segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Revisão taxonômica de Leptolobium (Papilionoideae, Leguminosae) A taxonomic revision of Leptolobium (Papilionoideae, Leguminosae)

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-33062012000100016&script=sci_arttext

http://www.scielo.br/pdf/abb/v26n1/16.pdf

Rodrigo Schütz Rodrigues I, III; Ana Maria Goulart de Azevedo Tozzi II


foto: G. Shimizu
IUniversidade Federal de Roraima, Centro de Estudos da Biodiversidade, Boa Vista, RR, Brasil IIUniversidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Departamento de Biologia Vegetal, Campinas, SP, Brasil
IIIAutor para correspondência: rodschutz@gmail.com

Fabaceae - Leptolobium elegans Vogel -

Folíolos lanceolados, inflorescência panícula (f. 1)
Flor subséssil, pétalas brancas (f. 2)
Folíolos viridescentes, estames com filetes longos (f. 3)
Ovário estipitado (f. 4)
Frutos jovens (f. 5)
Leguminosae,  Papilionoideae, Sophoreae, Leptolobium Vogel 17 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 11 espécies das quais 7 são endêmicas (Schutz 2015). 

Leptolobium Vogel

Árvore, ramos inermes. Estípula lateral, caduca, Filotaxia alterna-espiralada. Folhas imparipinadas, folíolos cartáceos, nervação broquidódroma, pecíolo menor ou maior que a raque. Inflorescência panícula terminal. Flor pedicelada, actinomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina; cálice gamossépalo, tubuloso, lobos 5, corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, alvas, estames 10, anteras rimosas, uniformes; gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário súpero, estipitado, pauciovulado. Fruto sâmara, plana.

Leptolobium elegans Vogel, Linnaea 11: 390. 1837.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Rodovia Anhanguera,  São Paulo, Brasil

Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes  of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p. 

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Rodrigues, R.S., & Tozzi, A.M.G.A. 2012. Revisão taxonômica de Leptolobium (Papilionoideae, Leguminosae). Acta Botanica Brasilica, 26(1), 146-164. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062012000100016

Rodrigues, R.S. & Tozzi, A.M.G.A. 2008b. Reinstatement of the name Leptolobium Vogel (Leguminosae, Papilionoideae, Sophoreae). Taxon 57: 980-984.

-Schütz, R. Leptolobium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Mai. 2015

-Rodrigues, R.S. 2020. Leptolobium in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB101103>. Acesso em: 06 May 2021


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Herbários Reflora


domingo, 26 de agosto de 2012

Fabaceae - Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke - pau mocó -

 Flores com pétalas brancas, cálice vinho (f. 1)
 Estandarte com guia de néctar amarelo, posteriormente torna-se vináceo (f. 2)

Flores pediceladas (f. 3)

Cálice campanulado,  tomentoso, lobos deltoides (f. 4)
 Estames livres, anteras dorsifixas, rimosas (f. 5)
Fruto tipo sâmara com núcleo seminífero basal e projeção alariforme no núcleo seminífero (f. 6) 
Sâmara tomentulosa (f. 7)
Ramo e sâmara cinéreos (f. 8)
 Folhas compostas, com folíolos oposto a sub-opostos (f. 9)
 Folíolos com nectários nas bordas (f. 10)
Hábito arboreo e ambiente (f. 11)
Semente oblonga com testa marrom (f. 12)
Testa frágil e cotilédones amarelos (f. 13)

Leguminosae,  Papilionoideae, Sophoreae, Luetzelburgia Harms. 19 espécies (W3tropicos 2021).

Luetzelburgia nome dado em homenagem a Phillip von Luetzelburg (1880-1948), um botânico e
 explorador alemão que coletou largamente no nordeste do Brasil entre 1920 e 1922 (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 11 espécies e destas 10 são endêmicas (Cardoso 2015).

Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke, Notizblatt des Botanischen Gartens und Museums zu Berlin-Dahlem 11(107): 584. 1932.

