segunda-feira, 7 de julho de 2014

Fabaceae - Chamaecrista zygophylloides (Taub.) H.S.Irwin & Barneby

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz
 Inflorescência racemo, botões oblongos, flor pedicelada, zigomorfas (f. 1)
 Folhas composta bijuga, tetrafolioladas com  tricomas glandulares (f. 2)
Pétalas unguiculadas, amarelas, estilete curvo, carena cuculada (f. 3)
 Flores amarelas (f. 4)
Anteras oblongas (f. 5)
 Planta no meio da mata, borda de inselbergue (f. 6)
  Planta no meio da mata, borda de inselbergue (f. 7)
 Planta arbustiva (f. 8)
 Ramo com fruto (f. 9)
Fruto legume, oblongo, plano, valvas lignosas (f. 10)
Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Cassineae, Chamaecrista Moench, seção Absus Bentham, Serie Absoideae Bentham (Irwin; Barneby 1982).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumentos tectores ou glandulares. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 2, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.


Chamaecrista zygophylloides (Taub.) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 660. 1982.
Basiônimo: Cassia zygophylloides Taub., Flora 75(n.s. 50): 79–80. 1892. (19 Jan 1892). Tipo: -Brasil:  Glaziou 12619 (Lectótipo P, Isolectótipo G, P imagem!)

Planta arbustiva com cerca de 2 m de altura; ramo bem difuso, cilíndrico, estriado, ramos jovens com indumento híspido, tricomas glandulares, inerme. Folha composta, paripinada, bijuga, tetrafoliolada; folíolos obovados, ovados-oblongos, ápice agudo-arredondado, retuso, margem inteira, base assimétrica, face adaxial glabra, face abaxial pubescente, membranáceo, pecíolo híspido, maior que a raque. Inflorescência terminal, racemos com flores reunidas em corimbo. Botão oblongo. Flor pedicelada, grande, monoica; cálice 5, livre, sépalas oblongas, verdes; corola 5, livres, pétalas unguiculadas, amarelas, carena cuculada, demais obovadas; androceu 10, estames com filete curto, antera oblonga, estriada, abertura pelas suturas laterais; gineceu 1, ovário séssil, pluriovulado, estilete longo, glabro, curvado, estigma puntiforme. Fruto legume, oblongo, plano, valvas lignosas.

Comentário

Esta espécie está dentro da serie Absoideia é fácil de ser reconhecida pelas flores grandes, ramos muito difusos e o local onde é encontrada, pois está sempre associada a afloramentos rochosos.

Na Paraíba ocorre em Cabaceiras, São José dos Cordeirs, Camalaú e Congo.

Referências

-Bentham, G.B. 1870. Flora brasiliensis 15(2): 131.

-Irwin, H.S. & Barneby, R.C. 1982. The American Cassinae: a synoptical revision of Leguminosae tribe Cassieae subtribe Cassinae in the New World. Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 455–918.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 


-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB28103>. Accessed on: 27 Apr. 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 08 Mar. 2015

-Zeferino L.C.; Queiroz, R.T.; Rando J.G.; Cota, M.M; T., Fantini, I.F.; Caetano, A.P.; Fortuna, A.P. 2019. O gênero Chamaecrista (Leguminosae: Caesalpinioideae) no Parque Estadual do Rio Preto, São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia [Internet]. [cited 2021 Apr 22].

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Herbário MO e Reflora

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Fabaceae - Dahlstedtia araripensis (Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo

Panta arbustiva, inflorescência axilar, flor lilás, estandarte reflexo (f. 1)
Panícula laxa, tomentosa (f. 2)
Indivíduo completo (f. 3)
Planta arbórea (f. 4)
Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae, Dahlstedtia Malme 1905. 16 espécies (MOBOT 2015).

No Brasil ocorrem 12 espécies das quais 11 são endêmicas (Silva e Tozzi 2015).

