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terça-feira, 15 de julho de 2014

Fabaceae - Chamaecrista absus (L.) H.S. Irwin & Barneby

Filotaxia alterna, dística, ramos e legume híspido (f. 1) 
Racemo terminal, curto; flores laranja, pequenas (f. 2)
 Folha composta, bipinada, 4-foliolada, romboide, glabro (f. 3)
Folíolo com ápice agudo, mucronado, margem inteira, base assimétrica (f. 4) 
Racemo congesto, axilar, minúsculo (f. 5)
Semente oblonga com testa escura (f. 6)
Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Chamaecrista seção Grimaldia- Chamaecrista absus var. absus (Irwin; Barneby 1982).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.


Esta seção é monoespecifica.

Chamaecrista absus  (L.) H. S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 664. 1982.

Subarbusto decumbente.  Folhas com dois pares 2 pares de folíolos.  Inflorescências racemos curtos. Flores cremes.

Amplamente distribuída na Caatinga.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Estação Ecológica do Seridó - Rio Grande do Norte Brasil.

Referências

-Bentham, G.B. 1870. Flora brasiliensis 15(2): 131.

-Fernandes, A. & Nunes, E.P. 2005. Registros botânicos. Edições Livro Técnico, Fortaleza. 112p.

-Irwin, H.S.; Barneby, R.C. 1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB621875>. Accessed on: 21 Apr. 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015



Exsicatas

MOP

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Leguminosae-Caesalpinioideae do Parque Estadual Paulo César Vinha, Espírito Santo, Brasil




Aline Pitol Chagas, Pollyana Lima Peterle, Luciana Dias Thomaz, Valquíria Ferreira Dutra
& Rodrigo Theófilo Valadares

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Fabaceae - Cenostigma microphyllum (Mart. ex G. Don) E. Gagnon & G. P. Lewis

Botão coberto de tricomas glandulares, flor zigomorfa (f. 1)

 Panícula com flores pediceladas (f. 2)

 Panícula coberta de tricoma glanduloso rufo (f. 3)

 Inflorescência terminal (f. 4)
Legume imaturo (f. 5)
 Filotaxia alterna dística, folha bipinada com 9 folíolos (f. 6)
Ramo com folhas bipinadas (f. 7)

Legume oblanceolado (f. 8)
 
 Legume com valvas lignosas (f. 9)
Legume séssil, pedicelo articulado 1/3 (f. 10)
 Legume plano, oblanceolado (f. 11)

Valva lenhosa contorcida (f. 12)
 Valva lignosa, sementes obovadas, planas (f. 13)
Sementes com testa lisa e hilo central (f. 14)

 
Planta arbustiva com ramos densamente difusos (f. 15)

Leguminosae, Caesalpiniodeae, Caesalpineae, Cenostigma  Tul. 18 espécies (W3tropicos 2021).

No Brasil ocorrem 7 espécies das quais 5 são endêmicas (Lewis 2015).

Cenostigma  Tul.

Árvore, ramo inerme. Estípula caduca. Filotaxia alterna espiralada. Folha bipinada ou imparipinada, nectário ausente, nervação broquidódroma, pecíolo menor que a raque. Inflorescência racemo ou panícula, terminal. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice dialissépalo, corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, androceu dialistêmone, estames 10, anteras rimosas; gineceu simples unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pluriovulado. Fruto legume, linear, plano-achatado.

Cenostigma microphyllum (Mart. ex G. Don) E. Gagnon & G. P. Lewis, PhytoKeys 71: 89. 2016. 

Basiônimo: Caesalpinia microphylla Mart. ex G. Don A General History of the Dichlamydeous Plants 2: 431. 1832.

Árvore com 3m alt.; tronco cilíndrico, lenticelado, cinzento, rugoso, esfoliante; ramos difusos, cilíndricos, lisos, inerme. Estípulas caducas. Folhas compostas bipinadas; folíolos 13-24; foliólulos oblongo ou romboides, ápice obtuso ou rotundo, margem inteira, base assimétrica a truncada, face adaxial e abaxial glabro, pecíolo menor que a raque. Inflorescência terminal, racemo; botões ovoides, dourados. Flor longi-pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice dialissépalo, sépalas 5, concavas, membranáceas, corola dialipétala, pétalas 5 unguiculadas, carena acrescente, interna menor que as outras, amarelada, variegada de vermelho, ápice reflexo, 4 pétalas laterais imbricadas, oblongo-obovada; androceu dialistêmone, estames 10, filetes longos com indumento até 2/3, anteras elípticas, rimosas; gineceu unicarpelar, ovário súpero, estilete longo, estigma globoide, verde. Fruto legume típico, oblanceolado-oblongo, plano, valvas coriáceas, coberta de glândulas. Sementes obovada, planas, lisas castanhas.

