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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Fabaceae - Andira vermifuga Mart. ex Benth. - mata barata -

 Inflorescência panícula, pedúnculo longo, indumento rufo, flor subséssil, cálice campanulado, lacínios curtos, corola papilionácea, unguiculadas, lilás (f. 1)
 Inflorescência axilar ou terminal, rufa, botões oblongos (f. 2)
 Folhas imparipinadas, folíolos oblongas, coriáceo, ápice retuso (f. 3)
Panícula laxa (f. 4)

Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae,  Andira Lam. 29 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 20 espécies das quais 17 são endêmicas (Pennington 2015).


Andira Lam.


Arbusto ou árvore. Estípula basifixa. Folha 8-15-foliolada, alterna, imparipinada; folíolos opostos; estipelas presentes. Inflorescência panícula, terminal. Flor pedicelada, zigomorfa, monocilna, hipógina; cálice gamossépalo, tubuloso; corola papilionácea, petalas lilás a roxa; androceu diadelfo; antera homomórfica. Fruto drupa.    

Andira vermifuga Mart. ex Benth.,  Commentationes de Leguminosarum Generibus 44–45. 1837.


Árvore 3 m altura. Caule suberoso, ramos cilíndricos, suberoso, indumento rufo, estrigoso. Folhas composta, imparipinada; folíolos suboposto a oposto, oblongos, ápice arredondado a retuso, margem inteira, base arredondada a cuneada,  epifilo glabro, hipofilo estrigoso, 1 par estipelas na ráquis, pedicelo longo. Inflorescência terminal ou axilar, panícula. Flores monoicas, pedicelo curto;  botões fusiformes, cálice campanulado, lacínios 5, deltoides, tubo do cálice o dobro do comprimento dos lacínios,  indumeno rufo; corola 5, papilionada, estandarte obovado; andro ce drupa.  

Etimologia: Andira = tupi: morcego 

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Parque Olhos d'água, Brasília, Distrito Federal, Brasil.


Nome popular: Argelim

Referências



-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)


-Ducke, A. 1953. As leguminosas de Pernambuco e Paraíba. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 51, 417-461. https://dx.doi.org/10.1590/S0074-02761953000100011


-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Mendonça, S.A., Gadelha Neto, P.C., Perez, A.F., Caetano, A.P.S., & Queiroz, R.T. 2019. A tribo Dalbergieae (Leguminosae - Papilionoideae) em um trecho de Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas, João Pessoa, Estado da Paraíba, Brasil. Hoehnea, 46(2), e622018. Epub August 05, 2019.https://doi.org/10.1590/2236-8906-62/2018


-Pennington, T. Andira in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 02 Jun. 2015

-Pennington, R.T. 2003. Monograph of Andira (Leguminosae-Papilionoideae). Systematic Botany Monographs. Vol. 64. 143 pp.

- Ramos, G.; Cardoso, D.B.O.S.; Pennington, R.T. 2020. Andira in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29442>. Accessed on: 22 Mar. 2021

-Silva Junior, M. C. da. 2012. 100 árvores do cerrado: sentido restrito: guia de campo Brasília, DF: Rede de Sementes do Cerrado. 304 p. il.

Exsicata


Herbário P

terça-feira, 22 de julho de 2014

Fabaceae - Desmodium distortum (Aubl.) J.F. Macbr.

Pedúnculo reto, flores breve-pediceladas, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, rosas (f. 1)
Panícula laxa (f. 2)
Ramo cilíndrico, com tricomas uncinados, estípula obovada, ápice agudo, margem serrilhada, patente (f. 3)
 Lomentos plano, espiralados, estilete persistente (f. 4)
Folha composta, unifoliolada, folíolo ovado (f. 5)
Leguminosae, Papilionoideae, Desmodieae, Desmodium Desv., Seção Chalarium, subseção Trifoliolata  275 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 35 espécies das quais cinco são endêmicas (Lima 2022).

Desmodium Desv.

