terça-feira, 3 de julho de 2012

Fabaceae - Ctenodon monteiroi D.B.O.S. Cardoso, Filardi & H.C. Lima

Folhas compostas, inflorescência axilares (f. 1)
Botões e flores, estandarte vinho, reflexo (f. 2)
Frutos e brácteas (f. 3)
Ramos cilíndricos, lisos, folíolos oblongos (f. 4)
Ramos longos, retos (f. 5)
Botões (f. 6)
Pétalas cremes (f. 7)
Panícula terminal (f. 8)
Flores subsésseis (f. 9)
Pétalas creme, botões falcado, vinho (f. 10) 
Caule cilíndrico, liso,vinho, estípula ovada, margem serreada  (f. 11)
Lomentos (f. 12)
Lomento 2-3 segmentos de frutos (f. 13)
Segmento monospérmico (f. 14)
  Diversos frutos formados (f. 15)
Segmento de fruto ovado-elíptico (f. 16)

Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Ctenodon

No Brasil são encontradas 38 espécies, destas 26 são endêmicas daquele pais. (Lima et al. 2015).

- Ctenodon - subarbusto prostrado ou ereto; inerme. Estípula basifixa. Folhas imparipinadas, multijugas; folíolos alternos, pecíolo menor que o comprimento da raque. inflorescência racemo ou panícula. Flor pedicelada ou séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice gamossépalo, corola dialipétala, pétalas unguiculadas; androceu monadelfo, filetes livres curtos, anteras homomórficas, ovário estipitado; fruto lomento.

Ctenodon monteiroi D.B.O.S. Cardoso, Filardi & H.C. Lima, Neodiversity: A Journal of Neotropical Biodiversity 13: 23. 2020.

Plantas arbustiva cerca de 3 metros de altura, ramos longos, delicados, cilíndricos, glabros. Estípulas ovadas, ápice acuminado, patentes, não peltada, borada serreada. Folhas compostas, imparipinadas, 13-23 folíolos, folíolos oblongos, glabros, ápice mucronados, margem inteira, base assimétrica. Inflorescências axilares, panículas curtas, glabras, brácteas desenvolvidas, botões vináceos; flores monoicas, pequenas, cálice pequeno, campanulado, bilabiado, lobos curtos, deltoides, lobo inferior maior que os demais, subulado, glabros; parte livre 1/2 da parte soldada; corola estandarte patente, externamente vinácea e internamente creme, alas e quilhas não viso, androceu 10 estames, monadelfos, parte livre comprida, gineceu unicarpelar; estilete curvado, estigma puntiforme. Frutos lomento, 1-3 segmentos,  glabros, membranáceos. Sementes não observadas.

Comentários


Esta espécie foi descrita por Bezerra e Fernandes (1979), posteriormente Lewis (1985) publicou uma variedade C. monteiroi var. psilantha. Não tive acesso ao artigo, mas pela análise do isótipo suponho que seja devido a presença de inflorescências terminais e ausência de brácteas nas inflorescência, uma vez que o epiteto da variedade quer dizer flor nua. grego: Psilo=nu, anthus=flor.
Ocorre na região do sertão paraibano coletado em Santa Luia


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, município de Martins e Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil

Nome popular: vassourinha, rama de besta
Determinador: G.P. Lewis


Referências

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Cardoso, D. B. O. S., C. M. J. Mattos, F. Filardi, A. Delgado Salinas, M. Lavin, P. L. R. Moraes, F. Tapia-Pastrana & H. C. Lima. 2020. A molecular phylogeny of the pantropical papilionoid legume Aeschynomene supports reinstating the ecologically and morphologically coherent genus Ctenodon. Neodiversity 13: 1–38.
  
-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, L.C.P. ; Oliveira, M.L.A.A.; Souza, V.C. 2015. Aeschynomene in Lista de Espécies da Flora do Brasil.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.



Exsicatas

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