quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Fabaceae - Sesbania punicea (Cav.) Benth.

Racemo congesto, folíolos oblongos (f. 1)
Ramos longos, flexuosos (f. 2)
Arbusto flexuoso (f. 3)
Fruto alado (f. 4)
Flores grandes, estandarte orbicular, botões planos (f. 5)
Botões planos (f. 6)
Cálice largamente campanulado (f. 7)
Várias inflorescências por plantas (f. 8)
Leguminosae - Papilionoideae -  Sesbanieae - Sesbania Adams. Sect. Daubertonia Benth. 60 spp. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 6 espécies das quais uma é endêmica (Iganci 2015).

*1415. SESBANIA. P. ALPIN. Cálice cinco dentado. Bainha bivalve. Pericarpo siliquoso, multilocular, cilíndro, longo. Semente cilíndrica Linn. (Scopali 1777).

Sect. Daubertonia Benth.  Legume curto ou longo, linear, tetralado ou agudo tetrangular (Bentham 1859).

Sesbania punicea (Cav.) Benth. Flora Brasiliensis 15(1A): 43. 1859.

Basionimo: Piscidia punicea Cav.

2. SESBANIA PUNICEA BENTH.  Arbustiva; folíolos 8-15 jugas; racemos laxos; cálice truncado, dentes pouco distintos, legume curto-estipitado, tetraangular, 4-10 sementes; sutura largamente bialada (Bentham 1859)

Planta arbustiva, 3 metros de altura; ramos longos flexuosos, cilíndricos, glabros, inermes. Estípulas caducas. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas compostas, paripindas, 8-12 pares de juga; folíolos opostos a subopostos, oblongos, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, base arredondada, membranáceo. Inflorescência axilar, racemo, congesto, menor que comprimento da folha. Botões planos, obovados. Flores pediceladas, monoicas, grandes; cálice largo-campanulado, lobos 5, pouco evidentes, verdes; pétalas 5, unguiculadas, vermelhas, estandarte ou vexilo orbucular, reflexo, ápice retuso; alas ou asas oblongas; quilha ou carena conatas; androceu diadelfo; gineceu com ovário curto estipitado, pluriovulado, estilete curto. Frutos câmara, indeiscentes, tetrangulares, alados, glabro, plurisseminado.
Comentário
Neste site temos duas espécies Sestania punicea (Cav.) Benth. e S. virgata que são facilmente distintas pela cor da flor e forma do fruto. A primeira tem flores rosas e frutos alados, enquanto a segunda tem flores amarelas e frutos sem alas.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Grajáu, São Paulo, São Paulo, Brasil;

Referência

-Bentham, G. 1859. Sesbania punicea (Cav.) Benth. Flora Brasiliensis 15(1A): 43. 

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Iganci, J.R.V.; Miotto, S.T.S. Sesbania in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 23 Mar. 2015

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Queiroz, R.T. 2020. Sesbania in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29852>. Accessed on: 29 Apr. 2021

-Scopoli, J.A.G.A. 1777. Sesbania. Introductio ad Historiam Naturalem 308–309.

Exsicatas


Herbário P

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Fabaceae - Sesbania virgata (Cav.) Pers.

Flores com corola amarela (f. 1)
Cálice campanulado (f. 2)
Racemo congesto (f. 3)
 Inflorescência com comprimento inferior ao comprimento da folha (f. 4)
 Inflorescência axilar (f. 5) 
 Folha paripinada, folíolos oblongos, ápice arreodndado-mucronado, margem inteira, base arredondada (f. 6)
 Pluma foliar (f. 7) 
 Flor pedunculada (f. 8) 
 Botões  (f. 9)
 Estandarte reflexo (f. 10)
 Alas adnatas, falciforme (f. 11)
 Androceu monadelfo (f. 12)
 Ovário linear, estilete com a metade do comprimento do ovário (f. 13)
Pluma foliar, inflorescência axilar (f. 14)
Racemo congesto (f. 15)
Folha composta (f. 16)
Ovários em desenvolvimento (f. 17)
Frutos imaturos, tetrangulados (f. 18)
Estandarte orbicular, botão falcado (f. 19)
Estípula caduda (f. 20)
Fruto maturo, oblongo (f. 21)
Sementes reniformes (f. 22)
Leguminosae - Papilionoideae -  Sesbanieae - Sesbania Scop. Seção Sesbania Benth. 60 spp. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 6 espécies das quais uma é endêmica (Iganci 2015).

