quarta-feira, 20 de junho de 2012

Fabaceae - Macroptilium bracteatum (Nees & C. Mart.) Maréchal & Baudet


Inflorescência axilar, longipedunculada, racemo, flor subséssil, alas orbiculares, purpuras, botão clavado, brácteas lineares (f. 1)
Pedúnculo cilíndrico, linear, flor subséssil, cálice tubuloso, brevelaciniado, pétalas unguiculadas, brácteas lineares-lanceoladas (f. 2)
Brácteas lanceoladas na base do pedúnculo, ramo cilíndrico, pecíolo breve (f. 3)
Inflorescência pauciflora (f. 4)
Folha trifoliolada, Folíolo hastado, membranáceo, viloso (f. 5)
Alas orbiculares (f. 6)
Planta trepadeira (f. 7)
Trepadeira longipedunculada (f. 8)
Ramo cilíndrico (f. 9)
Frutos lineares, imaturos, verdes (f. 10)
Legumes (f. 11)
Sementes (f. 12)
Legume linear (f. 12)
Brácteas (f. 13)
Folíolo (f. 14)
Flor assimétrica (f. 15)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Macroptilium (Benth.) Urb. 1928. 17 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 11 espécies das quais uma é endêmica (Moura 2015).

Macroptilium (Benth.) Urb. 

Erva ereta ou trepadeira; ramos volúveis, glabra ou com indumento, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas trifolioladas; folíolos ovados, elípticos, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e adaxial glabra ou indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, pseudorracemo; brácteas presentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, assimétrica, monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, atropurpúrea, vermelha, vinho, alva, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado. Fruto linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Sementes reniformes, testa lisa, marmorada, hilo central.


Basiônimo: Phaseolus bracteatus Nees & Mart., Novorum Actorum Academiae Caesareae Leopoldinae-Carolinae Naturae Curiosorum 12: 27. 1824.

Planta anual, trepadeira; ramo cilíndrico, tomentoso, inerme. Estípula 2, triangular-lanceolada, persistente. Filotaxia alterna, espiralada. Folha imparipinada, trifoliolada, folíolo basal sublobado, apical hastado, ápice mucronado, margem inteira, base assimétrica, obtusa; face abaxial e abaxial tomentoso, membranáceo, estipela 2 por folíolo; pecíolo maior que o comprimento do folíolo, raque    4 vezes menor que o pecíolo. Inflorescência axilar, racemo; brácteas ovadas na base; longipedunculada, paucijuga, bráctea linear. Flor subséssil, monoclina, assimétrica; cálice tubuloso, lacínio 5, triangulares; corola papilionácea, pétala unguiculada, atropurpúreas; estandarte orbicular, patente; alas orbiculares maiores que as demais pétalas, quilha adnata, cocleada; androceu diadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, amarelas, rimosas; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário súpero, nectário na base, pluriovulado, filete longo, colceado. Fruto legume típico, linear, cilíndrico, valvas membranáceas.
Comentário
Essa espécie apresenta como caracteres diagnóstico as folhas com folíolos hastados, brácteas lineares, ovado, lanceolada, na base e na inflorescência.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul; Crato, Ceará, Brasil

Referências

-Brako, L. & J. L. Zarucchi. (eds.) 1993. Catalogue of the flowering plants and gymnosperms of Peru. Monogr. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard. 45: i–xl, 1–1286.

-Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.
 
-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Moura, T.M. Macroptilium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 14 Mai. 2015


Exsicatas

K, MOP


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Fabaceae - Senna alexandrina Mill.

Subarbusto, ramo difuso na base, folha paripinada, inflorescência terminal, frutos planos (f. 1)
Folha paripinada, folíolos elípticos-lanceolados, racemo terminal, flores com pétalas unguiculadas, legume plano (f. 2)
Racemo terminal, legume plano, verde (f. 3)
Racemo com flores breve-pediceladas, diclinas, zigomorfas, anteras castanho (f. 4)
Folha paripinada, folíolo elíptico-lanceolado (f. 5)

Subarbusto (f. 6)
 Racemo (f. 7)
 Flor com pedicelo articulado, sépalas heteromorfas (f. 8)
Flor assimétrica (f. 9)

Legume jovem (f. 10)

 Folha paripinadas 8-14-folioladas (f. 11)
 Legume plano, oblongo, estipitado (f. 12)
Sementes oblongas, testa castanha (f 13)
Sementes coletadas (f. 14)
Planta jovem (f. 15)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Cassineae, Senna - Sec. Senna, Ser. Senna. p. 475 (Irwin; Barneby 1982).

Senna Mill. Gard. Dict. Abr. (ed. 4) vol. 3. 1754.

Erva, arbusto, árvore; ramos glabros, indumentados, inermes. Estípulas caduca, persistente, basifixa. Filotaxia alterna espiralada. Folha paripinadas, peciolada; nectário ausente, presente; estipitado, séssil, posição do nectário estípula, raque, pecíolo, raque maior ou menor que o pecíolo, folíolo com margem inteira, cartáceo, nervação, broquidódromo. Inflorescência racemo, panícula, axilar, terminal. Flor pedicelada, pentâmera, monoclina, hipógina, zigomorfa, assimétrica; cálice, dialisépalo, homo-heteromorfo, corola, dialipétala, pétalas unguiculadas, amarela; androceu heteromorfo, estames dialistêmones, anteras poricidas; ovário súpero, estipitado, séssil, pluriovulada, maior ou menor que o estilete. Fruto legume típico, bacóide, oblongo, linear, cilíndrico, plano, séssil, estipitado. Semente testa dura, hilo basal.

