quarta-feira, 2 de maio de 2012

Fabaceae - Macroptilium martii (Benth.) Maréchal & Baudet

Inflorescência longa, frutos curvados, seríceo, flor com pétalas vermelhas (f. 1)
Folhas compostas, trifolioladas, folíolos basais ovados, apical obovado (f. 2)
Ramo longo e fino, cilíndrico (f. 3)
Pedúnculo cilíndrico, tomentoso (f. 4)
Alas orbiculares, vermelhas (f. 5)
Folíolos tomentosos (f. 6)
Planta tomentosa (f. 7)
Visitante floral (f. 8)
Inflorescência pseudorracemo laxo (f. 9)
Fruto curvado (f. 10)
Indumento rufo (f. 11)
Racemo laxo (f. 12)
Botões diminutos (f. 13)
Pedúnculo longo (f. 14)
Flores com alas grandes (f. 15)
Pétalas unguiculadas (f. 16)
Frutos curvados (f. 17)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Macroptilium (Benth.) Urb. 1928. 17 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 11 espécies das quais uma é endêmica (Moura 2015).

Macroptilium (Benth.) Urb. 

Erva ereta ou trepadeira; ramos volúveis, glabra ou com indumento, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas trifolioladas; folíolos ovados, elípticos, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e adaxial glabra ou indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, racemo; brácteas presentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, assimétrica, monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, atropurpúrea, vermelha, vinho, alva, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado. Fruto linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Sementes reniformes, testa lisa, marmorada, hilo central.


Macroptilium martii (Benth.) Maréchal & Baudet, Bulletin du Jardin Botanique National de Belgique 47(1/2): 257. 1977.
Basiônimo: Phaseolus martii Benth., Commentationes de Leguminosarum Generibus 77–78. 1837. 

Planta trepadeira, volúvel; ramo cilíndrico, longo, tênue, tomentoso, inerme. Estípula 2, estreitamente-triangulare, persistente. Filotaxia alterna, espiralada. Folha composta, trifoliolada; folíolo basal ovado, apical obovado, face adaxial e abaxial tomentosos, raque 5 vezes menor que o comprimento do pecíolo. Inflorescência axilar, racemo laxo; pedúnculo longo, cilíndrico. Bráctea estreitamente-triangular, na base do pedúnculo e no pseudorracemo. Botão obovado, coberta de indumento seríceo, rufo. Flores subséssil, pequena, monoica; cálice campanulado, seríceo, lacínios 5, estreitamente-triangular, comprimento 5 vezes maior que o tubo do cálice; corola 5, pétalas unguiculadas; estandarte orbicular, reflexa, ápice emarginado, verde; alas orbiculares, vermelhas; quilha contorcida; androceu diadelfo, anteras homomórficas, elípticas, rimosa; gineceu 1, ovário súpero, pluriovulado, estilete curto. Fruto legume, curto, curvado, tomentoso, valvas membranácea.

Comentário

Esta espécie é facilmente reconhecida pelos folíolos tomentosos, ovado-obovado, inflorescência com pedúnculo longo, alas orbiculares, vermelhas, fruto curvado e curto.

Na Paraíba ocorre na fazenda Almas, no município de São José dos Cordeiros.

Nome popular: Orelha de onça

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Serrinha do Canto, Serrinha dos Pintos, Rio Grande do Norte, Brasil.

Referências

-Amorim, L.D. et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar, nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-24], pp.105-124.

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-Costa, R.K.A.; Queiroz, R.T. 2019. A tribo Phaseoleae (Leguminosae, Papilionoideae) na mata do
Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Moura, T.M. Macroptilium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 14 Mai. 2015

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Ribeiro, C.L.; Queiroz, L.P. e Snak, C. 2017. Flora Da Bahia: Leguminosae – Macroptilium (Papilionoideae: Phaseoleae). Anais dos Seminários de Iniciação Científica. N. 17. http://dx.doi.org/10.13102/semic.v0i21.2170

Exsicatas

W3tropicos, P


Nenhum comentário:

Postar um comentário