Arbusto ou subarbusto arbusto, escandente, prostrado e ereto; ramo cilíndrico, indumento uncinado presente. Estípula lateral, base fixa, unida ou livre. Filotaxia alterna espiralada ou dística. Folhas trifolioladas, estipelas presentes. Inflorescência racemo, pseudorracemo, verticilo. Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice campanulado, lacínias 5, maiores que o comprimento do tubo, corola papilionácea, pétalas rosas a vinho; androceu monadelfo, anteras homomórficas, rimosas. Lomento estipitado ou séssil, plano, cilíndrico, linear, segmentos com tricoma uncinado. Semente reniforme, elíptica, hilo central.



Desmodium distortum (Aubl.) J.F. Macbr., Publications of the Field Museum of Natural History, Botanical Series 8(2): 101. 1930.

Basiônimo: Hedysarum distortum Aubl., Histoire des Plantes de la Guiane Françoise 2: 774. 1775.
Planta subarbustiva, ereta ca. 1 m alt., caule cilíndrico, estriado, pouco difuso, indumento uncinado. Estípulas 2, hemicordada, margem ciliada, patentes. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta, unifoliolada ou trifoliolada, folíolo ovado, ápice agudo mucronado, margem inteira, base obtusa, face adaxial e abaxial pilosa, nervação expressa na face abaxial, membranáceo, pecíolo 1/5 maior que a raque. Inflorescência terminal, panícula. Flor pequena, curto pedicelada, monoclina; cálice campanulado, bilabiado, lacínios 5, triangulares; corola papilionácea, pétalas unguiculadas, rosa; estandarte obovado guias de néctar amarelo em sua base; ala oblonga, quilha, androceu monadelfo, branco. Fruto lomento, plano espiralado coberto por tricoma uncinado.
Comentário
Espécie de fácil reconhecimento por apresentar estípula patente e frutos plano espiralados.

Esta espécie foi coletada na área de restinga da Flona em Cabedelo.

Nome Popular: Carrapicho, pega-pega


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Mata do Amém - Flona de Cabedelo, Cabedelo, Paraíba, Brasil.


Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, L,C.P., Queiroz, L.P., Tozzi, A.M.G.A., Lewis, G.P. 2014. A Taxonomic Revision of Desmodium (Leguminosae, Papilionoideae) in Brazil. Phytotaxa 169: 001–119.

-Lima, L.C.P. ,Oliveira, M.L.A.A.,Tozzi, A.M.G.A.,Souza, V.C. 2015. Desmodium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB18507>.

-Lima, L.C.P. 2011 Estudos filogenéticos em desmodium desv. (Leguminosae-Papilionoideae) e revisão taxonômica das espécies ocorrentes no Brasil. 298 f. Tese (Doutorado Acadêmico em Botânica)- Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2011.

-Lima, L.C.P. ; Oliveira, M.L.A.A.; Tozzi, A.M.G.A.; Souza, V.C. Desmodium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 03 Mai. 2015

-Lima, L.C.P. 2020. Desmodium in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18507>. Accessed on: 01 May 2021

-Tozzi, A.M.G.A. 1981. O genero Desmodium desv. no Brasil: considerações taxonomicas. 1981. [319]f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. 
-Tozzi, A.M.G.A. 2016. “Desmodium Desv.” Em Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo VIII, por M.G.L. Wanderley et. al., 244-254. São Paulo: Instituto de Botânica.

Exsicatas

Herbários Reflora

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Fabaceae - Alysicarpus vaginalis (L.) DC.

 pseudorracemo. flores subséssil, flores papilionáceas, vermelhas (f. 1)
 Lomentos curtos (f. 2)
Folha composta, unifoliolada, pecíolo caniculado, longo, estípulas 2 (f. 3)
Hábito decumbente (f. 4)
 Estípulas paleáceas, lanceoladas, pecíolo longo, folíolo elíptico, base cordada, ápice mucronado (f. 5)
Folha composta unifoliolada (f. 6)
Frutos cilíndricos (f. 7)
Leguminosae, Papilionoideae, Desmodieae, Alysicarpus Desv 25-30 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil há apenas o registro de uma espécie (Lima 2015).




