terça-feira, 18 de outubro de 2016

Fabaceae - Diplotropis ferruginea Benth. - sucupira preta -

Flor com pétalas rosas, estames livres, anteras escuras (f. 1)
Cálice tubuloso, rufo-tomentoso, 5 lobado, estilete curvo (f. 2)
Folha imparipinada, 11-12 folioladas, folíolos oblongos (f. 3)
Folíolos discolores, oblongos, nervura principal expressa (f. 4)

Leguminosae, Papilionoideae, Sophoreae, Diplotropis Benth. 1837. 12 espécies  (Lewis et al. 2005).
No Brasil ocorrem 8 espécies das quais 3 são endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Diplotropis ferruginea Benth., Flora Brasiliensis 15(1B): 321. 1862.

Árvore 5 m alt., ramo rufo-tomentoso, inerme. Estípula 2, caduca. Filotaxia alterna, espiralada. Folha paripinada; folíolos alternos, 6-12-folioladas, oblongos, ápice obtuso, margem inteira, base assimétrica, face adaxial glabra, face abaxial rufo-tomentulosa, membranácea, discolores, raque maior que o pecíolo. Inflorescência axilar-terminal, panícula de racemo congesto. Flor breve-pedicelada, zigomorfa, monoclina; cálice tubuloso, rufo tomentoso, 5-dentado; corola papilionácea, pétalas rosa, livres; elípticas; androceu com estames livres, antera rimosa, 10; gineceu 1 pistilado, ovário súpero. Fruto sâmara, plano, glabro, plurisseminado, oblongo.

Referências

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Diplotropis in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponible in: . Accessed in: 06 Mar. 2017

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Lima, H.C.; Cardoso, D.B.O.S. 2020. Diplotropis in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29627>. Accessed on: 14 May 2021

Fotos: Jair Faria, Brasília, Distrito Federal, Brasil.



Herbário Reflora 

terça-feira, 19 de julho de 2016

Síntese da composição flosística RPPN Fazenda Santa Clara - Cariri


segunda-feira, 27 de junho de 2016

Fabaceae - Macroptilium campestre (Mart. ex Benth.) Berlingeri, M.B. Crespo & Calles -feijão de rolinha-

 Flor subséssil, cálice tubuloso, 5-laciniado, alas largo-ovado, orbiculado, botão clavado (f. 1)
 Pedúnculo tomentoso, flor subséssil, alar maiores que as demais pétalas (f. 2)
 Alas orbiculares, quilha cocleada, vermelha (f. 3)
 Flor com alas removidas, estandarte orbicular, concava, quilha cocleada, cálice tubuloso (f. 4)
Flor com alas e quilhas removidas, androceu diadelfo, cocleado, cálice tomentoso (f. 5) 
 Pedúnculo tomentoso, cilíndrico, fruto legume jovem, cilíndrico, seríceo, flor com cálice tubuloso, estandarte reflexo (f. 6)
 Inflorescência racemo, com nectário na base do pedicelo com vespas visitantes (f. 7)
 Inflorescência pauciflora (f. 8)
 Pedúnculo longo (f. 9)
 Pedúnculo longo (f. 10)
 Fruto legume, linear, cilíndrico, seríceo (f. 11)
 Legume plurisseminado, semente imatura (f. 12)
Sementes romboides, testa marmorada, hilo subcentral (f. 13)
 Folha trifoliolada, folíolos sublobado, ápice mucronado, margem inteira, base assimétrico (f. 14)
 Folíolos lanceolados-ovado (f. 15)
 Face adaxial tomentosa (f. 16)
 Face abaxial tomentosa (f. 17)
Ramo cilíndrico, tomentosa, estípula triangular (f. 18)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Macroptilium (Benth.) Urb., seção Macroptilium, 1928. 17 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 12 espécies das quais suas são endêmicas (Snak et al. 2022).

Macroptilium (Benth.) Urb. 

Erva ereta ou trepadeira; ramos volúveis, glabra ou com indumento, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas unitrifolioladas; folíolos ovados, elípticos, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e adaxial glabra ou indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, racemo; brácteas presentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, assimétrica, monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, atropurpúrea, vermelha, vinho, alva, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado. Fruto linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Sementes reniformes, testa lisa, marmorada, hilo central.


