segunda-feira, 28 de julho de 2014

Fabaceae - Stylosanthes viscosa (L.) Sw.

 Folha composta trifoliolada, folíolos oblongo-obovado, inflorescência axilar, espiciforme, corola papilionácea, laranga, estandarte com estria vermelha na base (f. 1)
 Ramos difusos, retos, cilíndricos, coberto por tricomas glandulares (f. 2)
 Ramos difusos, ramificação dicotômica, cilíndricos, inerme (f. 3)
 Estípula fechada, adnata ao pecíolo (f. 4)
  Parte livre da estípula menor que o pecíolo, nervuras 3-4, margem serreada (f. 5)
Estípula com parte soldada 2x maior que a parte livre, raque 3x menor que o pecíolo (f. 6)
Fruto lomento, imaturo verde, estilete persistente, curvo (f. 7)
 Lomento seco (f. 7)
Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Stylosanthes SW. 25 spp. (Lewis 2005).

No Brasil ocorrem 35 espécies das quais 12 são endêmicas (Costa e Valls 2015).

Stylosanthes SW.
Ervas ou subarbustos, eretos, ramificados; ramos inermes. Estípulas adnatas aos pecíolos. Folhas trifolioladas. Inflorescências espigas. Flores estipitadas ou sésseis, monoclinas, hipóginas, zigomorfas; cálices tubulosos, corolas papilionáceas. Frutos lomentos, estiletes persistentes.

Stylosanthes viscosa (L.) Sw., Nova Genera et Species Plantarum seu Prodromus 108. 1788.

Basiônimo: Hedysarum hamatum var. viscosum L., Plantarum Jamaicensium Pugillus 20–21. 1759.

Planta subarbustiva, ca 30 cm alt.; ramo dicotomicamente-difuso, cilíndrico, densamente coberto por tricomas glandular e tector, inerme. Estípula 2, adnada ao pecíolo, parte livre menor que a parte soldada. Filotaxia alterna, espiralada.  Folha trifoliolada; folíolo elíptico-obovado, ápice acuminado, margem serreada, base cuneada, face adaxial e abaxial pilosos, nervura camptódroma, 3-4, membranácea, raque 3 vezes menor que o comprimento do pecíolo. Inflorescência axilar, espiciforme, pauciflora. Flor pequena, hipanto longo, monoica, pequena; cálice campanulado, lacínio 5; corola papilionácea, pétalas 5, laranja; estandarte orbicular, com base vinácea, alas livres, obivadas, quilha falcada; androceu diadelfo; gineceu monocarpelar, ovário súpero, oligovulado. Fruto lomento, 1 segmeto, plano, estriado, estilete persistente curvado.

Comentário 

Esta espécie é fácil de ser reconhecida pelos tricomas glandulares e pela espigueta pauciflora.



Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasi. 

Especialista Leila Costa: : costa_mame@yahoo.com.br



Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).

-Costa, L. C.; Sartori, A. L. B. & Pott, A. 2008. Estudo Taxonômico de Stylosanthes Sw. (Leguminosae – Papilionoideae – Dalbergieae) Em Mato Grosso Do Sul, Brasil. Rodriguésia 59 (3): 547-572.

-Costa, L.C. da; Valls, J.F.M. Stylosanthes in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 17 Mar. 2015

-Ferreira, J.J.S., Oliveira, A.C.Silva, Queiroz, R. T.e, & Silva, J.S. 2019. A tribo Dalbergieae s.l. (Leguminosae-Papilionoideae) no município de Caetité, Bahia, Brasil. Rodriguésia, 70, e03502017. Epub December 20, 2019.https://doi.org/10.1590/2175-7860201970089

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Mendonça, S.A., Gadelha Neto, P.C., Perez, A.F., Caetano, A.P.S., & Queiroz, R.T. 2019. A tribo Dalbergieae (Leguminosae - Papilionoideae) em um trecho de Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas, João Pessoa, Estado da Paraíba, Brasil. Hoehnea, 46(2), e622018. Epub August 05, 2019.https://doi.org/10.1590/2236-8906-62/2018

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.


