segunda-feira, 28 de março de 2022

Phylogeny of Macroptilium (Leguminosae): morphological, biochemical and molecular evidence

 


Macroptilium atropurpureum

Phylogeny of Macroptilium (Leguminosae): morphological, biochemical and molecular evidence

-Espert, S.M.; Drewes, S.I. e Burghardt, A.D. 2007. Phylogeny of Macroptilium (Leguminosae): morphological, biochemical and molecular evidence. Cladistics 23: 119–129.  

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Fabaceae - Macroptilium monophyllum (Benth.) Maréchal & Baudet

Pseudorracemo com flor assimétrica com alas bem desenvolvidas (f.  1)
Estandarte menor que as alas, flor subséssil (f.  2)
Legume linear, cilíndrico, epicarpo rufo-indumentado (f.  3)
Folíolo oval (f.  4)
Nervação actinódroma (f.  5)
Estípulas estreito-triangulares (f.  6)
Frutos imaturos (f.  7)
Planta prostrada (f.  8)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Macroptilium (Benth.) Urb. 1928. 17 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 11 espécies das quais uma é endêmica (Moura 2015).

Macroptilium (Benth.) Urb. 

Erva ereta ou trepadeira; ramos volúveis, glabra ou com indumento, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas unitrifolioladas; folíolos ovados, elípticos, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e adaxial glabra ou indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, racemo; brácteas presentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, assimétrica, monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, atropurpúrea, vermelha, vinho, alva, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado. Fruto linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Sementes reniformes, testa lisa, marmorada, hilo central.

Macroptilium monophyllum (Benth.) Maréchal & Baudet, Bull. Jard. Bot. Natl. Belg. 47(1/2): 257. 1977.

Basiônimo: Phaseolus monophyllus Benth., Comm. Legum. Gen.: 76. 1837.

Fotos: Geraldo Magela, Curvelo, Minas Gerais


Referências


-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Moura, T.M. Macroptilium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 14 Mai. 2015

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.


Exsicatas

Herbário MO
 

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Fabaceae - Macroptilium campestre (Mart. ex Benth.) Berlingeri, M.B. Crespo & Calles -feijão de rolinha-

 Flor subséssil, cálice tubuloso, 5-laciniado, alas largo-ovado, orbiculado, botão clavado (f. 1)
 Pedúnculo tomentoso, flor subséssil, alar maiores que as demais pétalas (f. 2)
 Alas orbiculares, quilha cocleada, vermelha (f. 3)
 Flor com alas removidas, estandarte orbicular, concava, quilha cocleada, cálice tubuloso (f. 4)
Flor com alas e quilhas removidas, androceu diadelfo, cocleado, cálice tomentoso (f. 5) 
 Pedúnculo tomentoso, cilíndrico, fruto legume jovem, cilíndrico, seríceo, flor com cálice tubuloso, estandarte reflexo (f. 6)
 Inflorescência racemo, com nectário na base do pedicelo com vespas visitantes (f. 7)
 Inflorescência pauciflora (f. 8)
 Pedúnculo longo (f. 9)
 Pedúnculo longo (f. 10)
 Fruto legume, linear, cilíndrico, seríceo (f. 11)
 Legume plurisseminado, semente imatura (f. 12)
Sementes romboides, testa marmorada, hilo subcentral (f. 13)
 Folha trifoliolada, folíolos sublobado, ápice mucronado, margem inteira, base assimétrico (f. 14)
 Folíolos lanceolados-ovado (f. 15)
 Face adaxial tomentosa (f. 16)
 Face abaxial tomentosa (f. 17)
Ramo cilíndrico, tomentosa, estípula triangular (f. 18)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Macroptilium (Benth.) Urb., seção Macroptilium, 1928. 17 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 12 espécies das quais suas são endêmicas (Snak et al. 2022).

Macroptilium (Benth.) Urb. 

Erva ereta ou trepadeira; ramos volúveis, glabra ou com indumento, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas unitrifolioladas; folíolos ovados, elípticos, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e adaxial glabra ou indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, racemo; brácteas presentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, assimétrica, monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, atropurpúrea, vermelha, vinho, alva, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado. Fruto linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Sementes reniformes, testa lisa, marmorada, hilo central.


BasiônimoPhaseolus campestris Mart. ex Benth., Comm. Legum. Gen.: 77. 1837.
Planta anual, trepadeira; ramo cilíndrico, tomentoso, inerme. Estípula 2, triangular, persistente. Filotaxia alterna, espiralada. Folha imparipinada, trifoliolada; folíolo ovado-lanceolado, lobado, ápice mucronado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial tomento, membranoso; pecíolo menor que a raque, estipela 1 par por folíolos. Inflorescência axilar, pseudorracemo, longipedunculado. Flor subséssil, monoica, assimétrica; cálice tubuloso, lacínio 5, tomentoso; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculada, vermelha; estandarte, orbicular, glabra, reflexa; alas largo-ovado, orbicular, maior que as demais pétalas; quilha colceada; androceu diadelfo, branco, estames 10, antera oblonga, amarela; gineceu unicarpelar, unilocular, nectário na base do ovário; ovário súpero, pluriovulado, filete curvo, longo. Fruto legume, linear, cilíndrico, plurisseminado, seríceo, valvas membranáceas. Semente romboide, testa lisa, marmorada; hilo subcentral.

Comentários

Essa espécie ocorre é endêmica da Caatinga; apresenta como hábito trepador, ramos cilíndricos tomentosos, longipedunculados; flores vermelhas.

Na Paraíba ocorre no município de São José dos Cordeiros.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serrinha do Canto, Sítio de Chico Raimundo, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil.

Referências


-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Berlingeri, C., M. B. Crespo & T. Calles. 2020. The Macroptilium gracile species complex (Fabaceae, Papilionoideae): an integrative taxonomic study based on morphological, molecular and ecological data. Bot. J. Linn. Soc. 194(1): 118–139.

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Moura, T.M. 2015. Macroptilium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil2015.jbrj.gov.br/FB29785)

-Ribeiro, C.L. Estudo taxonômico do gênero Macroptilium (benth.) Urb. (Leguminosae: Papilionoideae) no Brasil [dissertação]. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS; 2022.

-Snak, C.; Ribeiro, C.L.; Delgado-Salinas, A. Macroptilium in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB29785>. Accessed on: 31 Aug. 2022


Exsicatas

Herbário