terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Fabaceae - Inga vera Willd. -inga-

Inflorescência panícula de glomérulo, flor tubulosa, verde (f. 1)
Flor polistêmone, filestes longos, alvos (f. 2)
Folha pinada, folíolos oblongos, pilosos (f. 3)
Filetes longos alvos, flor grande, monoica (f. 4)
Flor séssil, cálice e corola tubulosos, androceu monadelfo, estames com filetes longos, alvo (f. 5)
Inflorescência multiflora, botões clavados (f. 6)
Folha paripinada, raque alada, com nectário entre os pares de folíolos (f. 7)
Pedúnculo rufo, tomentuloso, estriado, flor tubulosa, androceu monadelfo, estames unidos por um tubo, filetes alvos, anteras amarelas (f. 8)
Ramo florido, flores grandes e alvas (f. 9)
Fruto baga, epicarpo tomentoso, rufo (f. 10)

Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Inga Mill. Seção Inga 300 espécies (Lewis et al. 2005, Pennington 1997)

No Brasil são encontradas 131 espécies das quais 51 são endêmicas (Garcia e Fernandes 2015).
Inga Mill.
Árvore, ramo inerme, estípula presente. Folha paripinada, raque alada ou não, glândulas presentes. Inflorescência espiga ou racemo. Flor séssil ou pedicelada, pentâmeras, actinomorfa, monoclina, hipógina, polistêmone, cálice gamossépalo, corola gamopétala, androceu monadelfo, gineceu simples, ovário séssil, pluriovulado. Fruto baga; semente com arilo.

Planta arbórea ca. 8 m alt.; tronco pouco ramificado, cilíndrico, casca escura, não estriado; ramo pouco ramificado, lenticelados, parte jovem estriada, rufo-tomentoso, inerme. Estípula 2, caduca. Filotaxia alterna, dística. Folha paripinada, 4-6-folíolada, folíolo oblongo-elíptico, ápice cuspidado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabrescente, discolores, coriáceo; pecíolo curto, raque alada; 1 glândula séssil, concava, raque na base de cada par de folíolo. Inflorescência axilar ou terminal, panícula de glomérulo, pedúnculo longo, bráctea inconspícuas; cálice tubuloso, rufo-tomentuloso, corola tubulosa, rufo-esverdeada, esverdeado, lobos 5; androceu monadelfo, filete longo, alvo, antera amarela, gineceu monocarpelar, ovário súpero, pluriovulado, estilete longo, estigma capitado. Fruto tipo baga, linear, plano, rufo-tomentuloso. Sementes arilada, arilo alvo.


Comentário

Planta usada na ornamentação.


Nome popular: Ingá  (Silva et al. 2004)

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Barão Geraldo, Campinas, São Paulo, Brasil.

Referencias

-Chagas, A.P., Garcia, F.C.P. and Dutra, V.F. Flora of Espírito Santo: Inga (Fabaceae, Mimosoid clade). Rodriguésia [online]. 2022, v. 73 [Accessed 13 May 2022] , e00442021. Available from: <https://doi.org/10.1590/2175-7860202273017>. Epub 07 Mar 2022. ISSN 2175-7860. https://doi.org/10.1590/2175-7860202273017.

-Garcia, F.C.P.; Fernandes, J.M. Inga in Lista de espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 23 fev. 2015.

-Garcia, F.C.P. 2016. Tribo Ingeae Benth. In: Wanderley MGL, Shepherd GJ, Melhem TSA, Giulietti AM & Martins SE (orgs.) Leguminosae. Flora fanerogâmica do estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo. Vol. 8, pp. 89-119.


-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Mata, M.F. O gênero Inga (Leguminosoe, Mimosoideae) no Nordeste do Brasil: citogenética, taxonomia e tecnologia de sementes. 2009. 183 f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2009.

-Pennington, T.D. 1997. The Genus Inga. Botany. Royal Botanical Garden. p. 844.

-Possette, R.F.S., & Rodrigues, W.A. 2010. O gênero Inga Mill. (Leguminosae - Mimosoideae) no estado do Paraná, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 24(2), 354-368. https://doi.org/10.1590/S0102-33062010000200006
-Silva, M.F. de, Souza, L.A. G. de amp; Carreira, L.M. de M. 2004.  Nomes populares das Leguminosas do Brasil. Manaus. Edua. 

