segunda-feira, 20 de julho de 2015

Fabaceae - Parapiptadenia zehntneri (Harms) M.P. Lima & H.C. Lima

Espiga, com flores sésseis, actinomorfas, anteras alvas com antera (f. 1)
Espigas axilares (f. 2 )
Ramo florido (f. 3)
Folhas bipinadas (f. 4)
Flores com filetes cor de vinho (f. 5)
Sementes aladas, testa lisa, hilo central (f. 6)
Semente grande, orbicular (f. 7) 
Fruto plurisseminado (f. 8)
Fruto legume, valvas glabras (f. 9)
Valvas vermelhas, lisas (f. 10)
Fruto estipitado (f. 11)
Planta arbórea, copa aberta (f. 12)
Folha composta, bipinada, 4 pares de folíolos (f. 13)
Foliólulos oblongos (f. 14)
Ramo cilíndrico, inerme (f. 15)
Caule cilíndrico (f. 16)
Filotaxia subalterna, folíolos subalternos (f. 17)
Folha bipinada (f. 18)
Glândulas no pulvino (f. 19)
Folhas bipinadas (f. 20)


Leguminosae, Caesalpinioideae, Mimoseae, Parapiptadenia Brenan 1963. 6 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorre 6 espécies das quais 4 são endêmicas (Morim 2015).

Parapiptadenia zehntneri (Harms) M.P. Lima & H.C. Lima, Rodriguésia 36(60): 26. 1984.

Sinônimo: Piptadenia zehntneri Harms, Notizblatt des Botanischen Gartens und Museums zu Berlin-Dahlem 8(80): 712–713. 1924.

Árvore até 7 m alt.; tronco estriado, lenticelados, inerme; copa aberta. Estípula basifixa, caduda. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada; 4-5-folioladas, folíolos opostos; foliólulos elípticos-oblongos, ápice rotundo, margem inteira, base assimétrica, raque maior que pecíolo; pecíolo com nectário oblongo. Inflorescência axilar, espiga; brácteas não vistas; botão fusiforme. Flor séssil, actinomorfa, monoclina, hipógina, heteroclamídea, diplostêmone; cálice tubuloso, sépalas 5, corola gamopétala, pétalas 5; androceu dialistêmone, estames 10, vinho, filetes maior que o tubo da corola, anteras rimosas; gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário breve-estipitado, pluriovulados. Fruto legume-típico, breve-estipitado, linear, plano-corrugado, valvas vinho. Sementes orbiculares, margem alada.      
Comentário
Esta espécie é facilmente reconhecida pelas folhas bipinadas e ramos inermes, sendo o tronco cilíndrico, estriado, lenticelado e cinza. O que mais chama atenção são os estames com filetes cor de vinho.
Na Paraíba ocorre no município de São João do Tigre próximo a subida da serra do Paulo.

Nome popular: angico-monjolo; guanabira (Andrade-Lima-1989)

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Catimbau, Pernambuco, Brasil.


Referências

-Andrade-Lima, D. de. 1989. Plantas das caatingas. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências,.243p.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Córdula, E., Morim, M.P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516. https://doi.org/10.1590/S2175-78602014000200012

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B.; Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.


-Matos, S.S., Melo, A.L.; & Santos-Silva, J. 2019. Clado Mimosoide (Leguminosae-Caesalpinioideae) no Parque Estadual Mata da Pimenteira, Semiárido de Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 70, e01902017. Epub March 18, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970007


-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de S
antana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Morim, M.P. 2020. Parapiptadenia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18920>. Acesso em: 30 Apr. 2021

-Morim, M.P. Parapiptadenia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 06 Jun. 2015

Exsicatas

Herbários Reflora

Fabaceae - Zornia grandiflora Fort.-Perez & A. M. G. Azevedo

Flor laranja, corola papilionácea, estandarte orbicular, com estrias vermelhas na base (f. 1)
Ramo cilíndrico, indumento cinéreo, estípula triangular, folha bifoliolada (f. 2)
Bractéolas ovado-oblongo, alas obovadas (f. 2)
Bractéolas peltadas, estrias paralelas (f. 3)
Flor grande, laranja (f. 4)
Pétalas ovadas, peltadas, com estrias paralelas (f. 5)
Filete longo (f. 6)
Bractéolas com pontuações  (f. 7)
Pétalas unguiculadas (f. 8)
Flor séssil, cálice campanulado (f. 9)
Quilha falcada (f. 9)
Inflorescência racemo (f. 10)
Androceu monadelfo, anteras dimórficas (f. 11)
Fruto lomento, equinado (f. 12)
Planta subarbustiva (f. 13)
Folha composta, bifoliolada, folíolos lanceolados (f. 14)
 Fruto lomento, plano, segmento orbicular (f. 15)
Fruto maior que o comprimento das bractéolas, segmentos orbiculares (f. 16)

Leguminosae, Papilionoideae, Dalberigieae, Zornia J.F.Gmel, Subg. Zornia, sect. Anisophylla, 75 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 37 espécies das quais 16 são endêmicas (Perez 2022).

Zornia J.F. Gmel., Syst. Nat., ed. 13[bis] 2(2): 1076. 1791 [1792].

Subarbusto, prostrado ou ereto; ramos difusos, cilíndricos, inermes, glabro ou com indumento. Estípulas medifixas, glândulas presentes. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folha palmada, bi-tetrafoliolada, folíolos simétricos ou assimétricos, lineares, oblanceolados, oblongos, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica ou aguda, face adaxial glabra ou glabrescente, face abaxial glabra ou pilosa, glândulas presentes. Inflorescência terminal ou flores isoladas; bractéolas medifixas; flor séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina, pentâmera; cálice campanulado, breve-lobado, 5 lobos; corola papilionácea, dialipétala, pétalas unguiculadas, amarelas; estandarte com estria vinho, alas livres, quilhas fundidas, falcadas; androceu monadelfo, anteras dimórficas; gineceu simples, ovário pluriovulados, estilete glabro, estigma puntiforme. Fruto lomento, séssil, linear, articulado, valvas inerme ou espinescentes.

