Inflorescência em espiga, longa, flores amarelas, estames brancos (f. 1)
Caule estriado, glabro, inflorescência axilar, pecíolo com glândula séssil, concava, elíptica (f. 2)
Inflorescências axilares em botão, folha composta, bipinada (f. 3)
Ramo florífero (f. 4)
Ramo estriado, armado, pecíolo com nectário oblongo (f. 5)
Ramo reprodutivo (f. 6)
Espigas longas, as vezes pendulas (f. 7)
Legume com valvas crenadas, glabras (f. 8)
Ramo frutificado, frutos lineares, plano (f. 9)
Fruto legume, seco, valva com sementes oblongas (f. 10)
Galha na inflorescência (f. 11)
Semente obovada, testa lisa, pleurograma fechado (f. 12)
Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae, Piptadenia Bentham, 24 espécies (Lewis et al. 2005).
No Brasil ocorrem 21 espécies das quais 14 são endêmicas (Morim 2015).
Árvore; ramo
com acúleo presente. Estípula lateral, basifixa. Folha alterna, espiralada,
bipinada. Nectário extrafloral presente. Inflorescência lateral, espiga. Flor
séssil, bractéola ausente, hipanto ausente, actinomorfa, monoclina, hipógina, diplostêmone,
cálice gamossépalo, corola gamopétala, androceu dialistêmone, homomorfo, antera
rimosa; fruto legume típico, valva coriácea.
Piptadenia retusa (Jacq.) P.G. Ribeiro, Seigler & Ebinger, Phytologia 102(1): 1–2. 2020.
Sinônimo: Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke, Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 5:
126. 1930.
Basiônimo: Piptadenia communis var. stipulacea Benth.,
Flora Brasiliensis 15(3): 279. 1876. Tipo: -BRASIL. Piaui, In
silva sicca ad Munda Nova prope Barra do Jardim provinciae Piauhy, 1841, Gardner 1943 , Gardner 948 (Holótipo: K, imagem!, parátipo: K, imagem!)
Planta arbustivo,
arbórea com ca. 5 m de altura; tronco
cilíndrico, cinza, glabro; copa aberta; ramo longo, costado, estriado,
glabro, armado, acúleos falcados. Estípula 2, caduca. Folha composta, bipinada,
10-12 pares de jugas, foliólulos numerosos, opostos, oblongos, ápice agudo-arredondado,
margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabros, membranáceo, uninérvea;
nectário séssil, oblongo, côncavo na base do pecíolo; pecíolo 8x menor que o
comprimento da raque. Inflorescência axilar, espiga longa; pedúnculo curto;
botão obovado, pequeno. Flor pequena, séssil, monoica; cálice campanulado, lacínios
5; corola simpétala, lobos 5, amarelas; androceu 10, estames com filetes longos
maior que o comprimento da corola, antera amarela, basefixa, rimosa; gineceu 1,
ovário súpero, brevemente estipitado, pluriovulado. Fruto legume, linear, plano,
com valvas crenadas, glabras, castanha. Semente
oblonga, testa lisa, glabra, pleurograma fechado, hilo central.
Comentários
Estas espécies são facilmente reconhecidas pelo caule angulado e o nectário oblongo, concavo e séssil no pecíolo.
É uma espécie amplamente distribuída pela província da caatinga.
Na Paraíba é amplamente encontrada desde a região de agreste, cariri e sertão.
Nome popular: Jurema branca
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serrinha do Canto, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil.
Referências
-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar,
nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.
-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens
-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.
-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.