segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Fabaceae - Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. - garapeira -

Inflorescência cauliflora, axilar, racemo (f. 1)
 Flores brancas, 3 pétalas, 3 estames, anteras amarelas (f. 2)
Janeiro a fevereiro é época de floração (f. 3)
Flores díclinas, estaminadas com 3 estames e pistilada com 1 pistilo (f. 4)
fores em antese e com fruto embrionário (f. 5)
sépalas reflexas (f. 6)
racemo  breve (f. 7)
Flor trímera (f. 8)
Ramo com frutos imaturos (f. 9)
Filotaxia alterna, dística, folha imparipinada, face adaxial (f. 10)
Folha com folíolos alternos (f. 11)
Folíolos ovado, discolores (f. 12)
folíolo apical, elítico, ápice cuspidado, margem inteira, base obtusa, glabro (f. 13)
Fruto sâmara com endocarpo esponjoso, semente obovada (f. 14)
Semente imatura (f. 15)
Sâmara madura (f. 16)
Sâmara estipitada (f. 17)
Semente seca, hilo basal (f. 18)
Hilo basal
Testa da semente dura, marmorada,  (f. 19)
Plântula (f. 20)
Cotilédones verdes (f. 21)
Plântula (f. 22)
Folha embrionária trifoliolada (f. 23)
Tronco rugoso (f. 24)
Flor trímera, díclina (f. 25)
Racemo congesto (f. 26)
Flores díclinas e monoclina (f. 27)
Árvore florida (f. 28)
Ramos floridos (f. 29)
Racemos axilares (f. 30)
Árvore da preguiça (f. 31)
Sem dúvida esta planta é uma das favoritas do bicho preguiça (f. 32)
Vários bichos numa planta (f. 33)
Preguiças forrageando (f. 34)
Copa aberta (f. 35)

Leguminosae, Dialioideae, Apuleia Mart.  Flora 20(2): 123. 1837.

No Brasil ocorre apenas uma espécie (Lima 2015).


Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr.


Árvore até 15 metros de altura; copa assimétrica, ramos lignosos, cilíndricos, glabros, inermes. Filotaxia alterna-espiralada. Estípulas basifixas, estreitamente-triangular, caducas. Folhas imparipinadas, 5-7-folioladas, folíolos alternos, oval-lanceolados, elípticos, ápice retuso, margem inteira, base obtusa, margem inteira, face adaxial e abaxial glabra, suavemente discolor, coriáceo, glabra, raque menor que o pecíolo, glândula ausente. Inflorescência axilar, racemo, panícula, corimbosa, congesta. Flores pediceladas, trímeras, monoclinas ou diclinas, hipógina; cálice esverdeado, dialissépalo; corola dialipétala, pétala 3, unguiculada, alvas, obovadas, ápice redondo ou retuso; androceu dialistêmone, estames 3, filetes curtos, anteras 3, amarelas, oblongas, poricidas, basefixa; gineceu 1, ovário com poucos óvulos, filete curvo, estigma disciforme, esverdeado. fruto sâmara, indeiscente, estipitado, oblongo, valvas coriácea, base e ápice assimétricos, plano compresso, margens brevemente alada, coriáceo, imaturo verde e ocráceo quando maduro. Sementes 1-3, oboval, testa lisa, dura pontilhada, hilo basal. Fores perfumadas.

Comentário

Planta arbórea abundante nas matas e fragmentos de mata de João Pessoa. Na época da floração torna-se extremamente vistosa por ficar completamente florida.

A floração ocorre final do verão e início do período de chuva, período que a planta perde totalmente as folhas. Quando florida libera um odor suavemente doce.

As observações sugerem que esta espécie se trata de uma das plantas favorita na alimentação do bicho preguiça, visto que vários indivíduos foram observados forrageando esta espécie.

Nome popular: amarelinha, amarelinho, amarelinho da serra, barajuba, coração de negro, farinheira, garapeira, gema de ovo, jatai, jutai, mirajuba, muiratana, muiratauá (Silva et al. 2004) 

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Campus I, UFPB, João Pessoa, Paraíba, Brasil.



