quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Fabaceae - Ctenodon paniculatus (Willd. ex Vogel) D.B.O.S. Cardoso, P.L.R. Moraes & H.C. Lima

 Flor zigomorfa, pedicelada, corola papilionácea, amarela com estrias vináceas ( f. 1)
 Folha imparipinada, multijuga, folíolos alternos, lineares (f. 2)
Lomento moniliforme, segmentos orbiculares, estipitado, longipedicelado (f. 3)

Leguminosae - Papilionoideae - Dalbergieae - Ctenodon Baill. 68 espécies (W3tropicos).

No Brasil são encontradas 38 espécies, das 26 são endêmicas. (Lima et al. 2015).

Subarbusto prostrado ou ereto; inerme. Estípula basifixa. Folhas imparipinadas, multijugas; folíolos alternos, pecíolo menor que o comprimento da raque. inflorescência racemo ou panícula. Flor pedicelada ou séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice gamossépalo, corola dialipétala, pétalas unguiculadas; androceu monadelfo, filetes livres curtos, anteras homomórficas, ovário estipitado; fruto lomento.

Ctenodon paniculatus (Willd. ex Vogel) D.B.O.S. Cardoso, P.L.R. Moraes & H.C. Lima, Neodiversity: A Journal of Neotropical Biodiversity 13: 25. 2020.

Sinônimo: Aeschynomene paniculata Willd. ex Vogel, Linnaea 12: 95–96. 1838.

Comentário

Esta espécie apresenta estípula basifixa, morfologicamente é muito semelhante com Ctenodon brevipes, no entanto se distinguem pelo formato do segmento de fruto. Ctenodon paniculatus tem fruto com segmento orbicular, sendo os segmentos unidos pela região central, enquanto em A. brevipes o lomento tem segmento hemiorbicular, tendo o segmento unido pela região dorsal do lomento. 

Fotos: Maurício Mercadante, flor e folha (1 e 2), Brasília, Distrito Federal, Brasil.
Foto: Rubens Teixeira de Queiroz, fruto (3), Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Referências


-Antunes, L.L.C., & Silva, M.J. 2018. Aeschynomene (Fabacaeae, Papilionoideae) no estado de Goiás, Brasil. Rodriguésia, 69(4), 2163-2207. https://doi.org/10.1590/2175-7860201869444

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Cardoso, D. B. O. S., C. M. J. Mattos, F. Filardi, A. Delgado Salinas, M. Lavin, P. L. R. Moraes, F. Tapia-Pastrana & H. C. Lima. 2020. A molecular phylogeny of the pantropical papilionoid legume Aeschynomene supports reinstating the ecologically and morphologically coherent genus Ctenodon. Neodiversity 13: 1–38.

-Fernandes, A. 1996. O táxon Aeschynomene no Brasil. EUFC, Fortaleza. 130p.

-Hartmann, L.S., Rodrigues, R.S. & Flores, A.S. 2019. O gênero Aeschynomene (Leguminosae-Papilionoideae) no estado de Roraima, Brasil. Rodriguésia, 70, e04082017. Epub November 11, 2019.https://doi.org/10.1590/2175-7860201970071

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, L.C.P. ; Oliveira, M.L.A.A.; Souza, V.C. 2015. Aeschynomene in Lista de Espécies da Flora do Brasil.

-Lima, L.C.P.; Sartori, A.L.B. & Pott, V.J. 2006. Aeschynomene L. (Leguminosae, Papilionoideae, Aeschynomeneae) no Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Hoehnea 33(4): 419-453

-Michaux, André. 1803. Aeschynomene viscidula Michx. Flora Boreali-Americana 2: 74–75.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.


Herbário Reflora

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Fabaceae - Galega officinalis L.

Folhas compostas, últimos folíolos modificados em gavinha (f. 1)
Inflorescência axilares, longas, flores com corola papilionácea (f. 2)
Folíolos alternos (f. 2)
Alas brancas (f. 4)
Inflorescência congesta (f. 5)
Frutos legumes típicos (f. 6)

Leguminosae, Papilionoideae, Galegeae, Galega L. 6 espécies (Lewis et al. 2005)

Galega L.

Liana, volúvel, caule. Folhas compostas, terminando em forma de gavinha; folíolos alternos, elíptico-oblongos, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, base arredondada, pilosos, membranáceos, raque longa, últimos folíolos modificados em gavinha.  Inflorescência axilar, racemo longo, congesto. Flor séssil, pequena, monoica; cálice campanulado; corola 5, pétalas unguiculadas, estandarte orbicular, ápice retuso, roxas; alas oblongas, brancas. Frutos legume típico.