-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-São-Mateus, W.M.B.; Cardoso, D.; Jardim, J.G. & Queiroz, L.P. 2013. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. Biota Neotropica 13: 315-362. https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400028.


Exsicatas

Herbário KP e Reflora


quinta-feira, 24 de julho de 2014

Fabaceae - Andira vermifuga Mart. ex Benth. - mata barata -

 Inflorescência panícula, pedúnculo longo, indumento rufo, flor subséssil, cálice campanulado, lacínios curtos, corola papilionácea, unguiculadas, lilás (f. 1)
 Inflorescência axilar ou terminal, rufa, botões oblongos (f. 2)
 Folhas imparipinadas, folíolos oblongas, coriáceo, ápice retuso (f. 3)
Panícula laxa (f. 4)

Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae,  Andira Lam. 29 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 20 espécies das quais 17 são endêmicas (Pennington 2015).


Andira Lam.


Arbusto ou árvore. Estípula basifixa. Folha 8-15-foliolada, alterna, imparipinada; folíolos opostos; estipelas presentes. Inflorescência panícula, terminal. Flor pedicelada, zigomorfa, monocilna, hipógina; cálice gamossépalo, tubuloso; corola papilionácea, petalas lilás a roxa; androceu diadelfo; antera homomórfica. Fruto drupa.    

Andira vermifuga Mart. ex Benth.,  Commentationes de Leguminosarum Generibus 44–45. 1837.


Árvore 3 m altura. Caule suberoso, ramos cilíndricos, suberoso, indumento rufo, estrigoso. Folhas composta, imparipinada; folíolos suboposto a oposto, oblongos, ápice arredondado a retuso, margem inteira, base arredondada a cuneada,  epifilo glabro, hipofilo estrigoso, 1 par estipelas na ráquis, pedicelo longo. Inflorescência terminal ou axilar, panícula. Flores monoicas, pedicelo curto;  botões fusiformes, cálice campanulado, lacínios 5, deltoides, tubo do cálice o dobro do comprimento dos lacínios,  indumeno rufo; corola 5, papilionada, estandarte obovado; andro ce drupa.  

Etimologia: Andira = tupi: morcego 

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Parque Olhos d'água, Brasília, Distrito Federal, Brasil.


Nome popular: Argelim

Referências



-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)


-Ducke, A. 1953. As leguminosas de Pernambuco e Paraíba. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 51, 417-461. https://dx.doi.org/10.1590/S0074-02761953000100011


-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Mendonça, S.A., Gadelha Neto, P.C., Perez, A.F., Caetano, A.P.S., & Queiroz, R.T. 2019. A tribo Dalbergieae (Leguminosae - Papilionoideae) em um trecho de Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas, João Pessoa, Estado da Paraíba, Brasil. Hoehnea, 46(2), e622018. Epub August 05, 2019.https://doi.org/10.1590/2236-8906-62/2018


-Pennington, T. Andira in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 02 Jun. 2015

-Pennington, R.T. 2003. Monograph of Andira (Leguminosae-Papilionoideae). Systematic Botany Monographs. Vol. 64. 143 pp.

- Ramos, G.; Cardoso, D.B.O.S.; Pennington, R.T. 2020. Andira in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29442>. Accessed on: 22 Mar. 2021

-Silva Junior, M. C. da. 2012. 100 árvores do cerrado: sentido restrito: guia de campo Brasília, DF: Rede de Sementes do Cerrado. 304 p. il.

