quarta-feira, 11 de julho de 2012

Flora Brasiliensis "Leguminosae"

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Fabaceae - Lupinus guaraniticus (Hassl.) C.P. Sm.

Corola papilionácea, lilás (f. 1)
Planta subarbustiva, bem ramificada, inflorescência racemo (f. 2)
Planta muito ramificada (f. 3)
Racemo laxo, flores lilás (f. 4)
Leguminosae, Papilionoideae, Genisteae, Lupinus L. c. 220-230 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 31 espécies das quais 21 são nativas (Iganci e Miotto 2015).                                        

Lupinus L.

Erva ou subarbusto, ramo inerme, indumentado. Estípula lateral, basifixa, persistente. Filotaxia alterna espiralada. Folha simples, composta, palmada; nectário ausente, pecíolo presente. Inflorescência racemo, terminal. Flor pedicelada, diclamídea, pentâmera, zigomorfa, monoclina; cálice gamossépalo, lobos 5; corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, androceu monadelfo, anteras dimorfas, rimosas; gineceu simples, unicarpelar, unilocular; ovário séssil, súpero, pluriovulado. Fruto legume, linear, plano-compresso. 

Lupinus guaraniticus (Hassl.) C.P. Sm.

Flores azuis ou violáceas, raramente amarelas, dispostas em racemos, com bractéolas foliáceas, semelhantes as estípulas. Legume bivalvar com valvas providas de falsos septos entre as sementes. Sementes com hilo oblongo ou linear.............................................Lupinus L.

Lupinus L. derivado de lupus (lobo), em alusão à capacidade de penetração da planta em todos os ambientes, bastando que haja leve camada de solo. (Barroso 1991).

Fotos: Priscila Araújo Porto Ferreira, Rio Grande do Sul, Brasil.

Referências

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Iganci, J.R.V.; Miotto, S.T.S. Lupinus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Mai. 2015

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens 

Exsicatas

http://www.tropicos.org/Name/13010691
http://plants.jstor.org/search?plantName=%22Lupinus+guaraniticus%22&syn=1

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Fabaceae - Rhynchosia minima (L.) DC.

Inflorescência longa, flores amarelas papilionadas (f. 1)
Botões com lacínios estreitamente-triangulares (f. 2)
Hábito escandente (f. 3)
Folha trifoliolada (f. 4)
Caule costado (f. 5)
 Legume (f. 6)
Sementes 2 (f. 7)
Folha deltoide (f. 8)
 Legume oligospermico (f. 9)
Sementes reniformes (f. 10_
Legume marrom (f. 11)
Sementes reniformes com testa castanha (f. 12)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Rhynchosia Lour. 1790. 230 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorre 19 espécies das quais 1 é endêmica (Fortunato 2015).


Liana, trepadeira, subarbusto, caule costado ou plano, volúvel, inerme. Estípula basifixa. Filotaxia alterna-espiralada. Folha unifoliolada-trifoliolada; folíolos ovados, romboides, ápice agudo, cuspidado, margem inteira, base obtusa, arredondada, indumento presente na face adaxial e abaxial, membranáceo, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipela presente. Inflorescência axilar, racemo ou pseudorracemo; brácteas inconspícuas. Flores breve-pediceladas, zigomorfas, monoclinas, hipóginas, pentâmeras; cálice campanulado, lobos 5, corola papilionácea, pétalas 5, unguiculadas, amarelas, estandarte com estrias; alas livres, quilhas unidas; androceu diadelfo, estames 10, anteras isomorfas; ovário séssil, pluriovulados, estilete curto, estigma capitado. Fruto tipo folículo ou legume, plano, falcado, moniliforme, oblongo, valvas coriáceas. Sementes reniformes, orbiculares, testa lisa, unicolor ou bicolor, hilo orbicular.


Rhynchosia minima (L.) DC., Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 2: 385. 1825. (Nov 1825)
Basiônimo: Dolichos minimus L.

Trepadeira; caules angulados, volúveis, inerme, tênue. Folha composta, trifoliolada; folíolos basais ovados, ápice agudo, margem inteira, base truncada, folíolo terminal ovado, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial estruturas secretoras, membranáceos, raque curta, pecíolo 1,2 vezes o comprimento do folíolo apical. Inflorescência axilar, racemo laxo, pedúnculo longo. Botão oblongo-obovado. Flores papilionáceas, pequenas, subsésseis, monoicas; cálice campanulado, lacínios 5, estreitamente-triangulares, 3 vezes o comprimento do tubo; corola 5, pétalas amarelas, unguiculadas, estandarte reflexo com estrias vermelhas; alas livres, oblongas, quilha unida; androceu 10 estames, anteras uniformes; gineceu 1, ovário subséssil, 2-5 óvulos.  Frutos legume típico, plano, curvado. Sementes 2-3 por frutos. Sementes reniforme, testa macia, escura.

