quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Leguminosae - Senna aversiflora (Herb.) H.S.Irwin & Barneby

Flor assimétrica, pétalas unguiculadas, amarelas, obovadas, anteras oblongas, estriadas, poricidas, ovário longo, seríceo (f. 1)
Cálice dimórfico, sépalas obovadas, concavas, verdes (f. 2)
Sépalas dimórficas, ovadas, verdes, flor longo pedicelada, dicásio com nectário na base (f. 3)
Botão face dorsal (f. 4)
Face ventral do botão (f. 5)
Caule jovem estriado, estípulas 2, lineares, ciliadas, folhas longo-peciolada (f. 6)
Folha paripinada, 7-pares de juga, raque maior que o pecíolo, folíolos obovados (f. 7)
Filotaxia alterna, espiralada (f. 8)
Caule jovem coberto com indumento hispido (f. 9)
Nectário extra-floral plano, obovado no primeiro par de folíolos (f. 10)
Fruto legume, linear, plano, plurisseminado (f. 11)
Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Cassineae, Senna Mill., Sect. Peiranisia, Serie Interglandulosae (Irwin; Barneby 1982).

No Brasil ocorrem 80 espécies das quais 27 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Senna Mill.

Árvore, arbusto ou subarbusto. Filotaxia alterna, dística ou espiralada; Ramo inerme. Estípula lateral, linear, lanceolada, falcada. Folhas imparipinada, 4-multijuga, folíolos oblongos, obovados, elípticos, glabro ou tomentoso; nectário presente ou ausente, se presente no pecíolo ou na raque, cilíndrico ou plano, estipitado. Inflorescência axilar ou terminal, panículo ou racemo; bráctea presente ou ausente; bractéola ausente. Flor pedicelada, zigomorfa ou assimétrica, monoclina, hipógina; cálice dialissépalo, homo ou heteromorfo; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, amarelas, heteromorfas; androceu dialistêmone, heterodínamo, heteromorfo, filete e antera distintos, antera muitas vezes maior que o filete, antera poricida, heteromorfa, estriada ou linsa; gineceu 1, longo, curvado, ovário glabro ou piloso, estilete curto. Fruto legume típico, câmara ou baga, linear, plano ou cilíndrico. Semente obovadas, testa lisa, escura ou clara.

-Serie Interglandulosae Benth. glândulas entre os os pares de folíolos de número igual. Fruto plano marginado, biconvexo (Bentham 1859)

Senna aversiflora (Herb.) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 529. 1982.
Basiônimo: Cassia aversiflora Herb., Botanical Magazine 53: pl. 2638. 1826.

Planta arbustivo, ca. 2 m de altura; ramos longos, finos, híspidos, cilíndricos, estriados. Estípulas 2, lineares, híspidas. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas paripinadas, 7 pares de juga; folíolos obovados, ápice retuso, margem inteira, base arredondada, faces adaxial e abaxial glabras, membranáceas; pecíolos menores que o comprimento da raque, nectário 1, obovado, plano, castanho no primeiro par de folíolo. Inflorescência axilar, dicásio, um nectário entre a divisão das flores. Flor longo-pedicelada, monoica, grandes, assimétricas; cálices dimórficos, sépalas 5, ovadas; corola amarela, pétalas 5, unguiculada, ovadas; androceu heteromórfico, 10, 3+4+3, filetes curtos, anteras oblongas, estriadas, poricidas; ovário súpero, pluriovulado, linear, verde, serício, estilete curto. Fruto legume, plurisseminado, linear, plano, glabro.

Observação
Coletada no município de Natuba, Paraíba


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Morro do Chapéu, Bahia, Brasil.

Referências

-Bortoluzzi, R.L.C.; Lima, A.G.; Souza, V.C.; Rosignoli-Oliveira, L.G.; Conceição, A.S. 2020. Senna in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB23149>. Accessed on: 30 Apr. 2021

-Irwin, H. S. and Barneby, R. C., 1982, The American Cassiinae ¾ A synoptical revision of leguminosae subtribe in the New world. Memories of the New York BotanicalGarden, 35(1-2): 1-918.

