Locais: Serrinha dos Pintos, RN - São José dos Cordeiros, PB - Petrolina, PE
Cenostigma é um gênero que se
carateriza pelo hábito arbóreo. Estípulas laterais,
caducas. Folhas bipinadas, alternas, dística ou
espiralada. Inflorescência terminal, racemo ou panícula. Flor com
pedicelo articulado, zigomorfa, monoclina, diclamídea, heteroclamídea,
hipógina; hipanto presente; cálice dialisépalo, sépalas 5, corola dialipétala,
pétalas unguiculadas, amarelas; androceu dialistêmone, diplostêmone,
estames 10, homodínamosos, antera rimosa; gineceu simples, pistilo com ovário,
estilete e estigma puntiforme. Fruto legume típico; linear ou
oblongo, valvas lignosa.
Comentário
As espécies de Cenostigma são conhecidas popularmente na região nordeste do Brasil como "catingueira" devido ao forte odor presente nos ramos, folhas e frutos. A muito as caatingueiras são identificadas como sendo uma única espécie "Caesalpinia pyramidales". Este nome é extremamente conhecido e usado na literatura entre os grandes trabalhos clássicos referentes ao bioma Caatinga. Entretanto, o nome popular catingueira pode ser atribuído a três
espécies atualmente circunscritas no gênero Cenostigma, sendo elas Cenostigma bracteosum, C. nordestinum e C.
pyramidale.
Os caracteres usados para delimitar estas espécies são reprodutivos, de forma que se torna difícil delimitação das mesmas quando em estágio vegetativo.
Queiroz
(2009) em sua excelente obra Leguminosas da caatinga delimita estas a partir da
articulação do pedicelo e o comprimento do hipanto.
Cenostigma pyramidale apresenta pedicelo articulado próximo a base do pedicelo ou
seja abaixo da metade do comprimento enquanto as demais tem articulação próximo
ao ápice do pedicelo ver figura 1.
Quanto a bráctea é bem desenvolvida em Cenostigma bracteosum e C. nordestinum, tendo a primeira bráctea
ovada enquanto a segunda brácteas estreito-ovadas. Enquanto em Cenostigma pyramidale esta estrutura é inconspícua.
Referências
- Queiroz, L. P. Leguminosas da Caatinga. Feirade Santana: UEFS, 2009. 467 p.
-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.
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