Flor amarela, estames oblongos, estigma longo curvado (f. 1)
Frutos legume, oblongo, plano, hispido (f. 2)
Botão ovado, folhas bijuga, pecíolo longo (f. 3)
Flor com visitante (f. 4)
Pétala obovada, unguiculada (f. 5)
Racemo laxo (f. 6)
Botão ovado (f. 7)
Flor pedicelado (f. 8)
Sépalas ovado-oblongo (f. 9)
Pétalas unguiculadas (f. 10)
Pétalas obovada (f. 11)
Ramos com indumento glandulares (f. 12)
Flor zigomorfa (f. 13)
Valvas elásticas, sementes obovada, preta (f. 14)
Estilete curvado (f. 15)
Sépala ovado-oblongo com tricomas (f. 16)
Verticilos reprodutivo, antera oblonga (f. 17)
Anteras com deiscência poricida (f. 18)
Ovário oblongo, filete longo, curvado, glabro (f. 19)
Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassinieae, Chamaecrista Moench, Seção Absus, Subseção Absus, xxxi Serie Absoideae (Irwin e Barneby 1982).
Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes pluriespermados, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.
Chamaecrista
hispidula (Vahl) H.S.Irwin & Barneby, Mem.
New York Bot. Gard. 35: 661. 1982.
Basiônimo: Cassia hispidula
Vahl, Eclogae Americanae 3: 10. 1807.
Comentário
Chamaecrista hispidula é
um táxon facilmente reconhecido por apresentar tricomas híspidos glandulosos
especialmente nas porções vegetativas (caule e ramos) e reprodutivas (pedicelo
e sépalas); pedicelos longos (14-20 mm de comprimento); inflorescência
terminal, constituída por flores grandes, quando comparada com as demais
espécies.
Na Paraíba ocorre na zona litorânea, coletada em Jacumã no Conde e Rio Tinto.
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Tabatinga, Conde, Paraíba, Brasil.
Referências
-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar,
nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.
-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew
-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.
-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 08 Mar. 2015
Exsicatas
Notas
Espécie tipica da seção Absus: Chamaecrista hispidula (Vahl.) Irwin e Barneby
De acordo com Irwin e Barneby (1982) temos 6 seções, entre estas a maior em diversidade de espécies é Chamaecrista seção Absus. Aqui, fizemos uma tradução, no entanto por não dominar o inglês, aconselho a consultar sempre a obra original que pode ser obtida em pdf neste mesmo blogger. clicando na barra de gênero em Cassia será possível obter os dois volumes.
B. Seção Absus (Colladon) Irwin; Barneby
Chamaecrista sect. Absus (Colladon) Irwin e Barneby, Brittonia 31(1): 155. 1979. Cassia sect. Absus DeCandolle ex Colladon, 1816. Sp. Typica: C. hispida Colladon = Chamaecrista hispidula (Vahl) Irwin e Barneby
"Inflorescência presente nos ramos frondosos do mesmo ano, terminal racemo simples ou terminal racemo-paniculado, ou por redução do ramo axilar racemoso, o eixo primário de cada racemo desenvolvido e vários floridos, se reduzido (raramente) 1 flor, com pubescência viscoide-setosa; androceu 10 estames, diminutamente ovado ou falcadamente hemi-lanceolada, oculto por uma hetermorfia, pétala envolta ou convoluta interposta entre ela e a obliquamente o estilete exserto, os filamentos todos menor que a metade do comprimento de sua antera, esta ciliada ao longo da sutura lateral e deiscente na parte apical, na antese da flor; estilete cilíndrico, nem dilatado nem curvo distalmente; o estigma muito pequeno com cavidade simetricamente terminal. - Ervas perenes, com raiz principal ou xilopódio, ou subarbusto, estes raramente subarborescentes, um (Subsect. Otophyllum) arbustivo mas anual; filotaxia principalmente alterna espiralada sempre, se o caule herbáceo; pubescência comumente composta parcialmente por setas ou sétulas glandulosas, estas, às vezes, reduzidas a suas bases bulbosas ou a pontos resinosos, na folhagem ou inflorescência (ou em ambos) em consequência mais ou menos viscoso, mas os tricomas glandulares especializados são ausentes na subseção Baseophyllum e Adenophyllum; glândulas peciolares ausentes, exceto em 4 espécies da subsect. Adenophyllum, Baseophyllum e Otophyllum; x = 14. - spp. 167, Neotropical".
Chave para subseção da seção Absus (Irwin e Barneby 1982)
1. Glândulas peciolares presente, séssil, escutelada e depressa, situada entre os pares de folíolos abaixo do primeiro par de folíolos, ou (quando pecíolo suprimido) entre o proximal (ou apenas) par de folíolos; seta glandular 0, mas o legume as vezes glutinoso
2. Arbusto, ou subarbusto com um xilopódio; folíolos 1-4 pares, todos normalmente folíaceo; pedúnculo exatamente axilar; pétalas secas amarelas ou laranjas.
3. Folíolos margem plana, fortemente assimétrico na base, palmadamente 3-7-nervuras a partir do pulvinulo; eixo da inflorescência portando com glândulas estuteladas (como na seção Apoucouita) .................................Ba. Subsect. Baseophyllum
3. Folíolos margem revoluta, subsimétrico na base, 3 nervuras a partir do pulvino; eixo da inflorescência sem glândula. Brasil 2 spp.......................Bb. Subsect. Adenophyllum
2. Ervas anuais (às vezes de duração de tempo e altura longos); folíolos 10-20 pares, o proximal 1-3 pares modificado em lâminas sésseis deltoide-reniforme semelhantes a brácteas florais ou estípula; pedúnculo adnado ao internó-caule. Os folíolos aparecendo supra-axilares (como na seção Chamaecrista ser. Chamaecrista); pétalas secas esbranquiçadas.................................................. Bc. subsect. Otophyllum
Serie Absoideae Benth. Folha bijuga, membranácea, frequentemente folhas jovens com menos pubescência em ambas faces, curtas ou longas, raro ( em Ch. barbata) maior, obtusa ou (em Ch. paucijuga) aguda. Espécies arbustiva, ou arbustiva (Bentham 1870:131) Em Bentham (1870) tinham 18 espécies, Irwin e Barneby (1982) reordenaram as espécies e em seu tratamento são encontradas 24 taxa ver IB. 1982: 660.
Chamaecrista multiseta, Ch. egleri, Ch. longicuspis, Ch. paraunana, Ch. barbata, Ch. rugosa, Ch. belemii, Ch. salvatoris, Ch. acosmifolia, Ch. andersonii, Ch. juruensis, Ch. brevicalys, Ch. zygophylloides, Ch. suzana, Ch. jacobinae, Ch. chapadae, Ch. viscosa, Ch. campestris, Ch. hispidula, Ch. amiciella, Ch. carobinha, Ch. punctulata, Ch. roncadoensis, Ch. fagonioides e Ch. fodinarum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário