terça-feira, 27 de março de 2012

Fabaceae - Hymenaea courbaril L. - jatobá -

Flor heteroclamídea, dialisépala e dialipétala, sépalas oblongas, pétalas brancas (f. 1)
Botão clavado, prefloração imbricada, indumento rufo (f. 2)
Sépalas castanhas, pétalas alvas (f. 3)
Anteras elípticas, filetes longos, estilete longo, alvo, estigma globoide (f. 4)
Filotaxia alterna, folhas bipinadas, glabras, lanceoladas, coriácea (f. 5)
Ovário plano, estilete longo, estigma globoide (f. 6)
Hipanto evidente (f. 7)
Fruto subestipitado (f. 8)
Epicarpo glabro, viridescente (f. 9)
Fruto câmara (f. 9)
Visão do epicarpo glabro (f. 10)
Filotaxia alterna, dística, folíolos oblongo falcado, viridescente (f. 11)
Tronco cilíndrico (f. 12)
Estrias localizadas (f. 13)
Copa aberta (f. 14)
Planta arbórea 8 m (f. 15)

Leguminosae, Detarioideae, Tribo Detarieae, Hymenaea L. 18 espécies. (Flora do Brasil 2020).

No Brasil ocorrem 18 espécies das quais 12 são nativas (Pinto et al. 2020).

 

Árvore ou arvoreta; tronco cilíndrico, liso, copa assimétrica, ramos tomentulosos ou glabros, inermes. Estípulas basifixas, lineares, caducas. Filotaxia alterna-dística. Folha bifolioladas; folíolos assimétricos, oblongos, ápice obtuso, arredondado, agudo, margem inteira, base assimétrica, face adaxial glabra, face abaxial tomentulosa ou glabra, glândulas pelúcidas presentes. Inflorescência terminal, racemo ou panícula; brácteas ausentes. Flores pediceladas, actinomorfas, tetrâmeras ou pentâmeras, monoclinas, hipóginas, hipanto presente, cálice dialissépalo, 4-5-sépalas; corola dialipétala, pétalas unguiculadas, alvas, androceu diplostêmone, dialistêmone, estames 8-10 estames, filetes longos, anteras elípticas e rimosas; gineceu simples, ovário estipitado, pluriovulados, filete longo, estigma globóide. Fruto tipo câmara, oblongo, valvas lignosas, epicarpo papilado, mesocarpo farináceo. Sementes esféricas ou achatadas, testa dura, castanha, lisa, hilo basal.


Hymenaea courbaril L., Species Plantarum 2: 1192. 1753.

Planta arbórea, cerca 10 m altura; tronco cilíndrico, liso, cinza; copa bem desenvolvida, difusa; ramo cilíndrico, glabrescente, inerme. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, bifoliolada, folíolo oblongo, falcado, ápice mucronado, margem inteira, base assimétrica, glabro em ambas faces, coriácea, pecíolo menor que o comprimento do folíolo. Inflorescência terminal, panícula, pauciflora; botão clavado. Flor grande, andrógina; hipanto obovado; cálice dialissépalo, sépala 5, ovada, castanha, côncavo, indumento castanho; corola dialipétala, pétala 5, unguiculada orbicular, côncava, alva; androceu 10, livre, estame exceto, filete longo, antera elíptica, rimosa; gineceu monocarpelar, ovário súpero, pluriovulado, plano, oblongo, estilete longo, maior que os filetes, estigma globóide. Fruto câmara, indeiscente, oblongo, epicarpo liso, muricado, mesocarpo duro, com endocarpo farináceo. Semente obovada, hilo basal, testa lisa, castanha, dura.

Comentário
Esta espécie é facilmente reconhecida pelo fruto com epicarpo liso, lúcido, muricado.


Nome popular: Jatobá

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, (f. 1-5), São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, (f. 6-15) Praça da Paz, Unicamp, Barão Geraldo, Campinas, São Paulo, Brasil.



