quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Fabaceae - Cenostigma bracteosum (Tul.) Gagnon & G.P. Lewis - catingueira -

Brácteas ovadas, flor amarela, pétalas obovadas (f. 1)
Estames longos, filetes com tricomas na base, anteras rimosas (f. 2)
Brácteas largo-ovadas, tomentosa (f. 3)

Flor com tamanho maior, plantas do RN (f. 4)
Brácteas grandes (f. 5)
Panícula laxa (f. 6)
Anteras elípticas (f. 7)
Carena com guia de néctar (f. 8)
Estigma puntiforme, verde (f. 9)
Pedicelo com articulação 1/3, legume plano (f. 10)
Legume com valva lenhosa e sementes obovadas (f. 11)
Panícula (f. 12)
Legumes (f. 13)
Sementes elípticas (f. 14)
Sementes com testa lisa, castanha (f. 15)
Plântula (f. 16)

Leguminosae, Caesalpiniodeae, Caesalpineae, Cenostigma  Tul. 18 espécies (W3tropicos 2021).

No Brasil ocorrem 7 espécies das quais 5 são endêmicas (Lewis 2015).

Cenostigma  Tul.

Árvore, ramo inerme. Estípula caduca. Filotaxia alterna espiralada. Folha bipinada ou imparipinada, nectário ausente, nervação broquidódroma, pecíolo menor que a raque. Inflorescência racemo ou panícula, terminal. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice dialissépalo, corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, androceu dialistêmone, estames 10, anteras rimosas; gineceu simples unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pluriovulado. Fruto legume, linear, plano-achatado.


Cenostigma bracteosum (Tul.) Gagnon and G.P. Lewis, PhytoKeys 71: 88. 2016.

Basiônimo: Caesalpinia bracteosa Tul. Archives du Muséum d'Histoire Naturelle 4: 141. 1844. Tipo: _BRASIL. Piauí, 1829, Gandner 2144 (Sintipo K imagem!) 

SinônimoPoincianella bracteosa (Tul.) L.P. Queiroz


Planta arbórea com 5 m de altura; tronco cilíndrico, com casca cinzenta, descama em placas; copa fechada; ramo difuso, cilíndrico, às vezes longos, coberto de tricomas glandulares quando jovem, lenticelas presente, cinza, inerme. Estípula caduca. Filotaxia alterna, dística, folha composta, bipinada, grande, folíolos 1-2 jugas, foliólulos 4-9, alternos ou opostos, oblongos, elípticos, ovados ou obovado, ápice arredondado-retuso, agudo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabra, nervura expressa, coriáceo, raque 3 vezes maior que o pecíolo. Inflorescência terminal, panícula laxa ou congesta, tementulosa. Bráctea largo-ovada, tomentulosa, caduca. Botão ovado, prefloração imbricada. Flor grande, zigomorfa, monoclina, pedicelada,  pedicelo articulado 1/3 da base; hipanto curto; cálice dialisépalo, sépalas 5; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, amarelas, reflexas, carena obovada, com guia de néctar vermelho, demais pétalas oblongo-obovado, ápice retuso; androceu dialistemone, estames 10 com filetes longos, com tricomas na base, antera elíptica, dorsefixa, rimosa, castanho; gineceu 1, ovário séssil, oblongo, pluriovulado, estilete longo, estigma puntiforme, verde. Fruto legume típico, linear, plano, plurisseminado, oblongo, plano, valvas lenhosas, esparsamente coberto de glândulas. Semente orbicular, plana, testa lisa.


Comentário

Cenostigma é um gênero que se carateriza pelo hábito arbóreo, estípulas caducas, folhas bipinadas, inflorescência racemo ou panícula, flores com pedicelo articulado, zigomorfa, monoclina, hipógina, filetes longos, antera rimosa e legume típico com valvas lignosas.


