quinta-feira, 31 de julho de 2014
Fabaceae - Cleobulia multiflora Mart. ex Benth.
Flores zigomorfas (f. 1)
Folha trifoliolada (f. 2)
Liana com pseudorracemo pendulo (f. 3)
Folíolos com nervação broquidódroma (f. 4)
Liana (f. 5)
Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Cleobulia Mart. ex Benth.
No Brasil ocorrem 3 espécies das quais 2 são endêmicas (Queiroz 2015).
Sinônimo: Cleobulia multiflora Mart. ex Benth., Comm. Legum. Gen.: 67. 1837.
Planta liana; ramos cilíndricos. Folhas composta, trifoliolada. Estípulas 2. Inflorescência pesudorracemo densamente congesto. Flores subsésssil, monoica; cálice campanulado, corola, pétalas unguiculadas; estandarte orbicular, com alas atrofiadas, rosas. androceu 10, monadelfo, anteras uniformes. Frutos legumes.
Foto 1: Gustavo Shimizu, São Paulo, Brasil
Fotos 2-5: Henrique Horeira, Brasilia, Distrito Federal.
Referências
-Barroso, G. M. 1965. Leguminosas da Guanabara. Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 18: 109–177.
-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)
-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.
Maxwell, R.H. 1977. A resume of the genus Cleobulia and its relation to the genus Dioclea. Phytologia 38: 51-65.
-Queiroz, L.P. 2015. Cleobulia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB29537>.
-Snak, C.; Queiroz, L.P. 2020. Cleobulia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29537>. Acesso em: 21 May 2021
Exsicatas
Herbário K
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Fabaceae - Zygia selloi (Benth.) L. Rico - inga vermelho -
Inflorescência cauliflora (f. 1)
Legume plano (f. 2)
Leguminosae, Mimosoideae, Ingeae, Zygia P. Browne 1756, com ca. 45-50 espécies (Lewis et al. 2005).
Zygia selloi (Benth.) L. Rico, Kew Bulletin 46(3): 505. 1991.
Basiônimo: Pithecellobium selloi (Spreng.) Benth., London
Journal of Botany 3: 214. 1844.
Planta arbórea,
tronco cilíndrico, inerme, lenticelas bem desenvolvidas, ramos cilíndricos,
inerme, glabros. Estípulas 2, caducas. Filotaxia alterna. Folhas compostas,
bipinadas, 1-folioladas, glândulas ausentes, foliólulos 4-6, elípticos, ápice
cuspidado, margem inteira, base aguda, face adaxial e abaxial glabra, coriácea,
pecíolo menor que a raque. Inflorescência cauliflora, espiga laxa. Flores sésseis,
com estames vistosos; cálice gamossépalo, branco, lacínios 5, corola gamopétalas,
lobos 5; estames poliadelfos, unidos pela base, filetes com coloração rosa;
gineceu 1 pistilo, ovário supero. Fruto legume típico, plano, linear.
Fotos: Mara Angelina (f. 1), Paulo de Sales (f. 2)
Referências
-Barneby, R. C. & Grimes, J. W. 1997. Silk Tree, Guanacaste, Monkey’s Earring. A Generic System for the Synandrous Mimosaceae of the Americas: part II. Pithecellobium, Cojoba and Zygia. Memories of The New York Botanical Garden v.74.
-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)
-Garcia, F.C.P.; Fernandes, J.M.; Silva, M.C.R. Zygia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB23079>. Access on: 17 Nov. 2015
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Fabaceae - Stylosanthes viscosa (L.) Sw.
Folha composta trifoliolada, folíolos oblongo-obovado, inflorescência axilar, espiciforme, corola papilionácea, laranga, estandarte com estria vermelha na base (f. 1)
Ramos difusos, retos, cilíndricos, coberto por tricomas glandulares (f. 2)
Ramos difusos, ramificação dicotômica, cilíndricos, inerme (f. 3)
Estípula fechada, adnata ao pecíolo (f. 4)
Parte livre da estípula menor que o pecíolo, nervuras 3-4, margem serreada (f. 5)
Estípula com parte soldada 2x maior que a parte livre, raque 3x menor que o pecíolo (f. 6)
Fruto lomento, imaturo verde, estilete persistente, curvo (f. 7)
Lomento seco (f. 7)
Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Stylosanthes SW. 25 spp. (Lewis 2005).No Brasil ocorrem 35 espécies das quais 12 são endêmicas (Costa e Valls 2015).
Stylosanthes SW.