Referências

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Costa, W.S. et al. 2011. Hymenaea coubaril L. Espécies Nativas da Mata Atlântica | Nº 2, 2011

-Estrella, M., Forest, F., Klitgård, B. et al. A new phylogeny-based tribal classification of subfamily Detarioideae, an early branching clade of florally diverse tropical arborescent legumes. Sci Rep 8, 6884 (2018). https://doi.org/10.1038/s41598-018-24687-3
 
-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, H.C. de; Pinto, R.B. Hymenaea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 24 Mar. 2015

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Nascimento, J.B.S., A.L.S. Sales, e E.B. Souza. 2020. “Potencial de uso de leguminosas emuma área de mata atlântica na APA da bica do Ipu, Ceará.” Em Agricultura e desenvolvimento tecnológico no semiárido Publisher: Proex uva, por UVA, 215-230. Sobral: Proex-UVA. 

-Pinto, R.B.; Tozzi, A.M.G.A.; Mansano, V.F. 2020. Hymenaea in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB106417>. Acesso em: 30 Apr. 2021

-Pinto, M. J. d. Silva, A.M.G. Azevedo Tozzi & V. F. Mansano. 2020. A neglected new species of Hymenaea (Leguminosae, Detarioideae) from the Brazilian Amazon. Syst. Bot. 45(1): 85–90.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de S
antana. 467p.


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segunda-feira, 26 de março de 2012

Fabaceae - Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. "cumaru"

Planta na caatinga
Legume (f. 1)
Árvores jovens no verão (f. 2)
Árvore copa aberta (f. 3)
Caule tipo tronco esfoliante (f. 4)
Planta caducifolia (f. 5)
Legume com semente alada (f. 6)
Panícula (f. 7)
Flor com androceu dialistêmone (estames livres), ovário vermelho (f. 8)
Botões clavados (f. 9)
folíolos oblongos (f. 10)
Plantas em ambiente de Mata Atlântica
copa pequena (f. 11)
Caules esfoleante (f. 12)
Panícula (f. 13)
Panícula (f. 14)
 Filotaxia alterna, dística, folha imparipinada, folíolos alternos, oval-elíptico (f. 15)

Detalhe da raiz com ritidoma esfoleante (f. 16)
 Valva da pseudosâmara (f. 17)
Semente alada, membrana alva (f. 18)

Leguminosae, Papilionoideae, Sophoreae, Amburana Schwacke; Taub. 3 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil são encontradas 2 espécies A. cearensis e A. acreana (Lima 2015)


Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm., Tropical Woods 62: 30. 1940.

Basionimo: Torresea cearensis Allemão

Árvore até 15 metros de altura; caule liso, esfoliante, casca vinho; copa grande, ramificada; ramos glabros, com lenticelas. Folhas compostas, imparipinadas; folíolos 7-13, alternos, lanceolado-ovados, folíolo apical elíptico, ápice obtuso, retuso, margem inteira, base arredondada. Inflorescências axilares, panículas. Florescendo com ou sem flores, botões clavados; flores monoicas, brancas, aromáticas; hipanto longo, cilíndrico, pubescente; cálice sinsépalo, rufo, tubo evidente, lobos 5, inconspícuos; pétala 1, vexilo, orbicular, ápice retuso, rosa, com estrias mais escuras, unguiculada; estames 10, com tamanhos desiguais, livres, alguns com filetes sigmoides próximo a antera, anteras rimosas; gineceu unicarpelar, ovário curvado, vermelho, estilete branco. Fruto legume, semente alada, ala membranácea. Semente sâmara, elipsoide, abaulada, negras, hilo basal.


Na Paraíba é encontrada em todo o Cariri, com registros para Cabaceiras, Camalaú, Souza, Pombal.

Nome popular: Cumarú, amburana de cheiro

Planta comum na caatinga, podendo ser encontrada nas matas secas.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - Fazenda Salambaia, Cabaceiras, Paraíba - BR. Moradia, Barão Geraldo, Campinas - São Paulo 


Referência

-Agra, M.F.; Queiroz, R.T.; Baracho, G. 2019. Amburana ceaerensis. in Espécies Nativas da Flora Brasileirade Valor Econômico Atual ou Potencial Plantas para o Futuro: Região Nordeste


-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.


-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar,
 nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.

-CNCFlora. Amburana cearensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Amburana cearensis>. Acesso em 22 abril 2021.