Foto: Priscila Araújo P. Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Referências

-Burkart, A. E. 1987. Leguminosae, Rafflesiaceae. 3: 442–738. In A. E. Burkart (ed.) Fl. Il. Entre Ríos. Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria, Buenos Aires.

-Macbride, J. F. 1943. Leguminosae. Publ. Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 13(3/1): 3–507.

Exsicatas

Herbário P 





segunda-feira, 26 de novembro de 2012

The genus Copaifera (Leguminosae - Caesalpinioideae) in Brazilian Amazonian

O gênero Copaifera (Leguminosae - Caesalpinioideae) na Amazônia brasileira

-Martins-da-Silva, R.C.V., Pereira, J.F., & Lima, H.C. 2008. O gênero Copaifera (Leguminosae - Caesalpinioideae) na Amazônia brasileira. Rodriguésia, 59(3), 455-476. https://doi.org/10.1590/2175-7860200859304

Fabaceae - Copaifera langsdorffii Desf. - copaíba -

Flores brancas, filetes longos, botão ovado, antera oblonga, rimosa (f. 1)
Inflorescência panícula (f. 2)
Folhas compostas, paripinadas (f. 3)
Inflorescência multiflora, congesta (f. 4)
filetes longos (f. 5)
Flores brancas (f. 6)
Botões ovados (f. 7)
Flor branca, pétalas livres (f. 8) 
Folha composta, paripinada, 4 pares de folíolos (f. 9)
Margem ciliada, pontuações translúcidas (f. 10)
Planta arbórea (f. 11)
Tronco escuro, estriado (f. 12)
Leguminosae, Detarioideae, Tribo Detarieae DC., Copaifera L. 38 espécies (Costa 2007, Estrella et al. 2018).
No Brasil ocorre 24 espécies, das quais 14 são endêmicas (Queiroz et al. 2015).


Planta arbórea; tronco cilíndrico, inerme; copa grande, aberta; ramo difuso, cilíndrico, glabro. Estípula basifixa, caduca. Folha paripinada, 4-6-foliolada, folíolos alternos, oblongos, ovado-oblongos, elíptico, ápice agudo, margem inteira, base aguda, obtusa, assimétrica, face adaxial glabra, viridescente, face abaxial glabrescente, glândulas translúcidas, nervuras expressas, coriáceos, pecíolo menor que o comprimento da raque. Inflorescência axilar ou terminal, panícula espiciforme, congesta, pedúnculo curto; botão ovado. Flor séssil, actinomorfa, monoclina, hipógina, homoclamídea; cálice dialissépalo, sépala 4, ovada; androceu dialistêmone, estames 8-10, filetes isodínamos, alvos, antera oblonga, dorsifixa, rimosa, branca; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário subséssil, plano, seríceo, uniovulado, estiletes longos, estigma puntiforme. Fruto legume, estipitado, orbicular, plano, valva lenhosa, orbicular. Semente ovada, negras, testa dura, com arilo oleoso.


Planta arbórea, ca. 12 m de altura; tronco cilíndrico, largo, escuro, com estrias vermelhas, placas escuras; copa grande, aberta; ramo difuso, cilíndrico, glabro. Estípula 2, caduca. Folha composta, paripinada, 4-6 pares de juga; folíolo alterno, oblongo, ovado-oblongo, elíptico, ápice agudo, margem inteira, às vezes ciliada, base aguda, obtusa, assimétrica, face adaxial glabra, viridescente, face abaxial glabrescente, com pontuações translúcidas, nervuras expressas, coriáceos, pecíolo 4-5x menor que o comprimento da raque. Inflorescência axilar ou terminal, panícula espiciforme, congesta, pedúnculo curto; botão ovado. Flor séssil, pequena, monoica; bráctea ovada; cálice 4, sépala livres, ovada; androceu 8-10, estame com filete longo, branco, antera oblonga, dorsefixa, rimosa, branca; gineceu 1, ovário súpero, subséssil, plano, serício, uniovulado, estiletes longos, estilete puntiforme. Fruto legume, valva lenhosa, orbicular. Semente ovada, negras, testa dura, com arilo oleoso.

Comentário
Espécie com um grande potencial medicinal.