Referência

-Bentham, G. (1870). Leguminosae 2, Swartzieae et Caesalpinieae. Apuleia Mart. In: C. F. P. von Martius, Flora Brasiliensis 15(2): 177.

-Dionísio, G.P., Barbosa, M.R.V. & Lima H.C. 2010. Leguminosas arbóreas em remanescentes florestais localizados no extremo norte da Mata Atlântica. Rev. nordest. biol. 19:15-24.

-Falcão, M.J.A.; Mansano, V.F. 2020. Apuleia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22796>. Accessed on: 01 May 2021

-Fernandes, A. (1994). Novitates Florae Nordestinae Brasiliensis. Apuleia grazielana. Bradea 6: 284 – 288.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

- Lima, H.C. de. 2015. Apuleia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

-Macbride JF. 1919. 1. Notes on certain Leguminosae. Apuleia leiocarpa (Vogel) comb nov. Contr, Gray Herb., n.s 59:23

-Martius C. Von. 1837. 178 Apuleia praecox Mart. Herbarium Florae Brasiliensis. Flora 20, Beibl.: 123.

-Silva, M.F., Gomes de Souza, L.A., Carreira, L.M.M. 2004. Nomes populares das leguminosas do Brasil. Manaus. Edua.

-Sousa, F.d.S.T., Lewis, G.P. & Hawkins, J.A. A revision of the South American genus Apuleia (Leguminosae, Cassieae). Kew Bull 65, 225–232 (2010). https://doi.org/10.1007/s12225-010-9213-4

-Vogel, Th. (1837). De Caesalpinieis Brasiliae. Leptolobium ? leiocarpum. Linnaea 11: 393.


Exsicata


Herbário P

Site

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Fabaceae - Angelim-vermelho Dinizia excelsa Ducke

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Fabaceae - Arachis macedoi Krapov. & W.C. Greg.

Eixo principal com filotaxia alterna espiralada (f. 1)
Corola papilionácea amarela (f. 2)
Flor com estria vermelhas na face dorsal (f. 3)
Caule tipo haste com flores axilares (f. 4)
 Planta herbácea bianual (f.  5)
 ramo secundário com filotaxia alterna dística (f. 6)
Folhas tetrafolioladas, folílos oblongos, oblanceolados (f. 7)

Leguminsae, Papilionoideae, Dalbergieae, Arachis L., Seção Extranervosae 80 espécies (Valls e Simpson 2005).

No Brasil ocorrem cerca de 65 espécies das quais 47 são endêmicas (Valls 2015).


Plantas perenes ou anuais; herbáceas decumbentes ou eretas; ramos glabros ou indumentado. Estípulas 2, adnata ao pecíolo. Folha tri-tetrafoliolada; folíolos lanceolados, lineares, obovados, oblanceolado, ovados, orbiculares, ápice agudo, retuso, mucronado, margem inteira ou ciliada, base assimétrica, face adaxial glabra ou recoberta de indumento, face abaxial glabra ou com indumento, membranácea, pecíolo maior que a raque. Inflorescência axilar, espiciforme, botão ovado ou falcado. Flor séssil, hipanto linear, zigomorfa, monoclina, hipógina, cálice brevi-campanulado, bilabiado, 4-5 lobos; corola papilionácea, unguiculada, amarela, estandarte patente, orbicular, ovado, oblato, alas livres, quilha fundida, androceu monadelfo, anteras heteromorfas; ovário séssil, pauciovulado, estilete longo. Fruto lomento, geocárpico, navicular, oblongo, cristado ou liso, mesocarpo macio. Sementes 2-4 por lomento, testa lisa, mole.


