Flor atropúrpuea, alas orbiculares (f. 1)
Estandarte reflexo, distinto das alas, ápice retuso (f. 2)
Flor subséssil (f. 3)
Ala obovada, atropurpúrea (f. 4)
Tudo estaminal cocleado, anteras amarelas (f. 5)
Estames diadelfo (f. 6)
Quilha cocleada (f. 7)
Cálice tubuloso, lacínios triangulares (f. 8)
Alas grandes (f. 9)
Pseudorracemo (f. 10)
Botão falcado (f. 11)
Corola assimétrica (f. 12)
Flores grandes (f. 13)
Brácteas estreitamente-triangulares (f. 14)
Ovário séssil, verde (f. 15)
Fruto linear, valva castanhas (f. 16)
Filotaxia alterna, dística (f. 17)
Folíolos ovado-oblongo, videscente (f. 18)
Pecíolo longo 3x maior que o comprimento da raque (f. 18)
Folha trifoliolada (f. 19)
Folíolos 3, ápice agudo, margem inteira (f. 20)
Planta subarbustiva (f. 21)
Ramos estriados, estípula triangular (f. 22)
Ramo seríceo (f. 23)
Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Macroptilium (Benth.) Urb. 1928. 17 espécies (Lewis et al. 2005).
No Brasil ocorrem 12 espécies das quais duas são endêmicas (Snak et al. 2022).
Macroptilium (Benth.) Urb.
Erva ereta ou
trepadeira; ramos volúveis, glabra ou com indumento, inerme. Estípulas basifixas,
persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas trifolioladas; folíolos
ovados, elípticos, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e
adaxial glabra ou indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior
que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, pseudorracemo; brácteas
presentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, assimétrica,
monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento
do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, atropurpúrea, vermelha,
vinho, alva, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu
monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu
simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado.
Fruto linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Sementes reniformes,
testa lisa, marmorada, hilo central.
Macroptilium lathyroides (L.) Urb., Symbolae Antillanae seu Fundamenta Florae IndiaeOccidentalis 9(4): 457. 1928.
Basiônimo: Phaseolus lathyroides L., Species Plantarum, Editio Secunda
2: 1018. 1763.
Planta subarbustiva,
ereta, 60 cm de altura, pouco ramificada; ramo cilíndrico, glabro, estriado,
inerme. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, trifoliolada, folíolo
ovado-lanceolado, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face adaxial
glabra, face abaxial incana, estipela estreitamente-triangular, pecíolo com
comprimento 3 vezes maior que o comprimento da raque. Inflorescência axilar,
racemo, pedúnculo muito longo, linear. Bráctea estreitamente-triangular. Botão
falcado, verde, membranáceo. Flor subséssil, grande, monoica; cálice
campanulado, bilabiado, lacínios 5, triangulares; corola 5, pétalas
unguiculadas; estandarte orbicular, curvado, vinho-esbranquiçado; alas
orbiculares, atropurpúreas, quilha cocleada, envolvida no tudo estaminal;
androceu 10, diadelfo, tubo branco, colceado, branco, filetes curtos, anteras
oblongas, amarelas, rimosas; gineceu 1, ovário súpero, séssil, pluriovulado,
linear. Fruto legume, linear, cilíndrico, valvas castanhas, incano,
plurisseminado. Sementes oblongas, plana, testa dura, lisa, marmorada, hilo
ovado, subcentral.
Comentários
Esta espécie é facilmente
reconhecida pelo hábito ereto, estípulas estreitamente-triangulares, folíolos
ovado-oblongos e inflorescência axilar, racemo linear. Apresenta variação
morfológica com relação a presença de tricoma que pode está presente ou
ausente.
Muitas vezes é listada como planta invasora de plantações.
Nome popular: Feijão de rola
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Rua José Martins, Barão Geraldo, Campinas, São Paulo, Brasil.
Referências
-Amorim, L.D. et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar, nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-24], pp.105-124.
-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.
-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).
Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb
-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens
-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.
-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.
-Moura, T.M. Macroptilium in Lista de Espécies da Flora do
Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em:
. Acesso em: 14
Mai. 2015
-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
-Ribeiro, C.L. Estudo taxonômico do gênero Macroptilium (benth.) Urb. (Leguminosae:
Papilionoideae) no Brasil [dissertação]. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS; 2022.
-Snak, C., Miotto, S.T.S., & Goldenberg, R. 2011. Phaseolinae (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia, 62(3), 695-716. https://doi.org/10.1590/2175-7860201162314
Exsicatas
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ResponderExcluirClaro que pode, apaguei sem querer.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPor que não M. atropurpureum? Moro em Sousa, as que conheço os folíolos não tem o ápice agudo, embora não seja trepadeira. Obrigado!
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