quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fabaceae - Arachis dardanii Krapov. & W.C. Greg.

Flor amarela, pétalas unguiculadas, estria vermelha na base do estandarte (f. 1)
 Ramo principal, filotaxia alterna espiralada (f. 2)
 Hábito subarbustivo (f. 3)
 Folha composta, tetrafoliolada, folíolos oblongos, obovados (f. 4)
 Flor pequena, folíolos distal obovado (f. 5)
 Ramo secundário prostrado, filotaxia alterna dística (f. 6)
 Pegue crescendo em direção ao solo (f. 7)
 Estípulas estreitamente-triangulares (f. 8)
 Caule com antocianina (f. 9)
Folíolos obovados (f. 10)
Plântula florindo (f. 11)
Eixo principal folha com pecíolo longo, hipanto muito longo (f. 12)
Plântulas (f. 13)
Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Arachis L., Seção Heteranthe Krapov. e Gregory 2014. 80 espécies (Valls e Simpson 2005).  

No Brasil ocorrem cerca de 65 espécies das quais 47 são endêmicas (Valls 2015).


Plantas perenes ou anuais; herbáceas decumbentes ou eretas; ramos glabros ou indumentado. Estípulas 2, adnata ao pecíolo. Folha tri-tetrafoliolada; folíolos lanceolados, lineares, obovados, oblanceolado, ovados, orbiculares, ápice agudo, retuso, mucronado, margem inteira ou ciliada, base assimétrica, face adaxial glabra ou recoberta de indumento, face abaxial glabra ou com indumento, membranácea, pecíolo maior que a raque. Inflorescência axilar, espiciforme, botão ovado ou falcado. Flor séssil, hipanto linear, zigomorfa, monoclina, hipógina, cálice brevi-campanulado, bilabiado, 4-5 lobos; corola papilionácea, unguiculada, amarela, estandarte patente, orbicular, ovado, oblato, alas livres, quilha fundida, androceu monadelfo, anteras heteromorfas; ovário séssil, pauciovulado, estilete longo. Fruto lomento, geocárpico, navicular, oblongo, cristado ou liso, mesocarpo macio. Sementes 2-4 por lomento, testa lisa, mole.



Arachis dardanii Krapov. & W.C. Greg., Bonplandia (Corrientes) 8: 76–79, f. 1, 29; 17. 1994.

Planta subarbustiva, prostrada, ca 15 cm de altura; ramo cilíndrico, indumento híspido, às vezes com antocianina, inerme. Filotaxia alterna, espiralada no ramo principal; filotaxia alterna, dística nos ramos laterais. Estípula 2, adnatas ao pecíolo, parte livre estreitamente-triangular. Folha composta, paripinada, tetrafoliolada; folíolo basal elíptico-oblongo, folíolo apical, obovado, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, ciliada, base arredondada-obtusa, face adaxial glabra, abaxial esparsamente serício, discolores, membranáceo, pecíolo sempre maior que o comprimento da raque, caniculado, híspido, sem glândula. Inflorescência axilar, espiga, hipanto longo, híspido. Flor séssil, pequena, monoica; cálice curtamente campanulado, bilabiado, lacínios 5; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, amarelas; estandarte orbicular com estrias cor de vinho na base, alas oblongas, livres, quilha falcada; androceu monadelfo, estames 10, anteras heteromorfas; gineceu 1, ovário súpero, séssil, oligovulado; pegue vinho. Fruto lomento, epicarpo estriado, mesocarpo macio.   

Comentário

As espécies da seção Heteranthe são extremamente complexas, no entanto esta espécie é facilmente reconhecida por apresentar estandarte com estrias vináceas na base do estandarte.
Na Paraíba foi coletada e ocorre com muita frequência na RPPN Fazenda das Almas em São José dos Cordeiros

Etimologia: A: gr.=sem, rachis: gr.=eixo, plantas sem crescimento no eixo principal; dardanii nome dado em homenagem a Dardamo Andrade Lima, 
                                                                                                                                                
nome popular: mandobim

Especialista na seção: Suzi Santana: suzihsantana@gmail.com


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Sítio de Chico Raimundo, Serrinha do Canto, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil.


Referências

-Krapovickas, A. & Gregory, W.C. 1994. Taxonomy del genero Arachis (Leguminosae). Bonplandia 8 (1-4): 1-186. 1994

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal. Botanic Gardens

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 

-Queiroz, R. T.; Moro, M. F.; Loiola, M. I. B. 2015. Evaluating the relative importance of woody versus non-woody plants for alpha-diversity in a semiarid ecosystem in Brazil. Plant Ecology and Evolution,v. 148, p. 361-376, 2015. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.5091/plecevo.2015.1071>.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana.

-Valls, J.F.M. Arachis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

-Valls J.F.M, Simpson CE: New species of Arachis L. (Leguminosae) from Brazil, Paraguay and Bolivia.  Bonplandia (Argentina) 2005, 14:35-64.

Exsicatas

Herbários K e P



terça-feira, 8 de novembro de 2011

Fabaceae - Chamaecrista parvistipula (Benth.) H.S. Irwin & Barneby

Planta subarbustiva, folha composta, paripinada, folíolos oblongos, frutos com valvas elásticas (f. 1)
Valvas elásticas, lignosas, retorcidas (f. 2)
Ramo flexuoso, raque curta (f. 3)
Hábito subarbustivo (f. 4)
Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Cassinieae, Chamaecrista Moench, seção Absus
(Irwin e Barneby 1982), 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.
Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 2, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.

Chamaecrista parvistipula (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 704. 1982.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serra Azul, Barra do Garça, Mato Grosso, Brasil.

Referências

-Bentham, G.B. 1870. Flora brasiliensis 15(2): 169.

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982. Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Mendes, T.P., Souza, A.O. & Silva, M.J. (2020) Molecular phylogeny and diversification timing of the Chamaecrista sect. Absus subsect.Absus ser. Paniculatae, a newly circumscribed and predominantly endemic of the Cerrado Biome group. Phytotaxa 446 (3): 159–182.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27842>. Accessed on: 23 Apr. 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 08 Mar. 2015

-Scalon, Viviane Renata. 2003. Flora do Distrito Federal, Brasil: Chamaecrista Moench Seção Absus (Collad.) H. S. Irwin & Barneby (Caesalpiniaceae), São Paulo, Universidade de São Paulo - USP, Dissertação de Mestrado em Ciências na Área de Botânica, 83 pp.

-Zeferino L.C.; Queiroz, R.T.; Rando J.G.; Cota, M.M; T., Fantini, I.F.; Caetano, A.P.; Fortuna, A.P. 2019. O gênero Chamaecrista (Leguminosae: Caesalpinioideae) no Parque Estadual do Rio Preto, São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia [Internet]. [cited 2021 Apr 22] 5

Exsicatas


Coleção tipo 

Herbário de Paris (P

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Fabaceae - Chamaecrista azulana (H.S. Irwin & Barneby) H.S. Irwin & Barneby

Planta subarbustiva, ramos com tricomas glandulares, inflorescência em racemo corimbiforme, botões ovados, flores amarelas, pediceladas, pétalas unguiculadas (f. 1)
Folhas compostas, paripinadas, multijuga, folíolos pequenos, raque longa (f. 2)
Ramos densamente tricomatosos, frutos, planos, pilosos (f. 3)
Ramo florido, caule com parte lignosa, cilíndrica (f. 4)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassineae, Chamaecrista Moench, seção Absus (Irwin e Barneby 1982). ca 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.



O epiteto espécifico: azulana é faz alusão ao local de coleta Serra Azul.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serra Azul, Barra do Garça, Mato Grosso, Brasil.

Referências

-Bentham, G.B. 1870. Flora brasiliensis 15(2): 131.

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 655.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27850>. Accessed on: 23 Apr. 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015

Exsicatas


p

Neotropical Leguminosae (Mimosoideae)



Bente B. Klitgaard; Gwilym P.Lewis
Royal Botanic Gardens, Kew, U.K.


Neotropical Leguminosae (Papilionoideae)


Bente B. Klitgaard; Gwilym P.Lewis
Royal Botanic Gardens, Kew, U.K.





sábado, 5 de novembro de 2011

Fabaceae - Chamaecrista filicifolia (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby

Botões ovais, flor assimétrica (f. 1)
Racemo corimbiforme com flores pediceladas (f. 2)
Folhas multijuga, paripinada (f. 3)
Legume linear (f. 4)
Corimbo com flor assimétrica, pedicelada (f. 5)
Folíolos oblongos (f. 6)
Inflorescência terminal (f. 7)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassineae, Chamaecrista Moench, seção Absus (Irwin e Barneby 1982). ca 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.

Chamaecrista filicifolia (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 655. 1982.


Segundo Scalon (2003) esta espécie é muito próxima de C. neessiana, porém o número de folíolos

 nesta espécie é superior, varia (9) 25-28 pares e a inflorescência quando jovem é subcorimbosas,

enquanto C. neesiana  tem folhas com 5-13 pares, e a inflorescência quando jovem é racemosa alongada.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, IBGE, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Referências

-Bentham, G.B. 1870. Flora brasiliensis 15(2): 131.