Comentários


Cenostigma é um gênero que se carateriza pelo hábito arbóreo, estípulas caducas, folhas bipinadas, inflorescência racemo ou panícula, flores com pedicelo articulado, zigomorfa, monoclina, hipógina,  diplostêmone, dialistêmone, filetes longos, antera rimosa e legume tipico com valvas lignosas.
Cenostigma microphyllum é facilmente reconhecida pelas folhas multijuga e foliólulos numerosos e pequenos.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, CRAD, Petrolina, Pernambuco, Brasil.


Referências

-Bentham, G1870. Flora Brasiliensis 15(2): 68. 

-Gaem, P.H. 2020. Cenostigma in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB605732>. Accessed on: 25 Apr. 2021

-Gagnom, E.; Bruneau A. , Hughes; C.E.; Queiroz, L.P. and Lewis, G.P. 2016. A new generic system for the pantropical Caesalpinia group (Leguminosae). PhytoKeys 71: 1–160

-Lewis, G.P. Poincianella in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 06 Mai. 2015

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lewis, G.P. (1994) Systematic Studies in Noetropical Caesalpinia L. (Leguminosae: Caesalpinioideae), including a revision of the Poincianella-Erythrostemon group. University of St. Andrews, St. Andrews, 237 pp.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, L.P. (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 913 pp.


Exsicatas

Herbário Reflora 



segunda-feira, 7 de julho de 2014

Fabaceae - Chamaecrista zygophylloides (Taub.) H.S.Irwin & Barneby

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz
 Inflorescência racemo, botões oblongos, flor pedicelada, zigomorfas (f. 1)
 Folhas composta bijuga, tetrafolioladas com  tricomas glandulares (f. 2)
Pétalas unguiculadas, amarelas, estilete curvo, carena cuculada (f. 3)
 Flores amarelas (f. 4)
Anteras oblongas (f. 5)
 Planta no meio da mata, borda de inselbergue (f. 6)
  Planta no meio da mata, borda de inselbergue (f. 7)
 Planta arbustiva (f. 8)
 Ramo com fruto (f. 9)
Fruto legume, oblongo, plano, valvas lignosas (f. 10)
Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Cassineae, Chamaecrista Moench, seção Absus Bentham, Serie Absoideae Bentham (Irwin; Barneby 1982).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumentos tectores ou glandulares. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 2, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.


Chamaecrista zygophylloides (Taub.) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 660. 1982.
Basiônimo: Cassia zygophylloides Taub., Flora 75(n.s. 50): 79–80. 1892. (19 Jan 1892). Tipo: -Brasil:  Glaziou 12619 (Lectótipo P, Isolectótipo G, P imagem!)

Planta arbustiva com cerca de 2 m de altura; ramo bem difuso, cilíndrico, estriado, ramos jovens com indumento híspido, tricomas glandulares, inerme. Folha composta, paripinada, bijuga, tetrafoliolada; folíolos obovados, ovados-oblongos, ápice agudo-arredondado, retuso, margem inteira, base assimétrica, face adaxial glabra, face abaxial pubescente, membranáceo, pecíolo híspido, maior que a raque. Inflorescência terminal, racemos com flores reunidas em corimbo. Botão oblongo. Flor pedicelada, grande, monoica; cálice 5, livre, sépalas oblongas, verdes; corola 5, livres, pétalas unguiculadas, amarelas, carena cuculada, demais obovadas; androceu 10, estames com filete curto, antera oblonga, estriada, abertura pelas suturas laterais; gineceu 1, ovário séssil, pluriovulado, estilete longo, glabro, curvado, estigma puntiforme. Fruto legume, oblongo, plano, valvas lignosas.

Comentário

Esta espécie está dentro da serie Absoideia é fácil de ser reconhecida pelas flores grandes, ramos muito difusos e o local onde é encontrada, pois está sempre associada a afloramentos rochosos.

