terça-feira, 29 de outubro de 2024

Libidibia leiostachya (Benth.) F.G.Oliveira & L.P.Queiroz - Pau-ferro -




Racemo (f. 1)



Hábito arbóreo (f. 2)



Tronco cilíndrico, liso, verde e cinza (f. 3)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Caesalpinieae, Libidibia (DC.) Schltdl. 10 spp. (W3tropicos 2015).

No Brasil ocorrem 5 espécies das quais 4 são endêmicas (Oliveira & Fernando 2024).


BasiônimoCaesalpinia ferrea Mart., Reise Bras. 2: 611. 1828.

Árvore ou arbusto com até 3 metros de altura; tronco cilíndrico, liso, esfoliante, variegado de cinza com verde; copa muito fechada; ramos difusos, cilíndricos, pubescentes. Estípulas caducas. Folhas compostas, bipinadas, 3-4 pares de juga, opostas; foliólulos 5-6, opostos, oblongos, ápice arredondado, margem inteira, base assimétrica, discolores, coriáceo, faces adaxial e abaxial pubescente. Inflorescência terminal, racemo, laxo. Botão ovoide. Flores pediceladas, monoica; hipanto curto; cálice dialisépalo, pétalas 5, ovadas, esverdeada; corola 5, amarelas, pétalas imbricadas, orbiculares, carena variegada de vermelho, parte superior reflexa; androceu 10,  estames com filetes longos com tricomas na base, anteras castanhas, elípticas, dorsifixas, rimosas; gineceu séssil, ovário curto, estilete curto, estigma achatado, verde. Fruto câmara seca, oblonga, castanha, indeiscente, plana, pubescente, imatura verde.

Comentário

Espécie fácil de ser reconhecida, pela copa assimétrica, tronco liso, foliólulos oblongos e o fruto câmara indeiscente.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz - (f. 1-3) Barão Geraldo, Campinas - SP.


Nome popular: Pau ferro

Uso: Planta muito usada na arborização urbana, madeireira.

 Referência

-Barroso, G. M. 1965. Leguminosas da Guanabara. Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 18: 109–177.

-Bentham, G. 1870. Flora Brasiliensis 15(2): 69.

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Córdula, E., Morim, M.P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516. https://doi.org/10.1590/S2175-78602014000200012

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Gaem, P.H. 2020. Cenostigma in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB605732>. Accessed on: 25 Apr. 2021

-Gagnom, E.; Bruneau A. , Hughes; C.E.; Queiroz, L.P. and Lewis, G.P. 2016. A new generic system for the pantropical Caesalpinia group (Leguminosae). PhytoKeys 71: 1–160

-Lewis, G.P. Poincianella in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 06 Mai. 2015

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lewis, G.P. (1994) Systematic Studies in Noetropical Caesalpinia L. (Leguminosae: Caesalpinioideae), including a revision of the Poincianella-Erythrostemon group. University of St. Andrews, St. Andrews, 237 pp.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.

-Oliveira, F.G.; Fernando, E.M.P. Libidibia in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB109827>. Acesso em: 29 Oct. 2024

-Oliveira, F.G.; Fernando, E.M.P. 2020. Libidibia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB109828>. Accessed on: 28 Apr. 2021

-Queiroz, L.P. (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 913 pp.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.



quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Fabaceae - Canavalia ensiformis (L.) DC. - feijão-de-porco

Inflorescência pseudorracemo (f. 1)
 Flor subpedicelada, pétalas da corola róseas (f. 2)
Legumes imaturos (f. 3)
Flor com corola estandarte ressupinado com guias de néctar alvos, alas adnatas a quilha (f. 4)
Fruto legume-típico (f. 5)
Fruto com uma estria na parte superior da valva (f. 6)
Pedicelo esverdeado (f. 7)
Planta com o hábito escandente lenhosa (liana) (f. 8)
Pulvino bem desenvolvido (f. 9)
Folha trifoliolada, folíolo ovais (f. 10)
Legume seco, linear, achatado com valvas lignosas (f. 11)


Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Canavalia Adans. 1763. 60 espécies (Lewis  et al. 2005).

No Brasil ocorrem 19 espécies das quais oito são nativas (Snak 2024).

Canavalia Adans. 1763.