BasiônimoPhaseolus campestris Mart. ex Benth., Comm. Legum. Gen.: 77. 1837.
Planta anual, trepadeira; ramo cilíndrico, tomentoso, inerme. Estípula 2, triangular, persistente. Filotaxia alterna, espiralada. Folha imparipinada, trifoliolada; folíolo ovado-lanceolado, lobado, ápice mucronado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial tomento, membranoso; pecíolo menor que a raque, estipela 1 par por folíolos. Inflorescência axilar, pseudorracemo, longipedunculado. Flor subséssil, monoica, assimétrica; cálice tubuloso, lacínio 5, tomentoso; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculada, vermelha; estandarte, orbicular, glabra, reflexa; alas largo-ovado, orbicular, maior que as demais pétalas; quilha colceada; androceu diadelfo, branco, estames 10, antera oblonga, amarela; gineceu unicarpelar, unilocular, nectário na base do ovário; ovário súpero, pluriovulado, filete curvo, longo. Fruto legume, linear, cilíndrico, plurisseminado, seríceo, valvas membranáceas. Semente romboide, testa lisa, marmorada; hilo subcentral.

Comentários

Essa espécie ocorre é endêmica da Caatinga; apresenta como hábito trepador, ramos cilíndricos tomentosos, longipedunculados; flores vermelhas.

Na Paraíba ocorre no município de São José dos Cordeiros.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serrinha do Canto, Sítio de Chico Raimundo, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil.

Referências


-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Berlingeri, C., M. B. Crespo & T. Calles. 2020. The Macroptilium gracile species complex (Fabaceae, Papilionoideae): an integrative taxonomic study based on morphological, molecular and ecological data. Bot. J. Linn. Soc. 194(1): 118–139.

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Moura, T.M. 2015. Macroptilium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil2015.jbrj.gov.br/FB29785)

-Ribeiro, C.L. Estudo taxonômico do gênero Macroptilium (benth.) Urb. (Leguminosae: Papilionoideae) no Brasil [dissertação]. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS; 2022.

-Snak, C.; Ribeiro, C.L.; Delgado-Salinas, A. Macroptilium in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB29785>. Accessed on: 31 Aug. 2022


Exsicatas

Herbário 



sexta-feira, 17 de junho de 2016

Fabaceae - Arachis cryptopotamica Krapov. & W.C. Greg.

Folha tetrafoliolada, folíolos oblongos, ápice arredondado-retuso, margem ciliada, base assimétrica, face adaxial glabra, flor com corola papilionácea, amarela, estandarte largo-ovada, alas obovadas (f. 1)
Face adaxial glabra, margem ciliada, base assimétrica (f. 2) 
 Inflorescência axilar, espiga, hipanto longo (f. 3)
 Corola papilionácea, estandarte largo-ovado, ápice retuso, alas livres, obovadas (f. 4)
 Flores grandes, hipanto longo (f. 5)
 Mun. Rio Verde: Entrada da rodovia que liga a BR-163 ao corrego Feioso na serra da Alegria, 14-IV-1984, Valls & al. 7588 (CEN, CTES) (f. 6)
 Inflorescência concentrada na base (f. 7)
 Planta muito ramificada na base, espiga axilar (f. 8)
 Nós e entre-nó laxo (f. 9) 
 Estípula com parte adnata ao pecíolo, parte livre com comprimento maior que o pecíolo, lanceolada, tricoma hirsuto-setoso (f. 10)
 Filotaxial alterna dística, folíolo elíptico (f. 11)
 Ramos eretos, lineares laxos (f. 12)
 Hipanto longo (f. 13)
 Plântulas, folhas 4-foliolada, folíolos apical obovado, basal elíptico, alterna dística (f. 14)
 Cotilédones oblongos, reflexos (f. 15)
 Cotilédone peciolado, oblongo (f. 16)
 Botão lanceolado (f. 17)
 Caule tipo haste, cilíndrico, clorofilado (f. 18)
 Espiga em botão (f. 19)
 Pecíolo sulcado, 2 vezes maior que o comprimento da ráquis (f. 20)
 Folíolos oblongos, glabros, ápice arredondado, margem inteira, base arredondada, membranácea, glabra (f. 21)

Leguminsae, Papilionoideae, Dalbergieae, Arachis L.,  Seção Erectoides Krapovickas e Gregory. 80 espécies (Valls e Simpson 2005) A= gr. sem; rhacis= eixo

No Brasil ocorrem cerca de 65 espécies das quais 47 são endêmicas (Valls 2015).


Plantas perenes ou anuais; herbáceas decumbentes ou eretas; ramos glabros ou indumentado. Estípulas 2, adnata ao pecíolo. Folha tri-tetrafoliolada; folíolos lanceolados, lineares, obovados, oblanceolado, ovados, orbiculares, ápice agudo, retuso, mucronado, margem inteira ou ciliada, base assimétrica, face adaxial glabra ou recoberta de indumento, face abaxial glabra ou com indumento, membranácea, pecíolo maior que a raque. Inflorescência axilar, espiciforme, botão ovado ou falcado. Flor séssil, hipanto linear, zigomorfa, monoclina, hipógina, cálice brevi-campanulado, bilabiado, 4-5 lobos; corola papilionácea, unguiculada, amarela, estandarte patente, orbicular, ovado, oblato, alas livres, quilha fundida, androceu monadelfo, anteras heteromorfas; ovário séssil, pauciovulado, estilete longo. Fruto lomento, geocárpico, navicular, oblongo, cristado ou liso, mesocarpo macio. Sementes 2-4 por lomento, testa lisa, mole.


