segunda-feira, 14 de abril de 2014
Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil
quarta-feira, 2 de abril de 2014
Fabaceae - Zornia brasiliensis Vogel
Subarbusto, prostrado ou
ereto; ramos difusos, cilíndricos, inermes, glabro ou com indumento. Estípulas
medifixas, glândulas presentes. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folha
palmada, bi-tetrafoliolada, folíolos simétricos ou assimétricos, lineares,
oblanceolados, oblongos, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica ou
aguda, face adaxial glabra ou glabrescente, face abaxial glabra ou pilosa,
glândulas presentes. Inflorescência terminal ou flores isoladas; bractéolas
medifixas; flor séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina, pentâmera; cálice campanulado,
breve-lobado, 5 lobos; corola papilionácea, dialipétala, pétalas unguiculadas,
amarelas; estandarte com estria vinho, alas livres, quilhas fundidas, falcadas;
androceu monadelfo, anteras dimórficas; gineceu simples, ovário pluriovulados,
estilete glabro, estigma puntiforme. Fruto lomento, séssil, linear, articulado,
valvas inerme ou espinescentes.
Essa espécie apresenta como caracteres diagnósticos folha composta, palmada, tetrafoliolada,
inflorescência axilar, flores com estandarte largo-ovado, com estrias vermelhas.
Determinador: Ana Paula Fortuna Perez
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serra da Engabelada, Congo, Paraíba, Brasil.
Referências
segunda-feira, 10 de março de 2014
Fabaceae - Arachis burkartii Handro
A seção Rhyzomatozae é constituída por 3 espécies: Arachis burkartii Handro, A. pseudovillosa (Chodat & Hassl.) Krapov. & W.C. Gregory e A. glabrata Benth., tendo esta última espécie uma variedade tipica e a A. glabrata var. hagenbeckii (Krapov. e Greg. 1994).
Seção é facilmente reconhecida devido a presença de rizomas.
Arachis burkartii Handro, Arquivos de Botânica do
Estado de São Paulo 3(4): 177–178, pl. 42–43. 1958.
Arachis burkartii: nome dado por Handro em homenagem ao grande botânico argentino Aturo Burkart http://pt.wikipedia.org/wiki/Arturo_Burkart
Planta herbácea; caule rizomatoso,
ramos glabros. Estípula adnada ao pecíolo; pecíolo longo. Folhas 2 pares de
folíolos; obovados, coriáceos, ápice arredondado, base assimétrica, margem
levemente lignificada, ciliada, face superior glabra, viridescente.
Inflorescência espiga curtas, uma flor abrindo de cada vez. Flores com hipanto
bem desenvolvido, cálice bilabiado, 3 mais 2, com tricomas hirsutos na face
dorsal; pétalas alaranjadas, alas com duas cores, anteras dimórficas.
Frutos com exocarpo liso, com três segmentos de frutos.
Esta espécie é facilmente reconhecida
além de apresenta a distribuição restrita a região sul, apresenta folhas com
folíolos coriáceos e a margem marcada em ambas as faces (krapov. & Greg.
1994).
Planta frequente no campo sulinos.
Arachis está entre os grupos de taxonomia mais complexas dentro de Fabaceae, principalmente pelo pequeno número de tratamento dado ao gênero. A maior referência é uma revisão Krapovickas & Gregory 1994. Mais recentemente Valls & Simpson (2005) publicaram 11 novas espécies.
Vale salientar que a maior autoridade
no gênero no Brasil é o pesquisador Dr. José Francisco Valls locado na Embrapa
Recursos Genéticos - DF.
Dr. Valls é sem dúvida o maior
entusiasta do grupo, praticamente 80 porcento de todas as coletas feitas no Brasil
foram realizadas por ele. Cortou o Brasil de norte a sul, de leste a oeste.
Coletando incansavelmente. Um de seus grandes colaboradores foi Glocimar que
por muito tempo coletou junto.
É deslumbrante a alegria com que Dr. Valls conta de suas milhares de
coletas.
A partir de tanto esforço e empenho, a Embrapa Recursos Genéticos tem a
maior coleção de espécies vivas e um fantástico banco de sementes sob a
curadora de Dr. Valls.
Até o momento mais de 60 dissertações e teses foram desenvolvidas
referentes a Arachis.
Referências
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Fabaceae - Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. - garapeira -
No Brasil ocorre apenas uma espécie (Lima 2015).
Árvore até 15 metros de altura; copa assimétrica, ramos lignosos, cilíndricos, glabros, inermes. Filotaxia alterna-espiralada. Estípulas basifixas, estreitamente-triangular, caducas. Folhas imparipinadas, 5-7-folioladas, folíolos alternos, oval-lanceolados, elípticos, ápice retuso, margem inteira, base obtusa, margem inteira, face adaxial e abaxial glabra, suavemente discolor, coriáceo, glabra, raque menor que o pecíolo, glândula ausente. Inflorescência axilar, racemo, panícula, corimbosa, congesta. Flores pediceladas, trímeras, monoclinas ou diclinas, hipógina; cálice esverdeado, dialissépalo; corola dialipétala, pétala 3, unguiculada, alvas, obovadas, ápice redondo ou retuso; androceu dialistêmone, estames 3, filetes curtos, anteras 3, amarelas, oblongas, poricidas, basefixa; gineceu 1, ovário com poucos óvulos, filete curvo, estigma disciforme, esverdeado. fruto sâmara, indeiscente, estipitado, oblongo, valvas coriácea, base e ápice assimétricos, plano compresso, margens brevemente alada, coriáceo, imaturo verde e ocráceo quando maduro. Sementes 1-3, oboval, testa lisa, dura pontilhada, hilo basal. Fores perfumadas.
Planta arbórea abundante nas matas e fragmentos de mata de João Pessoa. Na época da floração torna-se extremamente vistosa por ficar completamente florida.
As observações sugerem que esta espécie se trata de uma das plantas favorita na alimentação do bicho preguiça, visto que vários indivíduos foram observados forrageando esta espécie.
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Campus I, UFPB, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Referência
-Martius C. Von. 1837. 178 Apuleia praecox Mart. Herbarium Florae Brasiliensis. Flora 20, Beibl.: 123.
-Vogel, Th. (1837). De Caesalpinieis Brasiliae. Leptolobium ? leiocarpum. Linnaea 11: 393.
Exsicata