Arachis macedoi Krapov. & W.C. Greg., Bonplandia (Corrientes) 14: 43. 2005.
Plantas perene, herbáceas, decumbente; ramo principal ereto, curto congesto, ramos laterais decumbentes, seríceo. Estípulas adnatas ao pecíolo, lanceoladas, parte adnata maior que a parte livre. Pecíolo caniculado, longo. Folhas paripinadas, 2 pares de juga; folíolos lanceolados a oblongos, base assimétrica, ápice obtuso, margem inteira, tricomas na borda as vezes presente. Inflorescência axilares, espiga. Flores amarelas, hipanto bem desenvolvido; cálice bilabiado, 1 livre 4 unidos, lacínios parte livre curta, pétalas amarelas; estandarte com estria vermelhas na face dorsal, alas livres, quilha falcada; androceu 10 estames, monadelfo, anteras dimorfas, rimosas; ovário súpero, unicarpelar, unilocular, peg crescendo horizontalmente no solo. Frutos com epicarpo macio, geocárpicos.

Comentário

Esta espécie constitue uma das nove espécies da seção Extranervosae que se caracteriza principalmente pela presença de estrias vináceas na face dorsal do estandarte (Krapovikas & Gregory 1994),  no entanto este caráter pode ser encontrado em espécies da seção Heteranthae e Caulorrhízae o que mostra a fragilidade desta classificação infragenérica.

Na filogenia de Bechara et al 2010 mostrou que Extranerovsae como um grupo monofilético com afinidade com a seção Heteranthae.

A. macedoi epiteto específico dado em homenagem ao primeiro coletor da espécie professor Amaro Macedo. (Krapovikas e Gregory 1994)

Na seção Extranervosae algumas espécies são bem delimitadas A. burchelliiA. marginata, A. prostrataA. retusaA. villosulicarpa e A. macedoi, no entanto as espécies A. lutescensA. setinervosa,  A. pietrarellii   tem sua delimitação muito tênue, os caracteres utilizados são comprimento do ramo principal e presença ou ausência de tricomas no folíolos

A. macedoi é uma espécies muito próxima de A. setinervosa, sendo distinta pelo tamanho do ausência de pelos na face abaxial (Krapovikas & Gregory 1994).

 Arachis palavra de origem grega utilizada para nomear este gênero A=sem, rachis=eixo dada em alusão ao caule em um eixo principal.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Embrapa Cenargen, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Referências


-Arachis in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29456>. Accessed on: 14 May 2021

-Bechara, M.D., Moretzsohn, M.C, Palmieri, D.A., Monteiro, J.P., Bacci Jr M.,  Martins Jr. J., Valls, J.F.M,  Lopes, C.R., Gimenes, M.A. 2010. Phylogenetic relationships in genus Arachis based
on ITS and 5.8S rDNA sequences. Plant Biology. 10:255

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Krapovickas, A. & Gregory, W.C. 1994. Taxonomy del genero Arachis (Leguminosae). Bonplandia 8 (1-4): 1-186. 1994.

-Valls, J.F.M. Arachis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

-Valls J.F.M, Simpson, C.E. 2005. New species of Arachis L. (Leguminosae) from Brazil, Paraguay and Bolivia.  Bonplandia (Argentina) 2005, 14:35-64.



Coleção tipo




Exsicatas

Herbário Reflora 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Fabaceae - Arachis benthamii Handro

Estandarte oblato (f. 1)
 Hábito ereto (f. 2)
Folha composta, paripinada, tetrafoliolada, margem do folíolo ciliada (f. 3)
 Plântula (f. 4) 
 Flores saindo de um ponto na base do caule (f. 5)
Folíolos obovados, caule cilíndrico, híspido (f. 6)
folíolos basais oblongos, apicais elíptico-obovado (f. 7)
Face adaxial com indumento (f. 8)
Leguminsae - Papilionoideae - Dalbergieae - Arachis L. - Seção Erectoides 80 spp (Valls e Simpson 2005).

No Brasil ocorrem cerca de 65 espécies das quais 47 são endêmicas (Valls 2015).


