Flores alvas com filetes excertos e anteras laranjas (f. 1)
Ramos floridos (f. 2)
Flores actinomorfas, dialipétalas, monoclinas (f. 3)
Flor diplostêmone (f. 4)
Racemo congesto (f. 5)
Inflorescência terminal (f. 6)
Flores breve-pediceladas (f. 7)
Frutos planos, imaturos (f. 8)
Fruto seco, deiscente, sementes castanho (f. 9)
Filotaxia alterna dística, folhas bifolioladas, glabras (f. 10)
Semente obovada, monocromada, testa lisa (f. 11)
Leguminosae Juss., Detarioideae, Tribe Detarieae DC., Peltogyne Vogel 1837, 25 esopecies (Lewis et al. 2005, Estrella et al. 2018).
No Brasil ocorrem 23 espécies das quais 15 são endêmicas (Lima e Cordula 2015)
Peltogyne Vogel 1837:410
Sépala 4 oblonga, ovada, concava, base suavemente unida com pontuações translúcidas, de ápice de outros tamanhos. Pétalas 5, livres, levemente desiguais, suboblonga, ligeiramente maior que o cálice. Estames 10 férteis, livres, insertos na base do cálice e das pétalas; filamentos subcilíndrico, glabro. Ovário compresso, oval, base curtamente atenuada, pouco ovulado, estilete cilíndrico e compresso subereto; estigma peltado-capitado (Vogel 1837).
Bentham, G. 1870:231
Árvores inermes. Folha bifoliolada, folíolos com pontuações translúcidas. Flores pequenas ou moderada, racemosas, racemos curtos junto ao ápice ramoso, paniculado. Brácteas, bractéolas pequenas caducas ou estes raro persistente (Bentham 1870).
Gênero aparentado com Hymeneae, flores frequentemente menores e frutos diferentes. Espécies com cálice de tubo curtíssimo para convergir com Copaiferas, mas pétalas desdobrando, ovário pluriovulado, e legume plano facilmente discernido (Bentham 1870)
Peltogyne pauciflora Benth.
Flora Brasiliensis 15(2): 234. 1870. Tipo: Brasil, Bahia, Blanchet 3150 (Holótipo: K, isótipo: NY imagem!)
Árvore ou arvoretas 3
metros de altura, caule cilíndrico, escuro; ramos bem difusos, cilíndricos,
inermes, suavemente piloso. Estípulas 2, intrapeciolares. Folhas, compostas
bifolioladas; folíolos 2, assimétricos, falcado, oblongo-elíptico, ápice
obtuso-arredondado, margem inteira, base assimétrica, coriáceos, face inferior
suavemente pubescente e superior glabras, viridescente (verde brilhoso).
Inflorescência terminal, panícula congestas. Pedicelo longo. Botões pequenos,
esféricos, brancos. Flor pequena, monoica; hipanto curto; cálice 5 sépalas,
pétalas 5, brancas, obovado; androceu 10 estames, exsertos, filetes brancos,
anteras amarelas, gineceu ovário súpero, breve estipitado, verde, estilete
curto, estigma achatado. Legume típico, plano, ovado-orbicular, glabro, valvas
coriáceas, monosperma. Sementes 1,0 x 0,8 cm, obovadas, lisa, monocromada,
marrom, hilo central.
Comentário
Esta espécie ocorre em áreas mais preservadas, com o hábito arbóreo, apresentando folhas lustrosas, perenes. O hábito varia de arbustivo a arbóreo sendo encontrada as vezes nas fraturas dos afloramentos rochosos.
Planta encontrada no interior da Cabaceiras, Pai Mateus; São José dos Cordeiros, RPPN Fazenda Almas - Paraíba.
Etimologia: Pelto: grego=escudo, gyne: gr.= mulher, em alusão a forma do estigma (Lewis et al. 2005).
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Cabaceiras, Paraíba, Brasil.
-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.
-Lewis, G.P. (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.
-Lima, H.C. de; Cordula, E. Peltogyne in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 22 Mar. 2015
antana. 467p.
-Vogel, J.R.T. Peltogyne. 1837. Linnaea 11: 410. (Apr-Jul 1837)