segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Fabaceae - Ancistrotropis firmula (Mart. ex Benth.) A. Delgado

Inflorescência longo-pedunculada, botão falcado, flor creme, legume típico (f. 1)
Alas cordadas, creme, quilha cocleada (f. 2)
Cálice campanulado (f. 3)
Folíolo ovado, nervura actinódroma, inflorescência cimosa, flor séssil, zigomorfa, legume linear (f. 4)
Flor zigomorfa, corola papilionácea, pétalas creme, estandarte oblato, ápice revoluto, alas cordadas (f. 5)
Planta subarbustiva, escandente, pedúnculo longo, folha trifoliolada, folíolos ovados (f. 6)
Legume típico, linear, cilíndrico (f. 7)

Nectários na inflorescência (f. 8)

 Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Ancistrotropis A. Delgado (2011)

No Brasil ocorrem 6 espécies das quais 4 são endêmicas (Lima et al. 2015).


Ancistrotropis A. Delgado 

Trepadeira, ramos estriados, inermes, escabrosos. Filotaxia alterna-espiralada. Estípula lateral, basifixa. Folha ternada, pecíolo maior que a raque, folíolos deltoides, ovados, nervação actinódroma. Inflorescência axilar, racemo. Flor subséssil, monoclina, zigomorfa, hipógina; cálice gamossépalo, sépalas 5, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas; estandarte largo-ovado, alas livres, quilha cocleada; androceu diadelfo, gineceu unicarpelar, ovário pluriovulados, estilete piloso, estigma capitado. Fruto legume, linear, cilíndrico. Sementes reniforme, testa dura.



Ancistrotropis firmula (Mart. ex Benth.) A. Delgado, American Journal of Botany 98(10): 1704. 2011.

Basiônimo: Phaseolus firmulus Mart. ex Benth., Commentationes de Leguminosarum Generibus 74. 1837.

Outra combinação: Vigna firmula (Mart. ex Benth.) Maréchal, Mascherpa & Stainier, Taxon 27(2–3): 201. 1978.


Liana. Trifoliolada. Folíolos com nevação palmada. Racemos com pedúnculo longos. Flores creme. Frutos cilíndricos.

Comentário

Planta muito comum em áreas de Cerrado.



Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Reserva do Campus da Unemat, Nova Xavantina, Mato Grosso, Brasil.

Referências

- Delgado, A.; Thulin, M;  Pasquet, R.; Weeden, R. and Lavin, M.  2011. Vigna  (Leguminosae) sensu lato:   the names and identities of the american segregate genera. American Journal of Botany 98(10): 1694–1715.   

- Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, H.C. et al. 2015. Fabaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em:< http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB136844>.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Snak, C., Miotto, S.T.S., & Goldenberg, R. 2011. Phaseolinae (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia, 62(3), 695-716https://doi.org/10.1590/2175-7860201162314


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Herbários P e Reflora


domingo, 16 de outubro de 2011

Site com fotos de leguminosas

Este site tem diversas fotos de Leguminosae

Acesse.

http://gardenbreizh.org/photos/Ben152/album-16744.html

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Fabaceae - Ancistrotropis serrana Snak, J.L.A. Moreira & A.M.G. Azevedo

Pseudorracemo com flores lilás (f. 1)
Flor zigomorfa, corola papilionácea (f. 2)
Raque laxa (f. 3)
Alas ovais, quilhas adnatas cocleadas, cálice campanulado (f. 4)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Ancistrotropis A. Delgado (2011)

No Brasil ocorrem 6 espécies das quais 4 são endêmicas (Lima et al. 2015).


Ancistrotropis A. Delgado 
Trepadeira, ramos estriados, inermes, escabrosos. Filotaxia alterna-espiralada. Estípula lateral, basifixa. Folha ternada, pecíolo maior que a raque, folíolos deltoides, ovados, nervação actinódroma. Inflorescência axilar, racemo. Flor subséssil, monoclina, zigomorfa, hipógina; cálice gamossépalo, sépalas 5, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas; estandarte largo-ovado, alas livres, quilha cocleada; androceu diadelfo, gineceu unicarpelar, ovário pluriovulados, estilete piloso, estigma capitado. Fruto legume, linear, cilíndrico. Sementes reniforme, testa dura.