Esta espécie é facilmente reconhecida por suas brácteas largo-ovada, congestas no ápice da inflorescência, porém pode ser confundida com C. nordestinum, no entanto pode ser diferenciada pela forma da bráctea que é ovada, lanceolada, versus largo-ovada em C. bracteosum.
Na Paraíba esta espécie foi coletada em Sousa.

Nome popular: Catingueira

Uso: forrageira, fixadora de carbono, produção de madeira.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Sítio de Francisco Raimundo, Serrinha do Canto, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil.


Referências

-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar,
nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.
 
-Gaem, P.H. 2020. Cenostigma in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB605732>. Accessed on: 25 Apr. 2021

-Gagnom, E.; Bruneau A. , Hughes; C.E.; Queiroz, L.P. and Lewis, G.P. 2016. A new generic system for the pantropical Caesalpinia group (Leguminosae). PhytoKeys 71: 1–160

-Lewis, G.P. Poincianella in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 06 Mai. 2015

-Lewis, G.P. (1994) Systematic Studies in Noetropical Caesalpinia L. (Leguminosae: Caesalpinioideae), including a revision of the Poincianella-Erythrostemon group. University of St. Andrews, St. Andrews, 237 pp.

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Queiroz, L.P. (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 913 pp.

-Tulasne, L.R. 1844. Archives du Muséum d'Histoire Naturelle 4: 141. 



Exsicatas

Herbário P

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Fabaceae - Eriosema defoliatum Benth.

Cálice campanulado, lacínios aciculados, vinho, estandarte com estrias vináceas (f. 1)
Inflorescência racemo com pedúnculo longo e flores laxas (f. 2)
Folha trifoliolada (f. 3)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Eriosema (DC.) Rchb. 150 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem cerca de 30 espécies das quais 15 são endêmicas (Fortunato 2016)

Eriosema (DC.) Desv., Annales des Sciences Naturelles (Paris) 9: 421. 1826.

Erva ou subarbusto, indumentado ou glabro, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folha trifoliolada, folíolos cartáceos, nervação actinódroma, nectário ausente. Inflorescência axilar ou terminal racemo. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice gamossépalo, lobos 5, corola papilionácea, dialipétala, pétalas 5, unguiculadas amarelas, cremes, androceu diadelfo, estames 10, anteras rimosas, uniformes; gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pauciovulado. Fruto legume, oblongo, plano. Semente com arilo presente ou ausente, hilo apical.

Eriosema defoliatum Benth., Linnaea 22: 524 1849. 


Fotos e determinação: Ana Paula Fortuna Perez, Minas Gerais, Brasil 

Referências

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.


-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Cândido, E.S.; Perez, A.P.F.; Santos-Silva, J. 2020. Eriosema in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29649>. Accessed on: 09 May 2021

-Cândido, E.S., Vargas, W., Bezerra, L.M.P.A., Mansano, V.F., Vatanparast, M., Lewis, G.P.,Tozzi, A.M.G.A., Fortuna-Perez, A.P. 2019. Taxonomic synopsis of Eriosema (Leguminosae: papilionoideae, phaseoleae) in Brazil. Phytotaxa 416, 91–137. https://doi.org/10.11646/phytotaxa.416.2.1


-Cândido, E.S., Fortuna-Perez, A.P. & Aranha Filho, J.L.M. & Bezerra, L.M.P.A. 2014. Eriosema (Leguminosae-Papilionoideae) no Sudeste do Brasil. Rodriguésia 65 (4): 885–916. https://doi.org/10.1590/2175-7860201465406

-Fortunato, R.H. Eriosema in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 14 Fev. 2016


-Grear, J.W. 1970. A revision of the american species of Eriosema (Leguminosae-Lotoideae). Memoirs of the New York Botanical Garden 20(3): 1-98.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens


Exsicatas

Herbários MO e P




terça-feira, 16 de outubro de 2012

Fabaceae - Eriosema irwinii Grear

Racemo terminal, congesto (f. 1)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Eriosema (DC.) Rchb. 150 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem cerca de 30 espécies das quais 15 são endêmicas (Fortunato 2016).