Basiônimo: Tipuana auriculata Allemão

Árvore com cerca de 5 m de altura, crescimento simpodial; tronco com coloração cinza, cilíndrico; copa aberta; ramo cilíndrico, tomentoso, inerme. Estípula caduca. Folhas compostas, imparipinada, folíolos 5-9, subalternos ou opostos, ovado-elíptico, ápice agudo-mucronado, margem suavemente ondulada, com nectários quando jovem, base redonda-cuneada, face adaxial e abaxial com indumento, coriáceo. Inflorescência terminal ou axilar, panícula. Botão oblongo. Flores subséssil,  zigomorfas, monoclinas, hipóginas; cálice campanulado, pubescente, cinéreo, lobos 5, triangulares; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, rosa-nata-goiaba, estandarte obovado, margens suavemente fimbriada, guia de néctar amarelo, posteriormente violeta; alas oblongas; quilha não visto; androceu dialistêmone, estames 10, livres, filetes longos; gineceu 1, ovário súpero, subséssil, monovulado, oblongo, piloso, filete longo, estigma puntiforme. Frutos secos, indeiscentes, tipo sâmara, plano, núcleo seminífero basa, alado. Semente oblonga, testa marrom, frágil.

 Comentários

Esta espécie é facilmente reconhecida pelo crescimento simpodial, copa assimétrica, pelas folhas compostas de folíolos verde-oliva, ramos tomentosos, cinéreos e sâmaras com alas no núcleo seminífero. Por apresentar frutos tipo sâmaras a dispersão é realizada pelo vento, ou seja, anemocórica.

Durante a maior parde do período seco permanece sem folhas, no final do período de estiagem as gemas formam folhas, estas liberam um forte odor de feijão quando maceradas.
Pode florescer rapidamente após as primeiras chuvas.


Na Paraíba é facilmente encontrada nos serrotes associadas aos afloramentos rochosos. Esta foi encontrada na Fazenda Almas em São José dos Cordeiros, na serra da Engabelada no Congo, no Pai Mateus e na Fazenda Salambaia em Cabaceiras.

Planta amplamente encontrada na caatinga.


Nome popular: pau-mocó

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, São José dos Cordeiros, Paraíba (f. 1-4); Serrinha do Canto, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte - Brasil

Referência

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).

-Cardoso, D.B.O.S. 2015. Luetzelburgia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB83297>.

-Cardoso, D.B.O.S.; Queiroz, L.P.de & Lima, H.C.de. 2012. A new species of Luetzelburgia (Leguminosae: Papilionoideae: Vataireoid clade) from Brazilian Amazonia. Kew Bulletin 67: 833–836.

-Cardoso, D.B.O.S., de Queiroz, L.P. and de Lima, H.C. 2014. Revision of Luetzelburgia. Bot J Linn Soc, 175: 328-375. https://doi.org/10.1111/boj.12153

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de S
antana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-São-Mateus, W.M.B.; Cardoso, D.; Jardim, J.G. & Queiroz, L.P. 2013. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. Biota Neotropica 13: 315-362https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400028.

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Herbários W3tropicos,  ,

#paumocó #Fabaceae #leguminosae #caatinga

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Fabaceae - Inga edulis var. edulis - Ingá cipó -


Folha composta paripinada, inflorescência espigas congestas, estames longos brancos (f. 1)
Hábito arbóreo (f. 2)

Diversas inflorescências (f. 3)
Corola esverdeada (f. 4)
Inflorescências axilares (f. 5)
Nectário elíptico, séssil, concavo (f. 6)
Tronco, caule liso, cinza (f. 8)
Fruto longo costado ou estriado (f. 9)
Detalhe do Fruto (f. 10)
Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Inga Mill. sect. Inga 300 espécies (Lewis et al. 2005, Pennington).

No Brasil ocorrem 131 espécies das quais 51 são endêmicas (Garcia e Fernandes 2015).

Inga Mill.

Árvore, ramo inerme, estípula presente. Folha paripinada, raque alada ou não, glândulas presentes. Inflorescência espiga ou racemo. Flor séssil ou pedicelada, pentâmeras, actinomorfa, monoclina, hipógina, polistêmone, cálice gamossépalo, corola gamopétala, androceu monadelfo, gineceu simples, ovário séssil, pluriovulado. Fruto baga; semente com arilo.

Inga edulis Mart., Flora 20(2, Beibl.): 113–114. 1837.