Ancistrotropis serrana Moreira, J. L. de A., A.M.G. Azevedo & Snak, Phytotaxa 172(3): 280. 2014.

Sinônimo: Vigna peduncularis Fawc. & Rendle
 

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Atibaia, São Paulo, Brasil.

Referências

- Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.

- Delgado, A.; Thulin, M;  Pasquet, R.; Weeden, R. and Lavin, M.  2011. Vigna  (Leguminosae) sensu lato:   the names and identities of the american segregate genera. American Journal of Botany 98(10): 1694–1715.   

- Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, H.C. et al. 2015. Fabaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em:< http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB136844>.
-Snak, C., Miotto, S.T.S., & Goldenberg, R. 2011. Phaseolinae (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia, 62(3), 695-716https://doi.org/10.1590/2175-7860201162314


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Herbários Reflora



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Fabaceae - Helicotropis linearis (Kunth) A. Delgado

Corola papilionácea (f. 1)
Quilha cocleada (f. 2)


Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Helicotropis A. Delgado

No Brasil ocorre 2 espécies nenhuma endêmica (Lima et al. 2015)

Helicotropis linearis (Kunth) A. Delgado, Amer. J. Bot. 98(10): 1709. 2011.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso, Brasil.

Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Delgado-Salinas, A., Thulin, M., Pasquet, R., Weeden, N. & Lavin, M. 2011. Vigna (Leguminosae) sensu lato: the names and identities of the American segregate genera. American Journal of Botany 98: 1694–1715. doi: 10.3732/ajb.1100069
-Moreira, J.L.A. 1997. Estudo taxonômico da subtribo Phaseolinae Benth. Leguminosae, Papilionoideae) no sudeste e centro-oeste do Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 292 pp.
-Snak, C., Miotto, S.T.S. & Goldenberg, R. 2011. Phaseolinae Benth. (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia 62: 695–716.
Snak, C.; Salinas, A.O.D. 2020. Helicotropis in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB136866>. Accessed on: 03 Jun. 2021

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Herbários K e P

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Fabaceae - Ancistrotropis peduncularis (Fawc. & Rendle) A. Delgado


Flor zigomorfa, séssil, quilha cocleada (f. 1)
Folíolos lanceolados (f. 2)
Corola papilionácea (f. 3)

  Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Ancistrotropis A. Delgado (2011)

No Brasil ocorrem 6 espécies das quais 4 são endêmicas (Lima et al. 2015)


Ancistrotropis A. Delgado 

Trepadeira, ramos estriados, inermes, escabrosos. Filotaxia alterna-espiralada. Estípula lateral, basifixa. Folha ternada, pecíolo maior que a raque, folíolos deltoides, ovados, nervação actinódroma. Inflorescência axilar, racemo. Flor subséssil, monoclina, zigomorfa, hipógina; cálice gamossépalo, sépalas 5, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas; estandarte largo-ovado, alas livres, quilha cocleada; androceu diadelfo, gineceu unicarpelar, ovário pluriovulados, estilete piloso, estigma capitado. Fruto legume, linear, cilíndrico. Sementes reniforme, testa dura.

Ancistrotropis peduncularis (Fawc. & Rendle) A. Delgado

Sinônimo: Vigna peduncularis (Kunth) Fawc. & Rendle

Estandarte com ou sem aurículas na base e duas calosidades acima delas. Estilete prolongado  acima da inserção do estigma. Carena com ou sem rostro, mas não em anglo reto. ....Vigna (Barroso 1991)

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Araxá, Minas Gerais


Referências

-Amorim, L.D. et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar, nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-24], pp.105-124.

- Delgado, A.; Thulin, M;  Pasquet, R.; Weeden, R. and Lavin, M.  2011. Vigna  (Leguminosae) sensu lato:   the names and identities of the american segregate genera. American Journal of Botany 98(10): 1694–1715.   

- Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, H.C. et al. 2015. Fabaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em:< http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB136844>.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Snak, C., Miotto, S.T.S., & Goldenberg, R. 2011. Phaseolinae (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia, 62(3), 695-716https://doi.org/10.1590/2175-7860201162314


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Herbário P

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Fabaceae - Clitoria laurifolia Poir.