Arachis cryptopotamica Krapov. & W.C. Greg., Bonplandia (Corrientes) 8: 35–37, f. 1, 7. 1994. 

 Planta anual, caule haste, ramificada da base; ramo linear, cilíndrico verde, glabro ou hirsuto-esparso-setoso, inerme. Estípula 2, adnata ao pecíolo, persistente, parte livre maior que o comprimento da parte adnata. Filotaxia alterna, espiralada ou dística. Folha tetrafoliolada; folíolo oblongo, obovado; ápice arredondado, margem inteira, ciliada. Base arredondada ou assimétrica; face adaxial e abaxial glabra ou esparso-setosa, membranácea; pecíolo maior que o comprimento da raque, sulcado. Inflorescência axilar, espiciforme concentrada na base das hastes, hipanto extremamente longo; botão ovoide-lanceolado. Flor monoica, séssil, zigomorfa; cálice bilabiado; corola papilionácea, pétala unguiculada, amarela; estandarte largo-ovado, ápice retuso; alas livres, obovadas, quilhas falcadas; androceu monadelfo, estames 10, anteras dimórficas, rimosas; gineceu unicarpelar, unilocular; ovário súpero, oligospermado, estilete longo. Fruto lomento, geocárpico, mesocarpo macio.
Etimologia: grego: Crypto=oculto; Potamus=rio. Planta coletada num ambiente as bordas do rio.
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - Coleção viva da Embrapa Recursos Genéticos, Brasília - Distrito Federal - BR.

Referências

-Arachis in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29456>. Accessed on: 14 May 2021

-Bechara, M.D., Moretzsohn, M.C, Palmieri, D.A., Monteiro, J.P., Bacci Jr M.,  Martins Jr. J., Valls, J.F.M,  Lopes, C.R., Gimenes, M.A. 2010. Phylogenetic relationships in genus Arachis based
on ITS and 5.8S rDNA sequences. Plant Biology. 10:255

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Krapovickas, A. & Gregory, W.C. 1994. Taxonomy del genero Arachis (Leguminosae). Bonplandia 8 (1-4): 1-186. 1994.

-Valls, J.F.M. Arachis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

-Valls J.F.M, Simpson, C.E. 2005. New species of Arachis L. (Leguminosae) from Brazil, Paraguay and Bolivia.  Bonplandia (Argentina) 2005, 14:35-64.

Exsicata 

Tipo P

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Fabaceae - Inga ingoides (Rich.) Willd.

 Androceu monadelfo, filetes longos, alvos, botão ovado, corola tubulosa, 5-lobada (f. 1)
 Inflorescência racemo, botão obovado, prefloração valvar, flor pedicelada, cálice tubuloso, estilete longo (f. 2) 
Bráctea ovada, concava, rufo-tomentosa, botão obovado, prefloração valvar (f. 3)
Espiga com flor em antese, filetes contorcidos, cálice e corola tubulosos, rufo-tomentoso, verde-abacate (f. 4)
 Flores fecundadas, filetes longos (f. 5)
 Androceu monadelfo apresentado o tubo maior que o comprimento do tubo da corola (f. 6)
 Ramo fértil, cilíndrico, inerme, cilíndrico, rufo-tomentos, inflorescências axilares (f. 7)
Ramo fértil, folha com raque e nectário vistosos (f. 8)
 Fruto carnoso tipo baga, linear, cilíndrico, com estrias (f. 9)
 Estrias do fruto (f. 10) 
Estria, epicarpo tomentuoso (f. 11)
 Após retirada da valva, arilo alvo, macio e doce (f. 12)
Semente com arilo (f. 13)
 Semente com cotilédone verdes (f. 14)
Cotilédones lustrosas (f. 15)
Sementes de um unico fruto (f. 16)
Ramo jovem, folhas com nectários viáveis (f. 17)
Folha paripinada, folíolos apicais maiores em tamanho, elípticos (f. 18)
Raque alada, base do folíolo obtusa, face adaxial tomentulosa, nectário elíptico, concavo (f. 19) 
 Face abaxial mostrando as nervuras expressas (f. 20)
 Face adaxial viridescente (f. 21)
 Raque alada, nectário entre os pares de folíolos, base assimétrica, face adaxial tomentulosa (f. 22)
Folha paripinada (f. 23)
 Folíolo elíptico, viridescente (f. 24)
Face abaxial fosca (f. 25)

Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Inga Mill. Seção Inga, serie: Euinga Benth. 300 espécies. (Lewis et al. 2005, Pennington).