Planta arbustiva. Ramos glabros cinéreos. Folhas compostas, folíolos oblongos com ápice agudo. Inflorescência em racemo.


Determinador: Josimar Pereira

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz

Referências

-Bortoluzzi, R.L.C.; Lima, A.G.; Souza, V.C.; Rosignoli-Oliveira, L.G.; Conceição, A.S. 2020. Senna in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB23149>. Accessed on: 30 Apr. 2021

-Irwin, H. S. and Barneby, R. C., 1982, The American Cassiinae ¾ A synoptical revision of leguminosae subtribe in the New world. Memories of the New York BotanicalGarden, 35(1-2): 1-918.

-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Santos, T.T. dos; Oliveira, A.C.S.; Queiroz, R.T de and Silva, J.S. 2020. O gênero Senna (Leguminosae-Caesalpinioideae) no município de Caetité, Bahia, Brasil. Rodriguésia [online]. 2020, vol.71 [cited 2021-04-25], e01222018. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071002.

-Souto F.S., Quaresma A.A., Queiroz R.T. & Pereira M.S. 2019. Estudo taxonômico da Tribo Cassieae (Leguminosae – Caesalpinioideae) no Parque Ecológico Engenheiro Ávidos, Cajazeiras-PB. Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza, 3(1) - in press.

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Senna in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro 


Exsicatas


Herbário P

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Fabaceae - Crotalaria paulina Schrank

Subarbusto erecto (fig. 1)
Planta densamente ramificada (fig. 2)
Planta glabra (fig. 3)
Estípulas adnata ao caule (fig. 4)
Racemo longo (fig. 5)
Flores pediceladas (fig. 6)
Ramos glabros (fig. 7)
Folha unifoliolada (fig. 8)
Brácteas vistosas (fig. 9)
Folha defeituosa (fig. 10)
Cálice bilabiado, lanceolado (fig. 11)
Flores pediceladas com brácteas lanceoladas (fig. 12)
Racemo (fig. 13)
Folha simples, elíptica, glabra, mucronada, broquidódroma (fig. 14)
Flores laxas (fig. 15)
Botões falcados (fig. 16)
Cálice com tubo 10 vezes menor que os lobos (fig. 17)
Corola papilionácea (fig. 18)
Alas livres (fig. 19)

Leguminosae, Papilionoideae, Crotalarieae, Crotalaria L.,  sec. Calycinae, 690 espécies  (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 42 espécies das quais 19 são endêmicas (Flores 2020).


Subarbusto ereto ou decumbente; ramos glabros ou indumentados, inerme. Filotaxia alterna, espiralada. Estípulas 2, laterais, livres ou adnato ao ramo, caduca ou persistente. Folha simples ou palmada, uni ou trifolioladas, peciolada ou séssil, glabra ou indumentada. Inflorescência axilar ou terminal, racemo. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice campanulado, bilabiado, lobos 5, verde; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, amarelas ou laranjas, estandarte com estrias ou guia de néctar, alas livres, quilhas adnatas; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras heteromorfas, 5 orbiculares, 5 oblongas, rimosas; ovário estipitado ou séssil, pluriovulados, glabro ou piloso. Legume oblongo a linear, cilíndrico, inflado. Sementes reniformes, lisas, castanho.

Crotalaria se carateriza por apresentarem plantas não glandulosa. Ovário não comprimido. estilete gemiculado, barbado ou pubescente na face interna. Legume inflado ou turgido  (Barroso 1991).

Crotalaria paulina Schrank, Plantae Rariores Horti Academici Monacensis pl. 88. 1822.

Subarbusto com até 1,5 metro. Haste verde acinzentado. Unifoliolada. Esta bem desenvolvida. Racemo terminal. flores verticiladas. Flores amarelas.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Cenargem, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Determinadora: Andréia Silva Flores


Referências

Referências

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.
-Bentham, G. 1859. Leguminosae. Papilionaceae. In: Martius, C.F.P.; Endlicher, A.C. & Urban, J. (eds.). Flora Brasiliensis 15(1): 17-32.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Fillietaz, A. M. 2002. Estudos taxonômicos de espécies de Crotalaria sect. Calycinae  Wight & Arn. (Leguminosae-Papilionoideae Crotalarieae) no Brasil. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas.Campinas.

-Flores, A.S. 2004. Taxonomia, números cromossômicos e química de espécies de Crotalaria L. (Leguminosae-Papilionoideae) no Brasil. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) - Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004.

-Flores, A.S. Crotalaria in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB22902>. Accessed on: 17 Oct. 2022

-Flores, A.S. 2020. Crotalaria in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82989>. Accessed on: 07 May 2021

-Flores, A.S. 2015. Crotalaria in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

-Flores, A.S. & Miotto, S.T.S. 2001. O gênero Crotalaria L. (Leguminosae-Papilionoideae) na Região Sul do Brasil. Iheringia, série Botânica 55: 189-247.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Rodrigues, I.M.C., & Garcia, F.C.P. 2008. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata do Paraíso, Viçosa, Minas Gerais, Brasil: ervas, subarbustos e trepadeiras. Hoehnea, 35(4), 519-536. https://doi.org/10.1590/S2236-89062008000400004


Exsicatas

M, P