Comentário

Planta coletada em área antropizada.

Na Paraíba foi coletada na Reserva de Almas em São José dos Cordeiros - Paraíba - BR.

Nome popular: Favinha brava, favinha do campo, feijão-fedido, feijão de rato.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - Serrinha do Canto, Ser. dos Pintos - Rio Grande do Norte - BR

Referências


-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Bezerra, L.M.P.A.; Candido, E.S.; Vargas, W.; Servilha, J.H.; Monteiro, T.C.; Fortuna-Perez, A.P. O gênero Rhynchosia (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no Brasil. Rodriguesia, v. 70, p. e04332017, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970058.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)


-Cristaldo, A.C.M., Pott, A., & Sartori, Â.L.B. 2012. O gênero Rhynchosia Lour. (Leguminosae, Papilionoideae) em Mato Grosso do Sul, Brasil. Biota Neotropica, 12(4), 221-237. https://doi.org/10.1590/S1676-06032012000400023


-Fortunato, R.H. Rhynchosia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 07 Abr. 2015

-Hirt, A.P.M. e Flores, A.S. 2012. O gênero Rhynchosia Lour. (Leguminosae - Papilionoideae) no estado de Roraima, Brasil. Rev. Bras. Bioci. 10(2):192-197.

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Oliveira, A.C.S.; Perez, A.P.F., & Silva, J.S. 2018. Os gêneros Eriosema e Rhynchosia (Leguminosae - Papilionoideae - Phaseoleae) no nordeste brasileiro. Rodriguésia, 69(4), 1825-1850https://doi.org/10.1590/2175-7860201869421

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Rogalski, L.D. & Miotto, S.T.S. 2011a. O gênero Rhynchosia Lour. (Leguminosae- Papilionoideae) nos estados do Paraná e de Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Biociências 9: 332-349.


Exsicatas

Herbário P


terça-feira, 3 de julho de 2012

Fabaceae - Ctenodon monteiroi D.B.O.S. Cardoso, Filardi & H.C. Lima

Folhas compostas, inflorescência axilares (f. 1)
Botões e flores, estandarte vinho, reflexo (f. 2)
Frutos e brácteas (f. 3)
Ramos cilíndricos, lisos, folíolos oblongos (f. 4)
Ramos longos, retos (f. 5)
Botões (f. 6)
Pétalas cremes (f. 7)
Panícula terminal (f. 8)
Flores subsésseis (f. 9)
Pétalas creme, botões falcado, vinho (f. 10) 
Caule cilíndrico, liso,vinho, estípula ovada, margem serreada  (f. 11)
Lomentos (f. 12)
Lomento 2-3 segmentos de frutos (f. 13)
Segmento monospérmico (f. 14)
  Diversos frutos formados (f. 15)
Segmento de fruto ovado-elíptico (f. 16)

Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Ctenodon

No Brasil são encontradas 38 espécies, destas 26 são endêmicas daquele pais. (Lima et al. 2015).

- Ctenodon - subarbusto prostrado ou ereto; inerme. Estípula basifixa. Folhas imparipinadas, multijugas; folíolos alternos, pecíolo menor que o comprimento da raque. inflorescência racemo ou panícula. Flor pedicelada ou séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice gamossépalo, corola dialipétala, pétalas unguiculadas; androceu monadelfo, filetes livres curtos, anteras homomórficas, ovário estipitado; fruto lomento.

Ctenodon monteiroi D.B.O.S. Cardoso, Filardi & H.C. Lima, Neodiversity: A Journal of Neotropical Biodiversity 13: 23. 2020.

Plantas arbustiva cerca de 3 metros de altura, ramos longos, delicados, cilíndricos, glabros. Estípulas ovadas, ápice acuminado, patentes, não peltada, borada serreada. Folhas compostas, imparipinadas, 13-23 folíolos, folíolos oblongos, glabros, ápice mucronados, margem inteira, base assimétrica. Inflorescências axilares, panículas curtas, glabras, brácteas desenvolvidas, botões vináceos; flores monoicas, pequenas, cálice pequeno, campanulado, bilabiado, lobos curtos, deltoides, lobo inferior maior que os demais, subulado, glabros; parte livre 1/2 da parte soldada; corola estandarte patente, externamente vinácea e internamente creme, alas e quilhas não viso, androceu 10 estames, monadelfos, parte livre comprida, gineceu unicarpelar; estilete curvado, estigma puntiforme. Frutos lomento, 1-3 segmentos,  glabros, membranáceos. Sementes não observadas.

Comentários


Esta espécie foi descrita por Bezerra e Fernandes (1979), posteriormente Lewis (1985) publicou uma variedade C. monteiroi var. psilantha. Não tive acesso ao artigo, mas pela análise do isótipo suponho que seja devido a presença de inflorescências terminais e ausência de brácteas nas inflorescência, uma vez que o epiteto da variedade quer dizer flor nua. grego: Psilo=nu, anthus=flor.
Ocorre na região do sertão paraibano coletado em Santa Luia


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, município de Martins e Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil

Nome popular: vassourinha, rama de besta
Determinador: G.P. Lewis


Referências

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Cardoso, D. B. O. S., C. M. J. Mattos, F. Filardi, A. Delgado Salinas, M. Lavin, P. L. R. Moraes, F. Tapia-Pastrana & H. C. Lima. 2020. A molecular phylogeny of the pantropical papilionoid legume Aeschynomene supports reinstating the ecologically and morphologically coherent genus Ctenodon. Neodiversity 13: 1–38.
  
-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, L.C.P. ; Oliveira, M.L.A.A.; Souza, V.C. 2015. Aeschynomene in Lista de Espécies da Flora do Brasil.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.



Exsicatas

Coleções botânicas para conservação: um estudo de caso em Abarema Pittier (Leguminosae, Mimosoideae)

Abarema cochliacarpos 

Coleções botânicas para conservação: um estudo de caso em Abarema Pittier (Leguminosae, Mimosoideae)

João Ricardo Vieira Iganci e Marli Pires Morim

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Fabaceae - Senegalia riparia (Kunth) Britton

Inflorescência glomérulo, filetes alvos (fig. 1)
Apis melifera  vistante floral (fig. 2)
Apis melifera  vistante floral (fig. 3)
Ramo florido (fig. 4)
Botões (fig. 5)
 Planta florida (fig. 6)
Flores com estames numerosos e livres (fig. 7)

Fruto legume típico, plano-corrugado, valvas coriáceas (fig. 8)
 Sementes elípticas, testa lisa, dura, pelurograma fechado, hilo basal (fig. 9)
Panícula de glomérulos (f. 10)
Legumes (f. 11)
Nectário no pecíolo (f. 12)
Flores sésseis (f. 13)
Botões (f. 14)
Nectário estipitado (f. 15)
Acúleo retrorso (f. 16)
Folha multijuga (f. 17)
Nectários no pecíolo e raque (f. 18)
Folíolos oblongos (f. 19


 Leguminosae, Mimosoideae, Acacieae, Senegalia Raf. 279 espécies (w3tropicos 2021)

No Brasil ocorrem 60 espécies das quais 35 são endêmicas (Morim e Barros 2015).
Senegalia Raf.
Árvores ou lianas, ramos cilíndricos ou costados, armados. Estípula caduca ou persistente, basifixa. Folhas alternas-espiralada, bipinadas, multijugas com nectário no pecíolo, raque ou ambos; pecíolo menor que a raque. Inflorescência axilar, glomérulo ou espiga. Flores sésseis, pentâmeras, actinomorfas, monoclinas, hipóginas, cálice gamossépalo, lacínios 5; corola gamopétala, tubulosa, pétalas 5; androceu dialistêmone, polistêmone, estames numerosos, vistosos, gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário súpero, séssil, pluriovulado. Fruto legume, linear, rufo. Sementes com testa lisa, pleurograma aberto.


Planta arbórea. Ramos aculados, caule angulado. Folhas compostas; glândula na base do pecíolo. Inflorescência do tipo glomérulo. 

Nome popular: unha de gato

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serrinha do Canto, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil.

Referências

-Borges, L. M., & Pirani, J. R. 2013. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Leguminosae-Mimosoideae. Boletim De Botânica, 31(1), 41-97. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9052.v31i1p41-97

-Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.

-Carnevali, G., J. L. Tapia-Muñoz, R. Duno de Stefano & I. M. Ramírez Morillo. 2010. Fl. Ilustr. Peníns. Yucatán 1–326. Centro de Investigación Científica de Yucatán, Mérida.


-Forzza, R. C. 2010. Lista de espécies Flora do Brasil http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.


-Morim, M.P.; Barros, M.J.F. Senegalia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Mai. 2015

-Queiroz, L.P. (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 913 pp.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Schery, R. W. 1950. Flora of Panama, Part V. Fascicle 2. Leguminosae–Mimosoideae. Ann. Missouri Bot. Gard. 37(2): 184–314.

-Seigler, D. S. & J. E. Ebinger. 2015. Clarification of Acacia multipinnata, A. paniculata, A. scandens and A. tenuifolia. Phytologia 97(3): 179–186.

-Terra, V.; Morim, M.P. 2020. Senegalia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB101018>. Accessed on: 20 Apr. 2021