Liana inerme. Estípula basifixa. Folha alterna, trifoliolada, pecíolo menor que a raque. Inflorescência racemo ou pseudorracemo; brácteas ausentes, nectário presente. Flor subséssil, zigomorfa, monoclina, hipógina, cálice tubuloso, lobos 5, 2 superiores maiores que os 3 inferiores; corola papilionácea, pétalas unguiculadas, rosas, androceu monadelfo, estames; gineceu simples, ovário pluriovulado. Fruto legume-típico, linear, plano, valvas lignosas. Semente com testa lisa, castanho, hilo basal, oblongo.


Canavalia ensiformis (L.) DC., Prodr. 2: 404. 1825.


Nome popular: feijão de porco

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Campus I, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Referências

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Costa, R.K.A.; Queiroz, R.T. 2019. A tribo Phaseoleae (Leguminosae, Papilionoideae) na mata do
Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb

De Candolde, A.P. 1825. Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 2: 404. 

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.


-Queiroz, L.P.; Snak, C. Canavalia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 08 Mai. 2015

-São-Mateus, W.M.B.; Cardoso, D.; Jardim, J.G. & Queiroz, L.P. 2013. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. Biota Neotropica 13: 315-362.  https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400028.

-Snak, C., Miotto, S.T.S., & Goldenberg, R. 2011. Phaseolinae (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia, 62(3), 695-716https://doi.org/10.1590/2175-7860201162314

Exsicatas

Herbário  RBR

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Fabaceae - Dalbergia gracilis Benth.








Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Dalbergia L.f., 250 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 40 espécies, das quais 21 são endêmicas (Filardi et al. 2024).

Dalbergia L.f.

Arbusto ou árvore. Estípula lateral, basifixa. Folha, alterna, imparipinada; uni-plurifoliolada; folíolos alternos, estipelas ausentes. Inflorescência panícula axilar ou terminal. Flor brevi-pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina, cálice campanulado, 5 dentado, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, alva, alaranjada, roxa; androceu monadelfo; antera homomórfica; ovário estipitado. Fruto tipo sâmara, núcleo seminífero central, estipitado, plano, inerme. Semente reniforme, plana.


Dalbergia gracilis Benth., J. Linn. Soc., Bot. 4(Suppl.): 38. 1860.
 

Fotos: Maurício Figueira, Sena Madureira, Acre, Brasil.

Referências

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Carvalho, A.M. 1997. A Synopsis of the Genus Dalbergia (Fabaceae: Dalbergieae) in Brazi. Brittonia 49 (1): 87-109.

-Ferreira, J.J.S., Oliveira, A.C.Silva, Queiroz, R. T.e, & Silva, J.S. 2019. A tribo Dalbergieae s.l. (Leguminosae-Papilionoideae) no município de Caetité, Bahia, Brasil. Rodriguésia, 70, e03502017. Epub December 20, 2019.https://doi.org/10.1590/2175-7860201970089

-Filardi, F.L.R.; Cardoso, D.B.O.S.; Lima, H.C. Dalbergia in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB22908>. Acesso em: 23 ago. 2024

-Filardi, F.L.R.; Lima, H.C.; Cardoso, D.B.O.S. 2020. Dalbergia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22914>. Accessed on: 01 May 2021

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.


Exsicatas


Herbários Reflora

terça-feira, 28 de maio de 2024

Fabaceae - Staminodianthus racemosus (Hoehne) D.B.O.S. Cardoso & H.C. Lima

Flor zigomorfa, papilionácea (f. 1)
Panícula com flores rosa (f. 2)
Folhas imparipinadas, folíolos alternos (f. 3)

Leguminosae, Papilionoideae, Sophoreae, Staminodianthus D.B.O.S. Cardoso, H.C. Lima & L.P. Queiroz 3 espécies (Cardoso et al. 2013).

No Brasil ocorrem 3 espécies das quais uma é endêmica (Cardoso 2015)

Staminodianthus D.B.O.S. Cardoso, H.C. Lima & L.P. Queiroz

Árvore; ramos inermes. Filotaxia alterna espiralada. Estípula basifixa, lateral. Folhas imparipinadas, multifolioladas; folíolos alternos, oblongos, elípticos, ovados. Inflorescência em racemo. Flores pedicelada, subséssil, zigomorfas, monoclinas, hipóginas; cálice tubuloso, lobos 5; corola papilionácea, pétalas unguiculadas, androceu dialistêmone, 5 estames e 5 estaminódios, gineceu simples, pistilo com ovário, estilete e estigma. Fruto sâmara, estipitado ou séssil, com núcleo seminífero central.