Planta usada na ornamentação de fruto comestível.

Nome popular: Ingá

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Cenargem, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Referências

-Garcia, F.C.P.; Fernandes, J.M. Inga in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 24 Mar. 2015

-Garcia, F.C.P. 2016. Tribo Ingeae Benth. In: Wanderley MGL, Shepherd GJ, Melhem TSA, Giulietti AM & Martins SE (orgs.) Leguminosae. Flora fanerogâmica do estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo. Vol. 8, pp. 89-119.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Mata, M.F. O gênero Inga (Leguminosoe, Mimosoideae) no Nordeste do Brasil: citogenética, taxonomia e tecnologia de sementes. 2009. 183 f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2009.

-Pennington, T.D. 1997. The Genus Inga. Botany. Royal Botanical Garden. p. 844.

-Possette, R.F.S., & Rodrigues, W.A. 2010. O gênero Inga Mill. (Leguminosae - Mimosoideae) no estado do Paraná, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 24(2), 354-368. https://doi.org/10.1590/S0102-33062010000200006

-Silva, M.F. de, Souza, L.A. G. de amp; Carreira, L.M. de M. 2004.  Nomes populares das Leguminosas do Brasil. Manaus. Edua. 

-Soto, J., Pacheco, D., Zambrano, O., Ortega, J. 2012 Revisión florística del género Inga Miler (Leguminosae-Mimosoideae) en el estado Zulia, VenezuelaActa Botánica Venezuelica, vol. 35, núm. 1, enero-junio, 2012, pp. 27-52


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Reflora

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Fabaceae - Gliricidia sepium (Jacq.) Kunth ex Walp.

Pseudorracemos congestos (f. 1)
Ramos laxos (f. 2)
Folhas imparipinadas (f. 3)
Grande densidade de lenticelas no caule (f. 4)
Corola papilionácea (f. 5)
Botões (f. 6)
Desenvolvimento do ovário (f. 7)
Inflorescências axilares (f. 8)
Androceu diadelfo (f. 9)
Legume típico (f. 10)
                                                               
Leguminosae, Papilionoideae, Robinieae, Gliricidia Kunth, 5 spp. (Lewis et al. 2005).

Etimologia do gênero: Glis: grego=rato cida:gr. que mata. Segundo conta as sementes eram utilizadas para matar rato


Gliricidia sepium (Jacq.) Kunth ex Walp., Repertorium Botanices Systematicae. 1(4): 679. 1842.


Árvore com até 5 metros de altura, tronco lenticelado (f. 4), liso; copa aberta; ramos cilíndricos, glabros, lenticelados, cinzas, inermes. Estípulas caducas. Folhas compostas imparipinadas, pecíolo longo, folíolos opostos, 6-9 pares de juga, peciólulo 3 mm; folíolos 13-19, lanceolados-elípticos, ápice obtuso, margem inteira, base arredondado cuneado, membranáceo. Inflorescência axilar, pseudorracemo; congestas (f. 1). Botões clavados. Flores longo estipitadas, monoicas; cálice campanulado (f. 8), verdes, lobos inconspícuos; corola 5, unguiculadas, rosas; estandarte ou vexilo reflexo (f. 6), orbicular, ápice retuso, calo na base; alas ou asas obovadas, livres, ápice arredondado; quilha ou carena falcadas, livres; androceu diadelfo, gineceu monocarpelar, unilocular, ovário curto estipitado, pluriovulado, filete curto. Fruto legume típico, plano, oblongo, valvas lignosas. Semente orbicular, plana, monocromada, castanho a escura, hilo com protuberância.

 

Esta espécie é nativa do México a Colômbia e Indias do Oeste (Dwyer 1980) 

Importância econômica é uma excelente forrageira e uma linda planta ornamental. Introduzida no Brasil.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - Reserva da Embrapa Sede - Brasília - DF

Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Dwyer, J.D. 1980. Flora of Panama. Part V, Fascicle 5. Family 83. Leguminosae, Subfamily Papilionoideae. Ann. Missouri Bot. Gard. 67(3): 705.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, H.C. de 2015. Gliricidia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB120374>.

