quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Fabaceae - Bowdichia virgilioides Kunth - sucupira -

 Flor com corola papilionácea, pétalas unguiculadas (f. 1)
 Pétalas violeta, livres (f. 2)
 Cálice campanulado, lacínios triangulares (f. 3)
 Flor pedicelada, cálice vinho (f. 4)
 Ovário súpero, estipitado, plano (f. 5)
Estandarte retuso (f. 6)
 Árvore com copa fechada florida  de mata Atlântica (f. 7)
Galhada florida (f. 8)
 Ramos densamente florido (f. 9) 
 Solo coberto de pétalas (f. 10)
  Inflorescência em panícula  de planta de cerrado (f. 11)
Alas oblongo-obovado (f. 12)
Hábito arbóreo no cerrado, copa aberta (f. 13)
 Cálice persistente na sâmara (f. 14)
Sâmara plana, estipitada (f. 15)
 Sâmara seca (f. 16)
Sementes oblongas, planas (f. 17)
 Semente com testa lisa, vermelha, hilo, basal, orbicular (f. 18)
 Estípulas rufas, triangulares, folíolo oblongo, ápice retuso (f. 19)
 Folha com mais de 10 folíolos, subalternos a alternos, face adaxial nítens (brilhosa) (f. 20)
 Folíolos alternos, face abaxial fosca (f. 21)
 Folha 16-foliolada, madura (f. 22)
 Folíolos nítens (f. 23)
 Tronco cilíndrico, formando placas de planta de mata Atlântica  (f. 25)
Com menos luz (f. 25)

Leguminosae, Papilionoideae, Sophoreae, Bowdichia Kunth. 2 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 2 espécies que não são endêmicas (Lima e Cardoso 2015)

Bowdichia Kunth.

Árvore; tronco placoso, cinza, ramos inermes. Filotaxia alterna espiralada. Estípula caduca. Folhas imparipinadas, multifolioladas; folíolos alternos, oblongos, elípticos, ovados. Inflorescência em panícula. Flores pedicelada, subséssil, zigomorfas, monoclinas, hipóginas; cálice tubuloso, lobos 5; corola papilionácea, pétalas unguiculadas, androceu dialistêmone, 10 estames, gineceu simples, pistilo com ovário, estilete e estigma. Fruto sâmara, estipitado ou séssil, com núcleo seminífero central.


Árvore 15m alt.; copa aberta; tronco cilíndrico, cinza, formando placas placas; ramos cilíndricos, rufo-tomentulosos, glabrescentes, inerme. Estípulas laterais, triangulares, rufas, caducas. Folha composta, imparipinada, 10-17-foliolada; folíolos alternos, oblongos, elíptico, ápice rotundo-retuso, borda inteira, base arredondada, discolores, face abaxial cinza com tricoma seríceo, face adaxial glabra viridescente (verde-brilhoso), coriácea, pecíolo menor que a raque. Inflorescência terminal ou axilares, panícula. Botão obovado, oblongo, violáceo, com tricomas. Flor brevi-pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice tubuloso, lobos 5, triangulares, homomórficos, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, lilás, estandarte orbicular, margem crenada, reflexo; alas oblongo-obovadas, crenadas, quilha livre; androceu dialistêmone, estames 10, filetes curtos, anteras brancas, rimosa; ovário estipitado, pluriovulado. Frutos sâmara, plana, oblonga, linear, membranáceo. Semente oblonga, plana, testa liso, avermelhada, hilo basal, orbicular.

Comentário
Bowdichia virgilioides é muito comum no campus I da UFPB, também é bem distribuída em todos os  remanescentes de mata Atlântica encontrados em João Pessoa.
Espécie facilmente reconhecida por apresentar porte arbóreo, tronco cinza formando placas lignosas, ramos inermes, flores lilás com alas bem desenvolvidas, obovado-oblongo e o fruto, sâmara castanho. 
Planta com madeira muito utilizada na confecção de móveis.

nome popular: sucupira

Fotos: Ana Paula Fortuna-Perez, Parque do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil (f. 11-13)

Rubens Teixeira de Queiroz, João Pessoa, Paraíba, Brasil (f. 1-10, 14-25)

Referências

-Bentham, G. 1862. Bowdichia. In: Martius, C.F.P. von; Eichler, A.W. & Urban, I. (eds.). Flora brasiliensis. Lipsae, Munchen. Vol.15. Pp 311–313.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Dionísio, G.P., Barbosa, M.R.V. & Lima H.C. 2010. Leguminosas arbóreas em remanescentes florestais localizados no extremo norte da Mata Atlântica. Rev. nordest. biol. 19:15-24.

