domingo, 18 de setembro de 2011

Fabaceae - Centrosema sagittatum (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Brandegee

Flores com pétalas brancas, folhas unifolioladas, pecíolo alado (f. 1)
Planta prostrada, folhas sagitada (f. 2)
Flor papilionácea (f. 3)
Vista lateral (f. 4)
Guia de néctar vinho (f. 5)
Estípula triangular, caduca (f. 6)
Ramo cilíndrico (f. 7)
Estandarte reflexo (f. 8)
Cálice bilabiado (f. 9)
Pecíolo alado (f. 10)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Centrosema Benth. 36 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 30 espécies das quais 9 são endêmicas (Souza 2015).

Centrosema (DC.) Benth.

Trepadeira volúvel; ramos cilíndricos ou angulados, rígidos, glabrescentes ou seríceos; inermes. Estípulas lateral, basifixa, lanceoladas, pequenas, nervuras paralelas, persistentes. Folhas uni (C. sagitattum)-tri-pentafolioladas (C. rotundifolia); folíolos elípticos, lanceolados, lineares, sagitado, deltoide, ápice obtuso-mucronado, margem inteira, base arredondada, cordada, truncada, face adaxial glabra, face abaxial incana, membranácea, pecíolo alado ou não, maior que o comprimento da raque quando se está presente. Inflorescência axilar, racemo, poucas flores, pedúnculo presente. Botões protegidos por bractéolas com nervação paralela, ovados; pedicelo longo. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice campanulado, bilabiado, 5 lacínios, curtos; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, lilás, branca, vermelha, vinho; estandarte ressupinado, calcarado, alas fortemente aderidas a quilha; quilhas conadas; androceu diadelfo, tubo alvo, anteras homomórficas, dorsefixa, rimosas; gineceu unicarpelar, ovário séssil, pluriovulados, plano, glabro, nectário circular na base, estilete maior que o ovário, estigmas plano-côncavos. Fruto legume típico, séssil, linear, ápice longo, valvas com margem lignosas. Sementes quadradas-oblongas, elípticas, marmoradas, escuras, hilo central, elíptico.


Centrosema sagittatum (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Brandegee, Zoë 5(10B): 202. 1905.


Basiônimo: Glycine sagittata Humb. & Bonpl. ex Willd., Enumeratio Plantarum Horti Botanici Berolinensis, . . . 2: 757. 1809.


Planta volúvel, procumbente, caule lignoso, cilíndrico, estriado, glabrescente. Estípulas 2, lanceoladas, estrias transversais. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, unifoliolada, ápice agudo, margem inteira, base sagitada, membranácea, pecíolo alado, estipelas 2, subuladas. Inflorescência axilar, racemo, pedúnculo curto. Brácteas 2, ovadas, transversalmente estriadas. Flor grande, peciolada, monoica; cálice campanulado, 5-laciniado; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, esbranquiçada; estandarte orbicular, ápice retuso, guia de néctar lilás; alas livres menores que a quilha, adnatas a estas; quilhas adnadas ao tubo estaminal; androceu diadelfo, tubo falcado, anteras dorsefixas, rimosas; gineceu 1 pistilado, ovário súpero, pluriovulado, com disco nectarífero na base. Fruto legume típico, linear, plano, valvas com margem lignosas, coriácea, estilete persistente.

Comentário

Centrosema sagittatum é facilmente reconhecida por apresentar folha composta unifoliolada, sagitadas e raquis alada.

Apresenta distribuição para a o subosque de mata Atlantica em nas áreas de Caatinga sedimentar.

Fotos. Rubens Teixeira de Queiroz, Serrinha dos Pintos- RN (f. 2-9) e Telemaco Borba, Paraná (f. 1 e f. 10)

Comentário

Esta espécie ocorrem em Cajazeiras na Paraíba.


Referências


-Barbosa, V.P. 1977. Centrosema (A.P. de Candolle) Bentham do Brasil - Leguminosae - Faboideae. Rodriguesia. 29: 42. 159-219. 