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lima, H.C. de. 2015. Amburana in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Macbride, J. F. 1943. Leguminosae. Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 13(3/1): 3–507.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de S
antana. 467p.
-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Rodrigues E.M.; Queiroz, R.T.; Silva, L.; Monteiro, F.K.S.; Melo, J.I.M.. Fabaceae em um afloramento rochoso no Semiárido brasileiro. Rodriguésia [Internet]. 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071025.

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#cumaru #amburana #Fabaceae #Leguminosae



domingo, 25 de março de 2012

Fabaceae - Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. - flamboiant -

 
Flores com pétalas unguiculadas (F. 1)
Folhas compostas bipinadas (f. 2)
Inflorescência racemo (f. 3)
 Botão obovado, glabro, amarelo (f. 4)
 Corte no botão (f. 5)
 Pétalas jovens em pré-antese (f. 6)
 Brácteas cordadas (f. 7)
 Estípula foliácea (f. 8)
Pétalas unguiculadas, o estandarte apresenta coloração branca com guias de néctar (f. 9)  
 Filetes falcados (f. 10)
 Cálice reflexo (f. 11)
 Estandarte com guia de néctar (f. 12) 
Filetes vermelhos (f. 13)
 Anteras dorsifixas (f. 14)
 Filetes com indumento na base (f. 15)
 Estames jovens (f. 16)
 Anteras rimosas, polém amarelo (f. 17)
 Orifício de acesso ao nectário floral (f. 18)
 Hipanto curto, ovário séssil, oblongo, amarelo, estilete longo (f. 19)
Flor dissecada, ovário súpero (f. 20)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Caesalpinieae, Delonix Raf. 11 espécies. (Lewis 2005).

No Brasil ocorre apenas uma espécie (Lewis 2015).

Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf., Flora Telluriana 2: 92. 1836[1837].

Basiônimo: Poinciana regia Bojer ex Hook.

Árvore com cerca de 7 m de altura; tronco rufo, áspero, raízes superficiais evidentes; copa muito aberta; ramos longos, cilíndricos, glabros, inermes. Estípulas foliáceas, caducas. Folha grande, composta, bipinadas; peciolada, folíolos numerosos; foliólulos oblongos, ápice arredondado, margem inteira, base assimétrica-truncada, face adaxial e abaxial glabra, membranáceo.  Inflorescência axilar, racemos laxos; Brácteas ovadas. Botão obovoide, glabros, amarelos. Flor grande, longo estipitada, monoica; hipanto curto; cálice dialisépalo, sépalas 5, oblongos, crassas, ápice agudo, bicolor; corola 5, pétalas longo-unguiculadas, vermelhas ou cremes, obovadas, estandarte variegado de amarelo, com guia de néctar vermelho; androceu 10, estame com filete longo, indumento na base, vermelho, antera dorsefixa, rimosa, polém amarelo; gineceu 1, ovário séssil, oblongo, seríceo, estilete longo, estigma puntiforme, ciliado, com nectário na base. Frutos câmara, indeiscente, plano, áspero, valvas lenhosas. Sementes oblongas, marmoradas, testa dura, lisa, hilo central.

Espécie facilmente reconhecida por suas folhas compostas grandes, estípula foliácea e flores grandes com longamente unguiculadas.

Planta exótica, usada na ornamentação, plantadas nas praças e nas ruas.

Ocorre em perímetros urbanos na Paraíba.

Referência


-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Du Puy, D.J.; Phillipson, P.B.; Rabevohitra, R. 1995. The genus Delonix (Leguminosae: Caesalpinoideae: Caesalpinieae) in Madagascar. Kew Bulletin 50 (3): 445-475.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G.P. Delonix in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 14 Abr. 2015

-Lewis G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lorenzi, H., H.M. Souza, e M.A.V. Bacher, L.B. Torres. 2003. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa: Plantarum.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Standley, P. C. & J. A. Steyermark. 1946. Leguminosae. Flora of Guatemala. Fieldiana, Bot. 24(5): 1–368. página 135.