Flor papilionácea (f. 1)












Hábito subarbustivo (f. 2) 

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Clitoria L. 1753, subgênero Neurocarpum62 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 28 espécies das quais 7 são endêmicas (Rando e Souza 2015).

Clitoria L. 

Erva, arbusto, árvore, trepadeira; ramos cilíndricos ou estriados, inermes. Estípulas basifixas. Filotaxia altera, espiralada. Folhas uni-trifolioladas, exceto Cternatea que é pinada, folíolos, oblongos, elípticos, deltoides, ápice agudo, cuspidado, margem inteira, base obtusa arredondada, face abaxial com tricoma, face adaxial glabra, estipelas presentes, raque curta, pecíolo maior que a raque. Inflorescência, terminal ou axilar, racemo ou pseudorracemo, brácteas inconspícuas. Flores subsésseis, zigomorfas, monoclinas, hipóginas, cálice gamossépalo, tubuloso estriado, actinomorfo, lacínios 5, iguais; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, lilás ou violeta; androceu diadelfo, anteras isomorfas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, estilete comprido, estigma capitado. Fruto legume, linear, plano, valvas lignosas ou coriáceas. Sementes reniformes, marmoradas, testa lisa; hilo central.




Planta subarbustiva, erecta, ca. 70 cm de altura; ramo cilíndrico, seríceo, inerme. Estípula 2, triangular, caduca. Folha composta, trifoliolada, pecíolo subséssil, raque com 3 vezes comprimento maior que o pecíolo; folíolo 3, oblongo, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, base cuneada, discolores, face adaxial glabra, face abaxial esparso-serícea. Inflorescência axilar, racemo, pedúnculo longo. Bractéola ovada. Flor grande, subséssil, monoica; cálice longo-tubular, estriado, lobos 5, triangulares, ápice mucronado; corola 5, papilionácea, pétalas unguiculadas, violeta, vexilo largo-orbicular; alas oblongo-obovadas; quilha conata; androceu diadelfo, estames 10; gineceu 1, ovário súpero, estipitado, linear, glabro, pluriovulado, estilete longo. Frutos legume, oblongo, curvado, plano, com uma estria alariforme, lignosa na lateral de cada valva.

Comentários

Esta espécie apresenta ampla distribuição geográfica ocorrendo nas áreas de tabuleiro na Paraíba, coletadas na Mata do Buraquinho. Onde são encontradas duas espécies de Clitoria. C. laurifolia e C. fairshildiana, ambas facilmente reconhecidas pelo hábito, arbustivo vs. arbóreo; bractéola ovada vs. oblonga.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - Jiquí, Parnamirim, Rio Grande do Norte-BR (f. 1-2);
Henrique Moreira - Brasília - DF (f. 3-5)

Referências

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Costa, R.K.A.; Queiroz, R.T. 2019. A tribo Phaseoleae (Leguminosae, Papilionoideae) na mata do
Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Queiroz, L.P.; Barreto, K.L. 2020. Clitoria in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB101058>. Accessed on: 08 Jun. 2021

-Rando, J.G.; Souza, V.C. Clitoria in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 07 Abr. 2015

Coleção histórica

K


http://www.kew.org/herbcatimg/514262.jpg

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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Fabaceae - Macropsychanthus grandiflorus (Mart. ex Benth.) L.P. Queiroz & Snak

Estandarte orbicular reflexo, calos ou guia de néctar base amarelo, alas orbiculares com ápice levemente falcado (f. 1) 
Folhas com pecíolo longo, pseudorracemo congesto (f. 2)
Hábito liana sobre um inselbergue (f. 3)
 Gena apical e estípulas triangulares (f. 4)
 Brácteas lineares (f. 5)
 Brácteas vilosas, botões jovens (f. 6)
 Fruto jovem (f. 7)
 Ala oblata (f. 8)
 Quilha unida (f. 9)
 Tubo estaminal pseudomonadelfo (f. 10)
Folha trifoliolada, nervuras retas impressas (f. 11)
 Alas bem abertas (f. 12)
 Pseudorracemo (f. 13)
 Cálice campanulado, lacínios falcados, pétalas lilás (f. 14)

Bractéolas (f. 15)
 
 Fruto legume (f. 16) 
 Legume seco (f. 17)
Semente (f .18)
Semente orbicular, testa dura (f. 19) 
Hilo horizontal (f. 20)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Macropsychanthus Harms ex K. Schum. & Lauterb. 47 espécies (W3tropicos 2021)

No Brasil ocorrem 26 espécies das quais 12 são endêmicas (Queiroz; Snak 2021).