-Barreto, K.L.; Queiroz, L.P. 2020. Centrosema in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18264>. Accessed on: 28 Apr. 2021


-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Costa, R.K.A.; Queiroz, R.T. 2019. A tribo Phaseoleae (Leguminosae, Papilionoideae) na mata do  Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de S
antana. 467p.
-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Souza, V.C. Centrosema in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 12 Mar. 2015


Exsicatas


Herbários  e K 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fabaceae - Chamaecrista pascuorum (Benth.) Irwin & Barneby

Flor amarela, assimétrica, pétalas unguiculadas, estames com filete curto e antera lanceolada (f. 1)
Estames 7, estaminódios 2, guia de néctar na base da antera (f. 2)
Pétalas unguiculadas, amarelas, obovadas (f. 3)
Filotaxia alterna, dística, folha composta, paripinada (f. 4)
Flor solitária (f. 5)
Hábito subarbustivo (f. 6)
Sépalas lanceoladas (f. 7)
Subarbusto tênue (f. 8)
Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Cassineae, Chamaecrista Moench, seção Chamaecrista, serie Chamaecrista  (Irwin; Barneby 1982).

No Brasil ocorrem 256 espécies das quais 207 são endemicas (Souza & Bertoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.


Chamaecrista pascuorum (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 747. 1982.

Basiônimo: Cassia pascuorum Mart. ex Benth., Flora Brasiliensis 15(2): 165. 1870.


Planta subarbustiva, erecta, ca. 30 cm altura. Caule cilíndrico, pouco difuso, piloso, inerme. Estípulas 2, lanceoladas, persistente. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, paripinada, 4-8 pares de juga; folíolos oblongos, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabra, pecíolo curto, menor que o comprimento da raque, nectário no pecíolo estipitado. Inflorescência axilar, verticiladas; botão ovado-lanceolado. Flor pequena, zigomorfa, monoica, pedicelada, estipelas 2, estreitamente-triangulares; cálice dialissépalo, sépalas 5, ovado-lanceolada, isomorfa; corola 5, dialipétalas, pétalas unguiculadas, amarelas, obovadas; androceu 7, estames 2 estaminódios e 5 normais, filete curto, anteras lanceoladas, com mancha vermelha na base, curvadas, poricidas; gineceu 1, ovário súpero, linear, serício, pluriovulado. Fruto legume, linear, plano, oblongo.

Comentário

Espécie fácil de ser reconhecida pelos número de estames 7, 2 estaminódios e 5 estames.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Praia de Murium, Extremós, Rio Grande do Norte, Brasil.

Referências

-Bentham, G.B. 1870. Flora brasiliensis 15(2): 165.

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Queiroz, L.P. (2009) Leguminosas da Caatinga. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82918>. Accessed on: 23 Apr. 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015


Exsicatas


Fabaceae - Chamaecrista duckeana (A. Fernandes & P.Bezerra) Irwin & Barneby

Flor com corola dialipétala (f. 1)
Flor zigomorfa (f. 2)
Erva ereta (f. 3)
Flor pedicelada (f. 4)

Leguminosae, Caesalpinioideade, Cassieae, Cassineae, Chamaecrista Moench, Seção Caliciopsis (Irwin e Barneby 1982).


No Brasil ocorrem 256 espécies das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.



BasiônimoCassia duckeana P. Bezerra & Afr.Fern., Bradea, Boletim do Herbarium Bradeanum 2(50): 337, f. 1–2. 1979. 

Planta subarbustiva, anual, erecta com cerca 1 m de altura; ramo difuso, cilíndrico, híspido, inermes, verdes. Estípulas lanceoladas, membranácea, 3-4 nervadas, nervuras paralelas, persistentes. Folhas compostas, paripinadas; pecíolo curto, raque longa, híspido; glândulas longo-estipitadas; folíolos oblongos, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, ciliada, base assimétrica, face adaxial glabra, face abaxial híspida, nervura expressa na face abaxial, membranáceo. Inflorescência axilar, cimosa. Brácteas estreitamente-triangulares, persistente; bractéolas estreitamente-triangulares. Botão ovado. Flor zigomorfa, longo pedicelada, pequenas, monoicas; cálice 5, sépala ovadas, dorsamente híspida, corola 5, pétalas unguiculadas, amarelas, carena oblonga, pétala interna cuculada, com manchas vermelhas no ápice arredondado; androceu 10, estames com filete curto e anteras lineares, deiscência lateral; gineceu 1, ovário séssil, oblongo, pluriovulado, estilete curvado, glabro, estigma puntiforme. Fruto legume, linear, levemente arqueado, plano, valvas, coriácea.


