segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Fabaceae - Albizia lebbeck (L.) Benth. - faveiro -

Glomérulo, flores brancas, uma distinta das demais (fig. 1)
Inflorescência em glomérulos (fig. 2)
Copa aberta (fig. 3)
Tronco com placas suberosas, folhas compostas (fig. 4)
Estames com filetes longos (f. 5)
Cálice e corola com as meras soldadas, lacínios curtos (fig. 6)
Pedúnculo longo (fig. 7)
Legume seco, valvas castanhas (fig. 8)
Tronco grosso (fig. 9)
 Filetes longos, brancos (fig. 10)
 Estiletes longos, brancos (fig. 11)
 Estiletes unidos numa flor (fig. 12)
 Estames numerosos por flor, unidos na base (fig. 13)
Flor subséssil (fig. 14)
Nectário no pecíolo (fig. 15)
Nectário na extremidade terminal da folha (fig. 16)
 Árvore com ramos cobertos de frutos (fig. 17)
 Fruto tipo legume multiseminado (fig. 18)
 Valva com marca seminal reticulada (fig. 19)
 Parte interna da valva mostrando a semente (fig. 20)
Semente oblonga, testa lisa, castanho, plurograma aberto e hilo basal (fig. 21)

Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Albizia Durazz. 120-140 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 10 espécies, das quais 3 são endêmicas (Iganci 2015)


Albizia Durazz.


Árvores, tronco cilíndrico, liso ou estriado; ramos glabros, inermes. Estípulas 2, basifixa, laterais. Nectário presente no pecíolo ou ráquis. Filotaxia alterna, espiralada. Folha bipinada, multijuga. Inflorescência axilar, glomérulo ou racemo. Flores sésseis, heteromorfas, actinomorfas, monoclinas, hipóginas; cálice gamossépalo, lobos 5; corola gamossépala, tubulosa, alva; androceu monadelfo, filetes longos; gineceu simples, ovário séssil. Legume típico, folículo ou câmara, linear, plano, glabro. Sementes oblongas, testa lisa.

Albizia lebbeck (L.) Benth.

Árvore com 10 metros de altura; copa aberta; ramos glabros cilíndricos, cinzentos. Folhas compostas, bipinadas, 2-3 pares de jugas, foliólulos 4-6 por pina, oblongos-obovado, ápice arredondado, obtuso, retuso, base assimétrica, margem inteira; pecíolo longo com uma glândula concava a 1/3 do folíolo. Inflorescências axilares, 5-7 por nó, glomérulo denso. Flores monoclinas, chamativas, fortemente perfumadas, cheiro doce; flor central distinta das demais com dimensões mais desenvolvidas para o cálice e a corola, e um longo tubo estaminal;  Cálice 5, tubuloso, tubo e lacínios curtos, verde-limão, corola 5, tubulosa, ápice esverdeado; estames soldados na base com filetes longos; filete 1. Fruto legume, glabro, dourados. Semente 7-9, testa dura, pleurograma aberto, ocrácea, hilo central.

Comentários

Flores grandes intensamente aromatizadas, cheiro agradabilíssimo, doce.

A primeira descrição para esta espécie foi realizada por Linnaeu (1753) como Mimosa lebbeck, sendo uma descrição muito breve, a partir de material do Alto Egito.  Posteriromente Wildenow (1806) fez uma nova combinação para Acacia lebbeck (L.) Wildenow., De Candolle (1825) seguiu o tratamento dado por Wildenow (1806), finalmente em Bentham (1844) ao tratar dos grupos de Mimosoideae reconheceu que se tratava de uma espécie de Albizia e assim corrigiu e posicionou corretamente esta espécie no devido gênero aceito.

Planta muito usada para arborização de praças.

Origem: Ásia Tropical

Nomes populares: Acácia branca, coração de negro, ébano do oriente.(Freitas silva et al. 2004).


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Barão Geraldo, Campinas, São Paulo, Brasil.

Referência

- Barneby, R. C. & Grimes, J. W. 1996. Silk tree, Guanacaste, Monkey’s earring: A generic system for the synandrous Mimosaceae of the Americas. Part I. Abarema, Albizia and allies. Memoirs of the New York Botanical Garden 74: 1-292.

-Bentham, G. 1844. Albizia. London Journal of Botany 3: 87.

- Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113

-Chagas, A.P.; Dutra, V.F. 2020. Albizia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82614>. Accessed on: 24 Apr. 2021
 
- Iganci, J.R.V. 2015. Albizia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
 
- Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B.; Lock, M. 2005. Legumes of the world. Royal Botanic Gardens, Kew, 577p.

- Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Linnaeus, C. von. 1753. Mimosa lebbeck. Species Plantarum 1: 516.

-Lorenzi, H., H.M. Souza, e M.A.V. Bacher, L.B. Torres. 2003. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa: Plantarum.
 
- Silva, M.F.; Souza, L.A.; Carreira, L.M. 2004. Nomes populares das Leguminosas do Brasil. Manaus, Edua.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p. 

-Willdenow, C.L.von. 1806. Acacia lebbeck. Species Plantarum. Editio quarta 4(2): 1066.


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