Basiônimo: Hedysarum vaginale L., Species Plantarum 2: 746. 1753.


Planta subarbustiva, decumbente, pouco ramificada, ramo cilíndrico, com ou sem antocianina, indumento adpresso para a base. Estípula persistente, lanceolada, alva, estrias longitudinais presentes, aderida ao pecíolo. Folha composta, unifolioladas; folíolo ovado-oblongo, discolor, ápice obtuso, margem inteira, base cordada. Inflorescência axilar, laxa, pseudorracemo. Flor monoclina, zigomorfa; pedicelo subséssil; bráctea linear, caduca; cálice campanulado, lacínios 5, subulados, maiores que o comprimento do tubo; corola papilionácea, pétala 5, unguiculadas, vermelhas, estandarte patente, quadrado, guias de néctar 2 amarelos, alas vermelhas, quilhas falcadas; androceu monadelfo, estames 10; gineceu simples, ovário súpero, pluriovulado. Frutos lomento, cilíndrico, linear, plurisseminado, sépalas persistentes.


Comentário


Planta encontrada em ambientes antropizados, uma espécie invasora de plantações.
Até o momento não havia registro para PB, no entanto, foi coletado num dos Jardins do Campus I da UFPB.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, UFPB, Campus I, João Pessoa Brasil.

Nome popular: Trevo alice

Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Lima, H.C. de 2015. Alysicarpus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. ; Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Queiroz, R.T. 2020. Alysicarpus in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB120430>. Accessed on: 29 Apr. 2021

-Small, J. K. 1933. Man. S.E. Fl. i–xxii, 1–1554. Published by the Author, New York.

-Silva, R.R, & Tozzi, A.M.G.A. 2012. Papilionoideae (Leguminosae) do Planalto Residual do Urucum, oeste do Pantanal do Mato Grosso do Sul, Brasil. Hoehnea, 39(1), 39-83https://doi.org/10.1590/S2236-89062012000100003 



Exsicatas


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Fabaceae - Galactia jussiaeana Kunth

Planta trifoliolada, folíolos elípticos, ápice retuso, legume plano-falcado (f. 1)
Folha com raque menor que pecíolo, racemos curtos, menores que o comprimento do pecíolo (f. 2)
Flores com corola papilionácea, rosas (f. 3) 

Leguminosae, Papilionoideade, Phaseoleae, Galactia 60 spp. (Lewis et al. 2005). 

No Brasil ocorrem 29 espécies das quais 16 são endêmicas (Fortunato 2015).

Galactia P. Browne

Subarbustos decumbentes, trepadeiras; ramos volúveis, inermes. Estípula 2, basifixa. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas uni ou trifolioladas; folíolos elípticos, ovados oblongos, ápice retuso, agudo ou mucronado, face adaxial e abaxial glabro ou piloso, margem inteira, base obtusa, raque menor que o pecíolo; estipelas ausentes. Inflorescência racemo, axilar, pauciflora, brácteas caducas. Flor brevi-pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice campanulado, lacínias 4, agudos, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, rosa, vinho, estandarte ovado, alas livres, quilha adnata; androceu monadelfo; antera homomórfica, rimosa; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume séssil, linear, plano, valvas 2, membranáceas.

Galactia jussiaeana Kunth, Mimoses 196–200, pl. 55. 1824. 

Trepadeiras, folhas compostas, trifolioladas, racemos curtos, flores lilás. Frutos arqueados.


Plantas eretas, decumbentes ou procumbentes. Cálice com quatro lacínios. Estandarte não giboso, sem calos. Legume linear, reto. Semente com arilo circular........................ Galactia (Barroso 1991).


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Fazenda Almas, São José dos Cordeiros, Paraíba, Brasil.

Referências

-Amorim, L.D. et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar, nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-24], pp.105-124.

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).