Ervas ou subarbustos, eretos, ramificados; ramos inermes. Estípulas adnatas aos pecíolos. Folhas trifolioladas. Inflorescências espigas. Flores estipitadas ou sésseis, monoclinas, hipóginas, zigomorfas; cálices tubulosos, corolas papilionáceas. Frutos lomentos, estiletes persistentes.
Stylosanthes viscosa (L.)
Sw., Nova Genera et Species Plantarum seu Prodromus 108. 1788.
Basiônimo: Hedysarum hamatum var. viscosum L., Plantarum
Jamaicensium Pugillus 20–21. 1759.
Planta subarbustiva, ca 30 cm
alt.; ramo dicotomicamente-difuso, cilíndrico, densamente coberto por tricomas
glandular e tector, inerme. Estípula 2, adnada ao pecíolo, parte livre menor
que a parte soldada. Filotaxia alterna, espiralada. Folha trifoliolada; folíolo elíptico-obovado,
ápice acuminado, margem serreada, base cuneada, face adaxial e abaxial pilosos,
nervura camptódroma, 3-4, membranácea, raque 3 vezes menor que o comprimento do
pecíolo. Inflorescência axilar, espiciforme, pauciflora. Flor pequena, hipanto
longo, monoica, pequena; cálice campanulado, lacínio 5; corola papilionácea, pétalas
5, laranja; estandarte orbicular, com base vinácea, alas livres, obivadas,
quilha falcada; androceu diadelfo; gineceu monocarpelar, ovário súpero,
oligovulado. Fruto lomento, 1 segmeto, plano, estriado, estilete persistente
curvado.
Comentário
Esta espécie é fácil de ser reconhecida pelos tricomas glandulares e pela espigueta pauciflora.
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasi.
Chave e descrição: http://rodriguesia.jbrj.gov.br/FASCICULOS/rodrig59_3/010.pdf
Especialista Leila Costa: : costa_mame@yahoo.com.brReferências
-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).
-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.
-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.
-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.
-Mendonça, S.A., Gadelha Neto, P.C., Perez, A.F., Caetano, A.P.S., & Queiroz, R.T. 2019. A tribo Dalbergieae (Leguminosae - Papilionoideae) em um trecho de Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas, João Pessoa, Estado da Paraíba, Brasil. Hoehnea, 46(2), e622018. Epub August 05, 2019.https://doi.org/10.1590/2236-8906-62/2018
-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.
-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.
Exsicatas
Herbário K, P e Reflora
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Fabaceae - Andira vermifuga Mart. ex Benth. - mata barata -
Inflorescência panícula, pedúnculo longo, indumento rufo, flor subséssil, cálice campanulado, lacínios curtos, corola papilionácea, unguiculadas, lilás (f. 1)
Folhas imparipinadas, folíolos oblongas, coriáceo, ápice retuso (f. 3)
Panícula laxa (f. 4)
Leguminosae, Papilionoideae, Dalbergieae, Andira Lam. 29 espécies. (Lewis et al. 2005).
No Brasil ocorrem 20 espécies das quais 17 são endêmicas (Pennington 2015).
Andira Lam.
Arbusto ou árvore. Estípula basifixa. Folha 8-15-foliolada, alterna, imparipinada; folíolos opostos; estipelas presentes. Inflorescência panícula, terminal. Flor pedicelada, zigomorfa, monocilna, hipógina; cálice gamossépalo, tubuloso; corola papilionácea, petalas lilás a roxa; androceu diadelfo; antera homomórfica. Fruto drupa.
Andira vermifuga Mart. ex Benth., Commentationes de Leguminosarum Generibus 44–45. 1837.
Árvore 3 m altura. Caule suberoso, ramos cilíndricos, suberoso, indumento rufo, estrigoso. Folhas composta, imparipinada; folíolos suboposto a oposto, oblongos, ápice arredondado a retuso, margem inteira, base arredondada a cuneada, epifilo glabro, hipofilo estrigoso, 1 par estipelas na ráquis, pedicelo longo. Inflorescência terminal ou axilar, panícula. Flores monoicas, pedicelo curto; botões fusiformes, cálice campanulado, lacínios 5, deltoides, tubo do cálice o dobro do comprimento dos lacínios, indumeno rufo; corola 5, papilionada, estandarte obovado; andro ce drupa.
Etimologia: Andira = tupi: morcego
Etimologia: Andira = tupi: morcego
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Parque Olhos d'água, Brasília, Distrito Federal, Brasil.
Nome popular: Argelim
Referências
-Bentham, G. 1837. Commentationes de Leguminosarum Generibus. 45.
