terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Fabaceae - Macroptilium lathyroides (L.) Urb.

Flor atropúrpuea, alas orbiculares (f. 1)
Estandarte reflexo, distinto das alas, ápice retuso (f. 2)
Flor subséssil (f. 3)
Ala obovada, atropurpúrea (f. 4)
Tudo estaminal cocleado, anteras amarelas (f. 5)
Estames diadelfo (f. 6)
Quilha cocleada (f. 7)
Cálice tubuloso, lacínios triangulares (f. 8)
Alas grandes (f. 9)
Pseudorracemo (f. 10)
 Botão falcado (f. 11)
Corola assimétrica (f. 12)
Flores grandes (f. 13)
Brácteas estreitamente-triangulares  (f. 14)
Ovário séssil, verde (f. 15)
Fruto linear, valva castanhas (f. 16)
Filotaxia alterna, dística (f. 17)
Folíolos ovado-oblongo, videscente (f. 18)
Pecíolo longo 3x maior que o comprimento da raque (f. 18)
Folha trifoliolada (f. 19)
Folíolos 3, ápice agudo, margem inteira (f. 20)
Planta subarbustiva (f. 21)
Ramos estriados, estípula triangular  (f. 22)
Ramo seríceo (f. 23)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Macroptilium (Benth.) Urb. 1928. 17 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 12 espécies das quais duas são endêmicas (Snak et al. 2022).

Macroptilium (Benth.) Urb. 
Erva ereta ou trepadeira; ramos volúveis, glabra ou com indumento, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas trifolioladas; folíolos ovados, elípticos, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e adaxial glabra ou indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, pseudorracemo; brácteas presentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, assimétrica, monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, atropurpúrea, vermelha, vinho, alva, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado. Fruto linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Sementes reniformes, testa lisa, marmorada, hilo central.



Basiônimo: Phaseolus lathyroides L., Species Plantarum, Editio Secunda 2: 1018. 1763.

Planta subarbustiva, ereta, 60 cm de altura, pouco ramificada; ramo cilíndrico, glabro, estriado, inerme. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, trifoliolada, folíolo ovado-lanceolado, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face adaxial glabra, face abaxial incana, estipela estreitamente-triangular, pecíolo com comprimento 3 vezes maior que o comprimento da raque. Inflorescência axilar, racemo, pedúnculo muito longo, linear. Bráctea estreitamente-triangular. Botão falcado, verde, membranáceo. Flor subséssil, grande, monoica; cálice campanulado, bilabiado, lacínios 5, triangulares; corola 5, pétalas unguiculadas; estandarte orbicular, curvado, vinho-esbranquiçado; alas orbiculares, atropurpúreas, quilha cocleada, envolvida no tudo estaminal; androceu 10, diadelfo, tubo branco, colceado, branco, filetes curtos, anteras oblongas, amarelas, rimosas; gineceu 1, ovário súpero, séssil, pluriovulado, linear. Fruto legume, linear, cilíndrico, valvas castanhas, incano, plurisseminado. Sementes oblongas, plana, testa dura, lisa, marmorada, hilo ovado, subcentral.

Comentários

Esta espécie é facilmente reconhecida pelo hábito ereto, estípulas estreitamente-triangulares, folíolos ovado-oblongos e inflorescência axilar, racemo linear. Apresenta variação morfológica com relação a presença de tricoma que pode está presente ou ausente.
 Na Paraíba ocorre bastante em João Pessoa nos terrenos baldios, são plantas glabras enquanto que os materiais coletados em Sousa são híspidos.
Muitas vezes é listada como planta invasora de plantações.

Nome popular: Feijão de rola

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Rua José Martins, Barão Geraldo, Campinas, São Paulo, Brasil.

Referências

-Amorim, L.D. et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar, nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-24], pp.105-124.

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).

-Costa, R.K.A.; Queiroz, R.T. 2019. A tribo Phaseoleae (Leguminosae, Papilionoideae) na mata do
Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Moura, T.M. Macroptilium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 14 Mai. 2015

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Ribeiro, C.L. Estudo taxonômico do gênero Macroptilium (benth.) Urb. (Leguminosae: Papilionoideae) no Brasil [dissertação]. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS; 2022.

-Ribeiro, C.L.; Queiroz, L.P. e Snak, C. 2017. Flora Da Bahia: Leguminosae – Macroptilium (Papilionoideae: Phaseoleae). Anais dos Seminários de Iniciação Científica. N. 17. http://dx.doi.org/10.13102/semic.v0i21.2170


-São-Mateus, W.M.B.; Cardoso, D.; Jardim, J.G. & Queiroz, L.P. 2013. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. Biota Neotropica 13: 315-362.  https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400028.

-Snak, C., Miotto, S.T.S., & Goldenberg, R. 2011. Phaseolinae (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia, 62(3), 695-716https://doi.org/10.1590/2175-7860201162314

Exsicatas


Herbário K e P

4 comentários:

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  3. Por que não M. atropurpureum? Moro em Sousa, as que conheço os folíolos não tem o ápice agudo, embora não seja trepadeira. Obrigado!

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