quarta-feira, 8 de julho de 2015

Fabaceae - Poeppigia densiflora Tul.

 Racemo terminal, flores pediceladas, pétalas amarelas (f. 1) 
 Flor zigomorfa, estames com filetes longos livres (f. 2)

 Brácteas oblongas, flor pedicelada, cálice campanulado (f. 3) 
 Estames livres, antera articulada, rimosa (f. 4) 
 Panícula terminal (f. 5)
Ramos  com frutos imaturos (f. 6)
Fruto samaroide (f. 7)
 Folha composta, fruto samaroide, plano, estipitado oblongo-elíptico (f. 8)
Fruto indeiscente, estipitado (f. 9) 
Sementes obovadas, plana, lisa (f. 10)
Estípula basefixa, oblonga, caduca (f. 11) 
Filotaxia alterna dística, folíolos oblongos (f. 12)

Tronco e ramos cilíndricos (f. 13)
Planta arbórea (f. 14)

Leguminosae,  Dialioideae, Poeppigia C. Presl 1830, 5 espécies.

No Brasil ocorre apenas duas espécie (Falcão & Mansano 2021).

Poeppigia densiflora Tul., Arch. Mus. Hist. Nat. 4: 122. 1844.

Planta arbórea com 5 m alt.; copa aberta, extremamente ramificada; ramos cilíndricos, escuros, inermes, glabrescente. Estípula 2, caduca. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, paripinada, multijuga; folíolo oblongo, oposto, ápice arredondado, mucronado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabras, membranácea, discolores, raque maior que o pecíolo. Inflorescência axilar ou terminal, panícula, congesta, tomentulosa. Flor pedicelada, pequena, monoica; cálice campanulado, lacínios 5, triangulares; corola 5, pétalas unguiculadas, amarelas, obovadas, estames 10, livres, filetes longos, antera dorsifixa, rimosa; gineceu monocarpelar, ovário súpero, oligovulado. Fruto samaróide, oligosseminado, estipitado, plano, elíptico, oblongo, valvas membranáceas. Semente obovada, plana, testa lisa, lúcida, hilo subasal.
Comentário
Esta espécie ocorre na Caatinga sobre o sedimentar.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Catimbau, Pernambuco (f. 1-8), Serra da Capivara, Piauí, (f. 9-11) Brasil.

Nome popular: Carucu, pau branco, saboeiro


-Bentham G. 1870. In Martius CFP, Endlicher S, Urban I. eds. Leguminosae 2, Swartzieae et Caesalpinieae. Flora Brasiliensis, 15, 2. Monachii, Lipsiae, 80–178.

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461

-Falcão, M.J.A & Mansano, V.F. 2021. A Taxonomic Revision of the Genus Poeppigia (Fabaceae: Dialioideae). Phytotaxa 513 (3): 175–202. Doi. https://doi.org/10.11646/phytotaxa.513.3.1

-Falcão, M.J.A.; Mansano, V.F. 2020. Poeppigia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB23129>. Accessed on: 26 Apr. 2021

-Falcão M. Mansano, V. 2019. Revisão taxonômica e Estudos de Ontogenia Floral na Subfamília Dialioideae (Fabaceae) no Neotrópico. Dissertação de Mestrado. ENBT-JBRJ. Rio de Janeiro. Brasil.

- Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, H.C. de Poeppigia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 02 Out. 2015

-Presl CB. 1830. Symbolae Botanicae, sive, Descriptiones et icones plantarum novarum aut minus cognitarum. Prague, Czech Republic.

- Queiroz, L. P. Leguminosas da Caatinga. Feira de Santana: UEFS, 2009. 467 p.

-Rizzini, C. T. 1976. Contribuicao ao conhecimento das floras Nordestinas. Rodriguésia 28(41): 137–193.

-Tulasne RL. 1844. Légumineuses arborescentes de L’Amérique du Sud. Archives du Muséum d'Histoire Naturelle. Paris. 4: 122.






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Herbários Reflora 

terça-feira, 7 de julho de 2015

Fruit as diagnostic characteristic to recognize Brazilian species of Zornia (Leguminosae, Papilionoideae)


Fruit as diagnostic characteristic to recognize Brazilian species of Zornia (Leguminosae, Papilionoideae) 



-Perez, A., Lewis, G., Queiroz, R., Silva, J., Tozzi, A., & Rodrigues, K. 2015. Fruit as diagnostic characteristic to recognize Brazilian species of Zornia (Leguminosae, Papilionoideae). Phytotaxa, 219(1), 27–42. doi:http://dx.doi.org/10.11646/phytotaxa.219.1.2

domingo, 5 de julho de 2015

Fabaceae - Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth ex DC.