*1415. SESBANIA. P. ALPIN. Cálice cinco dentado. Bainha bivalve. Pericarpo siliquoso, multilocular, cilíndro, longo. Semente cilíndrica Linn. (Scopali 1777).


Basiônimo: Aeschynomene virgata Cav. Icones et Descriptiones Plantarum 3(2): 47–48, pl. 293. 1794.
8. virgata, racemo com muitas flores, folhas elípticas, lomento linear-ensiforme, compresso, tetragonado, caule herbáceo (Persoon 1807).

Planta arbustiva 2 metros de altura; ramos flexuosos, glabros, cilíndricos, inermes. Estípulas caducas.  Filotaxia alterna, espiralada. Folhas compostas, paripindas, 14-22 pares de jugas; folíolo suboposto ou oposto, oblongo-obovado, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, base arredondada, membranáceo, raque 7 vezes maior que o comprimento do pecíolo. Inflorescência axilar, racemos congestos; pedúnculo curto. Botão falcado. Flore pedicelada, monoica; cálice campanulado, lacínios 5, desiguais, curto, quase inconspícuos; pétalas 5, ungiculadas, amarelas, estandarte orbicular, retuso, reflexo, amarela; alas 2, falcadas, amarelas, quilha 2, soldadas, falcadas; androceu monadelfo; gineceu ovário linear, verde, estipitado, estilete curto. Frutos câmara, indeiscentes, oblongo, plano, tetrangulado, ocráceo. Sementes 6 x 3 mm oblonga-reniforme, monocromada, castanho, testa macia, hilo orbicular, central.

Comentários

Esta espécie ocorre me terrenos arenosos, em beira de rios, locais brevemente inundados. Seus frutos apresentam o mesocarpo desenvolvido, são indeiscentes.

Neste site temos duas espécies Sestania punicea (Cav.) Benth. e S. virgata que são facilmente distintas pela cor da flor e forma do fruto. A primeira tem flores rosas e frutos alados, enquanto a segunda tem flores amarelas e frutos sem alas.

Fotos: Rubens Teixeira Queiroz - Barão Geraldo, Campinas - SP (f. 15-20); Bancários, João Pessoa - PB (demais)

Referência

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Iganci, J.R.V.; Miotto, S.T.S. Sesbania in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 23 Mar. 2015

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. 1–369. Royal Botanic Gardens, Kew.

-Persoon, C.H. 1807. Sesbania. Synopsis Plantarum 2(2): 316. 

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana.
-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.
-Queiroz, R.T. 2020. Sesbania in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29852>. Accessed on: 29 Apr. 2021

-Scopoli, J.A.G.A. 1777. Sesbania. Introductio ad Historiam Naturalem 308–309.

-Silva, R.R, & Tozzi, A.M.G.A. 2012. Papilionoideae (Leguminosae) do Planalto Residual do Urucum, oeste do Pantanal do Mato Grosso do Sul, Brasil. Hoehnea, 39(1), 39-83https://doi.org/10.1590/S2236-89062012000100003


Exsicatas

Herbário K, MOP e Reflora




segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Fabaceae - Albizia lebbeck (L.) Benth. - faveiro -

Glomérulo, flores brancas, uma distinta das demais (fig. 1)
Inflorescência em glomérulos (fig. 2)
Copa aberta (fig. 3)
Tronco com placas suberosas, folhas compostas (fig. 4)
Estames com filetes longos (f. 5)
Cálice e corola com as meras soldadas, lacínios curtos (fig. 6)
Pedúnculo longo (fig. 7)
Legume seco, valvas castanhas (fig. 8)
Tronco grosso (fig. 9)
 Filetes longos, brancos (fig. 10)
 Estiletes longos, brancos (fig. 11)
 Estiletes unidos numa flor (fig. 12)
 Estames numerosos por flor, unidos na base (fig. 13)
Flor subséssil (fig. 14)
Nectário no pecíolo (fig. 15)
Nectário na extremidade terminal da folha (fig. 16)
 Árvore com ramos cobertos de frutos (fig. 17)
 Fruto tipo legume multiseminado (fig. 18)
 Valva com marca seminal reticulada (fig. 19)
 Parte interna da valva mostrando a semente (fig. 20)
Semente oblonga, testa lisa, castanho, plurograma aberto e hilo basal (fig. 21)

Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Albizia Durazz. 120-140 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 10 espécies, das quais 3 são endêmicas (Iganci 2015)


Albizia Durazz.