-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Santos, T.T. dos; Oliveira, A.C.S.; Queiroz, R.T de and Silva, J.S. 2020. O gênero Senna (Leguminosae-Caesalpinioideae) no município de Caetité, Bahia, Brasil. Rodriguésia [online]. 2020, vol.71 [cited 2021-04-25], e01222018. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071002.

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Senna in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro 




domingo, 23 de agosto de 2015

Fabaceae - Poiretia bahiana C. Müll.

Flor estipitada, cálice campanulado, lacínios breves, corola papilionácea, estandarte reflexo (f. 1)
Alas livres, quilha falcada, androceu diadelfo, anteras homórficas (f. 2)
Flor pedicelada, alas livres, quilha falcada (f. 3)
Estandarte orbicular, alas obovadas, ramo cilíndrico, glabro (f. 4)
Inflorescências axilares, botão ovado (f. 5)
Ramo cilíndrico, glabro, filotaxia alterna, tetrafoliolada (f. 6)
Filotaxia alterna, dística (f. 7)
Folíolos com pontuações translúcidas (f. 8)
Fruto linear, lomento, glabro (f. 9)
Segmentos de frutos quadrados (f. 10)

Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Poiretia Vent. (1807:4), 11 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 12 espécies das quais 9 são endêmicas (Lima 2015).

Subarbusto, arbusto ou liana; Ramos glabros. Estípula lateral. Filotaxia alterna-espiralada. Folha tetrafoliolada, peciolada, folíolos lineares, elípticos, obovados, glândulas pelúcidas presentes, odor forte presente. Inflorescência axilar, racemo. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice campanulado, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, amarelas, alas livres, quilha adnata; androceu monadelfo, diplostêmone, gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário súpero pluriovulados, estilete e estigma presente. Fruto tipo lomento, linear, plano.

Poiretia bahiana C. Müller, Revista Brasileira de Botánica 9(1): 23, f. 1–11. 1986[1987]. Tipo:Brasil: Bahia, Rodovia BA-052, 8km L de Morro do Chapéu, 17/07/1979, Hatschbach, G., 42421 e Guimaraes, O. (Isótipo: K Imagem!)

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Morro do Chapéu, Bahia, Brasil.


Referências

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

- Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, H.C. de Poiretia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

-Lima, H.C. de 2015. Poiretia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB29823>.

-Mendes, K.R. 2019. Estudos taxonômicos e anatômicos no gênero Poiretia Vent. (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae). Tese de Doutorado, Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Botucatu, SP, Brasil.

-Muller, C. Revisão taxonomica do genero Poiretia vent. (leguminosae) para o Brasil. 1984. 150f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/315098>. Acesso em: 16 jul. 2018.

-Nascimento, E.M., Medeiros, R.M.T., Lee, Stephen T., & Riet-Correa, F. 2014. Poisoning by Poiretia punctata in cattle and sheep. Pesquisa Veterinária Brasileira, 34(10), 963-966. https://doi.org/10.1590/S0100-736X2014001000007

-Perez, A.P.F. 2020. Poiretia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29823>. Acesso em: 06 May 2021 

-Queiroz, L. P. Leguminosas da Caatinga. Feira de Santana: UEFS, 2009. 467 p.


Isótipo

Exsicatas

Herbário Reflora 


sexta-feira, 31 de julho de 2015

Fabaceae - Guibourtia hymenaeifolia (Moric.) J. Léonard

Botões orbicular, sépalas verdes, flor branca, 4, filetes longos, anteras elípticas, ovário súpero, plano (f. 1)
Filotaxia alterna, dística, folíolos lanceolados, lanceolados, margem inteira, glabras, inflorescência axilar, flores axilares (f. 2)
Fruto legume, verde,  estipitado, valvas coriáceas (f. 3)
Ramos longos e finos, folíolos assimétricos, lanceoados (f. 4)
Frutos monospérmicos, semente vermelha (f. 4)

Leguminosae, Detarioideae, Tribo Detarieae DC., Guibourtia Benn. 1857. 14 espécies (Lewis  et al. 2005, Estrella et al. 2018).

