Flor com corola papilionácea, inflorescência pseudorracemo (f. 1)
Brácteas triangulares, botão fusiforme, flor pedicelada, cálice campanulado, lacínios estreitamente-triangulares, corola com pétalas unguiculadas, rosa (f. 2)
Pseudorracemo curto, frutos imaturos, verdes (f. 3)
Folha composta, imparipinada, folíolos obovados, ápice retuso (f. 4)
Inflorescência axilar ou terminal, frutos legume típico (f. 5)
Inflorescência terminal, legume plano, linear (f. 6)
Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae, Tephrosia Pers. subgen. Tephrosia. ca. 350 espécies (Lewis et al. 2005).
No Brasil são encontradas 13 espécies (Queiroz; Tozzi 2019).
Basiônimo: Cracca
purpurea L., Species Plantarum 2: 752. 1753.
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Fazenda Salambaia, Cabaceiras, Paraíba, Brasil.
Referencias
-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005. Royal Botanic Gardens, Kew, 577p.
-Queiroz, R.T. 2020. Tephrosia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB19205>. Accessed on: 29 Apr. 2021
-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.
Exsicatas
Subarbusto,
arbusto, decumbente ou ereto; ramos difusos. Estípulas laterais, persistentes.
Folhas alternas espiraladas ou dística, imparipinadas, raque maior que o
pecíolo. Inflorescência terminal ou axilar, pseudorracemo ou flores axilares.
Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, dialipétala, hipógina, diplostêmone;
cálice gamossépalo, 5 lobado, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas;
androceu pseudomonadelfo, estames 10, antera rimosa; gineceu simples, ovário
séssil, pluriovulados, estilete liso ou indumentado, estigma liso ou indumentado.
Fruto legume-típico, linear, plano.
Tephrosia purpurea (L.) Pers., Synopsis Plantarum 2(2): 329.
1807.
Planta suarbustiva,
ca. 30 cm de alt., as vezes decumbente; caule lignoso, cilíndrico, ramo difuso,
inerme, glabrescente. Estípula 2, estreitamente-triangulares. Filotaxia
alterna, espiralada. Folha imparipinada,
multijuga, folíolo oposto; obovado, ápice retuso, margem inteira, base cuneada,
face adaxial e abaxial glabras, com nervação marcante, paralelas, membranáceo,
concolor, raque caniculada maior que o comprimento do pecíolo. Inflorescência axilar,
pseudorracemo. Flor breve-pedicelada, monoica, pequena; cálice breve-campanulado,
lacínio 5, triangular, agudo; corola papilionácea, pétala 5, rosa, unguiculada;
estandarte orbicular, base amarelada; ala obovada, livre, quilha falcada,
adnada; androceu monadelfo, filetes curtos, anteras rimosas, dorsifixa; gineceu
1, ovário súpero, pluriovulado, estilete glabro, estigma puntiforme. Fruto
legume-típico, plurisseminado, linear, plano, reto, esparso-serício, valvas
cartáceas, elásticas. Semente oblonga, marmorada, hilo central.
Comentário
Segundo a literatura esta espécie é exótica de origem africana, porém está amplamente distribuída nas áreas perturbadas dos diversos ambientes brasileiros. A região nordeste é abundante nas margens das estradas.
Na Paraíba foi coletada na Fazenda Salambaia no município de Cabaceiras.
Esta espécie é facilmente reconhecida pelo hábito arbustivo as vezes decumbente, caule glabro, lenhoso, e foliolos glabros.
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Fazenda Salambaia, Cabaceiras, Paraíba, Brasil.
Referencias
- BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)
-Domingues, H.A.; Queiroz, R.T.; Rossi, M.L; Martinelli, A.P.; Luz, C.F.P. 2019. Pollen mor-phology and ultrastructure of TephrosiaPers. (Legu-minosae – Papilionoideae – Millettieae): a taxo-nomic approach for native and cultivated species in Brazil.Grana, Stockholm, v. 58, p. 159-173, 2019.DOI: https://doi.org/10.1080/00173134.2019.1571626
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-Ribeiro, R.T.M., Queiroz, R.T., & Loiola, M.I.B. 2018. Tephrosia (Leguminosae) no estado do Ceará, Nordeste do Brasil. Rodriguésia, 69(4), 1877-1887. https://doi.org/10.1590/2175-7860201869423
-São-Mateus, W.M.B.; Cardoso, D.; Jardim, J.G. & Queiroz, L.P. 2013. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. Biota Neotropica 13: 315-362. https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400028.
Herbário Reflora
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