Exsicata


Herbário P

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Fabaceae - Brownea grandiceps Jacq. - chapéu do sol -

 Inflorescência congesta, brácteas bem desenvolvidas, flores vermelhas (f. 1)
Estames com filetes longos, pétalas vermelhas (f. 2)
Folíolos glabros (f. 3)
Inflorescência congesta (f. 4)
Botão elípsoide (f. 6)
Ramos muito difusos (f. 7)
Folha multijuga (f. 8)
Botão subséssil, sépalas e pétalas imbricadas (f. 9)
Botões congestos (f. 10)
Bractéolas rufo-tomentosa (f. 11)
Sépalas e pétalas vermelhas (f. 12)
Flores sésseis (f. 13)
Flor monoclina, anteras articuladas, rimosa (f. 14)
Pétalas unguiculadas (f. 15)
Androceu dialistêmone (f. 16)
Gineceu unicarpelar, ovário oblongo, estilete longo (f. 17)
Legume estipitado (f. 18)
Pulvino, tomento (f. 19)
Face adaxial serícea, coriácea (f. 20)
Folíolo cuspidado (f. 21)
Folha com folíolos subalternos (f. 22)
Tronco cilíndrico, estriado (f. 23)

Leguminosae, Detarioideae, Tribo Amherstieae Benth Brownea Jacq. 1760, 12 espécies  (Estrella et al. 2018).

No Brasil ocorrem 2 espécies (Klitgaard 2015)

Brownea grandiceps Jacq., Collectanea 3: 287–289, pl. 22, f. a–i. 1789.

Planta arbórea cerca de 8 m de altura; tronco lenhoso pouco ramificado; ramo cilíndrico, estriado, com lenticelas, inerme. Estípulas 2, intrapeciolares, caducas. Filotaxia alterna, dística. Folhas compostas, paripinada, multijuga; folíolos alternos, elíptico-oblongo, ápice cuspidado, margem inteira, base cuneada, face adaxial glabra, viridescente, face abaxial cinza, raque 6 vezes maior que o comprimento do pecíolo, sem glândula. Inflorescência axilar, racemo congesto. Pedúnculo curto. Brácteas vistosas. Botão clavado. Flor grande, subséssil, monoica; hipanto longo; cálice 5, livre, triangulares; corola 5, unguiculada, vermelha, obovada; androceu 10, estames com filetes longos, anteras elípticas, dorsifixa, rimosa; gineceu 1, ovário súpero, subséssil, pluriovulado, estilete longo, estigma globoide. Fruto legume, oblongo, plano. 

Comentário
Espécie fácil de ser reconhecida por apresentar inflorescências congestas com brácteas grandes atrativas.
Planta introduzia na Paraíba, utilizada na arborização em alguns lugares.


 Nome popular: Chapéu do sol.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, UFPB Campus de Areia, Paraíba e Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Brasil.

Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Estrella, M., Forest, F., Klitgård, B. et al. A new phylogeny-based tribal classification of subfamily Detarioideae, an early branching clade of florally diverse tropical arborescent legumes. Sci Rep 8, 6884 (2018). https://doi.org/10.1038/s41598-018-24687-3

-Klitgaard, B.B. 2015. Brownea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB82699>.

-Klitgaard, B.B. 1991. Ecuadorian Brownea and Browneopis (Leguminosae-Caesalpinioideae): Taxonomy, palynology, and morphology. Nordic Journal of Botany 11: 433–449.


-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World.Kew, Royal Botanic Gardens

-Lorenzi, H., H.M. Souza, e M.A.V. Bacher, L.B. Torres. 2003. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa: Plantarum.

-Santos-Silva, J.; Klitgaard, B.B. 2020. Brownea in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82699>. Acesso em: 28 May 2021

Exsicatas


Herbário P

terça-feira, 22 de julho de 2014

Fabaceae - Desmodium distortum (Aubl.) J.F. Macbr.

Pedúnculo reto, flores breve-pediceladas, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, rosas (f. 1)
Panícula laxa (f. 2)
Ramo cilíndrico, com tricomas uncinados, estípula obovada, ápice agudo, margem serrilhada, patente (f. 3)
 Lomentos plano, espiralados, estilete persistente (f. 4)
Folha composta, unifoliolada, folíolo ovado (f. 5)
Leguminosae, Papilionoideae, Desmodieae, Desmodium Desv., Seção Chalarium, subseção Trifoliolata  275 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 35 espécies das quais cinco são endêmicas (Lima 2022).

Desmodium Desv.

