Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.
Basiônimo: Cassia duckeana P. Bezerra & Afr.Fern., Bradea, Boletim do Herbarium Bradeanum 2(50): 337, f. 1–2. 1979.
Planta subarbustiva, anual, erecta com cerca 1 m de altura; ramo difuso, cilíndrico, híspido, inermes, verdes. Estípulas lanceoladas, membranácea, 3-4 nervadas, nervuras paralelas, persistentes. Folhas compostas, paripinadas; pecíolo curto, raque longa, híspido; glândulas longo-estipitadas; folíolos oblongos, ápice arredondado-mucronado, margem inteira, ciliada, base assimétrica, face adaxial glabra, face abaxial híspida, nervura expressa na face abaxial, membranáceo. Inflorescência axilar, cimosa. Brácteas estreitamente-triangulares, persistente; bractéolas estreitamente-triangulares. Botão ovado. Flor zigomorfa, longo pedicelada, pequenas, monoicas; cálice 5, sépala ovadas, dorsamente híspida, corola 5, pétalas unguiculadas, amarelas, carena oblonga, pétala interna cuculada, com manchas vermelhas no ápice arredondado; androceu 10, estames com filete curto e anteras lineares, deiscência lateral; gineceu 1, ovário séssil, oblongo, pluriovulado, estilete curvado, glabro, estigma puntiforme. Fruto legume, linear, levemente arqueado, plano, valvas, coriácea.
Comentário
Esta espécie juntamente com Chamaecrista calycioides constituem a seção Caliciopis. Ambas são distintas facilmente, pelo comprimento do pedicelo e tamanho da flor, tendo Ch. duckeana pedicelo longo e flor grande, versus pedicelo curto e flor pequena em Ch. calycioides. Frequente em áreas de Caatinga, é amplamente distribuída nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte.
Flora da Paraíba
Na Paraíba há diversos registos para Alagoa Grande, Catolé do Rocha, Serra Branca e Souza.
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz Fazenda Almas, São José dos cordeiros, Paraíba, Brasil.
Referências
-Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.
-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.
Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.
-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.
-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.
-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.
-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.
-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 08 Mar. 2015
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