-Lorenzi, H., H.M. Souza, e M.A.V. Bacher, L.B. Torres. 2003. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa: Plantarum.

-Queiroz, R.T. 2020. Gliricidia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB120375>. Accessed on: 29 Apr. 2021

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

Para os produtores de pastagens



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Herbários P

Importância econômica


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Fabaceae - Myroxylon peruiferum L. f.

 Cálice campanulado, estandarte reflexo, branco (f. 1)
Hábito (f. 2)
Folha composta, folíolos elípticos, alternos (f. 3)
Inflorescência axilar, racemo (f. 4)
Flor pedicelada, alas oblongas (f. 5)
Anteras oblongas (f. 6)
Ovário verde, oblongo (f. 7)
Ovário desenvolvendo (f. 8)
Fruto imaturo, núcleo seminífero distal (f. 9)
Folíolo elíptico com pontuações translúcida (f. 10)
Botão fusiforme, cinéreo (f. 11)
Caule cilíndrico (f. 12)
Folhas jovens (f. 13)

Leguminosae, Papilionoideae, Sophoreae, Myroxylon L.f. espécie tipo Myroxylon peruiferum L. f.

Gre.: Myro=óleo, xylon=madeira, em alusão a madeira oleosa, perfumada.

No Brasil ocorrem apenas duas espécies (Sartori 2015).


Myroxylon peruiferum L. f., Supplementum Plantarum 34, 233. 1781[1782].

Árvore com cerca de 10 m de altura; tronco liso, casca castanha; copa assimétrica; ramo longos, cilíndrico, inermes, cinéreos, esparsamente lenticelado, partes jovens, seríceo, rufo. Estípulas caduca. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas compostas, imparipinada, peciolada, raque longa, folíolos 7-9, alternos, ovados-oblongo-elíptico, ápice cuspidado-retuso, margem inteira, base arredondada-cuneada, face adaxial e abaxial glabra, viridescente, estruturas secretoras elípticas, presentes, coriáceo. Inflorescência axilar, racemo, laxo, pubescente, cinéreo. Botões fusiforme, canescente. Flores longo-pediceladas, pouco vistosa, monoica; cálice largamente-campanulado, externamente-canescente, lobos 5, pouco evidentes; corola 5, unguiculada, branca; estandarte largo-orbicular, fortemente reflexo, alas e quilhas estreitamente-oblonga; androceu 10, estames filete curto, antera oblonga, branca, exserta; gineceu 1, ovário estipitado, uniovulado, oblongo, verde.  Fruto sâmara, ensiforme, monospérmica, viridescente, plano, núcleo seminífero distal.

Comentário

Esta espécie é facilmente reconhecida por apresentar estruturas secretoras, transparentes, elípticas, face adaxial viridescentes, bem como frutos sâmaras glabras e falcadas.

O estudo mais detalhado sobre este gênero foi realizado por Sartori (2000), onde são tratadas 3 espécies.

Na Paraíba foi registrado em São José dos Cordeiros, e Cabaceiras próximos ao afloramentos rochosos.

Nome popular: Bálsamo

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Embrapa Sede, Brasília, Distrito Federal - BR


Referência

-Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Macbride, J. F. 1943. Leguminosae. Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 13(3/1): 3–507.

-Pereira, L.B.S, Agra, M.F. e Queiroz, R.T. “Bauhinia cheilantha Mororó.” Em Plantas para o Futuro: Região Nordeste , por Lídio Coradin, 832-838. Brasília: M.M.A., 2018.


-Queiroz, R.T., et al. 2018 “Myroxylon peruiferum Balsamo.” Em Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial Plantas para o Futuro: Região Nordeste, por Lidio Coradin, 383-395. Brasilia: Ministério do Meio Ambiente.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de S
antana. 467p.
-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Sartori, Â.L.B. 2020. Myroxylon in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29797>. Accessed on: 24 Apr. 2021

-Sartori, A.L.B. Myroxylon in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 16 Abr. 2015

-Sartori, A.L.B. 2000. Revisão taxonômica e estudos morfológicos, Myrocarpus Allemão, Myroxylon L.f. e Myrospermum Jacq. Tese de doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo. 162pp.
 
Exsicatas

Herbários Reflora, P