-Fortunato, R.H. 2015. Galactia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB29680>.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

O gênero Galactia P. Browne (Leguminosae,Papilionoideae) no Brasil
Ceolin, Guilherme Bordignon

Exsicatas

Herbário P



quinta-feira, 17 de julho de 2014

Fabaceae - Calopogonium caeruleum (Benth.) C. Wright

 Pseudorracemo, flores sesseis, cálice tubuloso, corola papilionada, lacínios curtos, fruto legume, linear, plano (f. 1)
Inflorescência congesta (f. 2)
 
Pedúnculo com botões (f. 3)
Pétalas unguiculadas, cerúleas (f. 4)
Folha composta, trifoliolada, ovada (f. 5)

 Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Calopogonium Desv. 6 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 4 espécies (Lima 2015).

Calopogonium Desv.

Liana ou trepadeira, ramos tricomatosos. Filotaxia alterna-espiralada. Estípula presente. Folha trifoliolada, folíolos romboides, membranáceos, actinódromos. Inflorescência axilar, pseudorracemo. Flor séssil a subséssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice gamossépalo, tubuloso, lacínios 5; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas; androceu diadelfo; gineceu simples; ovário séssil, pluriovulados, estigma e estilete presente. Fruto seco, legume típico.

Calopogonium caeruleum (Benth.) C. Wright, Anales de la Academia de Ciencias Medicas . . . 5: 337. 1868[1869].

Basiônimo: Stenolobium caeruleum Benth., Commentationes de Leguminosarum Generibus 61. 1837.

Planta trepadeira, volúvel, ramo cilíndrico, serício, cinéreo. Estípulas 2, caduca. Filotaxia alterna, espiralada. Folha trifoliolada; folíolo ovado, ápice obtuso, margem inteira, folíolos basais base truncada, folíolo apical base obtusa, membranáceo, concolores, vilosos, raque 4x menor que o comprimento do pecíolo. Inflorescência axilar, pseudorracemo, longo, reto, laxo. Flor séssil, pequena, monoica; cálice campanulado, lacínios curtos, triangulares; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, lilás; estandarte ovado-orbicular, alas obovadas, livres, quilha adnata; androceu monadelfo, estames 10, gineceu 1, ovário súpero, pluriovulado. Fruto legume típico, plurisseminado, linear, plano, valvas lignosas, margem crenada, serícea. Semente numerosas, reniformes, hilo central.


Comentário

Esta espécie ocorre na Mata Atlântica da Paraíba, sendo fotografada na Pedra da Boca no município de Araruna.

EtimologiaCallis: grego = belo,  pogon, grego = barba.  Barba bela em alusão ao tricoma presente no fruto. Caeruleum - azul

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Pedra da Boca, Araruna, Paraíba, Brasil.

Referências

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.


-Carvalho-Okano, R.M. & Leitão Filho, H.F. 1985. Revisão taxonômica do gênero Calopogonium Desv. (Leguminosae - Lotoideae) no Brasil. Revista Brasileira de Botânica, 8: 31-45.

-Costa, R.K.A.; Queiroz, R.T. 2019. A tribo Phaseoleae (Leguminosae, Papilionoideae) na mata do Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb.


-Dutra, V.F. 2020. Calopogonium in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22851>. Accessed on: 07 May 2021


-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. ; Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lima, H.C. de Calopogonium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Mai. 2015

-Nascimento, J.B.S., A.L.S. Sales, e E.B. Souza. 2020. “Potencial de uso de leguminosas emuma área de mata atlântica na APA da bica do Ipu, Ceará.” Em Agricultura e desenvolvimento tecnológico no semiárido Publisher: Proex uva, por UVA, 215-230. Sobral: Proex-UVA. 

-Okano, R. M. d. C. (1982). Revisão taxonomica do genero calopogonium desv. no Brasil.