Staminodianthus racemosus (Hoehne) D.B.O.S. Cardoso & H.C. Lima, Phytotaxa 110(1): 9. 2013.

FotosMilton Cordova Neyra, Mato Grosso, Brasil.

Referências

-Cardoso, D.B.O.S. 2015. Staminodianthus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro

-Cardoso, D.; Lima, H.C. & Queiroz, L.P. 2013a. Staminodianthus, a new neotropical Genistoid legume genus segregated from Diplotropis. Phytotaxa 110(1): 1–16.

Exsicata

Herbário NY

sexta-feira, 12 de abril de 2024

Fabaceae - Chloroleucon acacioides (Ducke) Barneby & J.W. Grimes

Ramo com fruto (f. 1)
Ramo armado com espinho (f. 2)
Folha bipinada (f. 3)
Planta lenhosa com fruto espiralado (f. 3)

Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Chloroleucon (Benth.) Britton & Rose. 10 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem sete espécies das quais três são nativas (Iganci 2015).

Chloroleucon (Benth.) Britton & Rose

Árvore; ramo com espinho presente. Estípula lateral, basifixa. Folha alterna, dística, bipinada. Nectário extrafloral presente no pecíolo. Inflorescência axilar, glomérulo. Flor séssil, bractéolas ausentes, hipanto ausente, actinomorfa, monoclina, hipógina, polistêmone, prefloração valvar; cálice gamossépalo, corola gamopétala, androceu monadelfo, homomorfo, anteras rimosa; fruto câmara, valvas coriáceas.

 Chloroleucon acacioides (Ducke) Barneby & J.W. Grimes, Mem. New York Bot. Gard. 74(1): 141. 1996.

Baniônimo: Pithecellobium acacioides Ducke, Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 3: 69. 1922.

Nome popular:  Arapiraca, esponjeira, jurema


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Rio Tinto, Paraíba, Brasil.

Referências

-Almeida, P.G.C.; Souza, E.R., Queiroz, L.P. 2015.  Flora of Bahia: Leguminosae – Chloroleucon Alliance (Mimosoideae: Ingeae). Sitientibus série Ciências Biológicas. 15: 1-22. 10.13102/scb289

- Barneby, R. C. & Grimes, J. W. 1996. Silk tree, Guanacaste, Monkey’s earring: A generic system for the synandrous Mimosaceae of the Americas. Part I. Abarema, Albizia and allies. Memoirs of the New York Botanical Garden 74: 1-292.

-Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.

-Córdula, E., Morim, M.P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516. https://doi.org/10.1590/S2175-78602014000200012


-Iganci, J.R.V. Chloroleucon in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 15 Mai. 2015

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens. 

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. London: Royal Botanic Gardens Kew, 369 p.

-Matos, S.S., Melo, A.L.; & Santos-Silva, J. 2019. Clado Mimosoide (Leguminosae-Caesalpinioideae) no Parque Estadual Mata da Pimenteira, Semiárido de Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 70, e01902017. Epub March 18, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970007

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 

-Rodrigues E.M.; Queiroz, R.T.; Silva, L.; Monteiro, F.K.S.; Melo, J.I.M.. Fabaceae em um afloramento rochoso no Semiárido brasileiro. Rodriguésia [Internet]. 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071025.

-Souza, E.R. 2020. Chloroleucon in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18404>. Accessed on: 23 Apr. 2021

Exsicatas


quinta-feira, 11 de abril de 2024

A taxonomic revision of the genus Eperua (Leguminosae, Detarioideae, Detarieae).

Eperua glabriflora (Ducke) R.S. Cowan

A taxonomic revision of the genus Eperua (Leguminosae, Detarioideae, Detarieae).  