Nome popular: Copaíba

Determinador: Jorge Costa, jcosta.bio@gmail.com

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, W3Norte, Brasília, Distrito Federal, Brasil

Referências

-Barroso, G. M. 1965. Leguminosas da Guanabara. Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 18: 109–177.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411

-Costa, J.A.S. 2007. Estudos taxonômicos, biossistemáticos e Filogenéticos em Copaifera L. (Leguminosae – Detarieae) com ênfase nas espécies do Brasil Extra-amazônico. Tese de doutorado. UEFS. Feira de Santana. 249pp.

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e ParaibaMem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Estrella, M., Forest, F., Klitgård, B. et al. A new phylogeny-based tribal classification of subfamily Detarioideae, an early branching clade of florally diverse tropical arborescent legumes. Sci Rep 8, 6884 (2018). https://doi.org/10.1038/s41598-018-24687-3

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Queiroz, L.P.; Martins-da-Silva, R.C.V.; Costa, J. Copaifera in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 01 Jun. 2015

-Silva Junior, M. C. da. 100 árvores do cerrado: sentido restrito: guia de campo Brasília, DF: Rede de Sementes do Cerrado, 2012. 304 p. il.

Coleção histórica


Exsicatas

Herbários P

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Fabaceae - Senegalia tenuifolia (L.) Britton & Rose - unha de gato -

Panícula de glomérulos, flores brancas (f. 1) 
Folhas compostas, bipinadas (f. 2)
Ramos cilíndricos, estriados, cilíndricos (f. 3)
Caule cilíndrico, cinzento (f. 4)
Folha composta multijuga, panícula de glomérulos (f. 5)
Inflorescência terminal (f. 6)
Pluma foliar (f. 7)
Ramo com legumes (f. 8)
Legume com valva castanha, cartácea (f. 9)
Ramo armado (f. 10)
Valva internamente glabra, semente ovada, testa lisa, dura, hilo central (f. 11)
Valva larga, semente com testa lisa, dura (f. 12)
Valva longa, rafe longa (f. 13)

 Leguminosae, Mimosoideae, Acacieae, Senegalia Raf. 279 espécies (w3tropicos 2021)

No Brasil ocorrem 60 espécies das quais 35 são endêmicas (Morim e Barros 2015).
Senegalia Raf.
Árvores ou lianas, ramos cilíndricos ou costados, armados. Estípula caduca ou persistente, basifixa. Folhas alternas-espiralada, bipinadas, multijugas com nectário no pecíolo, raque ou ambos; pecíolo menor que a raque. Inflorescência axilar, glomérulo ou espiga. Flores sésseis, pentâmeras, actinomorfas, monoclinas, hipóginas, cálice gamossépalo, lacínios 5; corola gamopétala, tubulosa, pétalas 5; androceu dialistêmone, polistêmone, estames numerosos, vistosos, gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário súpero, séssil, pluriovulado. Fruto legume, linear, rufo. Sementes com testa lisa, pleurograma aberto.


Senegalia tenuifolia
(L.) Britton & Rose, North American Flora 23(2): 118. 1928.

Planta arbórea. Ramos aculeados, caule angulado. Folhas compostas; glândula na base do pecíolo. Inflorescência do tipo glomérulo. 

Determinadora: Lulu Rico 

Nome popular: unha de gato

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, EMBRAPA CENARGEN, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Referências

-Borges, L. M., & Pirani, J. R. 2013. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Leguminosae-Mimosoideae. Boletim De Botânica, 31(1), 41-97. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9052.v31i1p41-97

-Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Matos, S.S., Melo, A.L.; & Santos-Silva, J. 2019. Clado Mimosoide (Leguminosae-Caesalpinioideae) no Parque Estadual Mata da Pimenteira, Semiárido de Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 70, e01902017. Epub March 18, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970007


-Morim, M.P.; Barros, M.J.F. Senegalia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Mai. 2015

-Queiroz, L.P. (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 913 pp.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Schery, R. W. 1950. Flora of Panama, Part V. Fascicle 2. Leguminosae–Mimosoideae. Ann. Missouri Bot. Gard. 37(2): 184–314.

-Seigler, D. S. & J. E. Ebinger. 2015. Clarification of Acacia multipinnata, A. paniculata, A. scandens and A. tenuifolia. Phytologia 97(3): 179–186.