Liana volúvel, ramo cilíndrico, tricoma presente, inerme. Estípulas basifixas ou medifixa. Filotaxia alterna-espiralada. Folha trifoliolada, folíolos obovados, elípticos, ovados, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, face adaxial tricoma presente ou ausente, face adaxial com tricoma, raque menor que o pecíolo. Inflorescência axilar, pseudorracemo, brácteas inconspícuas. Flor pedicelada ou séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice tubuloso, lobos 5; corola papilionácea, pétalas dialipétalas, estandarte reflexo ou não, alas livres, quilha adnata, as vezes cocleada. androceu monadelfo, anteras dimórficas; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário séssil, pluriovulados.  Legume típico, linear, plano, margem reta ou ondulada, valvas lenhosas, rufas. Sementes numerosas, testa lisa, hilo linear.

Macropsychanthus grandiflorus (Mart. ex Benth.) L.P. Queiroz & Snak, PhytoKeys 164: 96. 2020.

Sinônimo: Dioclea grandiflora Mart. ex Benth., Commentationes de Leguminosarum Generibus 68–69. 1837.

Lianas, caule cilíndrico, inerme, cinza; ramos tomentosos, rufos. Folhas compostas, trifolioladas; folíolos basais ovado-oblongo, ápice levemente cuspidado, margem inteira, base truncada, folíolo apical, ovado, ápice levemente cuspidado, margem inteira, base aguda-obtusa; face adaxial e abaxial tomentosa-vilosa, nervuras evidentes na face abaxial, coriáceo, raque curta. Inflorescência axilar, racemos longos. Brácteas lineares, caducas, vilosas. Botão clavado-falcado, violeta. Flor subséssil, papilionácea, monoica e perfumada. Bractéola 2, ovada. Cálice campanulado, dentes 5, estreitamente-triangulares; corola 5, pétalas unguiculadas, lilás; estandarte reflexo, com calos amarelos no ápice da unguicula; alas oblatas; quilha unida; androceu pseudomonadelfo, branco, estames 10, parte livre muito curta; gineceu séssil, ovário pluriovulado, tomentoso. Fruto legume, plano, tomentoso, oblongo-curvado. Sementes 2-6, orbicular, plana, lisa, com hilo horizontal, marrom, testa muito dura.


Esta espécie é facilmente reconhecida pelo fruto e por suas sementes.

Espécie próxima de M. violaceus pela ausência de tricoma nos folíolos nesta e presença em M. grandiflorus.

Esta espécie pode ser encontrada no Cariri e no Sertão paraibano, foi fotografada em Camalaú - PB.

Nome popular: mucunã

EtimologiaMacropsychanthus macro: grande, Psyca: borboleta anthus: flor. Referente as flores grandes semelhantes a borboletas.

Facilmente encontrada em afloramentos rochosos.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - tiradas no sítio Serrinha do Canto, Serrinha dos Pintos, RN - Brasil.

Referências

-Andrade-Lima, D. de. 1989. Plantas das caatingas. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências,.243p.

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Ducke, W.A.1922. Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 3: 169–170.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Nascimento, J.B.S., A.L.S. Sales, e E.B. Souza. 2020. “Potencial de uso de leguminosas emuma área de mata atlântica na APA da bica do Ipu, Ceará.” Em Agricultura e desenvolvimento tecnológico no semiárido Publisher: Proex uva, por UVA, 215-230. Sobral: Proex-UVA. 

- Queiroz, L.P.; Snak, C. Macropsychanthus in Flora do Brasil 2020 under construction. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB617024>. Accessed on: 19 Feb. 2021

-Queiroz, L. P. & C. Snak. 2020. Revisiting the taxonomy of Dioclea and related genera (Leguminosae, Papilionoideae), with new generic circumscriptions. PhytoKeys 164: 67–114.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.



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