No Brasil são encontradas 131 espécies das quais 51 são endêmicas (Garcia e Fernandes 2015).

Inga Mill.

Árvore, ramo inerme, estípula presente. Folha paripinada, raque alada ou não, glândulas presentes. Inflorescência espiga ou racemo. Flor séssil ou pedicelada, pentâmeras, actinomorfa, monoclina, hipógina, polistêmone, cálice gamossépalo, corola gamopétala, androceu monadelfo, gineceu simples, ovário séssil, pluriovulado. Fruto baga; semente com arilo.

Inga ingoides (Rich.) Willd. Species Plantarum. Editio quarta 4(2): 1012. 1806.

Planta arbórea ca. 8 m alt.; tonco cilíndrico, copa aberta; ramo cilíndrico, tomentuloso, lenticelado, inerme. Estípula 2, lanceolada-oblonga, caduca. Filotaxia alterna, espiralada. Folha paripinada, folíolos opostos, 4 pares; elíptico, ápice agudo, margem inteira, base aguda, face adaxial tomentulosa, viridescente, face abaxial tomentuloso, venação expressa, discolor, coriáceo; pecíolo cilíndrico menor que a raque, não alado; raque alada; nectário orbicular, côncavo entre os pares de folíolos. Inflorescência axilar, racemo, 1-3 por nó; bráctea ovada, côncava, rufo-tomentosa; pedúnculo maior que o comprimento da raque, botão obovado, clavado, rufo-tomentuloso. Flor subséssil, monoica, actinomorfa, polistêmone; prefloração valvar do cálice e da corola, cálice tubuloso, rufo-tomentoso, 5-laciniado, corola tubulosa, duas vezes maior que o comprimento do cálice, 5-lobada, triangular, esverdeada; androceu monadelfo, filetes longos, alvos, antera rimosa; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pluriovulado, estilete com mesmo comprimento dos filetes. Fruto baga, plurisseminado, linear, costada-cilíndrica, epicarpo rufo-tomentoso, endocarpo branco. Semente com arilo alvo, doce, envolvendo a testa membranácea, cotilédones romboide, verde-oliva, liso.

Comentário
Inga ingoides apresenta como caracteres diagnósticos ramos rufo-tomentulosos, folha 4-pares de juga, folíolos tomentulosos em ambas faces,  flores pediceladas, corola com o dobro do comprimento do cálice, fruto subcilíndrico, lineares.
Na Paraíba foi coletado no brejo nos municípios de Areia, Alagoa grande e João Pessoa.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Estação Ciência, Seixas, João Pessoa, Paraíba, Brasil.


Nome popular: Ingá-cipo, rabo-de-mico (Silva et al. 2004).

Referências


-Bentham, G. 1876. Inga blanchetiana. Flora Brasiliensis 15(3): 490.

-Chagas, A.P., Garcia, F.C.P. and Dutra, V.F. Flora of Espírito Santo: Inga (Fabaceae, Mimosoid clade). Rodriguésia [online]. 2022, v. 73 [Accessed 13 May 2022] , e00442021. Available from: <https://doi.org/10.1590/2175-7860202273017>. Epub 07 Mar 2022. ISSN 2175-7860. https://doi.org/10.1590/2175-7860202273017.

-Garcia, F.C.P.; Fernandes, J.M. Inga in Lista de espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 23 fev. 2015.

-Garcia, F.C.P. 2016. Tribo Ingeae Benth. In: Wanderley MGL, Shepherd GJ, Melhem TSA, Giulietti AM & Martins SE (orgs.) Leguminosae. Flora fanerogâmica do estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo. Vol. 8, pp. 89-119.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Mata, M.F. O gênero Inga (Leguminosoe, Mimosoideae) no Nordeste do Brasil: citogenética, taxonomia e tecnologia de sementes. 2009. 183 f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2009.

-Silva, M.F. de, Souza, L.A. G. de amp; Carreira, L.M. de M. 2004.  Nomes populares das Leguminosas do Brasil. Manaus. Edua. 

-Pennington, T.D. 1997. The Genus Inga. Botany. Royal Botanical Garden. p. 844.

-Soto, J., Pacheco, D., Zambrano, O., Ortega, J. 2012 Revisión florística del género Inga Miler (Leguminosae-Mimosoideae) en el estado Zulia, VenezuelaActa Botánica Venezuelica, vol. 35, núm. 1, enero-junio, 2012, pp. 27-52.

-Vasconcelus, G.C.L.. 2014 A Tribo Ingeae Benth. (Mimosoideae, Leguminosae) no Estado da Paraíba - Brasil. 2014. 87f. Dissertação (Mestrado em Botânica) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2014.

Diagnose do Willdenow

Tipo



Exsicatas

Herbário K