Flor grande, zigomorfa, monoclina, pétalas unguiculadas, oblongas (f. 1)
Inflorescência panícula (f. 2)
Flor longipedicelada e frutos cilíndrico(f. 3)
Cálice heteromorfo, sépalas obovado-elípticas (f. 4)
Fruto câmara-bacífera (f. 5)
Hábito arbustivo (f. 6)
Folhas compostas, inflorescências panículas (f. 7)
Ramos difusos (f. 8)
Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Cassineae, Senna Sect. Chamaefistula, Serie Baccilaris
(Nees) H.S. Irwin e Barneby (Irwin; Barneby 1982).
No Brasil ocorrem 80 espécies das quais 27 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).
Senna Mill.
Árvore, arbusto ou subarbusto. Filotaxia alterna, dística ou espiralada; Ramo inerme. Estípula lateral, linear, lanceolada, falcada. Folhas imparipinada, 4-multijuga, folíolos oblongos, obovados, elípticos, glabro ou tomentoso; nectário presente ou ausente, se presente no pecíolo ou na raque, cilíndrico ou plano, estipitado. Inflorescência axilar ou terminal, panículo ou racemo; bráctea presente ou ausente; bractéola ausente. Flor pedicelada, zigomorfa ou assimétrica, monoclina, hipógina; cálice dialissépalo, homo ou heteromorfo; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, amarelas, heteromorfas; androceu dialistêmone, heterodínamo, heteromorfo, filete e antera distintos, antera muitas vezes maior que o filete, antera poricida, heteromorfa, estriada ou linsa; gineceu 1, longo, curvado, ovário glabro ou piloso, estilete curto. Fruto legume típico, câmara ou baga, linear, plano ou cilíndrico. Semente obovadas, testa lisa, escura ou clara.
Basiônimo: Cassia micans Nees.
Arbustos com 2 m de
altura; ramos tomentosos, inermes, longos, finos. Estípulas
estreitamente-triangulares, caducas. Folhas compostas, paripinadas, dois pares
de jugas; pecíolo curto em alguns casos com comprimento inferior ao comprimento
da raque; folíolo proximal ovado-elíptico, ápice agudo, margem inteira, base
assimétrica; folíolo apical elíptico-oblongo, ápice agudo-arredondado, margem
inteira, base assimétrica, face adaxial glabrescente, abaxial tomentosas,
discolores, coriáceo. Inflorescência terminal, panícula. Brácteas oblongas.
Botões globoides. Flores pediceladas, grandes, monoicas, diplostêmones; cálice
5, dialisépalo, heteromorfo, elíptico, oblongo, concavo, com indumento na face
dorsal; corola 5, pétalas unguiculadas, amarelas, obovadas, nervuras 3;
androceu 10, heteromórfico; filete curto, antera linear, estriada, poricida;
gineceu 1, ovário estipitado, linear, seríceo, pluriovulado; filete curto.
Frutos câmara-bacoide, cilíndricos, carnosos, linear, pubescente.
Comentário
Esta espécie é fácil de
ser reconhecida por apresentar indumento tomentoso, flores grandes e frutos
câmara-bacoide. Pode ser confundido com S. rugosa, no
entanto são distintos pela base dos folíolos que é simétrica em S. rugosa e
assimétrico em S. macranthera.
Senna macranthera apresenta oito variedades, na caatinga temos S. macranthera var. micans.
Na Paraíba é possível encontrar em praticamente todos os ambientes de Caatinga.
Nome popular: Aleluia
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Fazenda Almas, São José dos Cordeiros, Paraíba - Brasil.
Referências
-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.
-Bortoluzzi, R.L.C.; Lima, A.G.; Souza, V.C.; Rosignoli-Oliveira, L.G.; Conceição, A.S. 2020. Senna in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB23149>. Accessed on: 30 Apr. 2021
-Córdula, E., Morim, M.P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516. https://doi.org/10.1590/S2175-78602014000200012
-Irwin, H. S. and Barneby, R. C., 1982, The American Cassiinae ¾ A synoptical revision of leguminosae subtribe in the New world. Memories of the New York BotanicalGarden, 35(1-2): 1-918.
-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew
-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.
-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.
-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
-Santos, T.T. dos; Oliveira, A.C.S.; Queiroz, R.T de and Silva, J.S. 2020. O gênero Senna (Leguminosae-Caesalpinioideae) no município de Caetité, Bahia, Brasil. Rodriguésia [online]. 2020, vol.71 [cited 2021-04-25], e01222018. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071002.
-Silva Santos, S., Nunes, E.N., Souza, R.S., de Queiroz, R.T., da Cruz, D.D., de Lucena, R.F.P. (2022). Senna macranthera var. pudibunda (Benth.) H.S.Irwin & Barneby FABACEAE. In: Farias Paiva de Lucena, R., Dias da Cruz, D. (eds) Ethnobotany of the Mountain Regions of Brazil. Ethnobotany of Mountain Regions. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-030-47254-2_90-1
-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Senna in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro
E comestível essa flor e a sua bagen tipo ingá feijão.?
ResponderExcluir