Dahlstedtia Malme  

Árvore, ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Filotaxia alterna espiralada. Folha imparipinada, glândula e estipela ausente, nervação borquidódroma, pecíolo menor que a raque. Inflorescência pseudorracemo, axilar ou terminal. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice gamossépalo, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, androceu pseudomonadelfo, estames 10, anteras rimosas; gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário súpero pauciovulado. Fruto semaróide, achatado, oblongo.


Dahlstedtia araripensis (Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo, Taxon 61(1): 104. 2012.


Basionimo: Lonchocarpus araripensis Benth., Journal of the Linnean Society, Botany 4(Suppl.): 96. 1860. 

 Planta arbustivo-arbórea ca 7 m alt, tronco inerme, cilíndrico, cinza, formando placas lignosas; copa fechada; ramos difusos, cilíndricos, glabros, lenticelados, marrons. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas compostas, imparipinadas; folíolos 7-9, alternos ou opostos, ovados, elípticas, ápice obtuso, margem inteira, base obtusa, face adaxial e abaxial glabros, discolores, pecíolo menor que a raque, glabros, peciólulos bem desenvolvidos. Inflorescência axilar, panícula, laxa. Flores grande, breve-pedicelada, cálice campanulado, lacínios 5, curtos, corola papilionácea, pétalas 5, purpúreas, ungiculadas, estandarte ovado, reflexo, calo na base, alas livres, obovadas, quilha adnata, falcada; androceu monadelfo, estames 10; gineceu monocarpelar, ovário súpero, oligovulado, estipitado. Fruto sâmara, estipitada, oblonga, planta, glabra. Semente oblata, planta, testa lisa.

Comentário
Na Paraíba ocorre no município de Campina Grande.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil.



Referências

-Azevedo-Tozzi, A.M.G. 1989. Estudos taxonômicos nos gêneros Lonchocarpus Kunth e Deguelia Aubl. no Brasil. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 348p.

-Bentham, G. 1870. Flora Brasiliensis 15(2): 277.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Córdula, E., Morim, M.P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516. https://doi.org/10.1590/S2175-78602014000200012

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, L.P. (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 913 pp.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Silva, M.J. da; Tozzi, A.M.G.A. Lonchocarpus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB22921>. Acesso em: 06 Jul. 2015

-Silva, M.J. 2020. Lonchocarpus in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29737>. Accessed on: 28 Apr. 2021

-Silva, M.J. & Tozzi, A.M.G.A. 2012. Revisão taxonômica de Lonchocarpus s. str.(Leguminosae, Papilionoideae) do Brasil. Acta Botanica Brasilica 26(2): 357-377.

-São-Mateus, W.M.B.; Cardoso, D.; Jardim, J.G. & Queiroz, L.P. 2013. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. Biota Neotropica 13: 315-362https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400028.

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Herbário Reflora

terça-feira, 24 de junho de 2014

Fabaceae - Piptadenia adiantoides (Spreng.) J.F. Macbr.

 Espigas longas, flores vermelhas, anteras amarelas (f. 1)
Inflorescência axilar, ramos armados (f. 2)

Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae, Piptadenia Bentham, 24 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 21 espécies das quais 14 são endêmicas (Morim 2015).

 Piptadenia Benth.

Árvore; ramo com acúleo presente. Estípula lateral, basifixa. Folha alterna, espiralada, bipinada. Nectário extrafloral presente. Inflorescência lateral, espiga. Flor séssil, bractéola ausente, hipanto ausente, actinomorfa, monoclina, hipógina, diplostêmone, cálice gamossépalo, corola gamopétala, androceu dialistêmone, homomorfo, antera rimosa; fruto legume típico, valva coriácea.
 Piptadenia adiantoides (Spreng.) J.F. Macbr.
Ramos armados e estriado. Folhas compostas, bipinadas. Nectário na base do pecíolo. Inflorescência em espiga longas. Flores vermelhas. Frutos legumes.