-Fortes, E.A., Reis, I.P. dos, ter Steege, H., Aymard, G., Secco, R. de S., Martins-da-Silva, R.C.V., Mansano, V.F., 2023a. A taxonomic revision of the genus Eperua (Leguminosae, Detarioideae, Detarieae). Phytotaxa 617, 1–127. https://doi.org/10.11646/phytotaxa.617.1.1

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Advances in Legume Systematics 14. Classification of Caesalpinioideae. Part 2: Higher-level classification

Senegalia bahiensis (Benth.) Seigler & Ebinger

Bruneau A, Queiroz LP, Ringelberg JJ, Borges LM, Bortoluzzi RLC, Brown GK, Cardoso DBOS, Clark RP, Conceição AS, Cota MMT, Demeulenaere E, Duno de Stefano R, Ebinger JE, Ferm J, Fonseca-Cortés A, Gagnon E, Grether R, Guerra E, Haston E, Herendeen PS, Hernández HM, Hopkins HCF, Huamantupa-Chuquimaco I, Hughes CE, Ickert-Bond SM, Iganci J, Koenen EJM, Lewis GP, Lima HC, Lima AG, Luckow M, Marazzi B, Maslin BR, Morales M, Morim MP, Murphy DJ, O’Donnell SA, Oliveira FG, Oliveira ACS, Rando JG, Ribeiro PG, Ribeiro CL, Santos FS, Seigler DS, Silva GS, Simon MF, Soares MVB, Terra V (2024) Advances in Legume Systematics 14. Classification of Caesalpinioideae. Part 2: Higher-level classification. PhytoKeys 240: 1-552. https://doi.org/10.3897/phytokeys.240.101716


segunda-feira, 9 de outubro de 2023

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Fabaceae - Leptospron adenanthum (G. Mey.) A. Delgado

Flor com corola zigomorfa (f. 1)
Corola com pétalas lilás (f. 2)
Cálice gamossépalo, corola papilionácea (f. 3)
Inflorescência pseudorracemo, flor séssil (f. 4)
Fruto legume típico (f. 5)
Folha trifoliolada, folíolo com nervação actinódroma (f. 6)
Hábito trepador (f. 7)
Valvas cartáceas (f. 8)
Epicarpo escabroso (f. 9)
Semento com hilo central (f. 10)
Sementes com testa castanho (f. 11)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Leptospron (Benth.) A. Delgado, 2011. Apenas 2 espécies (W3tropicos 2023).

No Brasil ocorrem uma espécie (Snak 2023).

Leptospron (Benth.) A. Delgado, Amer. J. Bot. 98(10): 1709. 2011.

Erva trepadeira; ramos volúveis, indumento, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas trifolioladas; folíolos ovais, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e adaxial indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, pseudorracemo; brácteas ausentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, alva-lilás, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado. Fruto legume, linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Semente quadrada, reniformes, testa lisa, marmorada, hilo central.


Leptospron adenanthum (G. Mey.) A. Delgado, Amer. J. Bot. 98(10): 1710. 2011.

Phaseolus adenanthus G. Mey., Prim. Fl. Esseq.: 239. 1818.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Ilha do Rodeadouro, Petrolina, Pernambuco, Brasil. 

 Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).


Exsicatas

Herbário 

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Fabaceae - Hydrochorea corymbosa (Rich.) Barneby & J.W.Grimes - Paricazinho

Inflorescência tipo umbela, presença de botões d flores (F. 1)
Pedúnculo mais longo que o comprimento das flores, folhas bipinadas (f. 2)
Flores com filetes longos com comprimento maior que o comprimento do pedicelo (f. 3)
Filotaxia alterna-espiralada (f. 4)

 Leguminosae, Clado Mimosida, Ingeae, Hydrochorea Barneby & J.W. Grimes 11 espécies (legumedata 2024).

No Brasil ocorrem seis espécies, das quais uma é endêmica (Soares 2020)

Hydrochorea Barneby & J.W. Grimes, Mem. New York Bot. Gard. 74(1): 23. 1996.

Árvore, ramo inerme. Estípula basifixa, lateral, caduca. Filotaxia alterna espiralada. Folhas bipinadas, glândulas presentes, pecíolo maior que a raque. Inflorescência axilar, umbela. Flor pedicelada, dimorfa, actinomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice gamossépalo, sépalas 5, corola gamopétala, lobos 5, androceu monadelfo, polistêmone, estames monocromados; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pluriovulado. Fruto folículo, linear.

Hydrochorea corymbosa (Rich.) Barneby & J.W. Grimes, Mem. New York Bot. Gard. 74(1): 27. 1996.

Fotos: Profa. Dra. Ana Kelly Koch Araújo Silva, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.


Referências

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411).

-BFG. Brazilian Flora 2020: Innovation and collaboration to meet Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC). Rodriguésia, v.69, n.4, p.1513-1527. 2018. (https://doi.org/10.1590/2175-7860201869402).