-Soto, J., Pacheco, D., Zambrano, O., Ortega, J. 2012 Revisión florística del género Inga Miler (Leguminosae-Mimosoideae) en el estado Zulia, VenezuelaActa Botánica Venezuelica, vol. 35, núm. 1, enero-junio, 2012, pp. 27-52.

Exsicatas

Herbário K

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Fabaceae - Indigofera suffruticosa Mill. - anil, anileira -

Flor zigomorfa, mostrando tubo estaminal. Mecanismo de polinização por disparo, as quilhas suportam o tubo estaminal até a chegada do polinizador quando as pétalas da quilha abrem gerando um disparo quando os pólens são depositados no bicho (f. 1)
Racemo axilar (f. 2)
                    Inflorescência longa e congesta (f. 3)              
Inflorescência axilar (f. 4)
Folha composta, imparipinada, folíolos elípticos (f. 5)
Variação no número de folíolos da folha (f. 6)
Flores pequenas (f. 7)
Frutos imaturos, curvados (f. 8)
Planta com muitos frutos, legumes (f. 9)
Folha maior em comprimento que a inflorescência (f. 10)
Ramo lenhoso, bastante ramificado (f. 11)
Frutos maduros (f. 12)
Fruto seco, deiscente (f. 13)

Leguminosae - Papilionoideae - Indigofeareae- Indigofera L. seção Tinctoria, 700 espécies. (Lewis et al. 2005, Rydberg 1923).

No Brasil ocorrem 13 espécies das quais 4 são endêmicas (Queiroz 2020).


Subarbusto ou arbusto, ramos cilíndricos ou estriados, indumento malpighiáceo presente, inermes. Estípulas 2, laterais, caducas ou persistentes. Filotaxia alterna espiralada ou dística. Folha imparipinada, raque maior que o pecíolo, pecíolo canaliculado. Inflorescência axilar, racemo, menor que o comprimento da folha. Flor zigomorfa, hipógina, monoclina, subséssil, dialipétala; cálice tubuloso, lacínios 5; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas; androceu monadelfo, estames 10, antaras apiculadas, rimosas; gineceu simples, unicarpelar, unilocular; ovário séssil, pluriovulados. Fruto legume ou folículo, linear.


Planta arbustiva, com cerca de 1,5 m de altura; caule cilíndrico, lenhoso, lenticelado; ramos jovens estriados, costados, com tricoma malpighiáceo, inerme. Estípula caduca. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta, imparipinada, folíolo 13-15, elíptico-oblongo, ápice agudo, margem inteira, base cuneada, face adaxial e abaxial com tricoma malpighiáceo, membranáceo, raque com comprimento 8 vezes maior que o pecíolo. Inflorescência axilar, racemo congesto, com comprimento inferior ao comprimento da folha. Flor pequena, subséssil, monoica; cálice campanulado, pequeno, lacínios 5, triangulares; corola 5, pétalas unguiculadas, vermelhas, estandarte orbicular, alas livres, quilha adnata; androceu 10, diadelfo, antera, apiculada; gineceu 1, ovário súpero, séssil, pluriovulado. Fruto legume, oblongo, cilíndrico, curvado, valvas com tricoma malpighiáceo. 

Comentário 
Esta espécie é facilmente reconhecida pelos ramos jovens fortemente estriados, costados, folhas grandes; frutos cilíndricos, arqueados. É uma espécie muito frequente em ambientes antropizados.

Na Paraíba ocorre em praticamente todos os municípios no período de chuva, muito comum em João Pessoa, nos ambientes antropizados.

Nome popular: Anil

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Barão Geraldo, Campinas, São Paulo, Brasil.


Referências


-Eisinger, S.M. 1987. O gênero Indigofera L. (Leguminosae-Papilionoideae-Indigofereae) no Rio Grande do Sul - Brasil. Acta Botanica Brasilica [online]. 1987, v. 1, n. 2 [Acessado 26 Maio 2022] , pp. 123-140. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-33061987000200004>. Epub 14 Jun 2011. ISSN 1677-941X. https://doi.org/10.1590/S0102-33061987000200004.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lievens, A.W. 1992. Taxonomic Treatment of Indigofera L. (Fabaceae: Faboideae) in the New World. LSU Historical Dissertations and Theses. 5395.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Macbride, J. F. 1943. Leguminosae. Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 13(3/1): 3–507.

