sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Fabaceae - Macropsychanthus sclerocarpus (Ducke) L.P. Queiroz & Snak - mucunã -

Pseudorracemo congesto (fig. 1)
Flor zigomorfa com calo na base do estandarte  (fig. 2)
Botões florais (fig. 3)

Flores com corola papilionácea (fig. 4)
Ramos recobrindo a copa das árvores  (fig. 5)
Flor zigomorfa, com alas livres  (fig. 6)
Vista lateral da flor mostrando o estandarte reflexo  (fig. 7)

Cálice tubuloso, pentalobado  (fig. 8)
Quilhas adnatas  (fig. 9)
 Cálice campanulado (fig. 10)
 Quilha alva (fig. 11)
 Ovário protegido no tubo estaminal (fig. 12)
Androceu monadelfo  (fig. 13)
Anteras dimorfas (fig. 14)
 Frutos imaturos (f. 15)
Valvas lisas (fig. 16)
Legume linear, plano  (fig. 17)
valvas rufas  (f. 18)
legume plano  (fig. 19)
Fruto plurisseminado  (fig. 20)
Estipelas presentes (fig. 21)
Ramo cilíndrico (fig. 22)
Folha trifoliolada (fig. 23)
Face adaxial incana (fig. 24)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Macropsychanthus Harms ex K. Schum. & Lauterb. 47 espécies (W3tropicos 2021)

No Brasil ocorrem 26 espécies das quais 12 são endêmicas (Queiroz; Snak 2021).

Macropsychanthus Harms ex K. Schum. & Lauterb.

Liana volúvel, ramo cilíndrico, tricoma presente, inerme. Estípulas basifixas ou medifixa. Filotaxia alterna-espiralada. Folha trifoliolada, folíolos obovados, elípticos, ovados, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, face adaxial tricoma presente ou ausente, face adaxial com tricoma, raque menor que o pecíolo. Inflorescência axilar, pseudorracemo, brácteas inconspícuas. Flor pedicelada ou séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice tubuloso, lobos 5; corola papilionácea, pétalas dialipétalas, estandarte reflexo ou não, alas livres, quilha adnata, as vezes cocleada. androceu monadelfo, anteras dimórficas; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário séssil, pluriovulados.  Legume típico, linear, plano, margem reta ou ondulada, valvas lenhosas, rufas. Sementes numerosas, testa lisa, hilo linear.

Macropsychanthus sclerocarpus (Ducke) L.P. Queiroz & Snak, PhytoKeys 164: 102. 2020.

Sinônimo: Dioclea sclerocarpa Ducke, Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 3: 169–170. 1922.


Nome popular: mucunã

Comentário


Facilmente encontrada na mata caducifólio sobre solos vermelhos profundos.

EtimologiaMacropsychanthus gr.: macros: grande psycho: borboleta anthus: flor

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - Brasil.

Referências


-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

Ducke, W.A.  1922. Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 3: 169–170.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens


-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.


-Queiroz, L.P. Dioclea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 26 Mar. 2015


- Queiroz, L.P.; Snak, C. Macropsychanthus in Flora do Brasil 2020 under construction. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB617024>. Accessed on: 19 Feb. 2021


-Queiroz, L. P. & C. Snak. 2020. Revisiting the taxonomy of Dioclea and related genera (Leguminosae, Papilionoideae), with new generic circumscriptions. PhytoKeys 164: 67–114 https://doi.org/10.3897/phytokeys.164.55441


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Herbário  reflora


terça-feira, 20 de novembro de 2018

Fabaceae - Goniorrhachis marginata Taub. - itapecuru -

Racemo terminal com flores alvas (f. 1)
Ramos finos (f. 2)
Árvore de copa assimétrica (f. 3)
Tronco cilíndrico, estrias compostas de lenticelas (f. 4)
Folha tetrafoliolada (f. 5)
Folíolos assimétricos, venação cladódroma (f. 6)
Raque com comprimento maior que o pecíolo (f. 7)
Estrada para Imburanas na Bahia com muitas árvores (f. 8)

Leguminosae, Detarioideae, tribo Barnebydendreae,  Goniorrhachis Taub. 1 espécie (Estrella et al 2018)

Espécie endêmica do Brasil. (Lima 2015).