Plantas perenes ou anuais; herbáceas decumbentes ou eretas; ramos glabros ou indumentado. Estípulas 2, adnata ao pecíolo. Folha tri-tetrafoliolada; folíolos lanceolados, lineares, obovados, oblanceolado, ovados, orbiculares, ápice agudo, retuso, mucronado, margem inteira ou ciliada, base assimétrica, face adaxial glabra ou recoberta de indumento, face abaxial glabra ou com indumento, membranácea, pecíolo maior que a raque. Inflorescência axilar, espiciforme, botão ovado ou falcado. Flor séssil, hipanto linear, zigomorfa, monoclina, hipógina, cálice brevi-campanulado, bilabiado, 4-5 lobos; corola papilionácea, unguiculada, amarela, estandarte patente, orbicular, ovado, oblato, alas livres, quilha fundida, androceu monadelfo, anteras heteromorfas; ovário séssil, pauciovulado, estilete longo. Fruto lomento, geocárpico, navicular, oblongo, cristado ou liso, mesocarpo macio. Sementes 2-4 por lomento, testa lisa, mole.


Arachis benthamii Handro. Arq. Bot. Estado São Paulo. 3(4): 179. 1958

Esta espécie está posicionada na seção ERECTOIDES junto com A. martii, A. brevipetiolataA. oteroi,  A. hatschbachiiA. cryptopotamica,  A. majarA. Benthamií,  A. douradiana,  A. gracilis,  A. hermannií,  A. archeri A. stenophylla, A. paraguariensis (Krapovickas & Gregory 1994).

A seção Erectoides se caracteriza por apresentar plantas eretas ou decumbentes, flores densamente agrupadas na base da planta, na base dos ramos, flores que só são frutificando enterrado. Raízes espessas ramificação (Krapovickas & Gregory 1994).

Plantas subarbustiva, perenes; ramos eretos, híspido, cilíndrico e quando seco costados. Estípulas 2, estreitamente-triangulares, parte livre maior que a parte soldada, as vezes maior que o comprimento do pecíolo, indumento rufo.  Filotaxia alterna, dística. Folhas compostas, paripinadas, dois pares de jugas, folíolos basais, hipo-epifilo piloso, oblongos, ápice agudo, base obtusa, margem inteira com tricomas, folíolos apicais, hipo-epifilo piloso, elípticos ou obovadas, ápice arredondado, obtuso, mucronado, base assimétrica, margem inteira; raque curta, pecíolo muitas vezes maior que a parte livre da estípula. Inflorescências axilares, curtas, congestas, espiciformes, reunidas na base do ramo; hipanto bem desenvolvido; cálice bilabiado 1, falcado, livre, 4 unidos com lacínios curtos, viloso, às vezes vermelho; corola 5, unguiculadas, estandarte patente, amarelo, laranja, oblato, ápice retuso; alas e quilhas pequenas, androceu monadelfo, 10; anteras dimórficas, hipanto bem desenvolvido, ovário na base da inflorescência. Frutos lomento, obovados.

Comentário

A. benthamii faz contra-ponto na chave com A. douradiana, no entanto através das diversas observações da coleção viva do Cenargen, percebi que há uma maior proximidade com A. martii que creio ser uma espécie mau delimitada.

Coleção da Embrapa Cenargen

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Referências

-Arachis in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29456>. Accessed on: 14 May 2021

-Bechara, M.D., Moretzsohn, M.C, Palmieri, D.A., Monteiro, J.P., Bacci Jr M.,  Martins Jr. J., Valls, J.F.M,  Lopes, C.R., Gimenes, M.A. 2010. Phylogenetic relationships in genus Arachis based
on ITS and 5.8S rDNA sequences. Plant Biology. 10:255

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Krapovickas, A. & Gregory, W.C. 1994. Taxonomy del genero Arachis (Leguminosae). Bonplandia 8 (1-4): 1-186. 1994.

-Valls, J.F.M. Arachis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

-Valls J.F.M, Simpson, C.E. 2005. New species of Arachis L. (Leguminosae) from Brazil, Paraguay and Bolivia.  Bonplandia (Argentina) 2005, 14:35-64.



Exsicatas


Herbário INCT

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Fabaceae - Arachis pintoi Krapov. & W.C. Greg.