Eriosema (DC.) Desv., Annales des Sciences Naturelles (Paris) 9: 421. 1826.

Erva ou subarbusto, indumentado ou glabro, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folha trifoliolada, folíolos cartáceos, nervação actinódroma, nectário ausente. Inflorescência axilar ou terminal racemo. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice gamossépalo, lobos 5, corola papilionácea, dialipétala, pétalas 5, unguiculadas amarelas, cremes, androceu diadelfo, estames 10, anteras rimosas, uniformes; gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pauciovulado. Fruto legume, oblongo, plano. Semente com arilo presente ou ausente, hilo central.

Eriosema irwini Grear, Mem. New York Bot. Gard. 20(3): 54–56, f. 16 C–G 1970.


Semente com hilo linear ou oblongo, com funículo da inserção apical..........................Eriosema (Barroso 1991).


Planta subarbustiva. Trifoliolada, folíolos obovados. Flores laranjas. 

Foto e determinação: Ana Paula Fortuna Perez, Parque do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil.

Referências

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Cândido, E.S.; Perez, A.P.F.; Santos-Silva, J. 2020. Eriosema in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29649>. Accessed on: 09 May 2021

-Cândido, E.S., Vargas, W., Bezerra, L.M.P.A., Mansano, V.F., Vatanparast, M., Lewis, G.P.,Tozzi, A.M.G.A., Fortuna-Perez, A.P. 2019. Taxonomic synopsis of Eriosema (Leguminosae: papilionoideae, phaseoleae) in Brazil. Phytotaxa 416, 91–137. https://doi.org/10.11646/phytotaxa.416.2.1


-Cândido, E.S., Fortuna-Perez, A.P. & Aranha Filho, J.L.M. & Bezerra, L.M.P.A. 2014. Eriosema (Leguminosae-Papilionoideae) no Sudeste do Brasil. Rodriguésia 65 (4): 885–916. https://doi.org/10.1590/2175-7860201465406

-Fortunato, R.H. Eriosema in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 14 Fev. 2016


-Grear, J.W. 1970. A revision of the american species of Eriosema (Leguminosae-Lotoideae). Memoirs of the New York Botanical Garden 20(3): 1-98.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens



Exsicatas

Herbário P 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Fabaceae - Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong

Panícula (f. 1)
Androceu monadelfo (f. 2)
Cálice tubuloso, corola tubulosa (f. 3)
Estames brancos (f. 4)
Flores sésseis (f. 5)
Ramo florido (f. 6)
Árvore (f. 7
Nectários 2 próximos a raque e na raque (f. 8)
Foliólulos lanceolados (f. 9)
Folíolos opostos (f. 10)
Glomérulo com pedúnculo (f. 11)
Flor polistêmone (f. 12)
Androceu monadelfo (f. 13)
Panícula (f. 14)
Botões (f. 15)
Folha bipinada, pecíolo maior que a raque (f. 16)

Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Enterolobium Mart. 1837. 11 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 9 espécies das quais 3 são endêmicas (Morim 2015).

Enterolobium Mart.

Árvore, ramo inerme. Estípula caduca. Filotaxia alterna espiralada. Folha bipinada, nectário presente, nervação do foliólulo actinódroma, pecíolo igual ou menor que a raque. Inflorescência glomérulo axilar ou panícula terminal. Flor séssil, actinomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice gamossépalo, corola gamopétala, androceu monadelfo, polistêmone, estames homodínamo, anteras isomorfas, rimosas; gineceu simples unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pluriovulado. Fruto câmara, plano achatado, cocleado. Semente com testa dura, lisa, pleurograma presente.


Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong, Annals of the New York Academy of Sciences 7: 102. 1893.