-Morim, M.P.,Soares, M.V.B. 2015. Hydrochorea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil2015.jbrj.gov.br/FB22970)

-Soares, M. V. B., E. J. M. Koenen, J. R. V. Iganci & M. P. Morim. 2022. A new generic circumscription of Hydrochorea (Leguminosae, Caesalpinioideae, mimosoid clade) with an amphi-Atlantic distribution. PhytoKeys 205: 401-437.

-Soares, M.V.B. 2020. Hydrochorea in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (https://floradobrasil2020.jbrj.gov.br/FB22970).

Exsicatas

Herbário Reflora

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Fabaceae - Zornia ulei Harms

Flor com simetria zigomorfa ou bilateral, séssil ou sem pedicelo (f. 1)
Flor com corola papilionácea (f. 2)
Inflorescência espiciforme ou seja composta por flores sésseis, sendo a base da flor recoberta por um par de bractéolas (f. 3)
Corola papilionácea deixando evidente o estandarte (pétala superior), as alas (pétalas laterais), e a carena (pétalas inferiores), sendo estas concrescidas entre si, num formato falciforme ou em forma de foice (f. 4)
Flor mostrando a bilateralidade, sendo a pétala superior ou estandarte com estrias vermelhas, sendo esta coloração associadas aos polinizadores, alguns autores chamam de guia de néctar (f. 5)
Nesta imagem podemos ver filetes, referentes as estruturas constituintes do androceu ou seja filetes e anteras que formam os estames (f. 6)
Nesta imagem é possível ver nitidamente o estandarte com formato largo orbicular e o ápice suavemente emarginado; vemos ainda as alas com formato concavo-convexo ou com formato de concha (f. 7)
Aqui podemos ver o fruto do tipo lomento. O lomento é um tipo de fruto seco, indeiscente, que se fragmenta em segmentos, sendo estes segmentos partes dos frutos onde estão localizadas as sementes. Estes tipos de frutos favorecem nas leguminosas uma adaptação a baixa disponibilidade de água, de forma que a semente estará isolada do meio externo pela testa e pelas estruturas constituintes dos frutos que são o epicarpo ou parte externa, mesocarpo parte intermediaria e endocarpo que é a parte interna. No caso essas estruturas são muito estreitas, simulando uma semente. Em alguns casos o epicarpo é espinescente ou ornamentado, nesta espécie o epicarpo é ornamentado com pequenas espículas (f. 8)
Bractéolas ovais, com inserção ou conexão inserido no próximo a base, mas não no meio da base esse tipo de inserção é chamado de inserção basifixa, alguns autores falam de estípula peltada, de forma que a estípula protege o fruto durante a formação completa dele e das sementes, tendo em vista que o epicarpo é muito tênue. (f. 9)
Bractéolas protegendo os frutos do tipo lomento (f. 10)
Lomentos são frutos secos, indeiscentes ou seja que não abrem as valvas liberando os frutos, que se sementa formando dois ou mais segmentos de frutos.
Bractéolas ovais, medifixas ou fixas ao meio, ou auriculada, com nervuras proeminentes formando estrias visíveis ao olho nu. (f. 11)

Estípula medifixas, ovais (f. 12), estípulas são estruturas vegetais laminares ou foliáceas de origem não definida, alguns autores falam que se trata de uma estrutura que se origina na folha. As estípulas é atribuída a função de proteção das gemas, por outro, estas fazem fotossíntese podendo ampliar de alguma forma a produção de carboidratos importante no desenvolvimento da planta. No gênero Zornia 
em geral as estípulas tem inserção do tipo medifixa.
 
