Árvore com cerca de 5 m
de altura; caule pouco ramificado, copa aberta, assimétrica; ramos,
cilíndricos, lenticelados, inermes, quando jovens tomentosos. Estípula
triangular, caduca, lateral. Folhas bipinadas, 1-3 pares de juga; foliólulos
oblongos, ápice arredondado-agudo-mucronado, margem inteira, base
assimétrica-truncada, discolores, face adaxial glabra, viridescente, face
abaxial cinza, coriáceo, raque menor ou igual ao pecíolo. Inflorescência
axilar, espiga longa, pendula. Botão verde, oblongo. Flor séssil, pequena, monoclina;
cálice gamossépalo, lacínios 5; corola gamopétalas, lobos 5, amarela; Androceu dialistêmone,
estames com filetes longos, amarelos, anteras rimosas; gineceu simples,
unicarpelar, unilocular, ovário brevemente-estipitado, pluriovulado. Fruto
legume, moniliforme, plano, curvado, valva áspera, marrom. Semente oboval,
testa lisa, alva, pleurograma presente.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Fabaceae - Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R. W. Jobson - anjico de bezerro -
Copa aberta (f. 1)
Espigas pendulas, botões verdes (f. 3)
Ramo cilíndrico (f. 4)
Folíolos oblongo (f. 5)
Corola esverdeada (f. 6)
Visitante floral (f. 7)
Folha bipinada (f. 8)
Planta florida (f. 9)
Flores amarelas (f. 10)
Folículo moniliforme (f. 11)
Folículo plano (f. 12)
Fruto estipitado (f. 13)
Semente elíptica, testa cinza, pleurograma aberto (f. 14)
Tronco (f. 15)
Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae, Pityrocarpa (Benth.) Britton and Rose. sete espécies. (Borges et al. 2022).
No Brasil ocorrem 2 espécies sendo uma destas endêmicas (Marli 2015).
Basiônimo: Piptadenia
moniliformis Benth. Journal of Botany, being a second series of the Botanical
Miscellany 4(31): 339–340. 1841. Tipo:–BRASIL. Common in province of Bahia, Blanchet 2701, e 2889, e Piauhy, Gardner n. 2139 (Sintipo: K imagem!)
Comentário
Esta espécie é facilmente identificada, pelos ramos longos e inermes, tomentosos no ápice, folhas com foliólulos discolores, espigas longas e pendulas, todavia o caráter mais marcante é o fruto moniliforme.
Na Paraíba ocorre nas áreas de tabuleiro, vista na ao longo da PB 095 entre Santa Rita e Campina Grande.
Planta comum no final da serra. Ocorre frequentemente em áreas de tabuleiro.
Nome popular: Anjico de bezerro, Catanduva
Foto: Ana Paula de Souza Caetano, Portalegre, Rio Grande do Norte, Rubens Teixeira de Queiroz, Petrolina, Pernambuco, Brasil.
Referências
-Amorim, L.D.M. de et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar,
nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-22], pp.105-124.
-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.
-Borges, L.M., Inglis, P.W., Simon, M.F., Ribeiro, P.G., de Queiroz, L.P.. Misleading fruits: The non-monophyly of Pseudopiptadenia and Pityrocarpa supports generic re-circumscriptions and a new genus within mimosoid legumes. PhytoKeys. 2022 Aug 22;205:239-259. doi: 10.3897/phytokeys.205.82275. PMID: 36762012; PMCID: PMC9849003.
-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005. Legumes of the world. Royal Botanic Gardens, Kew, 577p.
-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.
-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.
-Maia-Silva, C.; Silva, C. I.; Hrncir M.; Queiroz, R. T. de; Imperatrizfonseca, V. L. Guia de Plantas Visitadas por Abelhas. 1ª ed. Fortaleza: Editora Fundação, 2012. 191 p.
-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.
Exsicatas
Parabéns pelo site, material me ajudou na identificação da árvore que esta ocorrendo na região tabuleiro Paraibano.
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