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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Fabaceae - Tamarindus indica L. (tamarindo)

 Pétalas variegadas (f. 1)
 Estames curvos (f. 2)
 Brácteas caducas (f. 3)
 Brácteas vermelhas (f. 4)
 Ovário séssil, hipanto cônico (f. 5)
 Brácteas vermelhas (f. 6)
Racemo (f. 7)
Folhas alternas, compostas, paripinadas (f. 8)
Ramos cilíndricos, inflorescências axilares (f. 9) 
Inflorescência axilar (f. 10) 
 Árvore com copa fechada (f. 11) 
 Ramo com frutos (f. 12)
 Ramo com frutos tipo câmara (f. 13)
Fruto oblongo (f. 14)
Tronco cilíndrico, estriado-reticulado (f. 15)

Leguminosae, Detarioideae, Tribo Amherstieae Benth.Tamarindus L. 1 sp. (Estrella et al. 2018).

No Brasil ocorre apenas uma espécie (Lewis 2015).


Árvore com 4 m de altura, copa assimétrica, crescimento simpodial, caule tronco escuro, estriado; ramo difuso, cilíndrico, inerme. Estípulas intrapeciolar, 2, oblonga, caduca. Filotaxia alterna, dística; folha composta, paripinada, com numerosos pares de juga; folíolo oposto, oblongo, ápice obtuso, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabra, membranáceo, nervação broquidódroma. Inflorescência axilar, racemo, laxo. Botão clavado. Flor pedicelada, grande, monoclina; hipanto curto; sépala 4, oblongo-obovadas, esverdeada; pétalas 3, oblongo-elíptica, ápice mucronado, variegada, escamas diminutas 2; androceu 3, estames monadelfo, filetes curvos e longos; antera elíptica, dorsifixa, rimosa; gineceu com ovário brevemente estipitado, estilete curvo, estigma plano. Fruto baga, plana, rugosa, marrom, arqueada, mesocarpo carnoso, ácido. Sementes monocromadas, escuras, testa lisa e dura. 


Comentário

Esta espécie pode ser reconhecida pelos racemos curtos e pêndulos, flores trímeras e grandes e pétalas esverdeada, variegada de vermelho.

Planta exótica muito usada na ornamentação na Paraíba. Seus frutos são comestíveis e muito usados no preparo de sucos e diversos alimentos.

foto: Rubens Teixeira de Queiroz - Final da rua Felizberto Brolezze, Barão Geraldo, Campinas - SP.

Nome popular: Tamarindo

Referências

-Bentham, G. 1862. Leguminosae I. Caesalpiniea. Flora Brasiliensis. Martius, C.P.F. (ed). Vol.15(2): 41-252.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Corrêa, M.P. Dicionário das plantas úteis do Brasil. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura Imprensa Oficial/Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. 1926-1931. 1984. v.6. p.185-186.

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraíba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Estrella, M., Forest, F., Klitgård, B. et al. A new phylogeny-based tribal classification of subfamily Detarioideae, an early branching clade of florally diverse tropical arborescent legumes. Sci Rep 8, 6884 (2018). https://doi.org/10.1038/s41598-018-24687-3

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens


- Lewis, G.P. Tamarindus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: <http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB23200>. Access on: 28 Mar. 2015

-Lorenzi, H., Souza, H.M. de.; Torres, M.A.V; Bacher, L.B. Árvores exóticas do Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2003. p.180.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Souto, F.S.; Quaresma, A.A.; Araruna, A.B.; Queiroz, R.T. e Pereira, M.S. 2019. “Estudo Taxonômico das subfamílias Cercidoideae e Detarioideae (Leguminosae) no parque ecológico engenheiro ávidos, sertão paraibano.” Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza 1: 68-75.

-Van Wyk, B.E. Food plants of the world: an illustrated guide. Timber Press, Inc., Portland, USA, 2005. 480p. (p.362).
 
Exsicatas

Herbário 

Debaixo do Tamarindo
Augusto dos Anjos
No tempo de meu Pai, sob estes galhos,
Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilissimos trabalhos!
Hoje, esta árvore, de amplos agasalhos,
Guarda, como uma caixa derradeira,
O passado da Flora Brasileira
E a paleontologia dos Carvalhos!

Quando pararem todos os relógios
De minha vida e a voz dos necrológios
Gritar nos noticiários que eu morri,

Voltando à pátria da homogeneidade,
Abraçada com a própria Eternidade
A minha sombra há de ficar aqui!