No Brasil ocorre apenas uma espécie Guibourtia chodatiana Hassl. 

Guibourtia hymenaeifolia (Moric.) J. Léonard, Bulletin du Jardin Botanique de l'État à Bruxelles 19: 401. 1949.
BasiônimoCopaifera hymenaeifolia Moric., Mémoires de la Société de Physique et d'Histoire Naturelle de Genève 6: 529. 1833.
Árvore ca. 12 m alt.; ramo cilíndrico, fino, inerme. Estípulas 2, caduca. Filotaxia alterna, dística. Folha bifoliolada, folíolos assimétrico, hemielíptico, hemilanceolado, ápice breve-obtuso, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabra, supra viridescente, concolores, venação cladodroma, coriáceo com glândulas pelúcidas; pecíolo menor que o comprimento do folíolo. Inflorescência axilar, racemo. Flor subséssil, monoclina, actinomorfa, prefloração imbricada; cálice 4 sépalas alvas; pétalas ausentes; androceu, estames 10, com comprimento maior que o comprimento das sépalas, homodínamos, filetes alvos,  antera isomorfa, elíptica, rimosa; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário plano, verde, seríceo, placentação marginal, estile arqueado, estigma escuro. Fruto folículo, estipitado, ápice acuminado, plano compresso, valvas com glândulas . Semente 1, plana, vermelha.
Comentário
Em estado vegetativo pode ser confundida com Peltogyne, no entanto, pode ser distinta apresentar galha lenticular circular, enquanto Peltogyne galha lentucular ferrugínea. Quando em flor são apétala enquanto Peltogyne tem pétala.

Fotos: Rafael Barbosa Pinto

Referências

-Barneby, R.C. 1996. Neotropical Fabales at NY: asides and oversights. Brittonia 48:182.
-Estrella, M., Forest, F., Klitgård, B. et al. A new phylogeny-based tribal classification of subfamily Detarioideae, an early branching clade of florally diverse tropical arborescent legumes. Sci Rep 8, 6884 (2018). https://doi.org/10.1038/s41598-018-24687-3
- Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.
- Lima, H.C. de 2015. Guibourtia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
-Pinto, R.B., Tozzi, A.M.G.A., Mansano, V.F. 2020. Guibourtia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (https://floradobrasil2020.jbrj.gov.br/FB18600).
-Pinto, R.B.; Tozzi, A.M.G.A.; Mansano, V.F. Guibourtia in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB18600>. Accessed on: 11 May 2022

Exsicatas

Herbários reflora

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Fabaceae - Bionia coriacea (Nees & Mart.) Benth.

Flor grande, pétalas vermelhas, cálice tubuloso (f. 1)
Flor pedicelada (f. 2)
Inflorescência pseudorracemo, congesto (f. 3)
Cálice e corola glabros (f. 4)
Cálice com lacínios agudos (f. 5)
Pétalas papilionácea, longo-unguiculada (f. 6)
Folíolo coriáceo (f. 7)
Inflorescência longo-pedicelada (f. 8)
Filotaxia alterna, espiralada, folha trifoliolada, folíolos elípticos-oblongos, glabros (f. 9)
Pedicelo 3x maior que o comprimento da raque (f. 10)
Inflorescência axilar (f. 11)
Folha trifoliolada, glabra (f. 12)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Bionia Mart. ex Benth. 1837. 9 espécies.

No Brasil ocorrem 5 espécies das quais todas são endêmicas (Queiroz 2015).

