Panícula (f. 1)
Androceu monadelfo (f. 2)
Cálice tubuloso, corola tubulosa (f. 3)
Estames brancos (f. 4)
Flores sésseis (f. 5)
Ramo florido (f. 6)
Árvore (f. 7
Nectários 2 próximos a raque e na raque (f. 8)
Foliólulos lanceolados (f. 9)
Folíolos opostos (f. 10)
Glomérulo com pedúnculo (f. 11)
Flor polistêmone (f. 12)
Androceu monadelfo (f. 13)
Panícula (f. 14)
Botões (f. 15)
Folha bipinada, pecíolo maior que a raque (f. 16)
No Brasil ocorrem 9 espécies das quais 3 são endêmicas (Morim 2015).
Enterolobium Mart.
Árvore, ramo
inerme. Estípula caduca. Filotaxia alterna espiralada. Folha bipinada, nectário
presente, nervação do foliólulo actinódroma, pecíolo igual ou menor que a
raque. Inflorescência glomérulo axilar ou panícula terminal. Flor séssil,
actinomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice gamossépalo, corola gamopétala,
androceu monadelfo, polistêmone, estames homodínamo, anteras isomorfas, rimosas;
gineceu simples unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pluriovulado. Fruto
câmara, plano achatado, cocleado. Semente com testa dura, lisa, pleurograma
presente.
Enterolobium contortisiliquum
(Vell.) Morong, Annals of the New York Academy of Sciences 7: 102. 1893.
Basiônimo: Mimosa
contortisiliqua Vell., Florae Fluminensis, seu, Descriptionum plantarum
parectura Fluminensi sponte mascentium liber primus ad systema sexuale
concinnatus 11: pl. 25. 1827[1831].
Planta arbórea,
com ca. 8 m de altura; tronco com base pouco ramificada, cinza, cilíndrico;
copa bem aberta; ramo longo, difuso, cilíndrico, com lenticela, glabro, cinza,
inerme. Estípula 2, caduca. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta,
bipinada, 4-6 pares de folíolos, opostos ou subopostos; oblongos; foliólulo
oposto, oblongo, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, face adaxial e
abaxial glabra; pecíolo com comprimento igual ao comprimento da raque, com
nectário séssil na base. Inflorescência axilar, glomérulo, congesto; pedúnculo
curto; botão oblongo. Flor séssil, pequena, monoica; cálice campanulado,
sépalas 5, lacínios curtos; corola simpétala, branca, valvar; androceu
polistêmone, estames unidos num tubo pela base, filete longo, antera diminuta;
gineceu 1, ovário supero, séssil, pluriovulado, estilete longo. Fruto câmara,
cocleada, epicarpo escuro, glabro, endocarpo amarelo, uma membrana entre as sementes. Semente ovadas, elíptica, castanha, testa dura, lisa, pleurograma fechado.
Comentários
Esta espécie é facilmente reconhecida pelo tronco com súber esbranquiçado, madeira amarela, leve, ramos cinza, inermes, frutos câmara, cocleado e epicarpo enegrecido.
Na Paraíba ocorre no agreste e em alguns lugares na caatinga, encontada no Sítio Salambaia, Cabaceiras.
Nome popular: tamboril, timbaúba, timbaúva, timbo.
Etimologia: Entero gr = intestino, lobium lat.= vagem; em alusão a
semelhança do fruto a um intestino (Lewis et
al. 2005).
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Rio Guaiba, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar,
nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.
- Barneby, R. C. & Grimes, J. W. 1996. Silk tree, Guanacaste, Monkey’s earring: A generic system for the synandrous Mimosaceae of the Americas. Part I. Abarema, Albizia and allies. Memoirs of the New York Botanical Garden 74: 1-292.
- Élvia Rodrigues de Souza, Luciano Paganucci de Queiroz, O complexo Pithecellobium (Leguminosae: Mimosoideae) na Caatinga do estado da Bahia. I. O gênero Enterolobium Mart. Sitientibus 15: 83-90.
-Morong. 1893. Annals of the New York Academy of Sciences 7: 102.
- Morim, M.P.; Mesquita, A.L.; Bonadeu, F. 2020. Enterolobium in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB135625>. Accessed on: 20 Mar. 2021
- Queiroz, L. P. Leguminosas da Caatinga. Feira de Santana: UEFS, 2009. 467 p.
- Rodrigues E.M.; Queiroz, R.T.; Silva, L.; Monteiro, F.K.S.; Melo, J.I.M.. Fabaceae em um afloramento rochoso no Semiárido brasileiro. Rodriguésia [Internet]. 2020. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071025.
Reflora
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