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sábado, 24 de março de 2012

Fabaceae - Nissolia vincentina (Ker Gawl.) T. M. Moura & Fort.-Perez

Estandarte reflexo, com estrias vistosas, ápice retuso, alas oblongas (f. 1)  
Vista frontal, ramos seríceos, cilíndricos (f. 2)
Racemo congesto, botão obovado (f. 3)
 Vista do ramo (f. 4)
 Folha 5-foliolada, folíolos ovados (f. 4)
 Ramos seríceo, com tricomas glandulares, estípulas lanceolada, ciliada (f. 5)
 Cálice bilabiado, com tricomas glandulares, alas com tricomas vilosos (f. 6)
 Flor pedicelada (f. 7)
 Androceu monadelfo (f. 8)
Quilha oboval (f. 9)
 Brácteas estreitamente-triangulares, cálice com glândulas (f. 10)

Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Nissolia Jacq. (Moura et al. 2018).

Sinônimo: Chaetocalyx

Trepadeira ou liana, volúveis, ramo cilíndrico, inerme, tricoma glandular as vezes presentes. Estípula basifixa, com tricoma glandular. Filotaxia alterna, espiralada. Folha imparipinada, 5-foliolada, folíolos opostos, ovado, elíptico, ápice mucronado, margem inteira, base obtusa, face abaxial glabra, face adaxial pilosa, membranácea, raque maior que o pecíolo. Flores reunidas em fascículo; bráctea presente, lanceolada. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, diclamídea, heteroclamídea, pentâmera, hipógina; cálice tubuloso, tricoma glandular presente, lacínios 5; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, amarelas, estandarte obovado, alas livres, quilha adnata; androceu monadelfo, estames 10, anteras rimosas, gineceu simples, ovário séssil, linear, estigma maior que o comprimento do ovário. Fruto tipo lomento, linear, cilíndrico, estriado ou não. Sementes reniformes.

Nissolia vincentina (Ker Gawl.) T. M. Moura & Fort.-Perez, A New Circumscription of Nissolia (LeguminosaePapilionoideae-Dalbergieae), with Chaetocalyx as a New Generic Synonym. Novon: A Journal for Botanical Nomenclature, 26(2):193-213.

 Sinônimo: Chaetocalyx scandens var. pubescens (DC.) Rudd, Contributionsfrom the United States National Herbarium 32(3): 236. 1958.

Trepadeira, perene, base lignosa; ramos cilíndricos, seríceo e tricomas glandulares esparsos, inerme. Estípula, caduca, lanceolada. Folha composta, imparipinada, pecíolo, com comprimento maior que o comprimento da raque; folíolos 5, ovado-obovados, ápice arredondado, retuso-mucronado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial glabra, face abaxial serícea, membranáceo. Brácteas estreitamente-triangulares.  Inflorescência axilar, racemo congesto. Botão obovado. Flor longo-pedicelada, grande, monoica; cálice campanulado, verde, com tricomas glandulares, lacínios 5, estreitamente-triangulares; corola 5, pétalas unguiculadas, amarelas; estandarte largo-orbicular, ápice retuso, reflexo, com guias de néctar marrom; alas oblongas, infladas, quilha não visto; androceu 10, monadelfo; gineceu 1, ovário subséssil. Fruto lomento, indeiscente, linear, seríceo.
Comentário
Esta espécie ocorre nas áreas de Brejos de Altitude, mais frescas. Coletada em Areia na Paraíba.
É uma trepadeira volúvel com ramos, estípulas e cálice cobertos por tricomas glandulares.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Sitio Chico Raimundo, Serrinha do Canto, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte - BR.

Referências

-Ferreira, J.J.S., Oliveira, A.C.Silva, Queiroz, R. T.e, & Silva, J.S. 2019. A tribo Dalbergieae s.l. (Leguminosae-Papilionoideae) no município de Caetité, Bahia, Brasil. Rodriguésia, 70, e03502017. Epub December 20, 2019.https://doi.org/10.1590/2175-7860201970089

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Moura, T. M. & Fort.-Perez, A New Circumscription of Nissolia (LeguminosaePapilionoideae-Dalbergieae), with Chaetocalyx as a New Generic Synonym. Novon: A Journal for Botanical Nomenclature, 26(2):193-213.


-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-São-Mateus, W.M.B.; Cardoso, D.; Jardim, J.G. & Queiroz, L.P. 2013. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. Biota Neotropica 13: 315-362. https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400028.



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