Na Paraíba ocorre em Cabaceiras, São José dos Cordeirs, Camalaú e Congo.

Referências

-Bentham, G.B. 1870. Flora brasiliensis 15(2): 131.

-Irwin, H.S. & Barneby, R.C. 1982. The American Cassinae: a synoptical revision of Leguminosae tribe Cassieae subtribe Cassinae in the New World. Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 455–918.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 


-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB28103>. Accessed on: 27 Apr. 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 08 Mar. 2015

-Zeferino L.C.; Queiroz, R.T.; Rando J.G.; Cota, M.M; T., Fantini, I.F.; Caetano, A.P.; Fortuna, A.P. 2019. O gênero Chamaecrista (Leguminosae: Caesalpinioideae) no Parque Estadual do Rio Preto, São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia [Internet]. [cited 2021 Apr 22].

Exsicatas



Exsicata


Herbário MO e Reflora

terça-feira, 13 de maio de 2014

Fabaceae - Senna reniformis (G. Don) H.S. Irwin & Barneby

Flor zigomorfa (f. 1)
Ramo florido (f. 2)
Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae Cassineae, Sect. Chamaefistula, serie Coriaceae (Irwin; Barneby 1982).

No Brasil ocorrem 80 espécies das quais 27 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).


Árvore, arbusto ou subarbusto. Filotaxia alterna, dística ou espiralada; Ramo inerme. Estípula lateral, linear, lanceolada, falcada. Folhas imparipinada, 4-multijuga, folíolos oblongos, obovados, elípticos, glabro ou tomentoso; nectário presente ou ausente, se presente no pecíolo ou na raque, cilíndrico ou plano, estipitado. Inflorescência axilar ou terminal, panículo ou racemo; bráctea presente ou ausente; bractéola ausente. Flor pedicelada, zigomorfa ou assimétrica, monoclina, hipógina; cálice dialissépalo, homo ou heteromorfo; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, amarelas, heteromorfas; androceu dialistêmone, heterodínamo, heteromorfo, filete e antera distintos, antera muitas vezes maior que o filete, antera poricida, heteromorfa, estriada ou linsa; gineceu 1, longo, curvado, ovário glabro ou piloso, estilete curto. Fruto legume típico, câmara ou baga, linear, plano ou cilíndrico. Semente obovadas, testa lisa, escura ou clara.

Senna reniformis (G. Don) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 223. 1982.
Basiônimo: Cassia reniformis G. Don, A General History of the Dichlamydeous Plants 2: 440. 1832.

Planta arbustiva. Ramos glabros. Folhas compostas, 3 pares de folíolos elípticos. Inflorescência em racemo terminal.

Foto: Juliana Ordones Rego, Serra do Curral, Belo Horizonte, Minas Gerais Brasil.

Coleta em borda de mata 

Flores amarelas


Referências


-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Irwin, H. S.; Barneby, R. C., 1982, The American Cassiinae ¾ A synoptical revision of Leguminosae subtribe in the New world. Memories of the New York Botanical Garden, 35(1-2): 1-918.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Lima, L.C.P., Garcia, F.C.P., & Sartori, Â.L.B. 2007. Leguminosae nas florestas estacionais do Parque Estadual do Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: ervas, arbustos, subarbustos, lianas e trepadeiras. Rodriguésia, 58(2), 331-358. https://doi.org/10.1590/2175-7860200758209

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Senna in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Abr. 2015

Exsicatas

Herbário Reflora

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Fabaceae - Senna martiana (Benth.) H.S. Irwin & Barneby

 Flor com duas anteras férteis, anteras poricidas (f. 1)
 Brácteas bem desenvolvidas protegendo o botão obovado (f. 2)
 Ápice mostrando estípulas bem desenvolvidas  (f. 3)
 Éstipula com glândula laranja na base  (f. 4)
Folha composta, folíolos oblongos  (f. 5)
Hábito arbustivo  (f. 6)
 Estames e estaminódios (f. 7)
Pedúnculo (f. 8)
 Inflorescência laxa (f. 9)
Fruto plano, oblongo (f. 10)
 Pedúnculo longo (f. 11)
Fruto breve-estipitado (f. 12)















Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Cassineae, Sect. Senna, Ser. Pictae  (Irwin; Barneby 1982).

No Brasil ocorrem 80 espécies das quais 27 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).