-Silva, E.D., & Martins, A.B. 2013. Leguminosae-Papilionoideae na Serra do Cabral, MG, Brasil. Hoehnea, 40(2), 293-314. https://doi.org/10.1590/S2236-89062013000200004

Exsicatas

Herbário K

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Fabaceae - Ctenodon viscidulus (Michx.) D.B.O.S. Cardoso & A. Delgado

Flor zigomorfa, corola papilionácea, amarela (f. 1)
Folha imparipinada flor longipedicelada (f. 2)
Frutos lomentos com 3 segmentos (f. 3)
Ramo híspido, fruto lomento (f. 4) 

Leguminosae - Papilionoideae - Dalbergieae - Ctenodon .


No Brasil são encontradas 49 espécies, das 26 são endêmicas. (Lima et al. 2015).

 Ctenodon Baill.

Subarbusto prostrado ou ereto; inerme. Estípula basifixa. Folhas imparipinadas, multijugas; folíolos alternos, pecíolo menor que o comprimento da raque. inflorescência racemo ou panícula. Flor pedicelada ou séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice gamossépalo, corola dialipétala, pétalas unguiculadas; androceu monadelfo, filetes livres curtos, anteras homomórficas, ovário estipitado; fruto lomento.


Ctenodon viscidulus (Michx.) D.B.O.S. Cardoso & A. Delgado, Neodiversity: A Journal of Neotropical Biodiversity 13: 30. 2020.

Sinônomo: Aeschynomene viscidula Michx.

Erva prostrada; ramos longos, cilíndricos, com tricomas  glandulares e hirsuto. Estípulas lanceoladas, não peltada. Folhas compostas, imparipinadas, folíolos 7-9, subalternos, obovados, ápice arredondado, mucronado, margem inteira, base assimétrica, pecíolo curto. Inflorescências, axilares, panículas, laxas; brácteas pouco desenvolvidas, ovadas; flores monoicas, pequenas, amarelas, cálice pequeno, campanulado, lacínios 5, verde, corola 5, amarelas, estames 10, diadelfo. Frutos séssil, lomento 2-3 segmentos, arqueado,  margem superior reta e margem inferior crenada.

Comentários

As plantas observadas de restinga e mata Atlântica com frutos apresentam constantemente com 2 segmentos, enquanto na caatinga apresentam 3.
Esta espécie apresenta hábito decumbente semelhante a Ctenodon falcata, C. brasiliensis e C. elegans.
Bentham (1862) coloca essas espécies num grupo que apresenta o hábito herbáceo, difuso ou prostrado, racemos axilares, folíolos brevemente longiorbiculados, legume pequeno articulado, legume com seio profundamente articulado. Bom no passo seguinte temos frutos com cálice pequeno e estipes curtos, e separa três espécies C. hystrix, C. viscidula e C. brasiliensis. A primeira espécie é um subarbusto ereto diferente das outras duas. Bentham (1862) em seu tratamento deve ter visto muito pouco material pois fala que C. histrix tem apenas 2 artículos e as demais 3. No material da restinga vemos que C. viscidula apresenta 2 artículos que tornaria a chave inviável.
C. viscidula e C. brasilianus  foram separados pelo tipo de indumento no fruto. C. viscidula tem legume patente e hirsuto e A. brasiliana fruto reflexo e glabro.

Lima et al. (2006) tratando das espécies do Mato Grosso do Sul, da ênfase ao tipo de estípula que pode ser peltada ou não peltada, e pelo fruto que pode ter ou não frutos unidos por istmos, sendo este caracteres referentes a seção Ochopodium. As espécies supracitadas entram naquelas nitidamente não peltadas e com frutos tendo os segmentos unidos por istmos,  seguindo o agrupamento semelhante ao de Bentham (1862).
Aqui C. histrix é contra ponto de C. brasilianus, no entanto, creio que tratam-se de espécies bem delimitadas C. viscidula e C. brasilianus são mais confusas, no entanto ao observar os materiais percebi que Bentham (1862) foi muito assertivo quando evidenciou os frutos glabros em C. brasilianus e hirsuto em C. viscidula, aqui evidenciamos para o fato de a primeira espécie tem fruto estipitado enquanto a segunda apresenta frutos sésseis.
Além disto C. brasilianus é uma espécie de cerrado presente mais na região centro-oeste e sudeste, enquanto C. viscidula ocorre na região nordeste.