-Miotto, S.T.S.; Iganci, J.R.V. Indigofera in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 29 Abr. 2015

-Moreira, J.L.A., & Azevedo-Tozzi, A.M.G. 1997. Indigofera L. (Leguminosae, Papilionoideae) no estado de São Paulo, Brasil. Brazilian Journal of Botany, 20(1), 97-117.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Queiroz, R.T. 2020. Indigofera in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB83216>. Accessed on: 29 Apr. 2021

-Rydberg, P. A. 1923. Fabaceae–Indigofereae, Galegeae (pars). 24(3): 137–200. In N.L. Britton (ed.) N. Amer. Fl.. New York Botanical Garden, Bronx.

-São Paulo, R. de C.A.M., Estudo Taxonômico Do Gênero Indigofera L; (Leguminosae-Papilionoideae) Na Bahia; 2022; Dissertação (Mestrado em Botânica) - Universidade Estadual de Feira de Santana.

Exsicatas

Herbário KP

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Fabaceae - Cassia ferruginea (Schrad.) Schrader ex DC. - aleluia -

Racemo pendulo (f. 1)
Árvore com copa aberta (f. 2)
Sob a copa (f. 3)
Filotaxia alterna, espiralada, folhas compostas, multijuga, paripinada (f. 4)
Tronco ramificado, cilíndrico, cinzento (f. 5)
Tronco cilíndrico, estriado com lenticelas (f. 6)
Ramos jovens, estriados, tomentosos, estípulas lineares, falcadas (f. 7)
Folhas longas, folíolos oblongos (f. 8)
Ramo estriado (f. 10)
Folíolo oblongo, ápice mucronado (f. 11)
Inflorescência axilar, brácteas estreitamente-lanceoladas (f. 12)
Botões jovens (f. 13)
Botões oblongos (f. 14)
Inflorescência pêndula laxa (f. 15)
Inflorescências longas (f. 16)
Estames longos, sigmoides, não entumescido, ovário longo, linear (f. 17) 
Filotaxia espiralada (f. 18)
Pétalas unguiculadas, oblongo-elíptica (f. 19)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Cassineae, Cassia L. 1753 (Irwin e Barneby 1982).

No Brasil ocorrem 11 espécies das quais 2 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).




Árvores, copas abertas, ramos estriados ou cilíndricos, indumento presente ou glabro, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada ou alterna-dística. Folhas paripinadas, multijuga, raque maior que o pecíolo, sem nectário; folíolos opostos, oblongos, elípticos, ápice agudo, mucronado, retuso, margem inteira, base obtusa, rotunda, face adaxial glabra, face abaxial pilosa, membranáceo. Inflorescência terminal, racemo ou panícula; brácteas inconspícuas ou ausentes; flores, pediceladas, bractéolas ausentes, pentâmera, zigomorfas, monoclinas, hipóginas; cálice dialissépalo, corola dialipétala, pétalas unguiculadas, rosas ou amarelas; androceu diplostêmone, dialistêmone, estames heteromórficos, sigmoides, anteras elípticas, rimosas; ovário súpero, breve-estipitado, pluriovulados, estilete longo, estigma puntiforme. Frutos câmaras, lineares, planos ou cilíndricos, epicarpo liso, mesocarpo segmentados. Sementes obovadas, testa lisa, castanho.


Cassia ferruginea (Schrad.) Schrader ex DC.,  Prodromus Systematis Naturalis RegniVegetabilis 2: 489. 1825.

Basiônimo: Bactyrilobium ferrugineum Schrad., Goett. Gel. Anz. 1(72): 713. 1821.

Planta arbórea com 7 m de altura; tronco ramificado, cilíndrico, estriado, cinzento, copa amplamente aberta; ramo longo, cilíndrico, sulcado, tomentoso, rufo, inerme. Estípula 2, linear, falcada. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta, paripinada, multijuga, folíolos oblongos, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, base truncada, face adaxial glabra, abaxial tomentuloso, coriáceo, raque mais de 50 vezes maior que o comprimento do pecíolo, eglandular. Inflorescência axilar, racemo pêndulo, laxo, multiflora, pedúnculo longo. Bráctea estreitamente-lanceolada, caduca, tomentosa, rufa. Botão oblongo. Flor grande, longo-pedicelada, monoica; cálice 5, livres, isomorfo, ovado-oblonga, verde; corola 5, pétalas unguiculadas, amarela, ovada-elíptico, reflexa, cuculada; androceu 10, estames livres, heteromórfico, 7 estaminódios e 3 estames férteis, sigmoides, não intumescidos, amarelos, anteras dorsifixas, elípticas, rimosa; gineceu 1, ovário súpero, linear, verde, pluriovulado. Fruto câmara, linear, cilíndrica, crenado, liso, plurisseminado. Sementes numerosas, elíptica, escura, testa lisa, hilo central.