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Ducke, W.A. 1949. Notas sobre a Flora Neotropica–II: As Leguminosas da Amazonia Brasileira (ed. 2). Bol. Tecn. Inst. Agron. N. 18: 1–248.

-Cardoso, D.B.O.S.; Maia, T.A.; Lima, H.C. 2020. Bowdichia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29489>. Accessed on: 09 May 2021

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005. Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

- Lima, H.C. de; Cardoso, D.B.O.S. Bowdichia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 19 Nov. 2015

-Yakovlev, G.P.1972. De tribu Sophoreae Spreng. Fabacearum notulae systematicae, 1. Bolusanthus Harms, Diplotropis Benth., Trychocyamos Yakovlev et Bowdichia Kunth. Novosti Sist. Vyssh. Rast. 9: 197-203.
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Herbários K, MO e P



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Fabaceae - Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr. - pau jacaré -

Inflorescência axilares, espiciformes longos (f. 1)
Flores amarelas, estames com filetes brancos (f. 2)
Ramo estriado, costado, inflorescência axilar, nectário elíptico, séssil (f. 3)
Folha composta, bilinada, multijuga (f. 4)
Raque caniculada, peciólulo entumescido, nectário orbicular (f. 5)
Caule costado, estrias angulares, pecíolo curto, tomentuloso, glândula elíptica, séssil, plana (f. 6)
Foliólulos oblongos (f. 7)
Espiga com botões oblongos (f. 8)
Raque com diversas nectários (f. 9)
Pedúnculo curto, tomentuloso (f. 10)
Ramo estriado, armado, lenticelado (f. 11)
Ramo densamento florido (f. 12)
Caule cilíndrico, alado (f. 13)
Caule esverdeado, alado (f. 14)
 Ramo com fruto (f. 15)
Fruto séssil, oblongo, valvas glabras (f. 16)

Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae, Piptadenia Bentham, 24 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 21 espécies das quais 14 são endêmicas (Morim 2015).

 Piptadenia Benth.

Árvore; ramo com acúleo presente. Estípula lateral, basifixa. Folha alterna, espiralada, bipinada. Nectário extrafloral presente. Inflorescência lateral, espiga. Flor séssil, bractéola ausente, hipanto ausente, actinomorfa, monoclina, hipógina, diplostêmone, cálice gamossépalo, corola gamopétala, androceu dialistêmone, homomorfo, antera rimosa; fruto legume típico, valva coriácea.

Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr.

Arvoreta de cerca de  4 metros. Caule base alada, pouco ramificado, armado e estriado. Folhas compostas, bipinadas. Nectário na base do pecíolo. Inflorescência em espiga. Flores com amarelas. Frutos legumes.

Nome popular: Pau-jacaré

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Lago Paranoá, W3Norte, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Fascículos Embrapa

Referências

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005. Legumes of the World, Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Morim, M.P. Piptadenia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 01 Jun. 2015

-Moura, M.N., Terra, V., & Garcia, F.C.P. 2017. Piptadenia (Leguminosae, Mimosoideae) in the state of Minas Gerais, Brazil. Rodriguésia, 68(1), 209-222. https://doi.org/10.1590/2175-7860201768126

-Ribeiro, P.G.; Queiroz, L.P. 2020. Piptadenia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB618368>. Acesso em: 30 Apr. 2021

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Herbário

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Fabaceae - Mimosa pigra L.


Inflorescência glomérulo, estames rosa (f. 1)
Folha composta, bipinada, 7 pares de folíolos (f. 2)
Folhas compostas (f. 3)
Replo dos frutos dispersados (f. 4)
Craspédios oblongos (f. 5)
Craspédios densamento coberto por indumento seríceo (f. 6)
Indumento seríceo rufo (f. 7)
Segmentos de frutos oblongos (f. 8)
Frutos maduros, seco (f. 9)
Inflorescência axilar, fasciculada em botão (f. 10)
Brácteas  lanceoladas (f. 11)
Raque longa com acúleos na parte superior (f. 12)
Fascículo de inflorescências (f. 13)
Glomérulo rosa (f. 14)
Ramo cilíndrico, indumento híspido (f. 15)
Acúleos na raque, indumento híspido (f. 16)

Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae,  Mimosa L., sect. Habbasia De Candolle ser. Habbasia. (Barneby 1991), 490 - 510 espécies (Lewis et al. 2005)

 No Brasil ocorrem 358 espécies das quais 265 são endêmicas (Dutra e Morim 2015)

Mimosa L.