Planta subarbustiva ou liana volúvel, ramos longos, pouco difuso, cilíndricos, tomentoso pu glabro, ou tomentoso, inerme. Estípula 2, caducas, lanceolada. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas uni ou trifolioladas; folíolo elíptico, oblongo, ápice agudo, retuso, mucronado, margem inteira, base aguda ou truncada, face adaxial tomentulosa ou glabra, face abaxial pilosa, coriáceo, discolores, pecíolo maior que a raque. Inflorescência axilar ou axilar, pseudorracemo ou racemo, congesto, pedúnculo curto ou longo, coberto por indumento rufo ou glabro. Flor breve-pedicelada, monoclina, zigomorfa, hipógina; cálice tubuloso, bilabiado, lacínio 4, triangular, vermelho; corola papilionácea, pétalas 5, longe-unguiculadas, vermelhas; estandarte longo-obovado, alas livres, oblongas, quilhas adnatas; androceu diadelfo, estames 10, tubo longo, anteras homomorfas, oblongas, rimosas; ovário estipitado linear, seríceos, plurisseminado, estilete maior que o comprimento do ovário, nectário circular na base. Fruto legume, linear, plano, valva coriáceas.

Bionia coriacea (Nees & C. Mart.) Benth., Commentationes de Leguminosarum Generibus 66. 1837.
Basiônimo: Galactia coriacea Nees & C. Mart., Nova Acta Physico-medica Academiae Caesareae Leopoldino-Carolinae Naturae Curiosorum Exhibentia Ephemerides sive Observationes Historias et Experimenta 12: 30. 1824.
Arbusto escandente

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Parque do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil.

Referência

-Queiroz, L.P. Bionia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 25 Jul. 2015

Exsicatas

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Fabaceae - Dalbergia cearensis Ducke

Frutos secos, núcleo seminífero central (f. 1)
Fruto estipitado (f. 2)
Folha alterna (f. 3)
Folíolos alternos (f. 4)
Filotaxia alterna, espiralada, folíolo ovado (f. 5)
Folíolos viridescentes (f. 6)

Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Dalbergia L.f., 250 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 40 espécies, das quais 21 são endêmicas (Filardi et al. 2024).

Dalbergia L.f.


Arbusto ou árvore. Estípula lateral, basifixa. Folha, alterna, imparipinada; uni-plurifoliolada; folíolos alternos, estipelas ausentes. Inflorescência panícula axilar ou terminal. Flor brevi-pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina, cálice campanulado, 5 dentado, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, alva, alaranjada, roxa; androceu monadelfo; antera homomórfica; ovário estipitado. Fruto tipo sâmara, núcleo seminífero central, estipitado, plano, inerme. Semente reniforme, plana.

Dalbergia cearensis Ducke, Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 4: 73. 1925.

Nome vernacular: jacarandá violeta, violeta, jacarandá cega machado (Lewis 1989)

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Catimbau, Pernambuco, Brasil.

Referências

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Carvalho, A.M. 1997. A Synopsis of the Genus Dalbergia (Fabaceae: Dalbergieae) in Brazi. Brittonia 49 (1): 87-109.

-Ferreira, J.J.S., Oliveira, A.C.Silva, Queiroz, R. T.e, & Silva, J.S. 2019. A tribo Dalbergieae s.l. (Leguminosae-Papilionoideae) no município de Caetité, Bahia, Brasil. Rodriguésia, 70, e03502017. Epub December 20, 2019.https://doi.org/10.1590/2175-7860201970089

-Filardi, F.L.R.; Lima, H.C.; Cardoso, D.B.O.S. 2020. Dalbergia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22914>. Accessed on: 01 May 2021

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.



Herbários Reflora

Fabaceae - Mimosa lewisii Barneby

Fruto craspédio, glabro (f. 1)
Glomérulo pequeno, branco, filetes brancos, anteras amarelas (f. 2)
Pedúnculo com nectários, filete longo, antera elíptica (f. 3)
 
Cálice tubuloso, curto, corola simpétala, verde, muricada (f. 4)
Pedúnculo longo, vinho (f. 5)
Frutos planos, vináceo (f. 6)
Caule cilíndrico, com nectários, vinho, acúleo reto, filotaxia alterna, espiralada (f. 7)
Raque longa, com nectários, folíolos oblongos, estipelas 2 (f. 8)
Filotaxia alterna, espiralada, folha bipinada, face adaxial (f. 9)
Face abaxial (f. 10)
Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae,  sect. Batocaulon DC., ser. Bimucronota(Barneby 1991:161). 490-510 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 358 espécies das quais 265 são endêmicas (Dutra e Morim 2015).