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Irwin, H.S.; Barneby, R.C. 1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27951>. Accessed on: 23 Apr. 2021

-Scalon, Viviane Renata. Flora do Distrito Federal, Brasil: Chamaecrista Moench Seção Absus (Collad.) H. S. Irwin & Barneby (Caesalpiniaceae), São Paulo, Universidade de São Paulo - USP, 2003, Dissertação de Mestrado em Ciências na Área de Botânica, 83 pp.

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015

Exsicatas


Herbário MO e P

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Fabaceae - Collaea speciosa (Loisel.) DC.

Folíolos oblongo-elíptico, ápice acuminado, cálice rufo, corola papilionácea, estandarte obovado com calo na base (f. 1)
Cálice com lacínios triangulares, rufos, alas oblongas, livres, vermelhas (f. 2)
Racemo congesto, folíolos elípticos-oblongos, fortemente mucronado (f. 3)
Planta arbustiva, ramos retos, pouco ramificada (f. 4)
Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Collaea Mart ex Benth. 1897. 7 espécies (Lewis et al. 2005)

No Brasil ocorrem 5 espécies das quais três são endêmicas (Oliveira e Queiroz 2020).

Collaea Mart ex Benth. 


Arbusto ereto; ramos cilíndricos, indumentados, inermes. Estípula 2, lateral. Folha alterna, trifoliolada. Inflorescência axilar. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina, diclamídea, heteroclamídea; cálice tubuloso, sépalas 4, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas; androceu diadelfo, estames 10, anteras rimosas; gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume típico, linear, valvas lignosas. 

Collaea speciosa (Loisel.) DC., Mémoires sur la Famille des Légumineuses 6: 245. 1825.
Basiônimo: Cytisus speciosus Loisel., Traité des Arbres et Arbustes [Nouvelle edition] 5: 160. 1812.

Planta arbustiva, ramos longos, pouco difuso, cilíndricos, tomentoso, rufo, pouco denso, inerme. Estípula 2, caducas. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, trifoliolada; folíolo lanceolado, oblongo, ápice agudo, mucronado, margem inteira, base aguda, face adaxial glabra, face abaxial pilosa, coriáceo, discolores, pecíolo 3x maior que a raque. Inflorescência axilar, racemo, congesto, pedúnculo curto, coberto por indumento rufo, bráctea ovada, cinza; flor pedicelada, monoica, pequena; cálice campanulado, bilabiado, lacínio 5, triangular, rufo; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, vermelhas; estandarte longo-obovado, calo na base, alas oblongas, quilha não vista; androceu 10, tubo longo; gineceu 1, ovário súpero, plurisseminado. Fruto legume, linear, plano, valva tomentosa, rufa. 

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Monte Verde, Minas Gerais, Brasil.


Referência

-Barroso, G.M. 1991. Sistemática das Angiospermas do Brasil. v. 2. Viçosa, Editora da Universidade Federal de Viçosa.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Ceolin, G.B. & Miotto, S.T.S. 2009. O gênero Collaea DC. (Leguminosae, Papilionoideae) na Região Sul do Brasil. Acta Bot. Bras. 23: 991-998https://doi.org/10.1590/S0102-33062009000400009

- Fortunato, R.H. Collaea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 14 Mai. 2015

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B.; Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

Macbride, J. F. 1943. Leguminosae. Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 13(3/1): 3–507.

-Oliveira, A.C.S.; Queiroz, L.P. 2020. Collaea in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29551>. Accessed on: 01 Jun. 2021

Exsicatas

Herbários Reflora

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Fabaceae - Eriosema glabrum Mart. ex Benth.

Inflorescência congesta, flores pequenas, corola papilionácea (f. 1)
Estandarte ovado, alas livres (f. 2)
Cálice campanulado, lacínios curtos (f. 3)
Pétalas unguiculadas, amarelas (f. 4)
Folha trifoliolada, folíolos obovados, elípticos, glabros, ápice mucronado (f. 5)
Planta subarbustiva, tênue, ramos lineares, finos (f. 6)
 
Inflorescência terminal, flores pediceladas, pedúnculo curto, folhas glabras, curto-pecioladas (f. 7)
Alas livres, quilha falcada, obovada (f. 8)
Raque mais longa que o pecíolo, folíolos glabros, oblongo-obovado, inflorescência terminal (f. 9)
Comprimentos dos nos e entre-nós longos (f. 10)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Eriosema (DC.) Rchb. 150 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem cerca de 30 espécies das quais 15 são endêmicas (Fortunato 2016).

