quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Fabaceae - Erythrina velutina Willd. - mulungu -

Estandarte falcado, alas curtas, tubo estaminal vermelho (f. 1)
Flores pediceladas, botão puverulento-rufo (f. 2)
Inflorescência pseudorracemo (f. 3)
Estandarte-oblongo-obovado (f. 4)
Ovário velutino (f. 5)
Ramo cilíndrico, acúleo escuro (f. 6)
Planta arbórea (f. 7)
Pétalas unguiculadas, rubras (f. 8)
Inflorescência axilar (f. 9)
Pedúnculo longo (f. 10)
Caule estriado (f. 11)
Acúleo mamilar (f. 12)
Estandarte falcado (f. 13)
Estilete longo (f. 14)
Flor pedicelada (f. 15)
legume (f. 16)
 Sementes oblongas, testa lisa, vermelha (f. 17)
Hilo ovado (f. 18)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Erythrina L. 1753. 120 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 11 espécies, das quais 2 são endêmicas (Lima e Martins 2015).

Erythrina L

Árvores, troncos estriados, armados ou inermes; copas abertas; ramos cilíndricos, tomentoso, armado. Estípula 2, basifixa, lateral. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas trifolioladas, folíolos romboides, lanceolados, elípticos, ápice obtuso, agudo, margem inteira, base arredondada, obtusa, raque maior que o pecíolo. Inflorescência terminal, panícula de pseudorracemo, longipedunculada, brácteas caducas; botão falcado.  Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice tubuloso ou espatáceo, tomentoso ou glabro; corola papilionácea, pétalas unguiculadas, amarelas, vermelhas; estandarte reflexo, alas livres, menor que as pétalas da quilha; androceu diadelfo, alvo, anteras elípticas, rimosas; gineceu simples, ovário linear, filete maior que o ovário, estigma puntiforme. Legume típico, linear, cilíndrico, valvas coriáceas. Sementes reniformes, vermelha, castanha.


Erythrina velutina Willd., Der Gesellsschaft Naturforschender Freunde zu Berlin, neue Schriften 3: 426. 1801.

Planta arbórea com 5m alt., tronco grosso, cilíndrico, estriado, castanho. Copa aberta; ramos pouco difusos, cilíndricos, com acúleos pretos. Estípulas 2, caducas. Filotaxia alterna, espiralada. Folha trifoliolada; folíolo ovado, ápice agudo, margem inteira, base truncada, face adaxial e abaxial glabrescente, pecíolo 3x maior que a raque, estipelas 2 por folíolos. Inflorescência axilar, pseudorracemo; botão fusiforme, pulverulento; flor pedicelada, monoica, grande, cálice sinsépalo, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, vermelhas, estandarte oblongo-obovado, falcado, alas curtas; estame monadelfo, tubo estaminal vermelho, antera dorsefixa, elíptica, rimosa; gineceu 1, ovário súpero, pluriovulado, velutino; estilete longo; estigma verde, puntiforme. Fruto legume, plurisseminado, verde. Semente oblongo, testa lisa, vermelho, hilo ovado.


Planta comum no sertão, principalmente próximo ao curso de rios temporários

Nome popular: Mulungu

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Embrapa Sede, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Referência



-Agra, M.F.; Queiroz, R.T. 2019. Erythrina velutina mulunguIn book: Plantas para o Futuro - Região Nordeste Publisher: MMA

-Andrade-Lima, D. de. 1989. Plantas das caatingas. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências,.243p.

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Krukoff, B.A. & Barneby, R.C. 1974. Conspectus of species of the genus Erythrina. Lloydia 37(3): 332-459.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.
-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.
-Lima, H.C. de; Martins, M.V. Erythrina in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 02 Jun. 2015

-Martins, M.V. 2020. Erythrina in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29679>. Accessed on: 22 Apr. 2021

-Martins, M.V. & Tozzi, A.M.G.A. 2018. Nomenclatural and taxonomic changes in Brazilian Erythrina
(Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae). Journal of the Torrey Botanical Society 145(4): 398–402, 2018. https://doi.org/10.3159/TORREY-D-18-00003.1

-Martins, M.V. 2014. Filogenia do gênero Erythrina L. (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) e revisão taxonômica das espécies ocorrentes no Brasil. 2014. 185 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/314802>. Acesso em: 25 ago. 2018.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de S
antana. 467p.
-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Schleier, R. et al.. 2016. Erythrina mulungu – Botanical description and clinical indications from anthroposophy. Arte Médica Ampliada Vol. 36 | N. 4 |

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