Mimosa L.
Erva, arbusto, árvore ou trepadeira, armadas ou inermes. Estípula caduca ou persistente. Folhas alternas, bipinadas. Inflorescência axilar, espiga ou glomérulo. Flores sésseis, hipóginas, actinomorfas, tubulosas; cálice gamossépalo; corola gamopétalas, androceu dialistêmone, diplo ou isostêmones, estames com filetes vistosos; gineceu 1 pistilo. Fruto tipo craspédio.

Mimosa lewisii Barneby, Brittonia 37(2): 136–139, f. 5. 1985.

Planta arbustiva, ca 2 m alt., pouco difusa; ramo longo, cilíndrico, suavemente estriado, armada, com tricomas glandulares. Estípula 2, estreitamente-triangular, caduca. Folha bifoliolada, 8-10 pares de juga, folíolo linear; foliólulo oblongo-linear, ápice mucronado, arredondado, margem inteira, base assimétrica, truncado, face adaxial e abaxial glabra, membranácea, pecíolo  menor que o comprimento da raque.   Inflorescência terminal, panícula de corimbo de glomérulo; pedúnculo 4-5 vezes maior que o comprimento glomérulo com tricomas glandulares. Flor pequena, séssil, monoica, cálice breve-tubuloso, amarelo, corola tubulosa, 4 lobulada, creme; androceu dialistêmone, estames 8, filetes brancos, antera dorsefixa, rimosa, amarela; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pluriovulado. Fruto craspédio, breve-estipitado, linear, plano, 8-14 semgentado, marrom, glabro.

Comentário
Mimosa lewisii, se caracteriza por apresentar o hábito arbustivo, com ramos longos, laxos, coberto por tricomas glandulares, inflorescência terminal, corimbo de glomérulo, flor creme com filetes alvos, frutos craspédios, lineares, breve-estipitado, planos, multijugos.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Catimbau, Pernambuco, Brasil.

Referências

 
-Barneby, R.C. 1991. Sensitivae censitae: a description of the genus Mimosa Linnaeus (Mimosaceae) in the New World. Memoirs of the New York Botanical Garden 65:1-835.    

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Dutra, V.F.; Morim, M.P. Mimosa in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 09 Mai. 2015

-Dutra, V.F.; Morales, M.; Jordão, L.S.B.; Borges, L.M.; Silveira, F.S.; Simon, M.F.; Santos-Silva, J.; Nascimento, J.G.A.; Ribas, O.D.S. 2020. Mimosa in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18874>. Accessed on: 26 Apr. 2021

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Matos, S.S., Melo, A.L.; & Santos-Silva, J. 2019. Clado Mimosoide (Leguminosae-Caesalpinioideae) no Parque Estadual Mata da Pimenteira, Semiárido de Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 70, e01902017. Epub March 18, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970007

-Nascimento, J.B.S., A.L.S. Sales, e E.B. Souza. 2020. “Potencial de uso de leguminosas emuma área de mata atlântica na APA da bica do Ipu, Ceará.” Em Agricultura e desenvolvimento tecnológico no semiárido Publisher: Proex uva, por UVA, 215-230. Sobral: Proex-UVA. 

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Silva, J.S. and Sales, M.F. 2008. O gênero Mimosa (Leguminosae-Mimosoideae) na microrregião do Vale do Ipanema, Pernambuco. Rodriguésia [online]. vol.59, n.3 [cited 2021-04-26], pp.435-448.

-Santos-Silva et al. (2015) Revisão taxonômica das espécies de Mimosa ser. Leiocarpae sensu lato (Leguminosae - Mimosoideae). Rodriguésia 66: 95–154. http://dx.doi.org/10.1590/2175-
7860201566107

-Sousa, E.E.; Queiroz, R.T.; Pereira, M.S. 2021. Mimosa L. (Fabaceae) in Cachoeira dos Índios, Paraíba, Brazil. Acta Brasiliensis, [S.l.], v. 5, n. 1, p. 35-43, jan. ISSN 2526-4338. https://doi.org/10.22571/2526-4338334



Exsicatas

Herbário K 653686 126747 653687