Eriosema (DC.) Desv., Annales des Sciences Naturelles (Paris) 9: 421. 1826.

Erva ou subarbusto, indumentado ou glabro, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folha trifoliolada, folíolos cartáceos, nervação actinódroma, nectário ausente. Inflorescência axilar ou terminal racemo. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice gamossépalo, lobos 5, corola papilionácea, dialipétala, pétalas 5, unguiculadas amarelas, cremes, androceu diadelfo, estames 10, anteras rimosas, uniformes; gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pauciovulado. Fruto legume, oblongo, plano. Semente com arilo presente ou ausente, hilo apical. 

Eriosema glabrum Mart. ex Benth., Linnaea 22: 522. 1849.


Semente com hilo linear ou oblongo, com funículo da inserção apical..........................Eriosema

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Reserva IBGE, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Determinadora: Ana Paula Fortuna Perez 

Referências

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Cândido, E.S.; Perez, A.P.F.; Santos-Silva, J. 2020. Eriosema in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29649>. Accessed on: 09 May 2021

-Cândido, E.S., Vargas, W., Bezerra, L.M.P.A., Mansano, V.F., Vatanparast, M., Lewis, G.P.,Tozzi, A.M.G.A., Fortuna-Perez, A.P. 2019. Taxonomic synopsis of Eriosema (Leguminosae: papilionoideae, phaseoleae) in Brazil. Phytotaxa 416, 91–137. https://doi.org/10.11646/phytotaxa.416.2.1


-Cândido, E.S., Fortuna-Perez, A.P. & Aranha Filho, J.L.M. & Bezerra, L.M.P.A. 2014. Eriosema (Leguminosae-Papilionoideae) no Sudeste do Brasil. Rodriguésia 65 (4): 885–916. https://doi.org/10.1590/2175-7860201465406

-Fortunato, R.H. Eriosema in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 14 Fev. 2016


-Grear, J.W. 1970. A revision of the american species of Eriosema (Leguminosae-Lotoideae). Memoirs of the New York Botanical Garden 20(3): 1-98.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Rogalski, L.D. & Miotto, S.T.S. 2011. O gênero Eriosema (DC.) Desv. (Leguminosae-Papilionoideae) nos estados do Paraná e Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Biociencia 9:350-370.


Exsicatas

Herbários P


sábado, 29 de outubro de 2011

Orientadoras Maria Iracema Loiola (Graduação e mestrado), Ana Maria Goulart de Azevedo Tozzi (Doutorado)

Maria Iracema, Rubens Queiroz e Ana Tozzi


Passei a toda a infância e adolescência no sítio e foi lá onde aprendi a perceber o mundo.

Uma das muitas coisas que fazia nas horas de ociosas era observar. Entre as coisas que mais observavam estavam as plantas e todas as suas formas e cores e aromas e texturas. As flores e a sua geometria fabulosamente misteriosa.

Então, quando fui cursar Ciências Biológicas na Universidade Federal do Fio Grande do Norte já tinha uma percepção na botânica.

Nesta graduação tive o prazer de conhecer e ser orientado pela grande mestra Dra. Profa. Maria Iracema Loiola. Esta pessoa espetacular que generosamente compartilhou comigo um pouquinho de seu vasto Conhecimento. Foi com ela que tive minhas primeiras aulas de taxonomia me fazendo amar a botânica. Esta me ensinou a caminhar ao lado da botânica, introduziu inúmeros conceitos, parte prática e me introduziu na pesquisa desta magnífica área. A Dra. Profa. Maria Iracema não é só uma excelente botânica como também é uma das pessoas mais éticas que já conheci, creio que esta qualidade se alinhou a minha percepção e me fez ter a certeza desta verdade. De passo a passo foi aprendendo, errando e acertando que conseguir concluir graduação e mestrado.

Ao vir para São Paulo, tive a oportunidade de estagiar no Instituto Botânica com a Dra. Rosangela Bianchini. Sem dúvida foi uma das experiências sem precedentes poder conhecer pessoas que me ensinaram muito sobre plantas da mata Atlântica.

E por fim, tive o grande prazer de ser orientado pela Dra. Profa. Ana Tozzi que sem dúvida é uma pessoas mais inteligente e sensacional que tive a oportunidade de conhecer. Com a Ana tive a oportunidade de aprender muitos conceitos de taxonomia. Nem imagino como pagar estas experiências vividas.