Comentário

Esta espécie juntamente com Chamaecrista calycioides constituem a seção Caliciopis. Ambas são distintas facilmente, pelo comprimento do pedicelo e tamanho da flor, tendo Ch. duckeana pedicelo longo e flor grande, versus pedicelo curto e flor pequena em Ch. calycioides. Frequente em áreas de Caatinga, é amplamente distribuída nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte.

Flora da Paraíba
Na Paraíba há diversos registos para Alagoa Grande, Catolé do Rocha, Serra Branca e Souza.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz Fazenda Almas, São José dos cordeiros, Paraíba, Brasil.

Referências

-Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.

-Córdula, E., Morim, M.P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516. https://doi.org/10.1590/S2175-78602014000200012


-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982. Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB621875>. Accessed on: 21 Apr. 2021

-Souto F.S., Quaresma A.A., Queiroz R.T. & Pereira M.S. 2019. Estudo taxonômico da Tribo Cassieae (Leguminosae – Caesalpinioideae) no Parque Ecológico Engenheiro Ávidos, Cajazeiras-PB. Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza, 3(1) - in press.

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015


Exsicatas

Fabaceae - Chamaecrista - Guia de Campo Rio Grande do Norte


Foto: de Ruth Clark, eu e Gwilym P. Lewis 
Time de Leguminosas de KEW


Famosa Maria Lourdes Porto Rico (Lulu) das Acacias


Exterior da nova ala do Herbário de Kew


Interior da antiga ala do herbário de Kew

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Herbário G - Genebra

Herbário
O herbário de Genebra (G) conta com uma coleção muito importante de Leguminosas do De Candole.
Neste herbário consegui fotografar dezenas de tipos de Chamaecrista.



                                        Prédio do novo herbário em construção
Herbário de Genebra, curador Laurent Gautier, Head Curator - Phanerogams, laurent.gautier@ville-ge.ch

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fabaceae - Chamaecrista desvauxii var. langsdorffii (Kunth ex Vogel) H.S. Irwin & Barneby

Flor amarela, sépalas verdes (f. 1)
Folhas composta, tetrafoliolada, estípulas lanceoladas, sobrepondo umas as outras (f. 2)
Estípulas sobrepostas (f. 3)
Folhas tetrafioladas com nectário no pecíolo (f. 4)
Botões ovoides (f. 5)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae,  Chamaecrista Moench, Seção Xerocalyx Irwin e Barneby 1982, 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza & Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.

BasiônimoCassia langsdorffii Kunth ex Vogel, Generis Cassiae Synopsis 55. 1837.

Planta subarbustiva, decumbente com 30 cm de altura; ramos finos, cilíndricos, glabrescente, inermes. Estípulas 2, lanceoladas, ápice agudo, base cordiforme, nervuras paralelas. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, paripinada, bijuga; folíolo lanceolado-oblongo, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabras, nervação palmada, membranáceo, raque com comprimento igual ao do pecíolo; pecíolo curto com um nectário séssil concavo.  Inflorescência axilar, cimosa. Bractéolas 2, ovadas, membranácea. Botão ovado-lanceolada, ápice agudo. Flor axilar, pedicelada, monoica; sépalas 5, livres, heteromórfica, ovado-lanceolada, membranácea; corola 5, pétalas unguiculadas, amarelas, obovadas; androceu 10, estames livres, filete curto, antera lanceolada, abertura por sutura lateral; gineceu 1, ovário súpero, séssil, pluriovulado. Fruto legume, oblongo, plano, valvas coriáceas.

fotos: Gustavo Shimizo e Juliana Rando, Minas Gerais, Brasil.