Fotos: Lucas de Almeida Silva, Vitória, Espírito Santo, Brasil (UFES)

Determinação: Leonardo Borges

Referências

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005. Legumes of the World, Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.
-Morim, M.P. Piptadenia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 01 Jun. 2015

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MO e P


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Fabaceae - Zornia latifolia Sm.

 Flor com abelha pilhadora de polém (f. 1)
 Flor com corola papilionácea, zigomorfa, estandarte largo-ovado, guias de néctar vermelho, alas obovadas, livres (f. 2)
Ramo cilíndrico, lignoso, glabro, estípula peltada, lanceolada (f. 3)
 Hábito subarbustivo decumbente, folhas bifolioladas com folíolos oblongos (f. 4)
Frutos excertos das bractéolas, folhas bifolioladas (f. 5)
Lomento 7-articulado (f. 6)
Ramo glabro, subarbusto (f. 8)
Face abaxial do folíolo (f. 9)
Folha palmada, bifoliolada (f. 10)
Folha palmada (f. 11)
Nervura cladodroma (f. 12)
Flor zigomorfa, guia de néctar vinho (f. 12)
Bractéola lanceolada (f. 13)

Leguminosae, Papilionoideae, Dalberigieae, Zornia J.F.Gmel, Subgênero Zornia, seção Anisophylla, 75 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 37 espécies das quais 16 são endêmicas (Perez 2022).

Zornia J.F. Gmel., Syst. Nat., ed. 13[bis] 2(2): 1076. 1791 [1792].

Subarbusto, prostrado ou ereto; ramos difusos, cilíndricos, inermes, glabro ou com indumento. Estípulas medifixas, glândulas presentes. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folha palmada, bi-tetrafoliolada, folíolos simétricos ou assimétricos, lineares, oblanceolados, oblongos, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica ou aguda, face adaxial glabra ou glabrescente, face abaxial glabra ou pilosa, glândulas presentes. Inflorescência terminal ou flores isoladas; bractéolas medifixas; flor séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina, pentâmera; cálice campanulado, breve-lobado, 5 lobos; corola papilionácea, dialipétala, pétalas unguiculadas, amarelas; estandarte com estria vinho, alas livres, quilhas fundidas, falcadas; androceu monadelfo, anteras dimórficas; gineceu simples, ovário pluriovulados, estilete glabro, estigma puntiforme. Fruto lomento, séssil, linear, articulado, valvas inerme ou espinescentes.

Zornia latifolia Sm., The Cyclopaedia; or, universial dictionary of arts, . . . 39: no. 4. 1819.

Planta anual, subarbustiva, decumbente; ramo difuso, bifurcado, cilíndrico, glabro, inerme. Estípula 2, lanceolada, peltada, persistente. Filotaxia alterna, dística. Folha bifoliolada; folíolo assimétrico, plurimorfo, ovado, elíptico, lanceolado, oblongo, ápice agudo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial indumento adpresso, incano, estruturas secretoras presentes; pecíolo de comprimento variado, maior, igual ou menor que o folíolo. Inflorescência axilar, espiciforme, bractéolas ovadas, imbricadas. Flor séssil, monoclina, zigomorfa; cálice campanulado; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculada, amarela, estandarte largo-ovado, ápice retuso, estrias vermelhas na base; ala obovada, livre, quilha falcada, adnata; androceu monadelfo, filete curto, antera dimórficas; gineceu simples, unicarpelar, ovário súpero, pluriovulado. Fruto lomento, plano, linear, segmento orbicular, espinescente.
Comentários

Planta encontrada sobre inselbergues. Foto tirada no lajeiro do Pai Mateus - Cabaceiras - PB


Determinadora: Ana Paula Fortuna Perez

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Catimbau, Pernambuco, Brasil.