Flores zigomorfas (f. 1)
Inflorescência pseudorracemo (f. 2)
Botão e flores, pétalas rosa (f. 3)
Flores em antese e polinizadas (f. 4)
Panícula de pseudorracemo (f. 5)
Folha composta imparipinada  (f. 6)
Estandarte reflexo (f. 7)
Cálice campanulado, pétalas unguiculadas, estandarte reflexo, alas oblongo-falciforme (f. 8)
Pseudorracemo congesto (f. 9)
Botões oblongos-falcados (f. 10)
Flores polinizadas, cálice persistente (f. 11)
Inflorescência congesta (f. 12)
Panícula com pedúnculo tomentuloso (f. 13)
Bractéolas 2, pétalas unguiculadas (f. 14)
Quilha conata (f. 15)
Pseudorracemo (f. 16)
Folíolos elíptico-oblongos, face adaxial viridescente (f. 17)
Filotaxia alterna, dística (f. 18)
Folíolo com face adaxial impressa (f. 19)
Face abaxial com nervuras expressas (f. 20)
Face abaxial com nervuras expressas (f. 21)
Margem revoluta (f. 22) 
Samarídeo estipitado, tomentoso (f. 23)
Samarídeo plano (f. 24)
Ramo repleto de frutos (f. 25)
Semente reniforme (f. 26)


Leguminosae, Papilionoideae, Millettieae, Lonchocarpus Kunth 1824. 

No Brasil ocorrem 10 espécies, das quais apenas umas é endêmica (Silva e Tozzi 2015).

Lonchocarpus Kunth Nova Genera et Species Plantarum (folio ed.) 6: 300. 1824.

Árvore, ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Filotaxia alterna espiralada. Folha imparipinada, glândula e estipela ausente, nervação borquidódroma, pecíolo menor que a raque. Inflorescência pseudorracemo, axilar ou terminal. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice gamossépalo, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, androceu pseudomonadelfo, estames 10, anteras rimosas; gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário súpero pauciovulado. Fruto semaróide, achatado, oblongo.


Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth ex DC., Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 2: 260. 1825.

Basiônimo: Robinia sericea Poir., Encyclopédie Méthodique, Botanique 6(1): 226. 1804.            

Planta arbórea, ca. 10 m de altura; tronco pouco ramificado, cilíndrico, inerme; copa fechada; ramo cilíndrico, glabrescente, tomentoso, lenticelado, inerme. Estípula 2, caduca. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, imparipinada, 7 folíolos; folíolos elípticos-oblongos, ápice cuspidado, margem inteira, revoluta, base assimétrica, face adaxial glabra, viridescente, nervura impressa, face abaxial tomentulosa, nervura expressa; pecíolo 3x menor que o comprimento da raque, ausência de nectário. Inflorescência axilar, pseudorracemo ou panícula de pseudorracemo, congesto, pedúnculo menor que o comprimento do eixo das flores; botão oblongo-falcado. Flor curto pedicelada, médias, monoica; cálice lato-campanulado, lacínios 5, curto, as vezes inconspícuo; corola dialipétala, 5, pétalas unguiculadas, rosa; estandarte orbicular, reflexo, calo na base; alas oblongo-falcada, livres; quilha oblonga, adnata na base; androceu 10, pseudomonadelfo, tubo branco, filete curto, antera elíptica, rimosa, castanha; gineceu 1, ovário súpero, pluriovulado, linear. Fruto legume samaroide, oblonga, plana, tomentoso, rufo. 


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, As margens do Rio Poty em frente ao Blue Plaza, Poti, Teresina, Piauí, Brasil


http://www.biodiversitylibrary.org/page/153566#page/266/mode/1up

Revisão


Referências

-Azevedo-Tozzi, A.M.G. 1989. Estudos taxonômicos nos gêneros Lonchocarpus Kunth e Deguelia Aubl. no Brasil. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 348p.