Foram as grandes mestras que me ensinaram tudo que sei sobre botânica.

No estágio de pós-doutorado tive a grande oportunidade de ter como supervisor o maior conhecedor de Arachis do Mundo o Dr. José Francisco Valls.



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Fabaceae - Lupinus velutinus Benth.

Racemo laxo, flores lilás (f. 1)
Corola papilionácea, cálice com lacínio longo (f. 2)
Pedúnculo estriado, fruto legume, valvas tomentosas (f. 3)
Planta subarbustiva pouco ramificada, racemo longo (f. 4)
Ambiente onde foi fotografada (f. 5)

Leguminosae, Papilionoideae, Genisteae, Lupinus L. c. 220-230 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 31 espécies das quais 21 são nativas (Iganci e Miotto 2015).         

Lupinus L. derivado de lupus (lobo), em alusão à capacidade de penetração da planta em todos os ambientes, bastando que haja leve camada de solo. (Barroso 1991).

Flores azuis ou violáceas, raramente amarelas, dispostas em racemos, com bractéolas foliáceas, semelhantes as estípulas. Legume bivalvar com valvas providas de falsos septos entre as sementes. Sementes com hilo oblongo ou linear.............................................Lupinus L.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Reserva Ecológica do IBGE, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Referências

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Iganci, J.R.V.; Miotto, S.T.S. Lupinus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Mai. 2015

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens


Diagnose: http://www.biodiversitylibrary.org/page/3388296#page/442/mode/1up
http://florabrasiliensis.cria.org.br/fviewer

Exsicatas

http://www.tropicos.org/Name/13037152
http://sonneratphoto.mnhn.fr/2011/05/05/8/P02728444.jpg
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/index?Lista do Brasil:mode=sv&group=Root_.Angiospermas_&family=Root_.Angiospermas_.Fabaceae_LINDL&genus=Lupinus&species=&author=&common=&occurs=1&region=&state=&phyto=&endemic=&origin=&last_level=subspecies&listopt=1&x=16&y=5

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Fabaceae - Cerradicola lamprophylla (Harms) L.P. Queiroz

Subarbusto, folhas trifolioladas, cartáceas, inflorescência pseudorracemo axilar (f. 1)
Folhas trifolioladas (f. 2)
Cálice campanulado, sépalas 4, lobos maiores que o tubo do cálice, corola papilionácea (f. 3)
Flor com lobos longos, corola papilionácea (f. 4)
Flor subséssil (f. 5)
Subarbusto florido, cerrado do Cenargem (f. 6)
Leguminosae, Papilionoideade, Phaseoleae, Cerradicola 17 spp. (W3tropicos 2024).

No Brasil ocorrem 15 espécies das quais 12 são endêmicas (Oliveira & Queiroz 2020).

Cerradicola L.P.Queiroz

Subarbustos eretos; ramos volúveis, inermes. Estípula 2, basifixa. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas uni ou trifolioladas; folíolos elípticos, ovados oblongos, ápice retuso, agudo ou mucronado, face adaxial e abaxial glabro ou piloso, margem inteira, base obtusa, raque menor que o pecíolo; estipelas ausentes. Inflorescência racemo, axilar, brácteas caducas. Flor brevi-pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice campanulado, lacínias 4, agudos, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, rosa, vinho, estandarte ovado, alas livres, quilha adnata; androceu psudomonadelfo; antera homomórfica, rimosa; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume séssil, linear, plano, valvas 2, membranáceas.

Cerradicola lamprophylla (Harms) L.P. Queiroz, Neodiversity 13(1): 86. 2020.



Plantas eretas, decumbentes ou procumbentes. Cálice com quatro lacínios. Estandarte não giboso, sem

 calos. Legume linear, reto. Semente com arilo circular........................ Galactia (Barroso 1991).


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Reserva IBGE, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Referências


-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Fortunato, R.H. 2015. Galactia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB29680>.

-Ceolin, G.B. & Miotto, S.T.S. 2013. Synopsis of the genus Galactia (Phaseoleae, Papilionoideae, Leguminosae) in Brazil. Phytotaxa 134 (1): 1–26.

-Oliveira, A.C.S., Queiroz, L.P. 2020. Cerradicola in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (https://floradobrasil2020.jbrj.gov.br/FB617839).

-Queiroz LP, Oliveira ACS, Snak C. 2020. Disentangling the taxonomyof the Galactia-Camptosema-Collaea complex with new genericcircumscriptions in the Galactia clade (Leguminosae, Diocleae). AJournal of Neotropical Biodiversity 13: 56-94

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