terça-feira, 26 de junho de 2012

Lista Vermela


Leguminosae

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Fabaceae - Piptadenia retusa (Jacq.) P.G. Ribeiro, Seigler & Ebinger (jurema branca)

Inflorescência em espiga, longa, flores amarelas, estames brancos (f. 1)
Caule estriado, glabro, inflorescência axilar, pecíolo com glândula séssil, concava, elíptica (f. 2)
Inflorescências axilares em botão, folha composta, bipinada (f. 3)
Ramo florífero (f. 4)
Ramo estriado, armado, pecíolo com nectário oblongo (f. 5)
Ramo reprodutivo (f. 6)
Espigas longas, as vezes pendulas (f. 7)
Legume com valvas crenadas, glabras (f. 8)
Ramo frutificado, frutos lineares, plano (f. 9)
Fruto legume, seco, valva com sementes oblongas (f. 10)
Galha na inflorescência (f. 11)
Semente obovada, testa lisa, pleurograma fechado (f. 12)


Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae, Piptadenia Bentham, 24 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 21 espécies das quais 14 são endêmicas (Morim 2015).


Árvore; ramo com acúleo presente. Estípula lateral, basifixa. Folha alterna, espiralada, bipinada. Nectário extrafloral presente. Inflorescência lateral, espiga. Flor séssil, bractéola ausente, hipanto ausente, actinomorfa, monoclina, hipógina, diplostêmone, cálice gamossépalo, corola gamopétala, androceu dialistêmone, homomorfo, antera rimosa; fruto legume típico, valva coriácea.

Piptadenia retusa (Jacq.) P.G. Ribeiro, Seigler & Ebinger, Phytologia 102(1): 1–2. 2020.

Sinônimo: Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke, Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 5: 126. 1930.

BasiônimoPiptadenia communis var. stipulacea Benth., Flora Brasiliensis 15(3): 279. 1876. Tipo: -BRASIL. Piaui, In silva sicca ad Munda Nova prope Barra do Jardim provinciae Piauhy, 1841, Gardner 1943 , Gardner 948 (Holótipo: K, imagem!, parátipo: K, imagem!)


Planta arbustivo, arbórea com ca.  5 m de altura; tronco cilíndrico, cinza, glabro; copa aberta; ramo longo, costado, estriado, glabro, armado, acúleos falcados. Estípula 2, caduca. Folha composta, bipinada, 10-12 pares de jugas, foliólulos numerosos, opostos, oblongos, ápice agudo-arredondado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabros, membranáceo, uninérvea; nectário séssil, oblongo, côncavo na base do pecíolo; pecíolo 8x menor que o comprimento da raque. Inflorescência axilar, espiga longa; pedúnculo curto; botão obovado, pequeno. Flor pequena, séssil, monoica; cálice campanulado, lacínios 5; corola simpétala, lobos 5, amarelas; androceu 10, estames com filetes longos maior que o comprimento da corola, antera amarela, basefixa, rimosa; gineceu 1, ovário súpero, brevemente estipitado, pluriovulado. Fruto legume, linear, plano, com valvas crenadas, glabras, castanha.  Semente oblonga, testa lisa, glabra, pleurograma fechado, hilo central.

Comentários
Estas espécies são facilmente reconhecidas pelo caule angulado e o nectário oblongo, concavo e séssil no pecíolo.
É uma espécie amplamente distribuída pela província da caatinga.
Na Paraíba é amplamente encontrada desde a região de agreste, cariri e sertão.

Nome popular: Jurema branca

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serrinha do Canto, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil.