Arbusto ou subarbusto arbusto, escandente, prostrado e ereto; ramo cilíndrico, indumento uncinado presente. Estípula lateral, base fixa, unida ou livre. Filotaxia alterna espiralada ou dística. Folhas trifolioladas, estipelas presentes. Inflorescência racemo, pseudorracemo, verticilo. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice campanulado, lacínias 5, maiores que o comprimento do tubo, corola papilionácea, pétalas rosas a vinho; androceu monadelfo, anteras homomórficas, rimosas. Lomento estipitado ou séssil, plano, cilíndrico, linear, segmentos com tricoma uncinado. Semente reniforme, elíptica, hilo central.



Desmodium distortum (Aubl.) J.F. Macbr., Publications of the Field Museum of Natural History, Botanical Series 8(2): 101. 1930.

Basiônimo: Hedysarum distortum Aubl., Histoire des Plantes de la Guiane Françoise 2: 774. 1775.
Planta subarbustiva, ereta ca. 1 m alt., caule cilíndrico, estriado, pouco difuso, indumento uncinado. Estípulas 2, hemicordada, margem ciliada, patentes. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta, unifoliolada ou trifoliolada, folíolo ovado, ápice agudo mucronado, margem inteira, base obtusa, face adaxial e abaxial pilosa, nervação expressa na face abaxial, membranáceo, pecíolo 1/5 maior que a raque. Inflorescência terminal, panícula. Flor pequena, curto pedicelada, monoclina; cálice campanulado, bilabiado, lacínios 5, triangulares; corola papilionácea, pétalas unguiculadas, rosa; estandarte obovado guias de néctar amarelo em sua base; ala oblonga, quilha, androceu monadelfo, branco. Fruto lomento, plano espiralado coberto por tricoma uncinado.
Comentário
Espécie de fácil reconhecimento por apresentar estípula patente e frutos plano espiralados.

Esta espécie foi coletada na área de restinga da Flona em Cabedelo.

Nome Popular: Carrapicho, pega-pega


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Mata do Amém - Flona de Cabedelo, Cabedelo, Paraíba, Brasil.


Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, L,C.P., Queiroz, L.P., Tozzi, A.M.G.A., Lewis, G.P. 2014. A Taxonomic Revision of Desmodium (Leguminosae, Papilionoideae) in Brazil. Phytotaxa 169: 001–119.

-Lima, L.C.P. ,Oliveira, M.L.A.A.,Tozzi, A.M.G.A.,Souza, V.C. 2015. Desmodium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB18507>.

-Lima, L.C.P. 2011 Estudos filogenéticos em desmodium desv. (Leguminosae-Papilionoideae) e revisão taxonômica das espécies ocorrentes no Brasil. 298 f. Tese (Doutorado Acadêmico em Botânica)- Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2011.

-Lima, L.C.P. ; Oliveira, M.L.A.A.; Tozzi, A.M.G.A.; Souza, V.C. Desmodium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 03 Mai. 2015

-Lima, L.C.P. 2020. Desmodium in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18507>. Accessed on: 01 May 2021

-Tozzi, A.M.G.A. 1981. O genero Desmodium desv. no Brasil: considerações taxonomicas. 1981. [319]f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. 
-Tozzi, A.M.G.A. 2016. “Desmodium Desv.” Em Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo VIII, por M.G.L. Wanderley et. al., 244-254. São Paulo: Instituto de Botânica.

Exsicatas

Herbários Reflora

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Fabaceae - Alysicarpus vaginalis (L.) DC.

 pseudorracemo. flores subséssil, flores papilionáceas, vermelhas (f. 1)
 Lomentos curtos (f. 2)
Folha composta, unifoliolada, pecíolo caniculado, longo, estípulas 2 (f. 3)
Hábito decumbente (f. 4)
 Estípulas paleáceas, lanceoladas, pecíolo longo, folíolo elíptico, base cordada, ápice mucronado (f. 5)
Folha composta unifoliolada (f. 6)
Frutos cilíndricos (f. 7)
Leguminosae, Papilionoideae, Desmodieae, Alysicarpus Desv 25-30 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil há apenas o registro de uma espécie (Lima 2015).