Comentário

Esta espécie é fácil de ser reconhecida pelos ramos sulcados, tomentosos, estípulas estreitas, linear, falcada, brácteas estreito-lanceoladas, inflorescência pêndula, laxa e frutos crenados.
Nativa da Mata Atlântica.
Foi coletada por Gardner na Paraíba. Foi coletada na mata do Pau-Ferro em Areia.

Nome popular: acácia dourada, aleluia

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Araxá, Minas Gerais, Brasil.


Referência

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Irwin, H. S. & Barneby, R. C. 1982. The American Cassiinae ¾ A synoptical revision of leguminosae subtribe in the New world. Memories of the New York Botanical Garden.

-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.


-Rando, J. G., Hervencio, P., Souza, V. C., Giulietti, A. M., & Pirani, J. R. 2013. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Leguminosae – “Caesalpinioideae”. Boletim De Botânica, 31(2), 141-198. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9052.v31i2p141-198

-Scheidegger, N.M.B.; Rando, J.G. 2020. Cassia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB600157>. Accessed on: 10 May 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Cassia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 21 Mai. 2015 


Holótipo

Exsicatas


Herbários K e P

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Fabaceae - Ctenodon falcatus (Poir.) D.B.O.S. Cardoso, P.L.R. Moraes & H.C. Lima

Ramo cilíndrico, estípula persistente, folhas imparipinadas, flores longipediceladas (fig. 1)
Flor pedicelada (fig. 2)
Subarbusto tênue, ramo cilíndrico, raque maior que o pecíolo (fig. 3)
Folha com folíolos alternos, oblongos (fig. 4)

Leguminosae - Papilionoideae - Dalbergieae - Ctenodon Baill. 68 espécies (W3tropicos).

No Brasil são encontradas 38 espécies, das 26 são endêmicas. (Lima et al. 2015).

- Ctenodon - subarbusto prostrado ou ereto; inerme. Estípula basifixa. Folhas imparipinadas, multijugas; folíolos alternos, pecíolo menor que o comprimento da raque. inflorescência racemo ou panícula. Flor pedicelada ou séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice gamossépalo, corola dialipétala, pétalas unguiculadas; androceu monadelfo, filetes livres curtos, anteras homomórficas, ovário estipitado; fruto lomento.


Ctenodon falcatus
(Poir.) D.B.O.S. Cardoso, P.L.R. Moraes & H.C. Lima, Neodiversity: A Journal of Neotropical Biodiversity 13: 17. 2020.

Sinônimo: Aeschynomene falcata (Poir.) DC., Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 2: 322. 1825.

Planta subarbustiva decumbente. Folhas imparipinadas, folíolos mucronados. Estipulas não peltadas. Racemo. Flores axilares amarelas. Frutos falcados.

fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Araxá, Minas Gerais, Brasil.

Referências

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.
-Lima, L.C.P. ; Oliveira, M.L.A.A.; Souza, V.C. 2015. Aeschynomene in Lista de Espécies da Flora do Brasil.
-Lima, L.C.P.; Sartori, A.L.B. & Pott, V.J. 2006. Aeschynomene L. (Leguminosae, Papilionoideae, Aeschynomeneae) no Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Hoehnea 33(4): 419-453


-Michaux, André. 1803. Aeschynomene viscidula Michx. Flora Boreali-Americana 2: 74–75.

Exsicatas




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Fabaceae - Harpalyce brasiliana Benth.