Referências

-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar,
nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Córdula, E., Morim, M.P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516. https://doi.org/10.1590/S2175-78602014000200012

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Matos, S.S., Melo, A.L.; & Santos-Silva, J. 2019. Clado Mimosoide (Leguminosae-Caesalpinioideae) no Parque Estadual Mata da Pimenteira, Semiárido de Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 70, e01902017. Epub March 18, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970007

-Nascimento, J.B.S., A.L.S. Sales, e E.B. Souza. 2020. “Potencial de uso de leguminosas emuma área de mata atlântica na APA da bica do Ipu, Ceará.” Em Agricultura e desenvolvimento tecnológico no semiárido Publisher: Proex uva, por UVA, 215-230. Sobral: Proex-UVA. 
-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de S
antana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Ribeiro, P.G.; Queiroz, L.P. 2020. Piptadenia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB618368>. Acesso em: 30 Apr. 2021





sexta-feira, 22 de junho de 2012

Fabaceae - Calopogonium mucunoides Desv. - moromoró -

Flor pequena, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, azuis, indumento híspido (f. 1)
Inflorescência congesta, ramos densamente coberto por indumento (f. 2)
Alas livres (f. 3)
Folha composta, trifoliolada, tomentosa, ápice mucronado, base obtusa (f. 3)
Fruto legume, linear, plano, indumento híspido, rufo (f. 4)
Pedúnculo longo (f. 5)
Cálice persistente no fruto (f. 6)
Indumento rufo, ordenado (f. 7)
 Legume linear (f. 8)
Sementes quadradas castanho (f. 9)
Flores zigomorfas (f. 10)
Corola papilionácea (f. 11)
Cálice tubuloso (f. 12)
Cálice híspido (f. 13)
Alas livres (f. 14)
Flor (f. 15)
Quilhas e alas (f. 16)
Androceu e gineceu (f. 17)

 Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Calopogonium Desv. 6 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 4 espécies (Lima 2015).


Calopogonium Desv.
Liana ou trepadeira, ramos tricomatosos. Filotaxia alterna-espiralada. Estípula presente. Folha trifoliolada, folíolos romboides, membranáceos, actinódromos. Inflorescência axilar, pseudorracemo. Flor séssil a subséssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice gamossépalo, tubuloso, lacínios 5; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas; androceu diadelfo; gineceu simples; ovário séssil, pluriovulados, estigma e estilete presente. Fruto seco, legume típico.


Planta trepadeira; ramo cilíndrico, inerme, indumento hirto, rufo. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, trifoliolada; folíolos ovados, ápice agudo, mucronado, margem inteira, base truncada, face adaxial serício, face abaxial serício, nervação expressa, rufo, membranáceo; pecíolo sempre maior que 3 x o tamanho da raque, hirto, rufo. Inflorescência axilar, pseudorracemo, congesto; pedúnculo longo, hirto, rufo; botão oblongo. Flor pequena, subséssil, monoica; cálice tubuloso, bilabiado, lacínios estreitamente-triangulares; corola dialipétala, pétala 5, unguiculada, azul-violeta; estandarte orbicular; alas livres, obovados, quilha falciforme; androceu 10 estames; gineceu 1, ovário súpero, pluriovulado. Frutos legumes, linear, plano, hirto, rufo, valvas membranáceas. 


Comentário

Esta espécie é facilmente reconhecida por apresentar tricoma hirto, rufo, inflorescências congestas, frutos lineares, planos com tricomas hirto.


EtimologiaCallis: grego = belo,  pogon, grego = barba.  Barba bela em alusão ao tricoma presente no fruto.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Ladário, Mato Grosso do Sul, Brasil.



Referências


-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.


-Carvalho-Okano, R.M. & Leitão Filho, H.F. 1985. Revisão taxonômica do gênero Calopogonium Desv. (Leguminosae - Lotoideae) no Brasil. Revista Brasileira de Botânica, 8: 31-45.

-Costa, R.K.A.; Queiroz, R.T. 2019. A tribo Phaseoleae (Leguminosae, Papilionoideae) na mata do Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb.


-Dutra, V.F. 2020. Calopogonium in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22851>. Accessed on: 07 May 2021


-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. ; Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lima, H.C. de Calopogonium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Mai. 2015

-Nascimento, J.B.S., A.L.S. Sales, e E.B. Souza. 2020. “Potencial de uso de leguminosas emuma área de mata atlântica na APA da bica do Ipu, Ceará.” Em Agricultura e desenvolvimento tecnológico no semiárido Publisher: Proex uva, por UVA, 215-230. Sobral: Proex-UVA. 