- Terra, V.; Morim, M.P. 2020. Senegalia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB101020>. Accessed on: 20 Apr. 2021

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Reflora

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Fabaceae - Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan

 Glomérulo, cálice e corola e filetes brancos, anteras amarelas (f. 1)
 Folhas alternas, bipinadas (f. 2)
 Inflorescência axilar (f. 3)
 Anteras amarelas (f. 4)
 Lenticelas, caule marrom (f. 5)
 Nectário (f. 6)
Nectário séssil, concavo (f. 7)
Ramo estriado (f. 8)
folhas bipinadas e frutos planos (f. 9)
folículo com valvas glabras (f. 10)
caule cinzentos (f. 11)
Semente orbicular (f. 12)
Panícula de glomérulo (f. 13)
Tronco aculeado (f. 14)
Floração (f. 15)
Árvore com copa assimétrica (f. 16)
População (f. 17)
Sementes plantas orbiculares (f. 18)
Árvore (f. 19)
Ramos inermes (f. 20)
Folículos (f. 21)
Panícula (f. 22)
Glomérulo (f. 23)
Folículos (f. 24)
Folículos (f. 25)

Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae, Anadenanthera Spreg 2 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem duas espécies (Morim 2015).


Anadenanthera Spreg

Árvores, tronco cilíndrico, liso, inerme ou apresentando projeções cônico-espinescente, ramos cilíndricos, lenticelados, inermes. Estípula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas bipinadas, multijuga, nectário oblongo, côncavo presente no pecíolo, raque menor que o pecíolo; folíolos oblongos, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, odor presente. Inflorescência axilar, glomérulo. Flor monoclina, actinomorfa, hipógina, diplostêmone; cálice gamossépalo, corola gamopétala, tubulosa, alva, lobos 5, androceu dialistêmone, estames 10, filetes alvos, anteras amarelas, rimosas; gineceu simples, ovário menor que o estilete. Fruto folículo, linear, plano, liso ou verrucoso, constrito entre as sementes. Sementes orbiculares ou oblongas, testa lisa.



Árvore com 10-15 metros de altura, caule armado ou inerme na base, rufos; copa ampla, aberta; ramos cilíndricos, lenticelado. Folhas bipinadas, pecíolo com uma glândula oblonga, concava, séssil, presente, 8-20 pares de juga; folíolos opostos; foliólulos, opostos, oblongos, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, glabro. Inflorescências axilares ou terminais, panículas de glomérulos; flor séssil, pequena, monoica; cálice campanulado, lacínios 5, curtos, triangulares, brancos; corola 5, simpétalas, branca; estames 10, livres, excetos, filetes longos, brancos; anteras dorsifixas, com glândulas caducas, amarelas gineceu 1, ovário súpero, estipitado.  Fruto folículo, longo estipitado, plano, reto ou arqueado, margem crenada, valvas lenhosas, lisas, brilhosas. Sementes orbiculares, planas, testa dura, glabra e escura.

Comentário

Anadenanthera colubrina se distingue de A. peregrina por apresentar valvas lisas e brilhantes x valvas rugosas e foscas.

Planta com alto potencial econômico. Sua madeira é muito tensa e pode ser usada na construção civil ou como fonte de combustível. As cascas são usadas para curtir pele animal.

As folhas quando murchas produzem ácido cianídrico que pode provocar morte em animais por intoxicação.

Muito comum em matas secas.


Na Paraíba ocorrem em Cabaceiras, São José dos Cordeiros e nos diversos municípios com caatinga.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Corumbá, Mato Grosso do Sul (f. 9-11), João Pessoa, Paraíba - Brasil.

Utilidades: Fixadora de carbono, nitrogênio, produtora de madeira.

Nome popular: Angico


Referências 


- Altschul, S. R. 1964. A taxonomic study of the genus Anadenanthera. Contr. Gray Herb. 193: 3–65

-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar,
nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.


-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461

-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Lima, M.P.M. 1985. Morfología dos frutos e sementes dos gêneros da tribo Mimoseae (Leguminosae-Mimosoideae) aplicada à sistemática. Rodriguésia, 37(62), 53-78https://dx.doi.org/10.1590/2175-78601985376206

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Matos, S.S., Melo, A.L.; & Santos-Silva, J. 2019. Clado Mimosoide (Leguminosae-Caesalpinioideae) no Parque Estadual Mata da Pimenteira, Semiárido de Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 70, e01902017. Epub March 18, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970007

- Morim, M.P. 2015. Anadenanthera in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

- Morim, M.P. 2020. Anadenanthera in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18071>. Accessed on: 18 Apr. 2021

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Rodrigues E.M.; Queiroz, R.T.; Silva, L.; Monteiro, F.K.S.; Melo, J.I.M.. Fabaceae em um afloramento rochoso no Semiárido brasileiro. Rodriguésia [Internet]. 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071025.


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Herbários MOP