-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)
-Ducke, A. 1953. As leguminosas de Pernambuco e Paraíba. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 51, 417-461. https://dx.doi.org/10.1590/S0074-02761953000100011
-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.
-Mendonça, S.A., Gadelha Neto, P.C., Perez, A.F., Caetano, A.P.S., & Queiroz, R.T. 2019. A tribo Dalbergieae (Leguminosae - Papilionoideae) em um trecho de Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas, João Pessoa, Estado da Paraíba, Brasil. Hoehnea, 46(2), e622018. Epub August 05, 2019.https://doi.org/10.1590/2236-8906-62/2018
-Pennington, T. Andira in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 02 Jun. 2015
-Pennington, R.T. 2003. Monograph of Andira (Leguminosae-Papilionoideae). Systematic Botany Monographs. Vol. 64. 143 pp.
- Ramos, G.; Cardoso, D.B.O.S.; Pennington, R.T. 2020. Andira in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29442>. Accessed on: 22 Mar. 2021
-Silva Junior, M. C. da. 2012. 100 árvores do cerrado: sentido restrito: guia de campo Brasília, DF: Rede de Sementes do Cerrado. 304 p. il.
Herbário P
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Fabaceae - Brownea grandiceps Jacq. - chapéu do sol -
Inflorescência congesta, brácteas bem desenvolvidas, flores vermelhas (f. 1)
Estames com filetes longos, pétalas vermelhas (f. 2)
Folíolos glabros (f. 3)
Inflorescência congesta (f. 4)
Botão elípsoide (f. 6)
Ramos muito difusos (f. 7)
Folha multijuga (f. 8)
Botão subséssil, sépalas e pétalas imbricadas (f. 9)
Botões congestos (f. 10)
Bractéolas rufo-tomentosa (f. 11)
Sépalas e pétalas vermelhas (f. 12)
Flores sésseis (f. 13)
Flor monoclina, anteras articuladas, rimosa (f. 14)
Pétalas unguiculadas (f. 15)
Androceu dialistêmone (f. 16)
Gineceu unicarpelar, ovário oblongo, estilete longo (f. 17)
Legume estipitado (f. 18)
Pulvino, tomento (f. 19)
Face adaxial serícea, coriácea (f. 20)
Folíolo cuspidado (f. 21)
Folha com folíolos subalternos (f. 22)
Tronco cilíndrico, estriado (f. 23)
Leguminosae, Detarioideae, Tribo Amherstieae Benth, Brownea Jacq. 1760, 12 espécies (Estrella et al. 2018).
No Brasil ocorrem 2 espécies (Klitgaard 2015)
Brownea grandiceps Jacq., Collectanea 3: 287–289, pl. 22, f. a–i. 1789.
Planta arbórea cerca de 8 m de altura; tronco lenhoso pouco ramificado; ramo
cilíndrico, estriado, com lenticelas, inerme. Estípulas 2, intrapeciolares,
caducas. Filotaxia alterna, dística. Folhas compostas, paripinada, multijuga;
folíolos alternos, elíptico-oblongo, ápice cuspidado, margem inteira, base cuneada,
face adaxial glabra, viridescente, face abaxial cinza, raque 6 vezes maior que
o comprimento do pecíolo, sem glândula. Inflorescência axilar, racemo congesto.
Pedúnculo curto. Brácteas vistosas. Botão clavado. Flor grande, subséssil,
monoica; hipanto longo; cálice 5, livre, triangulares; corola 5, unguiculada, vermelha,
obovada; androceu 10, estames com filetes longos, anteras elípticas, dorsifixa,
rimosa; gineceu 1, ovário súpero, subséssil, pluriovulado, estilete longo,
estigma globoide. Fruto legume, oblongo, plano.
Comentário
Espécie fácil de ser reconhecida por apresentar inflorescências congestas com brácteas grandes atrativas.
Planta introduzia na Paraíba, utilizada na arborização em alguns lugares.
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, UFPB Campus de Areia, Paraíba e Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Brasil.
Referências
-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)
-Klitgaard, B.B. 2015. Brownea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB82699>.
-Klitgaard, B.B. 1991. Ecuadorian Brownea and Browneopis (Leguminosae-Caesalpinioideae): Taxonomy, palynology, and morphology. Nordic Journal of Botany 11: 433–449.
-Lewis, G.;
Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World.Kew, Royal
Botanic Gardens
-Lorenzi, H., H.M. Souza, e M.A.V. Bacher, L.B. Torres. 2003. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa: Plantarum.
-Santos-Silva, J.; Klitgaard, B.B. 2020. Brownea in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82699>. Acesso em: 28 May 2021