-Okano, R. M. d. C. (1982). Revisão taxonomica do genero calopogonium desv. no Brasil.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de S
antana. 467p.

-São-Mateus, W.M.B.; Cardoso, D.; Jardim, J.G. & Queiroz, L.P. 2013. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. Biota Neotropica 13: 315-362.  https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400028.

-Silva, E.D. da, & Tozzi, A.M.G.A. 2011. Leguminosae na Floresta Ombrófila Densa do Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. Biota Neotropica, 11(4), 299-325https://doi.org/10.1590/S1676-06032011000400026

Exsicatas

Herbário P

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Guia de Plantas visitadas por abelhas na Caatinga

Fabaceae - Macroptilium bracteatum (Nees & C. Mart.) Maréchal & Baudet


Inflorescência axilar, longipedunculada, racemo, flor subséssil, alas orbiculares, purpuras, botão clavado, brácteas lineares (f. 1)
Pedúnculo cilíndrico, linear, flor subséssil, cálice tubuloso, brevelaciniado, pétalas unguiculadas, brácteas lineares-lanceoladas (f. 2)
Brácteas lanceoladas na base do pedúnculo, ramo cilíndrico, pecíolo breve (f. 3)
Inflorescência pauciflora (f. 4)
Folha trifoliolada, Folíolo hastado, membranáceo, viloso (f. 5)
Alas orbiculares (f. 6)
Planta trepadeira (f. 7)
Trepadeira longipedunculada (f. 8)
Ramo cilíndrico (f. 9)
Frutos lineares, imaturos, verdes (f. 10)
Legumes (f. 11)
Sementes (f. 12)
Legume linear (f. 12)
Brácteas (f. 13)
Folíolo (f. 14)
Flor assimétrica (f. 15)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Macroptilium (Benth.) Urb. 1928. 17 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 11 espécies das quais uma é endêmica (Moura 2015).

Macroptilium (Benth.) Urb. 

Erva ereta ou trepadeira; ramos volúveis, glabra ou com indumento, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas trifolioladas; folíolos ovados, elípticos, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e adaxial glabra ou indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, pseudorracemo; brácteas presentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, assimétrica, monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, atropurpúrea, vermelha, vinho, alva, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado. Fruto linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Sementes reniformes, testa lisa, marmorada, hilo central.


Basiônimo: Phaseolus bracteatus Nees & Mart., Novorum Actorum Academiae Caesareae Leopoldinae-Carolinae Naturae Curiosorum 12: 27. 1824.

Planta anual, trepadeira; ramo cilíndrico, tomentoso, inerme. Estípula 2, triangular-lanceolada, persistente. Filotaxia alterna, espiralada. Folha imparipinada, trifoliolada, folíolo basal sublobado, apical hastado, ápice mucronado, margem inteira, base assimétrica, obtusa; face abaxial e abaxial tomentoso, membranáceo, estipela 2 por folíolo; pecíolo maior que o comprimento do folíolo, raque    4 vezes menor que o pecíolo. Inflorescência axilar, racemo; brácteas ovadas na base; longipedunculada, paucijuga, bráctea linear. Flor subséssil, monoclina, assimétrica; cálice tubuloso, lacínio 5, triangulares; corola papilionácea, pétala unguiculada, atropurpúreas; estandarte orbicular, patente; alas orbiculares maiores que as demais pétalas, quilha adnata, cocleada; androceu diadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, amarelas, rimosas; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário súpero, nectário na base, pluriovulado, filete longo, colceado. Fruto legume típico, linear, cilíndrico, valvas membranáceas.
Comentário
Essa espécie apresenta como caracteres diagnóstico as folhas com folíolos hastados, brácteas lineares, ovado, lanceolada, na base e na inflorescência.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul; Crato, Ceará, Brasil

Referências

-Brako, L. & J. L. Zarucchi. (eds.) 1993. Catalogue of the flowering plants and gymnosperms of Peru. Monogr. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard. 45: i–xl, 1–1286.

-Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.
 
-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Moura, T.M. Macroptilium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 14 Mai. 2015


Exsicatas

K, MOP