Basiônimo: Hedysarum vaginale L., Species Plantarum 2: 746. 1753.


Planta subarbustiva, decumbente, pouco ramificada, ramo cilíndrico, com ou sem antocianina, indumento adpresso para a base. Estípula persistente, lanceolada, alva, estrias longitudinais presentes, aderida ao pecíolo. Folha composta, unifolioladas; folíolo ovado-oblongo, discolor, ápice obtuso, margem inteira, base cordada. Inflorescência axilar, laxa, pseudorracemo. Flor monoclina, zigomorfa; pedicelo subséssil; bráctea linear, caduca; cálice campanulado, lacínios 5, subulados, maiores que o comprimento do tubo; corola papilionácea, pétala 5, unguiculadas, vermelhas, estandarte patente, quadrado, guias de néctar 2 amarelos, alas vermelhas, quilhas falcadas; androceu monadelfo, estames 10; gineceu simples, ovário súpero, pluriovulado. Frutos lomento, cilíndrico, linear, plurisseminado, sépalas persistentes.


Comentário


Planta encontrada em ambientes antropizados, uma espécie invasora de plantações.
Até o momento não havia registro para PB, no entanto, foi coletado num dos Jardins do Campus I da UFPB.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, UFPB, Campus I, João Pessoa Brasil.

Nome popular: Trevo alice

Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Lima, H.C. de 2015. Alysicarpus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. ; Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Queiroz, R.T. 2020. Alysicarpus in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB120430>. Accessed on: 29 Apr. 2021

-Small, J. K. 1933. Man. S.E. Fl. i–xxii, 1–1554. Published by the Author, New York.

-Silva, R.R, & Tozzi, A.M.G.A. 2012. Papilionoideae (Leguminosae) do Planalto Residual do Urucum, oeste do Pantanal do Mato Grosso do Sul, Brasil. Hoehnea, 39(1), 39-83https://doi.org/10.1590/S2236-89062012000100003 



Exsicatas


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Fabaceae - Galactia jussiaeana Kunth

Planta trifoliolada, folíolos elípticos, ápice retuso, legume plano-falcado (f. 1)
Folha com raque menor que pecíolo, racemos curtos, menores que o comprimento do pecíolo (f. 2)
Flores com corola papilionácea, rosas (f. 3) 

Leguminosae, Papilionoideade, Phaseoleae, Galactia 60 spp. (Lewis et al. 2005). 

No Brasil ocorrem 29 espécies das quais 16 são endêmicas (Fortunato 2015).

Galactia P. Browne

Subarbustos decumbentes, trepadeiras; ramos volúveis, inermes. Estípula 2, basifixa. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas uni ou trifolioladas; folíolos elípticos, ovados oblongos, ápice retuso, agudo ou mucronado, face adaxial e abaxial glabro ou piloso, margem inteira, base obtusa, raque menor que o pecíolo; estipelas ausentes. Inflorescência racemo, axilar, pauciflora, brácteas caducas. Flor brevi-pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice campanulado, lacínias 4, agudos, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, rosa, vinho, estandarte ovado, alas livres, quilha adnata; androceu monadelfo; antera homomórfica, rimosa; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume séssil, linear, plano, valvas 2, membranáceas.

Galactia jussiaeana Kunth, Mimoses 196–200, pl. 55. 1824. 

Trepadeiras, folhas compostas, trifolioladas, racemos curtos, flores lilás. Frutos arqueados.


Plantas eretas, decumbentes ou procumbentes. Cálice com quatro lacínios. Estandarte não giboso, sem calos. Legume linear, reto. Semente com arilo circular........................ Galactia (Barroso 1991).


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Fazenda Almas, São José dos Cordeiros, Paraíba, Brasil.

Referências

-Amorim, L.D. et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar, nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-24], pp.105-124.

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).

