sexta-feira, 30 de março de 2012

Fabaceae - Inga laurina (Sw.) Willd. -ingá-

Espiga alongada, laxa (f. 1)
Tronco ramificado (f. 2)
Tronco lenticelado (f. 3)
Folíolos elípticos, viridescentes (f. 4)
Botões globoides (f. 5)
Inflorescência aberta e em botões (f. 6)
Cálice e corola diminutos (f. 8)
Fruto baga, madura (f. 9)
Frutos bastante intumescido (f. 10)
Estípulas lineares, folha tetrafoliolada (f. 11)
Nervação broquidódroma (f. 12)
Raque maior que o pecíolo (f. 13)
Glândula orbicular (f. 14)
Cotilêdones verdes (f. 15)
Bagas (f. 16)


Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Inga Mill., seção: Bourgonia, 300 espécies (Lewis et al. 2005, Pennington 1997).

No Brasil são encontradas 131 espécies das quais 51 são endêmicas (Garcia e Fernandes 2015).

Inga Mill.

Árvore, ramo inerme, estípula presente. Folha paripinada, raque alada ou não, glândulas presentes. Inflorescência espiga ou racemo. Flor séssil ou pedicelada, pentâmeras, actinomorfa, monoclina, hipógina, polistêmone, cálice gamossépalo, corola gamopétala, androceu monadelfo, gineceu simples, ovário séssil, pluriovulado. Fruto baga; semente com arilo.



Árvore 8 metros de altura; tronco cinza, cilíndrico, lenticelado, bem ramificado; ramos longos, pouco difusos, cilíndricos, lenticelado, cinzentos, inermes. Folhas compostas, bipinada, dois pares de jugas, raque alada, com nectários sésseis entre os pares de juga; folíolos 4, ovado-elípticos, ápice agudo-cuspidado, margem inteira, base cuneada, face adaxial e abaxial glabros, a primeira viridescente (verde brilhoso). Inflorescência axilar, espiga longa e laxa. Botões globoides. Flores pequenas, sésseis, monoicas; cálice diminuto, sinsépalo, lacínios 5, verde; corola 5, simpétalas, verde claro, androceu poliadelfo, estames numerosos, unidos num tubo pela base, filetes livre longos, brancos, anteras pouco vistosas; gineceu ovário séssil. Fruto baga, oblonga, intumescida, amarelo-claro, macio. Sementes com arilo doce, branco.


Comentários

Geralmente esta espécie é muito confundida com I. marginta Willd., conseguimos separales quando em fruto, pois I. laurina te frutos mais entumescidos e macios. Em estado vegetativo fica muito difícil a separação.

Na Paraíba ocorre nos brejos em Areia.

Planta com excelente potencial paisagístico, muito usada na arborização.

Nome popular:  ingá-feijão, ingá-dedo, ingá-mirim, ingá, ingaí (Silva et al. 2004)

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz,  Campus da Unicamp, Campinas, São Paulo e Embrapa-Sede, Brasília, Distrito Federal, Brasil.


Referências

-Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.


-César, E.A.; Juchum, F.S.; Lewis, G.P. 2006. Lista Preliminar da família Leguminosae na Região Nordeste do Brasil. Kew, Royal Botanic Gardens. p. 72

-Chagas, A.P., Garcia, F.C.P. and Dutra, V.F. Flora of Espírito Santo: Inga (Fabaceae, Mimosoid clade). Rodriguésia [online]. 2022, v. 73 [Accessed 13 May 2022] , e00442021. Available from: <https://doi.org/10.1590/2175-7860202273017>. Epub 07 Mar 2022. ISSN 2175-7860. https://doi.org/10.1590/2175-7860202273017.

-Garcia, F.C.P.; Fernandes, J.M. Inga in Lista de espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 23 fev. 2015.

-Garcia, F.C.P.,Fernandes, J.M. 2015. Inga in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB23007>.

-Garcia, F.C.P.; Bonadeu, F. 2020. Inga in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB23007>. Accessed on: 03 May 2021

-Garcia, F.C.P. 1998. Relações Sistemáticas e Fitogeografia de Inga Mill. ( Leguminosae- Mimosoideae) nas florestas da costa sul e sudeste do Brasil. Tese de doutorado. Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rio Claro. 247p.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Mata, M.F., e Felix, L.P.  “Flora da Paraíba, Brasil: Inga Mill. (Leguminosae - Mimosoideae).” Revista Brasileira de Biociências, julho de 2007: 135-137.

-Mata, M.F. O gênero Inga (Leguminosoe, Mimosoideae) no Nordeste do Brasil: citogenética, taxonomia e tecnologia de sementes. 2009. 183 f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2009.

-Pennington, T.D. 1997. The genus Inga: botany. Kew, Royal Botanic Garden. p. 685

-Possette, R.F.S. & Rodrigues, W.A. 2010. O gênero Inga Mill. (Leguminosae - Mimosoideae) no estado do Paraná, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 24(2), 354-368. https://doi.org/10.1590/S0102-33062010000200006

-Pennington, T.D. 1997. The Genus Inga. Botany. Royal Botanical Garden. p. 844.

-Silva, M.F. de, Souza, L.A. G. de amp; Carreira, L.M. de M. 2004.  Nomes populares das Leguminosas do Brasil. Manaus. Edua. 

-Soto, J., Pacheco, D., Zambrano, O., Ortega, J. 2012 Revisión florística del género Inga Miler (Leguminosae-Mimosoideae) en el estado Zulia, VenezuelaActa Botánica Venezuelica, vol. 35, núm. 1, enero-junio, 2012, pp. 27-52

-Vasconcelus, G.C.L.. 2014 A Tribo Ingeae Benth. (Mimosoideae, Leguminosae) no Estado da Paraíba - Brasil. 2014. 87f. Dissertação (Mestrado em Botânica) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2014.

Exsicatas

Herbário P

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