Árvores, tronco cilíndrico, liso ou estriado; ramos glabros, inermes. Estípulas 2, basifixa, laterais. Nectário presente no pecíolo ou ráquis. Filotaxia alterna, espiralada. Folha bipinada, multijuga. Inflorescência axilar, glomérulo ou racemo. Flores sésseis, heteromorfas, actinomorfas, monoclinas, hipóginas; cálice gamossépalo, lobos 5; corola gamossépala, tubulosa, alva; androceu monadelfo, filetes longos; gineceu simples, ovário séssil. Legume típico, folículo ou câmara, linear, plano, glabro. Sementes oblongas, testa lisa.

Albizia lebbeck (L.) Benth.

Árvore com 10 metros de altura; copa aberta; ramos glabros cilíndricos, cinzentos. Folhas compostas, bipinadas, 2-3 pares de jugas, foliólulos 4-6 por pina, oblongos-obovado, ápice arredondado, obtuso, retuso, base assimétrica, margem inteira; pecíolo longo com uma glândula concava a 1/3 do folíolo. Inflorescências axilares, 5-7 por nó, glomérulo denso. Flores monoclinas, chamativas, fortemente perfumadas, cheiro doce; flor central distinta das demais com dimensões mais desenvolvidas para o cálice e a corola, e um longo tubo estaminal;  Cálice 5, tubuloso, tubo e lacínios curtos, verde-limão, corola 5, tubulosa, ápice esverdeado; estames soldados na base com filetes longos; filete 1. Fruto legume, glabro, dourados. Semente 7-9, testa dura, pleurograma aberto, ocrácea, hilo central.

Comentários

Flores grandes intensamente aromatizadas, cheiro agradabilíssimo, doce.

A primeira descrição para esta espécie foi realizada por Linnaeu (1753) como Mimosa lebbeck, sendo uma descrição muito breve, a partir de material do Alto Egito.  Posteriromente Wildenow (1806) fez uma nova combinação para Acacia lebbeck (L.) Wildenow., De Candolle (1825) seguiu o tratamento dado por Wildenow (1806), finalmente em Bentham (1844) ao tratar dos grupos de Mimosoideae reconheceu que se tratava de uma espécie de Albizia e assim corrigiu e posicionou corretamente esta espécie no devido gênero aceito.

Planta muito usada para arborização de praças.

Origem: Ásia Tropical

Nomes populares: Acácia branca, coração de negro, ébano do oriente.(Freitas silva et al. 2004).


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Barão Geraldo, Campinas, São Paulo, Brasil.

Referência

- Barneby, R. C. & Grimes, J. W. 1996. Silk tree, Guanacaste, Monkey’s earring: A generic system for the synandrous Mimosaceae of the Americas. Part I. Abarema, Albizia and allies. Memoirs of the New York Botanical Garden 74: 1-292.

-Bentham, G. 1844. Albizia. London Journal of Botany 3: 87.

- Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113

-Chagas, A.P.; Dutra, V.F. 2020. Albizia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82614>. Accessed on: 24 Apr. 2021
 
- Iganci, J.R.V. 2015. Albizia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
 
- Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B.; Lock, M. 2005. Legumes of the world. Royal Botanic Gardens, Kew, 577p.

- Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Linnaeus, C. von. 1753. Mimosa lebbeck. Species Plantarum 1: 516.

-Lorenzi, H., H.M. Souza, e M.A.V. Bacher, L.B. Torres. 2003. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa: Plantarum.
 
- Silva, M.F.; Souza, L.A.; Carreira, L.M. 2004. Nomes populares das Leguminosas do Brasil. Manaus, Edua.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p. 

-Willdenow, C.L.von. 1806. Acacia lebbeck. Species Plantarum. Editio quarta 4(2): 1066.


Link para consulta
Diagnose

Exsicatas

Herbários P e K