C. elegans se distingue de C. viscidula pelo número de artículo, esta tem de 2-3 segmentos enquanto aquela tem sempre mais de cinto, além fruto com estipe longo, enquanto esta é séssil.

C. falcata é distinto de C. viscudula pelo fruto daquele que é longamente estipitado e este séssil.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Reserva das almas, Sumé, Paraíba, Brasil.

Referências

-Antunes, L.L.C. & Silva, M.J. da. 2018. Aeschynomene (Fabacaeae, Papilionoideae) no estado de Goiás, Brasil. Rodriguésia, 69(4), 2163-2207. https://doi.org/10.1590/2175-7860201869444

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Cardoso, D. B. O. S., C. M. J. Mattos, F. Filardi, A. Delgado Salinas, M. Lavin, P. L. R. Moraes, F. Tapia-Pastrana & H. C. Lima. 2020. A molecular phylogeny of the pantropical papilionoid legume Aeschynomene supports reinstating the ecologically and morphologically coherent genus Ctenodon. Neodiversity 13: 1–38.

-Fabaceae in Flora do Brasil 2020 under construction. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB617689>. Accessed on: 13 Nov. 2020

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, L.C.P. ; Oliveira, M.L.A.A.; Souza, V.C. 2015. Aeschynomene in Lista de Espécies da Flora do Brasil.

-Lima, L.C.P.; Sartori, A.L.B. & Pott, V.J. 2006. Aeschynomene L. (Leguminosae, Papilionoideae, Aeschynomeneae) no Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Hoehnea 33(4): 419-453

-Mendonça, S.A., Gadelha Neto, P.C., Perez, A.F., Caetano, A.P.S., & Queiroz, R.T. 2019. A tribo Dalbergieae (Leguminosae - Papilionoideae) em um trecho de Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas, João Pessoa, Estado da Paraíba, Brasil. Hoehnea, 46(2), e622018. Epub August 05, 2019.https://doi.org/10.1590/2236-8906-62/2018

-Michaux, André. 1803. Aeschynomene viscidula Michx. Flora Boreali-Americana 2: 74–75.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.
 

Exsicatas

Herbário Reflora

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Fabaceae - Mucuna pruriens (L.) DC.

Alas e quilhas maiores que o estandarte (f. 1)
Pseudorracemo (f. 2)
Flores zigomorfas, pediceladas (f. 3)
Legume com estria alada e sementes com testa preta e hilo oblongo (f. 4)



Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Mucuna Adams. 1763, 105 espécies (Lewis et al. 2005)


No Brasil ocorrem 7 espécies das quais 2 são endêmicas (Moura e Tozzi 2015).


Mucuna Adams.

Liana; ramos cilíndricos, indumento urente presente ou não, inerme. Filotaxia alterna-espiralada. Estípula presente, caducas. Folha trifoliolada; raque menor que o pecíolo, estipelas presentes. Inflorescência racemo, concaulescência presente ou axilar pêndula. Flores pediceladas, zigomorfas, monoclinas, hipóginas; cálice tubuloso, bilabiado, corola papilionácea, estandarte menor que as alas; alas livres; androceu diadelfo; ovário pluriovulados. Legume, plano, margem constrita entre as sementes. Sementes orbiculares, hilo linear.


Mucuna pruriens (L.) DC., Prodr. 2: 405. 1825.
 
Trepadeira. Trifoliolada. Inflorescência racemo. Frutos legume coberto por indumento urente.
Estandarte com tamanho muito inferior ao tamanho das alas.

Determinadora: Tânia Maria de Moura tmariamoura@gmail.com

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Mata Usina São José, Pernambuco, Brasil. (f.4. J.I.Melo, Sapé, Paraíba, Brasil).