Árvore, arbusto ou subarbusto. Filotaxia alterna, dística ou espiralada; Ramo inerme. Estípula lateral, linear, lanceolada, falcada. Folhas imparipinada, 4-multijuga, folíolos oblongos, obovados, elípticos, glabro ou tomentoso; nectário presente ou ausente, se presente no pecíolo ou na raque, cilíndrico ou plano, estipitado. Inflorescência axilar ou terminal, panículo ou racemo; bráctea presente ou ausente; bractéola ausente. Flor pedicelada, zigomorfa ou assimétrica, monoclina, hipógina; cálice dialissépalo, homo ou heteromorfo; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, amarelas, heteromorfas; androceu dialistêmone, heterodínamo, heteromorfo, filete e antera distintos, antera muitas vezes maior que o filete, antera poricida, heteromorfa, estriada ou lisa; gineceu 1, longo, curvado, ovário glabro ou piloso, estilete curto. Fruto legume típico, câmara ou baga, linear, plano ou cilíndrico. Semente obovadas, testa lisa, escura ou clara.


Senna martiana (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 465. 1982. 

Basiônimo: Cassia martiana Benth., Flora Brasiliensis 15(2): 127–128. 1870. Tipo: --BRASIL. Bahia. Habitat in província Bahiensi prope Joazeira in vicina fluminis S. Francisco: Martius s.n.(Isolectótipo: M imagem!)


Planta arbustiva com cerca de 3 m de altura; ramo pouco difuso, cilíndrico, pubescente, inerme. Estípulas lanceoladas, persistente, com nectário alaranjado na base. Folha composta, paripinada, folíolos numerosos, oblongos, ápice agudo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, faces adaxial e abaxial glabras, pecíolo curto 20 vezes menor que a raque. Inflorescência axial, racemo laxo; pedúnculo longo. Bráctea obovado-cuculada, amarela, caduca. Botão obovado. Flor pedicelada, grande, monoica; cálice 5, livre, sépalas obovadas; corola 5, livre, pétalas unguiculadas, imbricadas, amarelas, obovadas, cuculadas, nervura expressa na face dorsal; androceu 10, estaminódios 8, estames viáveis 2, anteras oblongas, curvadas, deiscência poricida; gineceu 1, linear, estilete curvo.  Fruto legume, oblongo, plano, com estria colunar nas valvas, glabra, breve-estipitado.

Comentário
Esta espécie está sempre associada a ambientes rupestres, encontrada sempre próximo a inselbergues, facilmente reconhecida por suas folhas grandes, paripinadas, glabras, folíolos oblongos, estípulas lanceoladas com nectário alaranjado na base, pedúnculo longo, brácteas cuculadas e apenas 2 anteras viáveis oblongas, curvadas.

Na Paraíba ocorre em todo o Cariri Paraibano, coletada em Cabaceiras, São José dos Cordeiros, São João do Cariri.
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Fazenda Salambaia, Cabaceiras, Paraíba, Brasil.


Referências

-Bortoluzzi, R.L.C.; Lima, A.G.; Souza, V.C.; Rosignoli-Oliveira, L.G.; Conceição, A.S. 2020. Senna in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB23149>. Accessed on: 30 Apr. 2021

-Irwin, H. S. and Barneby, R. C., 1982, The American Cassiinae ¾ A synoptical revision of leguminosae subtribe in the New world. Memories of the New York BotanicalGarden, 35(1-2): 1-918.

-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.


-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Rodrigues E.M.; Queiroz, R.T.; Silva, L.; Monteiro, F.K.S.; Melo, J.I.M.. Fabaceae em um afloramento rochoso no Semiárido brasileiro. Rodriguésia [Internet]. 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071025.

-Santos, T.T. dos; Oliveira, A.C.S.; Queiroz, R.T de and Silva, J.S. 2020. O gênero Senna (Leguminosae-Caesalpinioideae) no município de Caetité, Bahia, Brasil. Rodriguésia [online]. 2020, vol.71 [cited 2021-04-25], e01222018. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071002.

-Souto F.S., Quaresma A.A., Queiroz R.T. & Pereira M.S. 2019. Estudo taxonômico da Tribo Cassieae (Leguminosae – Caesalpinioideae) no Parque Ecológico Engenheiro Ávidos, Cajazeiras-PB. Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza, 3(1) - in press.

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Senna in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro 
Exsicatas