Goniorrhachis marginata Taub., Flora 75: 77, pl. 3. 1892.

Árvore, ca. 7m alt.; copa aberta, assimétrica; tronco cilíndrico, lenticelas verticais presentes, ramos glabros, inermes. Estípulas basifixas, caducas. Filotaxia alterna-dística. Folha paripinada, tetrafoliolada, folíolos opostos, assimétricos, elíptico, ápice obtuso, margem crenada, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabros, coriácea, nervação craspedódroma, raque menor que o pecíolo. Inflorescência terminal, racemo. Flor séssil, pentâmera, actinomorfa, monoclina, hipógina, diplostêmone; cálice dialissépalo, sépalas 4, reflexas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, alvas, obovadas; androceu dialistêmone, estames 10, filetes longos, anteras amarelas, rimosas; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário breve-estipitado, ovário viloso, estilete mais longo que o ovário, estigma puntiforme. Fruto legume, breve-estipitado,  oblongo, linear, elíptico, plano, marrom, valvas glabrescentes. Semente assimétrica, plana, testa ruminada, hilo basal.

Comentário

Planta arbórea de copa assimétrica, aberta. Flores alvas perfumadas. Ocorre na margem de rios temporários.

Nomes populares: Itapecuru, itapicuru, guarabu-roxo, pastaria.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Sento Sé, Bahia, Brasil.


Referências


-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Costa, J.A.S. 2020. Goniorrhachis in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB79070>. Acesso em: 17 May 2021

-Estrella, M., Forest, F., Klitgård, B. et al. A new phylogeny-based tribal classification of subfamily Detarioideae, an early branching clade of florally diverse tropical arborescent legumes. Sci Rep 8, 6884 (2018). https://doi.org/10.1038/s41598-018-24687-3

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Kew, Royal Botanic Gardens. 369 pp.


- Lima, H.C. de 2015. Goniorrhachis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

-Prenner, G., Cardoso, D. 2017. Flower development of Goniorrhachis marginata reveals new insights into the evolution of the florally diverse detarioid legumes, Annals of Botany, Volume 119, Issue 3, February 2017, Pages 417–432, https://doi.org/10.1093/aob/mcw223

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Feira de Santana, UEFS. 467 pp.

-Rizzini, C. T. 1976. Contribuicao ao conhecimento das floras Nordestinas. Rodriguésia 28(41): 137–193.

-Watson, L., and Dallwitz, M.J. 1993 onwards. The genera of Leguminosae-Caesalpinioideae and Swartzieae: descriptions, illustrations, identification, and information retrieval. In English and French. Version: 4th August 2019. delta-intkey.com’.

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Herbário MOReflora

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Fabaceae - Dalbergia catingicola Harms

Sâmara estipitada, oblonga, núcleo seminífero central (f. 1)
Sâmara plana, glabra, nervação reticulada (f. 2)
Semente reniforme (f. 3)
Sâmara com base aguda, margem inteira e ápice obtuso (f. 4)
Ramo cilíndrico, inerme, lenticelado, glabro (f. 5)
Infrutescência congesta (f. 6)
Folha imparipinada, folíolos alternos, 7-foliolados (f. 7)
Folhas alternas, folíolos glabros, oblongo-elípticos (f. 8)

Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Dalbergia L.f. 250 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 40 espécies, das quais 21 são endêmicas (Filardi et al. 2024).

Dalbergia L.f.

Arbusto, árvore, liana. Ramos inermes. Estípula lateral, basifixa. Folha, alterna, imparipinada; uni-plurifoliolada; folíolos alternos, estipelas ausentes. Inflorescência panícula axilar ou terminal. Flor brevi-pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina, cálice campanulado, 5 dentado, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, alva, alaranjada, roxa; androceu monadelfo; antera homomórfica; ovário estipitado. Fruto tipo sâmara, núcleo seminífero central, estipitado, plano, inerme. Semente reniforme, plana.
Dalbergia catingicola Harms, Botanische Jahrbücher für Systematik, Pflanzengeschichte und Pflanzengeographie 42(2–3): 213–214. 1908.