Estipulas protegendo a gema terminal, onde estão presentes tecidos meristemáticos (f. 13)
Folha palmada, tetrafoliolada (f 14), as folhas compostas podem ser pinadas ou palmadas. As folhas compostas palmadas apresentam uma disposição semelhante a uma mão com os dedos abertos. Nas plantas com folhas palmadas não apresentam uma estrutura conhecida como raque de forma que os folíolos irradiam do ápice do eixo do pecíolo. Em Zonia as espécies apresentam folhas palmadas.
Folha tetra-foliolada (f.15). Em Leguminosae ou Fabaceae as folhas compostas palmadas são frequentes principalmente dentro da subfamília Papilionoideae, alguns gêneros são facilmente reconhecidos por esta característica como CrotalariaLupinus e Zornia.
Folha com folíolos elípticos (f. 16) No gênero Zornia o número de folíolos por folha varia entre dois (2) e quatro (4). Esta característica morfológica é muito importante, pois é uma das características utilizadas para delimitar Seções. Sendo aquelas espécies com dois (2) folíolos pertencentes as seções Isophylla ou Anisophylla; enquanto as espécies que apresentam quatro (4) folíolos podem estar presente no subgênero Zornia Myriadena ou subgênero Zornia seção Zornia. (Mohlenbrok 1961)
Erva prostrada (f.16), no geral as espécies de Zornia apresentam a base lenhosa, sendo consideradas como subarbusto, de início esta espécie pareceu uma herbácea mesmo com caule tipo haste.
Indivíduo jovem, em estágio reprodutivo (f. 17), esta espécie apresenta ramos prostradas, mas com as inflorescências tem uma tendência a se apresentarem como decumbente.
Erva densamente florida (f. 18), no ambiente foi encontrada também em associação com uma espécie de Macroptilium a qual pode ser observada na foto, se destacando pelas folhas trifolioladas .
Ambiente de coleta composto dum substrato arenoso (f. 19), solo arenoso é pobre em matéria orgânica, muito quente quando em dia ensolarado, com baixa retenção de água, nesta área encontramos apenas espécies adaptadas como as plantas com hábito herbáceo cujo ciclo de vida é muito rápido.

Leguminosae, Papilionoideae, Dalberigieae, Zornia J.F.Gmel, subg. Zornia, seção Zornia75 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 37 espécies das quais 16 são endêmicas (Perez 2022).

Zornia J.F. Gmel., Syst. Nat., ed. 13[bis] 2(2): 1076. 1791 [1792].

Subarbusto, prostrado ou ereto; ramos difusos, cilíndricos, inermes, glabro ou com indumento. Estípulas medifixas, glândulas presentes. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folha palmada, bi-tetrafoliolada, folíolos simétricos ou assimétricos, lineares, oblanceolados, oblongos, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica ou aguda, face adaxial glabra ou glabrescente, face abaxial glabra ou pilosa, glândulas presentes. Inflorescência terminal ou flores isoladas; bractéolas medifixas; flor séssil, zigomorfa, monoclina, hipógina, pentâmera; cálice campanulado, breve-lobado, 5 lobos; corola papilionácea, dialipétala, pétalas unguiculadas, amarelas; estandarte com estria vinho, alas livres, quilhas fundidas, falcadas; androceu monadelfo, anteras dimórficas; gineceu simples, ovário pluriovulados, estilete glabro, estigma puntiforme. Fruto lomento, séssil, linear, articulado, valvas inerme ou espinescentes.

Zornia ulei Harms, Bot. Jahrb. Syst. 42(2-3): 212. 1908.

Determinador: Ana Paula Fortuna Perez

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Loteamento Recife, Petrolina, Pernambuco, Brasil.

Referências


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-Fortuna-Perez, A.P., Lewis, G.P., Queiroz, R.T., Santos-Silva J., Tozzi, A.M.G.A. & Rodrigues, K.F. 2015. Fruit as diagnostic characteristic to recognize Brazilian species of Zornia (Leguminosae, Papilionoideae). Phytotaxa 219: 27-42.

-Fortuna-Perez, A.P. & Tozzi, A.M.G.A. 2011. Nomenclatural changes for Zornia (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae) in Brazil. Novon 21: 331-337. <http://dx.doi.org/10.3417/2010040>.

-Fortuna-Perez, A.P. 2009. O gênero Zornia J.F. Gmel. (Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae): revisão taxonômica das espécies ocorrentes no Brasil e filogenia. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 271p.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

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-Perez, A.P.F. Zornia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 20 Set. 2015

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Rebouças, N.C., Carneiro, J.A. Arcanjo, Ribeiro, R.T.M., Queiroz, R.T., & Loiola, M.I.B. 2019. Zornia (Leguminosae) no estado do Ceará, Nordeste do Brasil. Rodriguésia, 70, e03152017. Epub August 08, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970036

-Silva, R.P., Queiroz, R.T., & Fortuna-Perez, A.P. 2020. O gênero Zornia (Fabaceae - Papilionoideae) no estado da Paraíba, Brasil. Rodriguésia, 71, e02612018. Epub November 23, 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071123


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