Flores pediceladas (f. 3)
Cálice campanulado, tomentoso, lobos deltoides (f. 4)
Estames livres, anteras dorsifixas, rimosas (f. 5)
Semente oblonga com testa marrom (f. 12)
Testa frágil e cotilédones amarelos (f. 13)
Luetzelburgia nome dado em homenagem a Phillip von Luetzelburg (1880-1948), um botânico e explorador alemão que coletou largamente no nordeste do Brasil entre 1920 e 1922 (Lewis et al. 2005).
No Brasil ocorrem 11 espécies e destas 10 são endêmicas (Cardoso 2015).
Árvore com cerca de 5 m de altura,
crescimento simpodial; tronco com coloração cinza, cilíndrico; copa aberta;
ramo cilíndrico, tomentoso, inerme. Estípula caduca. Folhas compostas,
imparipinada, folíolos 5-9, subalternos ou opostos, ovado-elíptico, ápice
agudo-mucronado, margem suavemente ondulada, com nectários quando jovem, base
redonda-cuneada, face adaxial e abaxial com indumento, coriáceo. Inflorescência
terminal ou axilar, panícula. Botão oblongo. Flores subséssil, zigomorfas, monoclinas, hipóginas; cálice
campanulado, pubescente, cinéreo, lobos 5, triangulares; corola papilionácea,
pétalas 5, unguiculadas, rosa-nata-goiaba, estandarte obovado, margens
suavemente fimbriada, guia de néctar amarelo, posteriormente violeta; alas
oblongas; quilha não visto; androceu dialistêmone, estames 10, livres, filetes
longos; gineceu 1, ovário súpero, subséssil, monovulado, oblongo, piloso,
filete longo, estigma puntiforme. Frutos secos, indeiscentes, tipo sâmara,
plano, núcleo seminífero basa, alado. Semente oblonga, testa marrom, frágil.
Durante a maior parde do período seco permanece sem folhas, no final do período
de estiagem as gemas formam folhas, estas liberam um forte odor de feijão
quando maceradas.
Pode florescer rapidamente após as primeiras chuvas.
Na Paraíba é facilmente encontrada nos serrotes associadas aos afloramentos
rochosos. Esta foi encontrada na Fazenda Almas em São José dos Cordeiros, na
serra da Engabelada no Congo, no Pai Mateus e na Fazenda Salambaia em
Cabaceiras.
Planta amplamente encontrada na caatinga.
Nome popular: pau-mocó
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, São José dos Cordeiros, Paraíba (f. 1-4); Serrinha do Canto, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte - Brasil
Referência
-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).
-Cardoso, D.B.O.S. 2015. Luetzelburgia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB83297>.
-Cardoso, D.B.O.S., de Queiroz, L.P. and de Lima, H.C. 2014. Revision of Luetzelburgia. Bot J Linn Soc, 175: 328-375. https://doi.org/10.1111/boj.12153
-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.
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