Comentário
Esta espécie é facilmente reconhecida pelo hábito de  liana e apresenta sua distribuição distribuição restrita na Paraíba. A mesma foi encontrada apenas na serra do Paulo numa borda de afloramento no município de São João do Cariri.
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Município de São João do Cariri, PB, BR.

Referências

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Ferreira, J.J.S., Oliveira, A.C.Silva, Queiroz, R. T.e, & Silva, J.S. 2019. A tribo Dalbergieae s.l. (Leguminosae-Papilionoideae) no município de Caetité, Bahia, Brasil. Rodriguésia, 70, e03502017. Epub December 20, 2019.https://doi.org/10.1590/2175-7860201970089

-Filardi, F.L.R.; Lima, H.C.; Cardoso, D.B.O.S. 2020. Dalbergia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22908>. Accessed on: 18 May 2021

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, H.C. de Dalbergia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 01 Jun. 2015

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

Tipo

Exsicatas
Reflora

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Fabaceae - Bauhinia subclavata Benth.

Fruto linear, plano com valvas lignosas (f. 1)
Sementes oblongo, testa lisa, castanha, hilo longo (f. 2)
Legume estipitado, longo, plano, tomentuloso (f. 3)
Fruto imaturo (f. 3)
Folha unifoliolada (f. 4)
Folha brevipeciolada (f. 5)
Nervação actinódroma (f. 6)
Face adaxial glabra com nectário na base do limbo (f. 7)
Botões clavados (f. 8)
Legumes (f. 9)
Flor (f. 10)
Face abaxial (f. 11)
Androceu dialistêmone (f. 12)

 Leguminosae, Cercidoideae, Bauhinia  L., Sect. Pauletia, ser.  Cansenia Wunderlin, K. Larsen e S.S. Larsen  150 -160 espécies (Vaz e Tozzi 2005; Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 57 espécies das quais 35 são endêmicas (Vaz 2015).

Bauhinia L.

Arbusto ou árvore, tronco cilíndrico ou estriado; ramos inermes ou armados. Estípulas basifixas, caducas. Filotaxia alterna-dística. Folha unifoliolada, bilobada, nervação actinódroma, ápice bilobado, margem inteira, base rotunda, cordada, bicolor, coriácea, peciolada. Inflorescência terminal ou axilar, cimosa ou racemosa. Flores pediceladas, hipanto presente, zigomorfas, dialipétalas, pentâmeras, monóclinas, hipóginas; cálice dialissépalo, às vezes sépalas unidas; corola dialipétala, alva, amarela, vermelha, rosa, vinho; androceu 1-5-10-estames, homodínamos ou heterodínamo, anteras elípticas, rimosas; gineceu simples, ovário estipitado, unicarpelar, unilocular, pluriovulado, estilete presente, estigma plano. Fruto legume típico, linear, plano, valvas lignosas. Sementes, ovadas, obovadas a oblongas, testa dura, lisa.

 Bauhinia subclavata Benth., Flora Brasiliensis 15(2): 188. 1870.

Nome popular: Mororó, pata de vaca.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serra do Paulo, São João do Tigre, Paraíba - Brasil

Referências

-Amorim, L.D. et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar, nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-24], pp.105-124.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

 -Vaz, A.M.S.F.; Tozzi, A.M.G.A.  2005. Sinopse de Bauhinia sect. Pauletia (Cav.) DC. (Leguminosae: Caesalpinioideae: Cercideae) no Brasil1. Revista Brasil. Botanica 28(3): 477-491.

-Vaz, A.M.S.F. Bauhinia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de -Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 19 Abr. 2015Vaz, A.M.S.F. 2020. Bauhinia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27794>. Accessed on: 24 Apr. 2021

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