Basiônimo: Mimosa contortisiliqua Vell., Florae Fluminensis, seu, Descriptionum plantarum parectura Fluminensi sponte mascentium liber primus ad systema sexuale concinnatus 11: pl. 25. 1827[1831].

Planta arbórea, com ca. 8 m de altura; tronco com base pouco ramificada, cinza, cilíndrico; copa bem aberta; ramo longo, difuso, cilíndrico, com lenticela, glabro, cinza, inerme. Estípula 2, caduca. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta, bipinada, 4-6 pares de folíolos, opostos ou subopostos; oblongos; foliólulo oposto, oblongo, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabra; pecíolo com comprimento igual ao comprimento da raque, com nectário séssil na base. Inflorescência axilar, glomérulo, congesto; pedúnculo curto; botão oblongo. Flor séssil, pequena, monoica; cálice campanulado, sépalas 5, lacínios curtos; corola simpétala, branca, valvar; androceu polistêmone, estames unidos num tubo pela base, filete longo, antera diminuta; gineceu 1, ovário supero, séssil, pluriovulado, estilete longo. Fruto câmara, cocleada, epicarpo escuro, glabro, endocarpo amarelo, uma membrana entre as sementes. Semente ovadas, elíptica, castanha, testa dura, lisa, pleurograma fechado.

Comentários

Esta espécie é facilmente reconhecida pelo tronco com súber esbranquiçado, madeira amarela, leve, ramos cinza, inermes, frutos câmara, cocleado e epicarpo enegrecido.
Na Paraíba ocorre no agreste e em alguns lugares na caatinga, encontada no Sítio Salambaia, Cabaceiras.


Nome popular: tamboril, timbaúba, timbaúva, timbo.


Etimologia: Entero gr = intestino, lobium lat.= vagem; em alusão a semelhança do fruto a um intestino (Lewis et al. 2005).

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Rio Guaiba, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Referências

-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar,
nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.

- Barneby, R. C. & Grimes, J. W. 1996. Silk tree, Guanacaste, Monkey’s earring: A generic system for the synandrous Mimosaceae of the Americas. Part I. Abarema, Albizia and allies. Memoirs of the New York Botanical Garden 74: 1-292.

- Élvia Rodrigues de Souza, Luciano Paganucci de Queiroz, O complexo Pithecellobium (Leguminosae: Mimosoideae) na Caatinga do estado da Bahia. I. O gênero Enterolobium Mart. Sitientibus 15: 83-90.

- Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

 -Morong. 1893. Annals of the New York Academy of Sciences 7: 102. 

- Morim, M.P.; Mesquita, A.L.; Bonadeu, F. 2020. Enterolobium in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB135625>. Accessed on: 20 Mar. 2021

- Queiroz, L. P. Leguminosas da Caatinga. Feira de Santana: UEFS, 2009. 467 p.

- Rodrigues E.M.; Queiroz, R.T.; Silva, L.; Monteiro, F.K.S.; Melo, J.I.M.. Fabaceae em um afloramento rochoso no Semiárido brasileiro. Rodriguésia [Internet]. 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071025.


Reflora

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Fabaceae - Chamaecrista rigidifolia (Benth.) H.S. Irwin & Barneby


Inflorescência em panícula, glabras, botão ovado,  flores longo pedicelada, zigomorfas, amarelas, pétalas unguiculadas, obovada-orbiculares (f. 1)
Folha composta, paripinada, elíptica-ovada, glabra, cinzenta (f. 2)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassineae, Chamaecrista, sect. Absus, ser. Paniculatae
(Irwin; Barneby 1982).  ca 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.


Planta arbustiva. Ramos glabros. Folhas compostas. Panículas longas. Flores amarelas grandes.

Fotos: Ana Paula Fortuna-Perez, São José do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil.

Referências

Bentham, G.B. 1870. Flora brasiliensis 15(2): 131.