 Inflorescências axilares (f. 1)

Estandarte orbicular, androceu monadelfo, falcado (f. 2)
Folha imparipinada, folíolos e opostos (f. 3)
Quilha falcada (f. 4)
Cálice navicular (f. 5)
Anteras amarelas (f. 6)
Alas livres (f. 7)


Leguminosae, Papilionoideae, Brongniarteae, Harpalyce Sessé & Moc. ex DC. 36 espécies (Legume data 2024)

No Brasil ocorrem 13 espécies, sendo 12 endêmicas (Queiroz & São Mateus 2015)


Arbusto com até 2 m alt.; ramos estriados, cinéreos ou rufos, virgatos, pouco ramificado, inermes. Filotaxia alterna, espiralada. Estípulas, basifixas, laterais, triangulares. Folha imparipinada, folíolos 15-19, opostos, oblongos, lanceolados, ápice arredondado, obtuso, retuso, mucronado, margem inteira, base arredondada, estrigoso, pecíolo canaliculado curto. Inflorescência axilar, racemo. Brácteas decíduas. botões, falcado, rufos. Flores pediceladas, pentâmeras, zigomorfas, hipóginas, monoclinas, cálice naviculado, gamossépalo, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, vermelhas; androceu monadelfo, falcado, estames 10, anteras uniformes, rimosas; gineceu simples, ovário súpero, séssil, unicarpelar, unilocular, placentação marginal, estilete longo, curvo. Frutos legume, séssil, linear-oblongo, valvas lenhosas, nitens. Sementes oblongas, castanhas, hilo basal, arilo branco.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Município de Cavalcanti, Goiás, Brasil.

Referências

-Arroyo, M.T.K. 1976. The systematics of the Legume genus Harpalyce (Leguminosae: Lotoideae). Mem. New York Bot. Gard. 26: 1-80.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Cardoso, D.B.O.S.; São-Mateus, W.M.B.; Queiroz, L.P. 2020. Harpalyce in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29715>. Accessed on: 24 May 2021

-Cowan, R. S. 1957. The Machris Brazilian expedition–Botany: Phanerogamae, Leguminosae. Los Angeles County Mus. Contr. Sci. 13: 1–22.

-Ducke, A. 1953. As leguminosas de Pernambuco e Paraíba. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 51, 417-461. https://dx.doi.org/10.1590/S0074-02761953000100011

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Queiroz, L.P.; São-Mateus, W. Harpalyce in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB29714>. Access on: 10 Mar. 2015

-São-Mateus, W.M.B. 2018. Filogenia molecular e tempo de divergência em Harpalyce (Leguminosae, Papilionoideae) e Sinopse Taxonômica da sect. Brasilianae. 2018. 222f. Tese (Doutorado em Sistemática e Evolução) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.

Exsicatas

Herbário KMO e P

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Fabaceae - Cojoba arborea (L.) Britton & Rose - brinco de índio -

Glomérulos, flores amarelas (f. 1)
Árvore com copa bem aberta (f. 2)
Ramos com diversos glomérulos (f. 3)
Botões (f. 4)
 Flores desabrochando (f. 5)

Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Cojoba Britton & Rose,  12 spp. (Lewis et al. 2005).

Cojoba arborea (L.) Britton & Rose, North American Flora 23(1): 29. 1928.

Sinônimo: Pithecellobium arboreum (L.) Urb., Symb. Antill. 2(2): 259. 1900.

Árvore ca. 6 m alt., tronco, marrom; copa fechada, ramos cilíndricos, rugosos, inermes. Estípulas triangulares, caducas. Folhas compostas, bipinadas. 3-4 pares de jugas; foliólulos oblongos, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabro, viridescentes (verde brilhoso), com nectário séssil no pecíolo, e na raque na base dos folíolos. Inflorescência axilar, glomérulo, pedúnculo longos. Botões clavado, vináceo. Flores pequenas, sésseis e monoicas; cálice campanulado, lacínios 5, curtos; corola simpétalas, 5 pétalas, tubo 4 vezes maior que o comprimento do tubo do cálice; androceu numerosos monadelfo, filetes longos; gineceu estipitado. Fruto legume típico, avermelhado. Semente globóide, monocromada, pleurograma presente.


Referências

-Britton, N. L. & J. N. Rose. 1928. Mimosaceae. 23(1): 1–76. In N.L. Britton (ed.) N. Amer. Fl.. New York Botanical Garden, Bronx.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. ; Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lorenzi, H., H.M. Souza, e M.A.V. Bacher, L.B. Torres. 2003. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa: Plantarum.

-Standley, P. C. & J. A. Steyermark. 1946. Leguminosae. Flora of Guatemala. Fieldiana, Bot. 24(5): 1–368.


Exsicatas

Herbário P