Referências


-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. ; Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Moura, T.M. 2020. Mucuna in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB83489>. Accessed on: 14 May 2021


-Moura, T.M., Mansano, V.F., Torke, B.M., Lewis, G.P., Tozzi, A.M.G.A. 2013. A taxonomic revision of Mucuna (Fabaceae: Papilionoideae: Phaseoleae) in Brazil. Syst Bot 38(3):631–637. DOI: https://doi.org/10.1600/036364413X670458

-Moura, T.M.; Lewis, G.P.; Mansano, V.F.; Tozzi, A.M.G.A. 2018. Revision of the neotropical Mucuna species (Leguminosae-Papilionoideae). Phytotaxa 337(1): 1-65.

-Moura, T.M.; Tozzi, A.M.G.A. Mucuna in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 21 Set. 2015


Exsicatas


Herbários Reflora 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Fabaceae - Dahlstedtia araripensis (Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo

Panta arbustiva, inflorescência axilar, flor lilás, estandarte reflexo (f. 1)
Panícula laxa, tomentosa (f. 2)
Indivíduo completo (f. 3)
Planta arbórea (f. 4)
Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae, Dahlstedtia Malme 1905. 16 espécies (MOBOT 2015).

No Brasil ocorrem 12 espécies das quais 11 são endêmicas (Silva e Tozzi 2015).

Dahlstedtia Malme  

Árvore, ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Filotaxia alterna espiralada. Folha imparipinada, glândula e estipela ausente, nervação borquidódroma, pecíolo menor que a raque. Inflorescência pseudorracemo, axilar ou terminal. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice gamossépalo, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, androceu pseudomonadelfo, estames 10, anteras rimosas; gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário súpero pauciovulado. Fruto semaróide, achatado, oblongo.


Dahlstedtia araripensis (Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo, Taxon 61(1): 104. 2012.


Basionimo: Lonchocarpus araripensis Benth., Journal of the Linnean Society, Botany 4(Suppl.): 96. 1860. 

 Planta arbustivo-arbórea ca 7 m alt, tronco inerme, cilíndrico, cinza, formando placas lignosas; copa fechada; ramos difusos, cilíndricos, glabros, lenticelados, marrons. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas compostas, imparipinadas; folíolos 7-9, alternos ou opostos, ovados, elípticas, ápice obtuso, margem inteira, base obtusa, face adaxial e abaxial glabros, discolores, pecíolo menor que a raque, glabros, peciólulos bem desenvolvidos. Inflorescência axilar, panícula, laxa. Flores grande, breve-pedicelada, cálice campanulado, lacínios 5, curtos, corola papilionácea, pétalas 5, purpúreas, ungiculadas, estandarte ovado, reflexo, calo na base, alas livres, obovadas, quilha adnata, falcada; androceu monadelfo, estames 10; gineceu monocarpelar, ovário súpero, oligovulado, estipitado. Fruto sâmara, estipitada, oblonga, planta, glabra. Semente oblata, planta, testa lisa.

Comentário
Na Paraíba ocorre no município de Campina Grande.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil.



Referências

-Azevedo-Tozzi, A.M.G. 1989. Estudos taxonômicos nos gêneros Lonchocarpus Kunth e Deguelia Aubl. no Brasil. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 348p.

-Bentham, G. 1870. Flora Brasiliensis 15(2): 277.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Córdula, E., Morim, M.P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516. https://doi.org/10.1590/S2175-78602014000200012

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, L.P. (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 913 pp.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Silva, M.J. da; Tozzi, A.M.G.A. Lonchocarpus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB22921>. Acesso em: 06 Jul. 2015

-Silva, M.J. 2020. Lonchocarpus in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29737>. Accessed on: 28 Apr. 2021

-Silva, M.J. & Tozzi, A.M.G.A. 2012. Revisão taxonômica de Lonchocarpus s. str.(Leguminosae, Papilionoideae) do Brasil. Acta Botanica Brasilica 26(2): 357-377.

-São-Mateus, W.M.B.; Cardoso, D.; Jardim, J.G. & Queiroz, L.P. 2013. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. Biota Neotropica 13: 315-362https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400028.

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Herbário Reflora