Erva, arbusto, árvore ou trepadeira, armadas ou inermes. Estípula caduca ou persistente. Folhas alternas, bipinadas. Inflorescência axilar, espiga ou glomérulo. Flores sésseis, hipóginas, actinomorfas, tubulosas; cálice gamossépalo; corola gamopétalas, androceu dialistêmone, diplo ou isostêmones, estames com filetes vistosos; gineceu 1 pistilo. Fruto tipo craspédio.



Planta arbustiva, escandente; ramo cilíndrico, tomentoso, cetoso, cinéreo, armado, acúleo reto. Estípulas 2, ovada. Filotaxia, alterna, espiralada. Folha bipinada, 9-14-folíolada, oblongo, foliólulos oblongo-linear, ápice agudo, margem inteira, base assimétrico, face adaxial glabra, face abaxial serícea, membranáceo; pecíolo curto, ½ do comprimento da raque, raque armada. Inflorescência axilar ou terminal, verticilo de glomérulos; pedúnculo arqueado, ebracteado. Flor séssil, monoica; cálice breve-tubuloso, corola simpétala, 4-lobado, rosa; androceu dialistêmone, estame 8, filete rosa, antera amarela; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pluriovulado. Fruto craspédio, linear, plano, 10-12 segmentos de fruto, indumento adnato.

Comentário 
Está espécie apresenta como caracteres diagnósticos o indumento tomentoso, cetoso, cinéreo, folha com raque armada, acúleo reto.
Encontra-se sempre em ambiente palustre na borda de lagos ou rios.
Na Paraíba foi coletada no Rio Jaguaribe em João Pessoa.


Nome popular: Calumbi d'água, giquiri, jiquiri, juqui, juquiri, malissa grande (Silva et al. 2004)

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Lago Paranoá, Brasília, Distrito Federal, Brasil.



Referências


-Barneby, R.C. 1991. Sensitivae censitae: a description of the genus Mimosa Linnaeus (Mimosaceae) in the New World. Memoirs of the New York Botanical Garden 65:1-835.    

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Dutra, V.F.; Morim, M.P. Mimosa in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 09 Mai. 2015

-Dutra, V.F.; Morales, M.; Jordão, L.S.B.; Borges, L.M.; Silveira, F.S.; Simon, M.F.; Santos-Silva, J.; Nascimento, J.G.A.; Ribas, O.D.S. 2020. Mimosa in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18874>. Accessed on: 26 Apr. 2021

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Matos, S.S., Melo, A.L.; & Santos-Silva, J. 2019. Clado Mimosoide (Leguminosae-Caesalpinioideae) no Parque Estadual Mata da Pimenteira, Semiárido de Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 70, e01902017. Epub March 18, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970007

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Rodrigues E.M.; Queiroz, R.T.; Silva, L.; Monteiro, F.K.S.; Melo, J.I.M. 2020. Fabaceae em um afloramento rochoso no Semiárido brasileiro. Rodriguésia [Internet]. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071025.

-Silva, J.S. and Sales, M.F. 2008. O gênero Mimosa (Leguminosae-Mimosoideae) na microrregião do Vale do Ipanema, Pernambuco. Rodriguésia [online]. vol.59, n.3 [cited 2021-04-26], pp.435-448.


-Silva, M.F.de, Souza, L.A.G de, Carreira, L.M.deM. 2004. Nomes populares das Leguminosas do Brasil. Edua. Manaus. 

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Herbários  K e P

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Raridades da restinga

Fabaceae - Centrosema plumieri (Turpin ex Pers.) Benth.

Estandarte branco com parte central vinho (f. 1)
Flor papilionácea (f. 2)
Bractéola orbicular (f. 3)
 Ovário linear, estilete longo curvado (f. 4)
 Estipelas estreitamente-triangular (f. 5)
Cálice membranáceo (f. 6)
 Ramo angulado (f. 7)
 Botões e caule angulado (f. 8) 
Botão recoberto pelas bractéolas (f. 9)
Botão jovem  com lacínios definidos (f. 10)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Centrosema (DC.) Benth. 36 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 30 espécies das quais 9 são endêmicas (Souza 2015).