Referência

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 879.
-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew
-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.
-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB28028>. Accessed on: 21 Apr. 2021
-Rando, J.G., Hervencio, P., Souza, V.C., Giulietti, A.M. & Pirani, J.R. (2013) Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Leguminosae- “Caesalpinioideae”. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 13: 141–198. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-9052.v31i2p141-198
-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Fabaceae - Chamaecrista desvauxii var. malacophylla (Vogel) H.S. Irwin & Barneby

Folha composta, tetrafoliolada, cinérea, filotaxia alterna dística, estípula cordiforme, flor pedicelada, zigomorfa, pétalas unguiculadas, amarelas, estames lineares, anteras estriadas, lineares (f. 1)
Planta subarbustiva, prostrada, folhas compostas, paripinada, folíolos obovados, cinéreos, ramos finos cilíndricos, botão ovado-lanceolado (f. 2)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassinae, Chamaecrista Moench, seção Xerocalyx Irwin e Barneby (1982) (Irwin e Barneby 1982), 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.

Chamaecrista desvauxii var. malacophylla (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 35: 874. 1982.

Basiônimo: Cassia malacophylla Vogel, Generis Cassiae Synopsis 55–56. 1837.

Fotos: Gustavo Shimizu e Juliana Rando, Minas Gerais, Brasil

Referências

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 874.
-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew
-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.
-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB28028>. Accessed on: 21 Apr. 2021
-Rando, J.G., Hervencio, P., Souza, V.C., Giulietti, A.M. & Pirani, J.R. (2013) Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Leguminosae- “Caesalpinioideae”. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 13: 141–198. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-9052.v31i2p141-198
-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015

Exsicatas

Herbário MO, Reflora


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Fabaceae - Chamaecrista arrojadoana (Harms) Rando

Flor pequena, pedicelada, zigomorfa, cálice isomórfico, sépalas oblongo-ovadas, corola dialipétala, pétalas amarelas, unguiculadas, ovário linear, estilete glabro, liso (f. 1)
Folha composta, paripinada, folíolos oblongos, ápice mucronado, tomentoso (f. 2)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Chamaecrista Moench, seção Chamaecrista (Irwin; Barneby 1982) ca. 330 spp. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.

Chamaecrista arrojadoana (Harms) Rando, 

Fotos: Gustavo Shimizu e Juliana Rando, Serra do Cipó, Minas Gerais, Brasil.



Referências

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 689.
-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew
-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.
-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB28028>. Accessed on: 21 Apr. 2021
-Rando, J.G., Hervencio, P., Souza, V.C., Giulietti, A.M. & Pirani, J.R. (2013) Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Leguminosae- “Caesalpinioideae”. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 13: 141–198. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-9052.v31i2p141-198
-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015


Exsicatas

Herbário Reflora

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Fabaceae - Chamaecrista ochnacea (Vogel) H. S. Irwin & Barneby

Inflorescência congesta, botão ovado, flor zigomorfa, pétalas unguiculadas (f. 1)
Flor pedicelada, pétalas laranjas, sépalas vermelhas, estames lineares, estilete curvo (f. 2)
Planta subarbustiva, racemo terminal (f. 3)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Chamaecrista Moench, Seção absus - Serie Ochnaceae (Irwin e Barneby 1982). ca 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.


BasiônimoCassia ochnacea Vogel, Generis Cassiae Synopsis 51. 1837.

Arbusto folhas compostas, inflorescência em racemo.

Fotos: Gustavo Shimizu, Minas Gerais, Brasil.

Referências

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 656.
-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew
-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.
-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82893>. Accessed on: 21 Apr. 2021
-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015


Exsicatas


Reflora, MO

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fabaceae - Chamaecrista basifolia (Vogel) H.S. Irwin & Barneby

Planta afila, estípula lanceolada, flores amarelas, fruto oblongo, plano (f. 1)
Flores amarelas, pétalas unguiculadas, botão ovado (f. 2)
Planta herbácea, ereta, afila, botão ovado (f. 3)
Sépalas livres, isomórficas (f. 4)

Planta afila, estipulas cordiformes (f. 5)

Leguminosae, Caeslapininioideae, Casseae, Cassinae, Chamaechista Moench, sec.: Chamaecrista, serie: Bauhinianae (Collad.) Irwin e Barneby. cerca 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.



Basiônimo: Cassia basifolia Vogel, Generis Cassiae Synopsis 56–57. 1837.

Subarbusto ereto ca. 50 cm. Estipulas cordiformes. Folhas ausentes.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz,  Panga, Uberlândia, parque Rio Preto, Minas Gerais, Brasil.

Referências

-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 733.
-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew
-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.
-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27851>. Accessed on: 24 Apr. 2021
-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015