 Flor amarela (f. 1)
 Tetrafoliolada, estípula membranacea, clara (f. 2)
 Subarbusto decumbente (f. 3)
Tricomas persentes na bainha e no pecíolo (f. 4)
Folha tetrafoliolada (f. 5)
Estípula adnata ao pecíolo (f. 6)
Raízes se desenvolvendo (f. 7)
Pecíolo longo (f. 8)
Erva prostrada (f. 9)
Inflorescência espiciforme (f. 10)
Ramos prostrados (f. 11)
Folíolos jovens (f. 12)


Leguminsae - Papilionoideae - Dalbergieae - Arachis L. - Seção Caulorrhyzae Krapovickas; Gregory, 80 spp (Valls e Simpson 2005).

O Brasil ocorrem cerca de 65 espécies das quais 47 são endêmicas ( Valls 2015).

Seção Caulorrhyzae Krapovickas; Gregory

Plantas perenes. Raiz não engrossada. Ramos procumbentes nos nodos das raizes. Caules ocos. Folha tetrafoliolada. Frutos subterrâneos biarticulado pericarpo elevado (Krapovickas e Gregory 1994)
Tipo da seção: Arachis repens Handro

As espécies desta seção são facilmente reconhecidas por apresentar o caules com raízes nos nós.

Esta seção é constituída  por apenas duas espécies A. pintoi e A. repens

Arachis pintoi Krapov. & W.C. Greg., Bonplandia (Corrientes) 8: 81–83, f. 2. 1994.

Planta anual, hábito decumbente; ramos verdes, cilíndricos, ocos, glabra. Estípulas adnatas ao pecíolo, com tricomas glandulares, bulbosos, setas, parte livre 1/3 do tamanho da parte soldada, esta com  estrias paralelas, membranáceas. Folhas compostas, 2 pares de jugas; folíolos basais obovados-oblongos, apicais obovado-elípticos, ápice aredondado, mucronado, base arredondada, margem inteira ou ciliada,  com epifilo glabro, raramente piloso. hipófilo glabro, membranácea. Inflorescência axilar, espiga; botões falcado. Flor monoica; amarela; hipanto viloso longo; sépalas 5, 4 sinsépalas + 1 livre falcado; pétalas 5; estandarte orbicular, alas pequenas, quilhas oculta na flor; androceu 10, anteras heteromórficas, gineceu monocarpelar, ovário 1-3 óvulos, frutos lomento, 3 segmentos geocárpíco.

Planta encontrada em ambientes de alta umidade.

Comentários

 Apintoi é morfologicamente extremamente relacionado a Arepens. Estas distinguem apenas pela primeira espécie apresentar tricomas glandulares de base bulbosa nas estípula e pecíolo foliar ausentes Arepens. Creio que se tratam da mesma espécie, no entanto, há uma resistência em relação a sua sinonimização, pois atualmente, a espécie mais disseminada e conhecida é Apintoi e se for feita a sinonimização o nome válido de acordo com o CINB pelo princípio de prioridade será Arepens Handro.  

Na Paraíba ocorre no Jardim Botânico Benjamim Maranhão em João Pessoa.

Planta muito usada na ornamentação.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - Coleção viva da Embrapa Cenargen - Brasília -DF.

Nome popular: grama amendoim

Epiteto específico: pintoi dado em homengem ao agrônomo  Geraldo C.P. Pinto (Krapov. e Greg. 1994)

Referência

-Krapovickas, A. & Gregory, W.C. 1994. Taxonomy del genero Arachis (Leguminosae). BONPLANDIA 8 (1-4): 1-186. 1994

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Mendonça, S.A., Gadelha Neto, P.C., Perez, A.F., Caetano, A.P.S., & Queiroz, R.T. 2019. A tribo Dalbergieae (Leguminosae - Papilionoideae) em um trecho de Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas, João Pessoa, Estado da Paraíba, Brasil. Hoehnea, 46(2), e622018. Epub August 05, 2019. https://doi.org/10.1590/2236-8906-62/2018


-Valls JFM, Simpson CE: New species of Arachis L. (Leguminosae) from Brazil, Paraguay and Bolivia.  Bonplandia (Argentina) 2005, 14:35-64.

-Valls, J.F.M. Arachis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.  


Exsicatas


Herbário MO