Centrosema (DC.) Benth.

Trepadeira volúvel; ramos cilíndricos ou angulados, rígidos, glabrescentes ou seríceos; inermes. Estípulas lateral, basifixa, lanceoladas, pequenas, nervuras paralelas, persistentes. Folhas uni (C. sagitattum)-tri-pentafolioladas (C. rotundifolia); folíolos elípticos, lanceolados, lineares, sagitado, deltoide, ápice obtuso-mucronado, margem inteira, base arredondada, cordada, truncada, face adaxial glabra, face abaxial incana, membranácea, pecíolo alado ou não, maior que o comprimento da raque quando se está presente. Inflorescência axilar, racemo, poucas flores, pedúnculo presente. Botões protegidos por bractéolas com nervação paralela, ovados; pedicelo longo. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice campanulado, bilabiado, 5 lacínios, curtos; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, lilás, branca, vermelha, vinho; estandarte ressupinado, calcarado, alas fortemente aderidas a quilha; quilhas conadas; androceu diadelfo, tubo alvo, anteras homomórficas, dorsefixa, rimosas; gineceu unicarpelar, ovário séssil, pluriovulados, plano, glabro, nectário circular na base, estilete maior que o ovário, estigmas plano-côncavos. Fruto legume típico, séssil, linear, ápice longo, valvas com margem lignosas. Sementes quadradas-oblongas, elípticas, marmoradas, escuras, hilo central, elíptico.

Centrosema plumieri (Turpin ex Pers.) Benth., Commentationes de Leguminosarum Generibus 54. 1837.
Basiônimo:  Clitoria plumieri Turpin ex Pers.

Trepadeira; ramos angulados, as vezes alados, glabrescentes, inermes. Folhas compostas, trifoliolada, pecíolo longo, 2 vezes o comprimento do folíolo terminal; folíolos basais oblongo-ovados, ápice cuspidado, margem inteira, base truncada, folíolo terminal ovado, ápice levemente cuspidado, margem inteira, base obtusa, nervuras expressa na face abaxial, indumento seríceo na face abaxial e esparso-seríceo na face adaxial, membranáceo, raque curta, estipela estreitamente-triangulares. Inflorescência axilar, racemo. Pedúnculo > 5 cm compr.; Botão oblongo, bractéolas oblongas-elípticas, estrias paralelas, glabras, viridescentes (f. 9). Flores grandes, subsessíl, monoicas, papilionácea; hipanto curto; cálice campanulado, lacínios 5, praticamente indistintos, bilabiado; corola 5, pétalas unguiculadas, estandarte orbicular, ápice retuso, calcarado, branco com centro vináceo; alas juntas a carena; carenas conadas; androceu diadelfo, estames 10; tubo branco, anteras amarelas; ovário séssil, pluriovulado, linear, plano, valvas definidas, estilete longo, curvo, estigma puntiforme.  Frutos legumes, plurisseminado, linear, valvas com duas estrias lignosas marcadas em cada uma delas, glabro, planos, estilete persistente. Semente orbicular-quadrada, planas, monocromadas, hilo central.


Esta espécie é facilmente reconhecida pelo caule costado, as vezes levemente alado, botões glabros, oblongo-elípticos, flores grandes com corola branca e frutos glabros. Folíolos semelhantes a C. macranthum Hoehne, no entanto as pétalas tem tonalidade distinta e esta não apresenta caule costado

Espécie coletada na Mata do Buraquinho - João Pessoa - Paraíba - BR.

fotos: Cláudio Nicoletti (f. 1-3) e Rubens Teixeira de Queiroz (f. 4-9) Capela, Sergipe - BR

Referências


-Barbosa, V.P. 1977. Centrosema (A.P. de Candolle) Bentham do Brasil - Leguminosae - Faboideae. Rodriguesia. 29: 42. 159-219. 

-Barreto, K.L.; Queiroz, L.P. 2020. Centrosema in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18264>. Accessed on: 28 Apr. 2021


-Costa, R.K.A.; Queiroz, R.T. 2019. A tribo Phaseoleae (Leguminosae, Papilionoideae) na mata do  Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de S
antana. 467p.

-Souza, V.C. Centrosema in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 12 Mar. 2015

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