Zornia grandiflora Fort.-Perez & A.M.G. Azevedo, Novon 20(1): 35. 2010.

Planta perene, subarbustiva ereta 60 cm alt., caule curto, extremamente difuso; ramo cilíndrico, lignoso, seríceo. Estípula 2, peltada, lanceolada, serícea, persistente. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, bifoliolada; folíolo assimétrico, ovado, oblongo; ápice mucronado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial glabra, face abaxial serícea, membranácea, raque ausente; pecíolo menor ou igual ao comprimento do pecíolo. Inflorescência axilar ou terminal, espiciforme, bractéola ovada, peltada, estriada. Flor séssil, monoclina, zigomorfa; cálice campanulado, brevemente lobado; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, amarelo; estandarte largo-ovado, vinho-estriado na base; alas livres, obovadas, quilha adnata, falcada; androceu monadelfo, alvo, filetes curtos; anteras heteromórficas, rimosa, amarela; gineceu simples, ovário súpero, pluriovulado. Fruto lomento, linear, plano, segmentos orbicular, armado.

Comentário
Esta espécie apresenta 1 par de folíolos, ramos cilíndricos, seríceos, fruto lomento, armado.

Determinadora: Ana Paula Fortuna Perez

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Catimbau, Pernambuco, Brasil.

Referência

-Fortuna-Perez, A.P., Lewis, G.P., Queiroz, R.T., Santos-Silva J., Tozzi, A.M.G.A. & Rodrigues, K.F. 2015. Fruit as diagnostic characteristic to recognize Brazilian species of Zornia (Leguminosae, Papilionoideae). Phytotaxa 219: 27-42.

-Fortuna-Perez, A.P. & Tozzi, A.M.G.A. 2011. Nomenclatural changes for Zornia (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae) in Brazil. Novon 21: 331-337. <http://dx.doi.org/10.3417/2010040>.

-Fortuna-Perez, A.P. & Tozzi, A.M.G.A. 2010. A New Species of Zornia (Leguminosae, Papilionoideae) from Northeastern Brazil. Novon 20(1): 35–37, f. 1. 2010.

-Fortuna-Perez, A.P. 2009. O gênero Zornia J.F. Gmel. (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae): revisão taxonômica das espécies ocorrentes no Brasil e filogenia. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 271p.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Mohlenbrock, R. 1961. A monograph of the Leguminous genus Zornia Webbia 16: 1-141.

-Perez, A.P.F. Zornia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 12 Mai. 2015



Herbário reflora


Fabaceae - Cratylia bahiensis L.P. Queiroz

Flor com corola papilionácea, lilás (f. 1)
Estandarte orbicular, alas obovadas (f. 2)
Cálice persistente, tubuloso, pedúnculo cilíndrico, tomentoso (f. 3)
Flor grande (f. 4)
Pétalas unguiculadas, alas oblongo-obovado (f. 5)
Alas livres (f. 6)
Alas lilás (f. 7)
Botão obovado (f. 8)
Cálice bilabiado, tomentoso, cinéreo (f. 9)
Botões jovens, tubuloso, tomentoso, lobos triangulares (f. 10)
Inflorescência pseudorracemo (f. 11)
Inflorescência pseudorracemo  congesto (f. 12)
Tubo estaminal monadelfo, rosa, anteras oblongas, dorsifixas (f. 13)
Ovário linear, piloso, fileto piloso, curto (f. 14)
Legume imaturo (f. 15)
Legume imaturo, plano tomentoso (f. 16)

Folha trifoliolada, folíolo apical ovado (f. 17)
Folíolo basal obovado, ápice agudo, base obtuso (f. 18)
Face abaxial pilosa, cinérea (f. 19)
Raque muito curta (f. 20)
Face adaxial glabra (f. 21)
Filotaxia alterna, espiralada (f. 22)
Legume imaturo (f. 23)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Cratylia Mart. ex Benth.  7 espécies. no Brasil. (Lewis et al. 2005)

No Brasil ocorrem 5 espécies das quais 3 são endêmicas (Queiroz 2015).

 Cratylia Mart. ex Benth. 

Liana, ramo inerme. Estípula basifixa, lateral. Filotaxia alterna espiralada. Folha trifoliolada, nectário ausente, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque. Inflorescência pseudorracemo, terminal. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice gamossépalo, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, androceu diadelfo, estames 10, anteras rimosas; gineceu simples unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pluriovulado. Fruto legume, linear, plano-achatado.

Cratylia bahiensis L.P. Queiroz, Kew Bulletin 49(4): 769. 1994.

Etimologia: Cratylia Mart. crato: (gr.: forte) caulos (gr.: caule)

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Catimbau, Pernambuco, Brasil.

Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Queiroz, L.P. 2020. Cratylia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB79034>. Accessed on: 01 Jun. 2021

-Queiroz, L.P. Cratylia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 25 Mai. 2015

-Queiroz, L.P. de (1991) O gênero Cratylia Martius ex Bentham (Leguminosae: Papilionoideae: Phaseoleae): revisão taxonômica e aspectos biológicos. Univ. Est. Campinas, Diss. MSc.

-Queiroz, L.P. de (1994) Cratylia bahiensis (Leguminosae : Papilionoideae), a New Species from Bahia, Brazil. Kew Bull. 49: 769-773