Referência

-Ferreira, J.J.S., Oliveira, A.C.Silva, Queiroz, R. T.e, & Silva, J.S. 2019. A tribo Dalbergieae s.l. (Leguminosae-Papilionoideae) no município de Caetité, Bahia, Brasil. Rodriguésia, 70, e03502017. Epub December 20, 2019.https://doi.org/10.1590/2175-7860201970089

-Fortuna-Perez, A.P., Lewis, G.P., Queiroz, R.T., Santos-Silva J., Tozzi, A.M.G.A. & Rodrigues, K.F. 2015. Fruit as diagnostic characteristic to recognize Brazilian species of Zornia (Leguminosae, Papilionoideae). Phytotaxa 219: 27-42.

-Fortuna-Perez, A.P. & Tozzi, A.M.G.A. 2011. Nomenclatural changes for Zornia (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae) in Brazil. Novon 21: 331-337. <http://dx.doi.org/10.3417/2010040>.

-Fortuna-Perez, A.P. 2009. O gênero Zornia J.F. Gmel. (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae): revisão taxonômica das espécies ocorrentes no Brasil e filogenia. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 271p.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Mendonça, S.A., Gadelha Neto, P.C., Perez, A.F., Caetano, A.P.S., & Queiroz, R.T. 2019. A tribo Dalbergieae (Leguminosae - Papilionoideae) em um trecho de Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas, João Pessoa, Estado da Paraíba, Brasil. Hoehnea, 46(2), e622018. Epub August 05, 2019.https://doi.org/10.1590/2236-8906-62/2018

-Mohlenbrock, R. 1961. A monograph of the Leguminous genus Zornia Webbia 16: 1-141.

-Perez, A.P.F. Zornia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 12 Mai. 2015

-Rebouças, N.C., Carneiro, J.A. Arcanjo, Ribeiro, R.T.M., Queiroz, R.T., & Loiola, M.I.B. 2019. Zornia (Leguminosae) no estado do Ceará, Nordeste do Brasil. Rodriguésia, 70, e03152017. Epub August 08, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970036

-Silva, R.P., Queiroz, R.T., & Fortuna-Perez, A.P. 2020. O gênero Zornia (Fabaceae - Papilionoideae) no estado da Paraíba, Brasil. Rodriguésia, 71, e02612018. Epub November 23, 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071123


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terça-feira, 13 de maio de 2014

Fabaceae - Senna reniformis (G. Don) H.S. Irwin & Barneby

Flor zigomorfa (f. 1)
Ramo florido (f. 2)
Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae Cassineae, Sect. Chamaefistula, serie Coriaceae (Irwin; Barneby 1982).

No Brasil ocorrem 80 espécies das quais 27 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).


Árvore, arbusto ou subarbusto. Filotaxia alterna, dística ou espiralada; Ramo inerme. Estípula lateral, linear, lanceolada, falcada. Folhas imparipinada, 4-multijuga, folíolos oblongos, obovados, elípticos, glabro ou tomentoso; nectário presente ou ausente, se presente no pecíolo ou na raque, cilíndrico ou plano, estipitado. Inflorescência axilar ou terminal, panículo ou racemo; bráctea presente ou ausente; bractéola ausente. Flor pedicelada, zigomorfa ou assimétrica, monoclina, hipógina; cálice dialissépalo, homo ou heteromorfo; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, amarelas, heteromorfas; androceu dialistêmone, heterodínamo, heteromorfo, filete e antera distintos, antera muitas vezes maior que o filete, antera poricida, heteromorfa, estriada ou linsa; gineceu 1, longo, curvado, ovário glabro ou piloso, estilete curto. Fruto legume típico, câmara ou baga, linear, plano ou cilíndrico. Semente obovadas, testa lisa, escura ou clara.

Senna reniformis (G. Don) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 223. 1982.
Basiônimo: Cassia reniformis G. Don, A General History of the Dichlamydeous Plants 2: 440. 1832.

Planta arbustiva. Ramos glabros. Folhas compostas, 3 pares de folíolos elípticos. Inflorescência em racemo terminal.

Foto: Juliana Ordones Rego, Serra do Curral, Belo Horizonte, Minas Gerais Brasil.