-Bentham, G. 1870. Flora Brasiliensis 15(2): 277.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, L.P. (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 913 pp.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Silva, M.J. da; Tozzi, A.M.G.A. Lonchocarpus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB22921>. Acesso em: 06 Jul. 2015

-Silva, M.J. 2020. Lonchocarpus in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29737>. Accessed on: 28 Apr. 2021

-Silva, M.J. & Tozzi, A.M.G.A. 2012. Revisão taxonômica de Lonchocarpus s. str.(Leguminosae, Papilionoideae) do Brasil. Acta Botanica Brasilica 26(2): 357-377.



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Herbários Reflora






quarta-feira, 24 de junho de 2015

Fabaceae - Chamaecrista flexuosa (L.) Greene

Flor grande, pétalas unguiculadas, amarelas, estames pequenos, anteras lineares, deiscência poricida (f. 1)
Flor zigomorfa, pétalas obovadas (f. 2)
Caule fraxiniforme, flores isoladas (f. 3)
Cálice lanceolado, dimórfico, com estrias vermelhas (f. 4)
Flor longo-pedicelada (f. 5)
Ovário linear, seríceo, estilete curto (f. 6)
Corola concava (f. 7)

Estípula cordiforme, folha composta (f. 8)
Frutos pedicelados (f. 9)
Flor longo-pedicelada, pilosa, axilar (f. 10)
Caule fractiflexo (zig-zag) (f. 11)
Estípula cordiforme, margem ciliada (f. 12)
Folha composta, folíolos oblongos (f. 13)
Nectários sésseis, distribuído no pecíolo e na raque (f. 14)
Nó com frutos e folhas (f. 15)
Folíolos oblongos, ápice agudo, mucronado (f. 16)
Fruto plurisseminado (f. 17)
Semente quadrada, testa lisa (f. 18)
Cálice isomorfo, sépalas livres, ovado-lanceolado (f. 19)
Verticilos reprodutivos, androceu e gineceu, anteras amarelas (f. 20)
Pedicelo híspido, botão ovado (f. 21)
Fruto linear, plano (f. 22)
Leguminosae, Caeslapininioideae, Casseae, Cassinae, Chamaechista Moench, Sec.: Chamaecrista, serie Flexuosae (Irwin e Barneby 1982). ca 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).

Chamaecrista Moench.

Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumento tector ou glandular. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 5, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 5-10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes pluriespermados, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.

Chamaecrista flexuosa (L.) Greene, Pittonia 4(20D): 27. 1899.

Basiônimo: Cassia flexuosa L., Species Plantarum 1:379–380. 1753.

Planta subarbustiva, 50 cm de altura, decumbente; ramo fractiflexo, cilíndrico, estriado, piloso, inerme. Estípulas 2, ovadas, ápice acuminado, mucronado, base cordada, persistente. Folha composta, paripinada, multijuga, folíolos oblongos, ápice agudo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e abaxial glabrescente, pecíolo 10x menor que a raque, pecíolo caniculado com nectários, estes presentes na raque também; nectários concavos, sésseis, escuros. Inflorescência axilar, cimosa; pedicelo longo, bractéolas 2; botão ovado. flores longo pedicelada, pequenas, monoica; cálice dialissépalo, sépalas 5, isomorfas, ovado-lanceoladas; corola dialipétalas, pétalas 5, unguiculadas, amarelas, obovadas; androceu 10, estames 10, livres, heteromórficos, filete curto, antera longa, falcada, amarela, deiscência poricida; gineceu 1, ovário súpero, pluriovulado, serício, cinéreo, estilete curvado, glabro. Fruto legume, linear, plano, castanho. Semente numerosas, quadrada, testa lisa, hilo marginal.

Comentário 

Esta espécie é muito fácil de ser reconhecida por apresentar caule em zig-zag, fino, lingoso, estípulas ovada, base cordada e ápice agudo, folhas multijuga, mais de 10 pares de folíolos.
Na Paraíba ocorre principalmente nos terrenos baldios.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Universidade Federal da Paraíba, Campus I, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Referências
 
-Irwin, H.S. e Barneby, R.C.1982.  Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 720.
-Lewis, G. P., Schrire, B., Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the word. Royal Botanic Gardens, Kew
-Queiroz, R.T.; Souza, B.I. e Borges Neto, I.O. 2020. Guia de Angiospermas dos Campos dos Areais do Sudoeste do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora compasso lugar-cultura.
-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.
-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82893>. Accessed on: 21 Apr. 2021
-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in:  . Access on: 08 Mar. 2015


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