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB28055>. Accessed on: 23 Apr. 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015

-Zeferino L.C.; Queiroz, R.T.; Rando J.G.; Cota, M.M; T., Fantini, I.F.; Caetano, A.P.; Fortuna, A.P. 2019. O gênero Chamaecrista (Leguminosae: Caesalpinioideae) no Parque Estadual do Rio Preto, São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia [Internet].  [cited 2021 Apr 22] 5

Exsicatas

Herbário  e P

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Fabaceae - Desmodium glabrum (Mill.) DC. - pega - pega -

Lomento (f. 1)
Ramo com fruto (f. 2)
Folha trifoliolada (f. 3)
Ramo áspero, estípula lanceolada (f. 4)
Pseudorracemo (f. 5)
Ramo com indumento uncinado (f. 6)
Pseudorracemo (f. 7)
Flor pedicelada (f. 8)
Lomento (f. 9)
Pseudorracemo (f. 10)
Segmento de fruto (f. 11)
Flor pedicelada (f. 12)

Leguminosae, Papilionoideae, Desmodieae, Desmodium Desv., Seção Chalarium, subseção Trifoliolata  275 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 35 espécies das quais cinco são endêmicas (Lima 2022).

Desmodium Desv.

Arbusto ou subarbusto arbusto, escandente, prostrado e ereto; ramo cilíndrico, indumento uncinado presente. Estípula lateral, base fixa, unida ou livre. Filotaxia alterna espiralada ou dística. Folhas trifolioladas, estipelas presentes. Inflorescência racemo, pseudorracemo, verticilo. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice campanulado, lacínias 5, maiores que o comprimento do tubo, corola papilionácea, pétalas rosas a vinho; androceu monadelfo, anteras homomórficas, rimosas. Lomento estipitado ou séssil, plano, cilíndrico, linear, segmentos com tricoma uncinado. Semente reniforme, elíptica, hilo central.




Basiônimo: Hedysarum glabrum Mill., The Gardeners Dictionary: . . . eighth edition no. 12. 1768.


Planta subarbustiva, ereta, ca. 1 m de altura, ramo cilíndrico, pouquíssimo difuso, estriado, indumento uncinado, inerme. Estípula 2, estreitamente-triangular, persistente. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta, trifoliolada, folíolo ovado-lanceolado, ápice acuminado, margem inteira, base obtusa, face adaxial e abaxial com indumento uncinado, membranáceo, pecíolo 2x maior que o comprimento da raque, estipela 2, estreitamente-triangulares. Inflorescência terminal, panícula de pseudorracemo, laxo, linear, reto, fino, bráctea estreitamente-triangular, estriada, botão obovado. Flor pequena, pedicelada, monoica; cálice campanulado, bilabiado, tubo curto, lacínios 5, estreitamente-triangular; corola papilionácea, pétala 5, unguiculada, estandarte orbicular, rosa, guia de néctar 2, alas obovadas livres; quilha unida; androceu monadelfo, estames 10; gineceu 1, ovário súpero, séssil. Fruto craspédio, contorcido, apenas o último segmento fértil, valvas castanha.          


Comentário

Esta espécie é fácil de reconhecer quando frutificada, pois apenas o último segmento fértil.


Na Paraíba ocorre na Fazenda Salambaia.

Determinadora: Laura Lima


Nome popular: rapadura de cavalo

Uso: forrageiro

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Sítio Serrinha do Canto, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil

Referências

-Azevedo, A.M.G. 1981. O gênero Desmodium Desv. no Brasil: considerações taxonômicas. Dissertação de Mestrado. Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 315 pp.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, L,C.P., Queiroz, L.P., Tozzi, A.M.G.A., Lewis, G.P. 2014. A Taxonomic Revision of Desmodium (Leguminosae, Papilionoideae) in Brazil. Phytotaxa 169: 001–119.

-Lima, L.C.P. ,Oliveira, M.L.A.A.,Tozzi, A.M.G.A.,Souza, V.C. 2015. Desmodium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB18507>.

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