Coleta em borda de mata 

Flores amarelas


Referências


-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Irwin, H. S.; Barneby, R. C., 1982, The American Cassiinae ¾ A synoptical revision of Leguminosae subtribe in the New world. Memories of the New York Botanical Garden, 35(1-2): 1-918.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Lima, L.C.P., Garcia, F.C.P., & Sartori, Â.L.B. 2007. Leguminosae nas florestas estacionais do Parque Estadual do Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: ervas, arbustos, subarbustos, lianas e trepadeiras. Rodriguésia, 58(2), 331-358. https://doi.org/10.1590/2175-7860200758209

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Senna in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Abr. 2015

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Herbário Reflora

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Fabaceae - Desmodium incanum (Sw.) DC. - pega pega -

 Pseudorracemo, flores com corola papilionácea, estandarte orbicular, alas oblongo-obovadas (f. 1)
 Frutos lomento, plano, com tricomas uncinados (f. 2)
Segmentos de fruto e semente com testa lisa (f. 3)
Semente (f. 4)
  Caule lenhoso,  folhas trifolioladas com máculas brancas (f. 5)
Folha trifoliolada (f. 6)
Pseudorracemo (f. 7)
Flor pedicelada (f. 8)
Nervação broquidódroma (f. 9)
Lomento com segmentos de frutos cobertos por tricoma uncinado (f. 10)
Ramo com raízes adventícias (f. 11)
Raízes adventícias (f. 12)
Lomento (f. 13)
Face abaxial (f. 14)
Folíolos obovados (f. 15)
Frutos lomentos (f. 16)

Leguminosae, Papilionoideae, Desmodieae, Desmodium Desv. Seção Heteroloma, 275 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 35 espécies das quais 5 são endêmicas (Lima et al. 2022).


Desmodium Desv.

Arbusto ou subarbusto arbusto, escandente, prostrado e ereto; ramo cilíndrico, indumento uncinado presente. Estípula lateral, base fixa, unida ou livre. Filotaxia alterna espiralada ou dística. Folhas trifolioladas, estipelas presentes. Inflorescência racemo, pseudorracemo, verticilo. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice campanulado, lacínias 5, maiores que o comprimento do tubo, corola papilionácea, pétalas rosas a vinho; androceu monadelfo, anteras homomórficas, rimosas. Lomento estipitado ou séssil, plano, cilíndrico, linear, segmentos com tricoma uncinado. Semente reniforme, elíptica, hilo central.


Desmodium incanum (Sw.) DC., Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 2: 332. 1825.

Basiônimo: Hedysarum incanum Sw., Nova Genera et Species Plantarum seu Prodromus 107. 1788.

Planta subarbustiva, decumbente; caule tênue, lenhoso, forte; ramo cilíndrico, híspido. Estípula estreito-triangulares, persistente. Folhas composta, trifoliolada, folíolo apical ovado, elíptico, elíptico-oblongo, folíolos basais oblongos, oblongo-obovados, ápice agudo-mucronado, margem inteira, base arredondado, cuneado, face adaxial verde variegado, face abaxial cinza, folíolos discolores; membranáceo; estipela 2, estreitamente-triangulares, pecíolo 3 vezes o comprimento do pecíolo, caniculado. Inflorescência terminal, pseudorracemo. Bráctea estreitamente-triangular. Flor pequena, pedicelada, monoica; cálice campanulado, lacínios 5, 3 + 2 conados até 1/3, verde; corola 5, pétalas unguiculadas, rosa; estandarte reflexa, orbicular, ápice retuso, 2 calos na base, guias de néctar; alas oblongas; quilha conadas; androceu diadelfo, estames 10, tubo branco; gineceu 1, ovário séssil, pluriovulado.  Fruto lomento, plano, segmentos orbicular, coberto de tricomas uncinados.

Comentário

Planta com grande variação morfológica e ampla distribuição geográfica.

Na Paraíba ocorre em todos os ambientes antropizados, comum nas áreas abertas de João Pessoa.

Nome popular: carrapicho, pega-pega (Lima 2012).

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Campus I, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil.


Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

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