-Fortunato, R.H. 2015. Galactia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB29680>.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

O gênero Galactia P. Browne (Leguminosae,Papilionoideae) no Brasil
Ceolin, Guilherme Bordignon

Exsicatas

Herbário P



quinta-feira, 17 de julho de 2014

Fabaceae - Calopogonium caeruleum (Benth.) C. Wright

 Pseudorracemo, flores sesseis, cálice tubuloso, corola papilionada, lacínios curtos, fruto legume, linear, plano (f. 1)
Inflorescência congesta (f. 2)
 
Pedúnculo com botões (f. 3)
Pétalas unguiculadas, cerúleas (f. 4)
Folha composta, trifoliolada, ovada (f. 5)

 Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Calopogonium Desv. 6 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 4 espécies (Lima 2015).

Calopogonium Desv.

Liana ou trepadeira, ramos tricomatosos. Filotaxia alterna-espiralada. Estípula presente. Folha trifoliolada, folíolos romboides, membranáceos, actinódromos. Inflorescência axilar, pseudorracemo. Flor séssil a subséssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice gamossépalo, tubuloso, lacínios 5; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas; androceu diadelfo; gineceu simples; ovário séssil, pluriovulados, estigma e estilete presente. Fruto seco, legume típico.

Calopogonium caeruleum (Benth.) C. Wright, Anales de la Academia de Ciencias Medicas . . . 5: 337. 1868[1869].

Basiônimo: Stenolobium caeruleum Benth., Commentationes de Leguminosarum Generibus 61. 1837.

Planta trepadeira, volúvel, ramo cilíndrico, serício, cinéreo. Estípulas 2, caduca. Filotaxia alterna, espiralada. Folha trifoliolada; folíolo ovado, ápice obtuso, margem inteira, folíolos basais base truncada, folíolo apical base obtusa, membranáceo, concolores, vilosos, raque 4x menor que o comprimento do pecíolo. Inflorescência axilar, pseudorracemo, longo, reto, laxo. Flor séssil, pequena, monoica; cálice campanulado, lacínios curtos, triangulares; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, lilás; estandarte ovado-orbicular, alas obovadas, livres, quilha adnata; androceu monadelfo, estames 10, gineceu 1, ovário súpero, pluriovulado. Fruto legume típico, plurisseminado, linear, plano, valvas lignosas, margem crenada, serícea. Semente numerosas, reniformes, hilo central.


Comentário

Esta espécie ocorre na Mata Atlântica da Paraíba, sendo fotografada na Pedra da Boca no município de Araruna.

EtimologiaCallis: grego = belo,  pogon, grego = barba.  Barba bela em alusão ao tricoma presente no fruto. Caeruleum - azul

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Pedra da Boca, Araruna, Paraíba, Brasil.

Referências

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.


-Carvalho-Okano, R.M. & Leitão Filho, H.F. 1985. Revisão taxonômica do gênero Calopogonium Desv. (Leguminosae - Lotoideae) no Brasil. Revista Brasileira de Botânica, 8: 31-45.

-Costa, R.K.A.; Queiroz, R.T. 2019. A tribo Phaseoleae (Leguminosae, Papilionoideae) na mata do Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb.


-Dutra, V.F. 2020. Calopogonium in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22851>. Accessed on: 07 May 2021


-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. ; Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lima, H.C. de Calopogonium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Mai. 2015

-Nascimento, J.B.S., A.L.S. Sales, e E.B. Souza. 2020. “Potencial de uso de leguminosas emuma área de mata atlântica na APA da bica do Ipu, Ceará.” Em Agricultura e desenvolvimento tecnológico no semiárido Publisher: Proex uva, por UVA, 215-230. Sobral: Proex-UVA. 

-Okano, R. M. d. C. (1982). Revisão taxonomica do genero calopogonium desv. no Brasil.

-Silva, E.D., & Martins, A.B. 2013. Leguminosae-Papilionoideae na Serra do Cabral, MG, Brasil. Hoehnea, 40(2), 293-314. https://doi.org/10.1590/S2236-89062013000200004

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